Hoje pela manhã, em casa, ouvia a televisão ao longe. Não sei em que canal estava ligada, mas tive impressão de ouvir algo como "na opinião do especialista Luis Pingueli Rosa...".
Luis Pingueli Rosa era o "especialista" do PT para fins de energia. Acabou sendo o primeiro presidente da Eetrobrás no governo lula.
"Especialistas" setoriais foi uma das formas que o PT encontrou para manter o governo FHC sempre nas cordas. O PT possuía pelo menos um "especialista" não político para cara área de atuação relevante do governo. Sobre tudo o que o governo FHC anunciava, lá ia a mídia ouvir a opinião de "especialista". O que a imprensa não informava ao distinto público era sobre a ligação entre o "especialista" entrevistado e o projeto político do PT.
Tudo o que FHC fazia ou anunciava, os "especialistas" eram contra. E a população nem desconfiava que esta ouvindo discurso partidário travestido de "especialidade".
Parece que Luis Pingueli Rosa deixou o governo e voltou à condição de "especialista". Humm...
A oposição, como sempre, não aprendeu nada com o PT e não tem nenhum especialista não político para enviar aos programas de entrevistas ou debates, ou para escrever nos jornais.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
domingo, 30 de agosto de 2009
Carlos Lacerda e a intransigência com negociatas
"Se se enfoca a outra vertente do radicalismo como um "capital da intrensigência", ou seja, do que se ganha ao não transigir com o clientelismo, de ser absolutamente intolerante com o favoritismo na política de pessoal, então podemos tirar um saldo positivo."
...
"Um caso emblemático desse posicionamento foi o confronto que surgiu entre Roberto Marinho e Lacerda em torno do Parque Lage, uma grande área verde contendo um palacete, situada no bairro do Jardim Botânico, área nobre da cidade. Segundo conta Raphael de Almeida Magalhães. Roberto Marinho e Arnon de Mello (nota do editor do site - pai de Collor) compraram o Parque Lage ainda nos anos 50 por um preço muito módico, pois o imóvel era tombado. No final de 1960, JK assinou um decreto que destombava o parque, valorizando imediatamente o seu valor de mercado. Marinho e Arnon elaboraram o projeto de um empreendimento imobiliário e obtiveram a licença para começar as obras. Nesse entretempo, Lacerda tomou posse no governo (da Guanabara) e não permitiu o prosseguimento das obras, suspendendo a licença. No final do mandato, quando se aproximavam as eleições, Lacerda procurou Raphael decidido a desapropriar o parque, pagando a indenização correspondente ao valor pelo qual fora comprado. Pensava que no futuro o parque acabaria sendo entregue a Marinho e Arnon, e não concordava nem com o modo como fora feito o negócio nem com a idéia de que a cidade perderia o parque. Pediu a Rapahel que escrevesse o decreto de desapropriação, enquanto ele redigiria a exposição de motivos que acompanharia o decreto. O texto que Lacerda produziu assustava pela virulência com que atacava a pessoa de Roberto Marinho. Rapahel tentou demovê-lo da idéia de anexar o texto ao ato de desapropriação, pois não só contrariaria os interesses de Marinho como o faria voltar contra ele a fúria das baterias de seu jornal e da sua rádio. Como não conseguiu convencê-lo, o decreto foi encaminhado com o anexo, o que provocou a ira de Marinho. Este conta que chegou a sair de casa armado com o propósito de matar Lacerda, mas desistiu no caminho. A mudança editorial do jornal em relação a Lacerda foi notória. O parque continua aberto ao carioca."
Trechos das páginas 72 e 73 do livro Lacerda na Guanabara de Maurício Dominguez Perez.
Lacerda foi um símbolo de político de direita, que não tolera a forma tradicional de fazer política no Brasil, forma esta com a qual o PT e Lula se adaptaram tão bem. Não tolerava negociatas e favoritismos. Pelo texto, parece que JK não tinha a mesma visão de Lacerda...
Quando precisava atacar, atacava pela frente, provocando, no caso citado, a ira de Marinho e a perseguição das Organizações Globo. Lacerda acabou preso pelo regime militar, cassado, e nunca mais ocupou cargo público nenhum.
Já as esquerdas simulam associação de interesses com poderosos, como as Organizações Globo, enquanto vão dando o abraço da serpente.
O Brasil não estava, nem está, preparado para um Carlos Lacerda.
...
"Um caso emblemático desse posicionamento foi o confronto que surgiu entre Roberto Marinho e Lacerda em torno do Parque Lage, uma grande área verde contendo um palacete, situada no bairro do Jardim Botânico, área nobre da cidade. Segundo conta Raphael de Almeida Magalhães. Roberto Marinho e Arnon de Mello (nota do editor do site - pai de Collor) compraram o Parque Lage ainda nos anos 50 por um preço muito módico, pois o imóvel era tombado. No final de 1960, JK assinou um decreto que destombava o parque, valorizando imediatamente o seu valor de mercado. Marinho e Arnon elaboraram o projeto de um empreendimento imobiliário e obtiveram a licença para começar as obras. Nesse entretempo, Lacerda tomou posse no governo (da Guanabara) e não permitiu o prosseguimento das obras, suspendendo a licença. No final do mandato, quando se aproximavam as eleições, Lacerda procurou Raphael decidido a desapropriar o parque, pagando a indenização correspondente ao valor pelo qual fora comprado. Pensava que no futuro o parque acabaria sendo entregue a Marinho e Arnon, e não concordava nem com o modo como fora feito o negócio nem com a idéia de que a cidade perderia o parque. Pediu a Rapahel que escrevesse o decreto de desapropriação, enquanto ele redigiria a exposição de motivos que acompanharia o decreto. O texto que Lacerda produziu assustava pela virulência com que atacava a pessoa de Roberto Marinho. Rapahel tentou demovê-lo da idéia de anexar o texto ao ato de desapropriação, pois não só contrariaria os interesses de Marinho como o faria voltar contra ele a fúria das baterias de seu jornal e da sua rádio. Como não conseguiu convencê-lo, o decreto foi encaminhado com o anexo, o que provocou a ira de Marinho. Este conta que chegou a sair de casa armado com o propósito de matar Lacerda, mas desistiu no caminho. A mudança editorial do jornal em relação a Lacerda foi notória. O parque continua aberto ao carioca."
Trechos das páginas 72 e 73 do livro Lacerda na Guanabara de Maurício Dominguez Perez.
Lacerda foi um símbolo de político de direita, que não tolera a forma tradicional de fazer política no Brasil, forma esta com a qual o PT e Lula se adaptaram tão bem. Não tolerava negociatas e favoritismos. Pelo texto, parece que JK não tinha a mesma visão de Lacerda...
Quando precisava atacar, atacava pela frente, provocando, no caso citado, a ira de Marinho e a perseguição das Organizações Globo. Lacerda acabou preso pelo regime militar, cassado, e nunca mais ocupou cargo público nenhum.
Já as esquerdas simulam associação de interesses com poderosos, como as Organizações Globo, enquanto vão dando o abraço da serpente.
O Brasil não estava, nem está, preparado para um Carlos Lacerda.
sábado, 29 de agosto de 2009
Falha de revisão ou clarividência?
Lendo a edição de 2008 do livro Mercado Financeiro de Eduardo Fortuna observo que em alguns momentos ainda se refere à CPMF, e seu impacto em operações financeiras.
Em 2008 não havia mais CPMF, então me pergunto - seria uma falha na revisão do texto do livro, ou clarividência do autor, já que a CPMF está pronta para voltar, com novo nome?
Aliás, sobre CPMF me recordo que havia alguma pressão social pela sua extinção em dezembro de 2007. Agora, quando seu retorno é proposto com o nome de CSS, não se vê movimento nenhum na sociedade.
Em dezembro de 2007, dois dias após a derrubada da CPMF no senado, tive a sorte de sentar num restaurante em São Paulo numa mesa ao lado da senadora Katia Abreu e de Jorge Bornhausen. Katia Abreu havia sido a relatora do projeto e uma das líderes da extinção do tributo, ao passo que Bornhausen havia cuidado da articulação nos bastidores. Conversei com a senadora (Bornhausen não deu conversa, deve se julgar acima dos mortais) e, entre outras coisas, ela disse o seguinte - "pode escrever, propostas de aumento ou criação de impostos não serão aprovadas pelo senado."
Agora que o governo está a ponto de emplacar a nova CPMF na calada do dia (sic), vou enviar um e mail para a senadora, lembrando desta nossa conversa...
Em 2008 não havia mais CPMF, então me pergunto - seria uma falha na revisão do texto do livro, ou clarividência do autor, já que a CPMF está pronta para voltar, com novo nome?
Aliás, sobre CPMF me recordo que havia alguma pressão social pela sua extinção em dezembro de 2007. Agora, quando seu retorno é proposto com o nome de CSS, não se vê movimento nenhum na sociedade.
Em dezembro de 2007, dois dias após a derrubada da CPMF no senado, tive a sorte de sentar num restaurante em São Paulo numa mesa ao lado da senadora Katia Abreu e de Jorge Bornhausen. Katia Abreu havia sido a relatora do projeto e uma das líderes da extinção do tributo, ao passo que Bornhausen havia cuidado da articulação nos bastidores. Conversei com a senadora (Bornhausen não deu conversa, deve se julgar acima dos mortais) e, entre outras coisas, ela disse o seguinte - "pode escrever, propostas de aumento ou criação de impostos não serão aprovadas pelo senado."
Agora que o governo está a ponto de emplacar a nova CPMF na calada do dia (sic), vou enviar um e mail para a senadora, lembrando desta nossa conversa...
Em sintonia com Augusto Nunes
Passei os últimos dias em São Paulo, meio longe do computador. Na sexta-feira nem liguei o computador, de forma que não consegui atualizar o blog.
De volta para casa hoje, escrevi um texto entitulado "ignorância de massa". Após publicar o texto, fui ao site da Veja.com para ler Augusto Nunes, e eis que encontro por lá esta pérola:
"SEÇÃO » Direto ao Ponto
A celebração da ignorância é um insulto aos pobres que estudam
26 de agosto de 2009
COMPARTILHE
COMENTÁRIOS (195)
“Eu cheguei à Presidência mesmo sem ter um curso superior”, repetiu Lula a frase que nasceu como pedido de desculpas, tornou-se desafio, foi promovida a motivo de orgulho e acabou virando refrão do hino à ignorância. ”Talvez até quando eu deixar a Presidência possa até cursar uma universidade”, disse nesta terça-feira o único chefe de governo do mundo que não sabe escrever e nunca leu um livro.
Desse perigo estão livres os professores universitários. Lula evita livros e cadernos como o Superman evita a kriptonita. Longe do trabalho duro há 30 anos, não estudou porque não quis. Tempo teve de sobra. Vai sobrar mais tempo ainda quando sair do Planalto, mas continua sobrando preguiça. E ele entende que foi formalmente dispensado de aprender qualquer coisa pelos companheiros que sabem juntar sujeito e predicado.
A lastimável formação escolar foi tratada como pecado venial até que o crítico literário Antonio Cândido ensinou que, dependendo do portador, ignorância é virtude. “Essa história de despreparo é bobagem”, decretou há dois anos, entre um ensaio e a leitura de um clássico, o professor que não perdoava sequer cacófatos. ”Lula tem uma poderosa inteligência e uma capacidade extraordinária de absorver qualquer fonte de ensinamento que existe em volta dele ─ viajando pelo país, conversando com o povo, convivendo com os intelectuais”.
Amigo do fenômeno há 20 anos, Antônio Cândido descobriu um doutor de nascença. ”Nunca vi Lula ser um papagaio de ninguém”, garantiu. “Nunca vi Lula repetir o que ouviu. Ele tem uma grande capacidade de reelaborar o que aprende. E isso é muito importante num líder”. O líder passou a reelaborar o que aprende com tal desembaraço que anda dando lições a quem sabe.
Em junho, numa entrevista à RBS, explicou que a ministra Ellen Gracie não conseguiu o emprego no Exterior porque não estudou como deveria. “Mas ela é moça, ainda tem tempo”, consolou-a. Em julho, enquadrou os críticos do programa que provocou o sumiço da miséria, o extermínio da fome e a promoção de todos os pobres a brasileiros da classe média.
“Alguns dizem assim: o Bolsa Família é uma esmola, é assistencialismo, é demagogia e vai por aí afora”, decolou o exterminador de plurais. “Tem gente tão imbecil, tão ignorante, que ainda fala ‘o Bolsa Família é pra deixá as pessoas preguiçosa porque quem recebe não quer mais trabalhá”. Quem discorda do presidente que ignora a existência da fronteira entre o Brasil e a Bolívia, reincidiu, ”é uma pessoa ignorante ou uma pessoa de má-fé ou uma pessoa que não conhece o povo brasileiro”.
Povo é com ele, gabou-se outra vez nesta terça-feira. No meio da aula, recomendou o estudo de português. ”É muito importante para as crianças não falarem menas laranjas, como eu”, exemplificou. Mas não tão importante assim: ”Às vezes, o português correto as pessoas nem entendem. Entendem o menas que eu falo”.
Mesmo os que não se expressam corretamente entendem quem fala menos. Não falta inteligência ao povo. Falta escola. Falta educação. Falta gente letrada com disposição e coragem para corrigir erros cometidos por adultos que nasceram pobres. Lula deixou de dizer menas quando alguém lhe ensinou que a palavra não existe. O exemplo que invocou foi apenas outra esperteza. Poucas manifestações de elitismo são tão perversas quanto conceder a quem nasce pobre o direito de nada aprender até a morte.
Milhões de meninos muito mais pobres do que Lula foi enfrentam carências desoladoras para assimilar conhecimentos. A celebração da ignorância é sobretudo um insulto aos pobres que estudam. É também uma agressão aos homens que sabem. Num Brasil pelo avesso, os que se aprenderam português logo terão de pedir licença aos analfabetos para expressar-se corretamente, e os que estudaram em Harvard esconderão o diploma no sótão.
A boa formação intelectual não transforma um governante em bom presidente. Mas quem se orgulha da formação indigente e despreza o conhecimento só se candidata a estadista por não saber o que é isso. Lula será apenas outra má lembrança destes tempos estranhos."
De volta para casa hoje, escrevi um texto entitulado "ignorância de massa". Após publicar o texto, fui ao site da Veja.com para ler Augusto Nunes, e eis que encontro por lá esta pérola:
"SEÇÃO » Direto ao Ponto
A celebração da ignorância é um insulto aos pobres que estudam
26 de agosto de 2009
COMPARTILHE
COMENTÁRIOS (195)
“Eu cheguei à Presidência mesmo sem ter um curso superior”, repetiu Lula a frase que nasceu como pedido de desculpas, tornou-se desafio, foi promovida a motivo de orgulho e acabou virando refrão do hino à ignorância. ”Talvez até quando eu deixar a Presidência possa até cursar uma universidade”, disse nesta terça-feira o único chefe de governo do mundo que não sabe escrever e nunca leu um livro.
Desse perigo estão livres os professores universitários. Lula evita livros e cadernos como o Superman evita a kriptonita. Longe do trabalho duro há 30 anos, não estudou porque não quis. Tempo teve de sobra. Vai sobrar mais tempo ainda quando sair do Planalto, mas continua sobrando preguiça. E ele entende que foi formalmente dispensado de aprender qualquer coisa pelos companheiros que sabem juntar sujeito e predicado.
A lastimável formação escolar foi tratada como pecado venial até que o crítico literário Antonio Cândido ensinou que, dependendo do portador, ignorância é virtude. “Essa história de despreparo é bobagem”, decretou há dois anos, entre um ensaio e a leitura de um clássico, o professor que não perdoava sequer cacófatos. ”Lula tem uma poderosa inteligência e uma capacidade extraordinária de absorver qualquer fonte de ensinamento que existe em volta dele ─ viajando pelo país, conversando com o povo, convivendo com os intelectuais”.
Amigo do fenômeno há 20 anos, Antônio Cândido descobriu um doutor de nascença. ”Nunca vi Lula ser um papagaio de ninguém”, garantiu. “Nunca vi Lula repetir o que ouviu. Ele tem uma grande capacidade de reelaborar o que aprende. E isso é muito importante num líder”. O líder passou a reelaborar o que aprende com tal desembaraço que anda dando lições a quem sabe.
Em junho, numa entrevista à RBS, explicou que a ministra Ellen Gracie não conseguiu o emprego no Exterior porque não estudou como deveria. “Mas ela é moça, ainda tem tempo”, consolou-a. Em julho, enquadrou os críticos do programa que provocou o sumiço da miséria, o extermínio da fome e a promoção de todos os pobres a brasileiros da classe média.
“Alguns dizem assim: o Bolsa Família é uma esmola, é assistencialismo, é demagogia e vai por aí afora”, decolou o exterminador de plurais. “Tem gente tão imbecil, tão ignorante, que ainda fala ‘o Bolsa Família é pra deixá as pessoas preguiçosa porque quem recebe não quer mais trabalhá”. Quem discorda do presidente que ignora a existência da fronteira entre o Brasil e a Bolívia, reincidiu, ”é uma pessoa ignorante ou uma pessoa de má-fé ou uma pessoa que não conhece o povo brasileiro”.
Povo é com ele, gabou-se outra vez nesta terça-feira. No meio da aula, recomendou o estudo de português. ”É muito importante para as crianças não falarem menas laranjas, como eu”, exemplificou. Mas não tão importante assim: ”Às vezes, o português correto as pessoas nem entendem. Entendem o menas que eu falo”.
Mesmo os que não se expressam corretamente entendem quem fala menos. Não falta inteligência ao povo. Falta escola. Falta educação. Falta gente letrada com disposição e coragem para corrigir erros cometidos por adultos que nasceram pobres. Lula deixou de dizer menas quando alguém lhe ensinou que a palavra não existe. O exemplo que invocou foi apenas outra esperteza. Poucas manifestações de elitismo são tão perversas quanto conceder a quem nasce pobre o direito de nada aprender até a morte.
Milhões de meninos muito mais pobres do que Lula foi enfrentam carências desoladoras para assimilar conhecimentos. A celebração da ignorância é sobretudo um insulto aos pobres que estudam. É também uma agressão aos homens que sabem. Num Brasil pelo avesso, os que se aprenderam português logo terão de pedir licença aos analfabetos para expressar-se corretamente, e os que estudaram em Harvard esconderão o diploma no sótão.
A boa formação intelectual não transforma um governante em bom presidente. Mas quem se orgulha da formação indigente e despreza o conhecimento só se candidata a estadista por não saber o que é isso. Lula será apenas outra má lembrança destes tempos estranhos."
Ignorância de massa
A ignorância que assola o país tem sido um dos temas mais frequentes nos meus posts.
Sempre houve ignorância, mas era uma ignorância constrangida, daqueles que desejariam ter conhecimento, mas não tiveram oportunidade.
O fenômeno Lula mudou tudo, colocou a ignorância na moda. Importante é "comida na boca do povo", o resto é "bobagem". Acabou o constrangimento.
Se o presidente é ignorante, se as celebridades são ignorantes, buscar conhecimento e informação para que? Dá para ser rico e ser ignorante, conhecimento não é condição essencial para ganhar dinheiro.
Professores, que deveriam educar, ensinar, em sua maioria acham Lula o "máximo", e pensam que é muito mais importante formar marionetes ideológicas prontas a seguir o grande líder, do que formar cidadãos com conhecimento e cultura.
Estou lendo um livro muito interessante, sobre coleção de carros antigos. O livro foi escrito por um colecionador, que é também um profissional de sucesso no mercado financeiro Brasileiro. Apesar de ser interessante, o portugues do livro é sofrível. O autor não sabe, por exemplo, a diferença entre "sob" e "sobre". Comentava isto com minha esposa, que observou - "por que será que ele não contratou um revisor para o texto?". Ao que eu respondi - revisor para que, se o público que vai ler o livro não entende nada de língua portuguesa também.
Não é mais necessário conhecer o idioma para ser autor de livros no Brasil. Muito menos para ganhar milhões no mercado financeiro, ou para se eleger presidente da república.
Semana passada escrevi sobre o "jornalismo" do SBT que, ao comentar que Ted Kennedy era irmão do ex-presidente John Kennedy, mostrava a imagem de Bob Kennedy. E disse - por que os "jornalistas" iriam se preocupar com isto se o "respeitável público" não tem a menor idéia de quem é quem? Poderia ser pior, o "jornalismo" do SBT poderia mostar a imagem do lutador Maguila informando tratar-se de John Kennedy, e ficaria por isto, tamanha é a ignorância do "respeitável público".
Esta ignorância de massa é um fênomeno que se realimenta, formando um círculo vicioso, que ainda vai nos colocar de volta em cipó e caverna. Mas enquanto isto não ocorre, segue o baile.
Enquanto isso, chineses, que não são bobos, investem pesadamente em educação para recuperar o tempo perdido com o comunismo. Sabem que seu projeto de dominação planetária depende da formação de seu povo.
Sempre houve ignorância, mas era uma ignorância constrangida, daqueles que desejariam ter conhecimento, mas não tiveram oportunidade.
O fenômeno Lula mudou tudo, colocou a ignorância na moda. Importante é "comida na boca do povo", o resto é "bobagem". Acabou o constrangimento.
Se o presidente é ignorante, se as celebridades são ignorantes, buscar conhecimento e informação para que? Dá para ser rico e ser ignorante, conhecimento não é condição essencial para ganhar dinheiro.
Professores, que deveriam educar, ensinar, em sua maioria acham Lula o "máximo", e pensam que é muito mais importante formar marionetes ideológicas prontas a seguir o grande líder, do que formar cidadãos com conhecimento e cultura.
Estou lendo um livro muito interessante, sobre coleção de carros antigos. O livro foi escrito por um colecionador, que é também um profissional de sucesso no mercado financeiro Brasileiro. Apesar de ser interessante, o portugues do livro é sofrível. O autor não sabe, por exemplo, a diferença entre "sob" e "sobre". Comentava isto com minha esposa, que observou - "por que será que ele não contratou um revisor para o texto?". Ao que eu respondi - revisor para que, se o público que vai ler o livro não entende nada de língua portuguesa também.
Não é mais necessário conhecer o idioma para ser autor de livros no Brasil. Muito menos para ganhar milhões no mercado financeiro, ou para se eleger presidente da república.
Semana passada escrevi sobre o "jornalismo" do SBT que, ao comentar que Ted Kennedy era irmão do ex-presidente John Kennedy, mostrava a imagem de Bob Kennedy. E disse - por que os "jornalistas" iriam se preocupar com isto se o "respeitável público" não tem a menor idéia de quem é quem? Poderia ser pior, o "jornalismo" do SBT poderia mostar a imagem do lutador Maguila informando tratar-se de John Kennedy, e ficaria por isto, tamanha é a ignorância do "respeitável público".
Esta ignorância de massa é um fênomeno que se realimenta, formando um círculo vicioso, que ainda vai nos colocar de volta em cipó e caverna. Mas enquanto isto não ocorre, segue o baile.
Enquanto isso, chineses, que não são bobos, investem pesadamente em educação para recuperar o tempo perdido com o comunismo. Sabem que seu projeto de dominação planetária depende da formação de seu povo.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Suplicy atinge o alvo
Os que acompanham política sabem que Suplicy está fazendo o que sabem melhor - jogar para a torcida.
Funciona assim - enquanto se discutia o arquivamento, ou não, das denúncias contra Sarney, e o PT, sob o comando de Lula, se articulava pelo arquivamento, Suplicy estava sumido. Só era visto cantando em programas da RedeTV....
Mas após a consumação do salvamento de Sarney, e de satisfeito o desejo de Lula e do PT, eis que surge Suplicy, dando cartão vermelho para Sarney (sem citar Lula ou o PT). Assim, na campanha, ele poderá dizer para a "torcida' - viram, eu era contra o salvamento de Sarney.
O pior é que atitudes infantis como esta acabam por atingir o alvo (e Suplicy sabe disto). Ontem à noite eu participei de um jantar com executivos na churrascaria Vento Haragano, em São Paulo, e todos estavam muito impressionados com a "coragem" de Suplicy.
Pobre país.
Funciona assim - enquanto se discutia o arquivamento, ou não, das denúncias contra Sarney, e o PT, sob o comando de Lula, se articulava pelo arquivamento, Suplicy estava sumido. Só era visto cantando em programas da RedeTV....
Mas após a consumação do salvamento de Sarney, e de satisfeito o desejo de Lula e do PT, eis que surge Suplicy, dando cartão vermelho para Sarney (sem citar Lula ou o PT). Assim, na campanha, ele poderá dizer para a "torcida' - viram, eu era contra o salvamento de Sarney.
O pior é que atitudes infantis como esta acabam por atingir o alvo (e Suplicy sabe disto). Ontem à noite eu participei de um jantar com executivos na churrascaria Vento Haragano, em São Paulo, e todos estavam muito impressionados com a "coragem" de Suplicy.
Pobre país.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Ricos e empresários
Dia desses Augusto Nunes entrevistou uma beneficiária do bolsa família, para ter uma idéia do que pensam. Entre várias observações, ela disse o seguinte: "não sei quem é Dilma Russef, mas se Lula pedir, ela já tem 4 votos lá em casa".
Isto porque havia ouvido boatos de que se Lula não eleger o sucessor o bolsa familia será descontinuado.
Estratégicamente, o raciocínio dela está equivocado, pois assistencialismo condena ela, e suas gerações futuras, a viverem na miséria.
Mas do ponto de vista de sobrevivência imediata, o raciocínio está perfeito. Há uma ameaça direta (imaginada), então a forma de reagir é votar em quem Lula mandar.
Este tipo de raciocínio (de sobrevivência) que não existe na cabeça dos ricos e empresários. Vivem a financiar campanhas eleitorais de sujeitos que irão:
- Fazer proselitismo sobre a questão pobres X ricos;
- Aumentar impostos;
- Aumentar a burocracia que sufoca a operação das empresas;
- Mudar índices de produtividade rural para transformar propriedades produtivas em improdutivas.
A beneficiária do bolsa família consegue ter uma raciocínio elementar - se percebe uma ameaça, vota para se proteger da ameaça. Já empresários e ricos agem diferente - se percebem uma ameaça, financiam a eleição da ameaça. Raciocíno elementar está além da capacidade de ricos e empresários.
O capitalismo está sob ataque permanente nos flancos ideológico, tributário e regulatório.
Mas não faltará dinheiro na campanha dos políticos em 2010.
Isto porque havia ouvido boatos de que se Lula não eleger o sucessor o bolsa familia será descontinuado.
Estratégicamente, o raciocínio dela está equivocado, pois assistencialismo condena ela, e suas gerações futuras, a viverem na miséria.
Mas do ponto de vista de sobrevivência imediata, o raciocínio está perfeito. Há uma ameaça direta (imaginada), então a forma de reagir é votar em quem Lula mandar.
Este tipo de raciocínio (de sobrevivência) que não existe na cabeça dos ricos e empresários. Vivem a financiar campanhas eleitorais de sujeitos que irão:
- Fazer proselitismo sobre a questão pobres X ricos;
- Aumentar impostos;
- Aumentar a burocracia que sufoca a operação das empresas;
- Mudar índices de produtividade rural para transformar propriedades produtivas em improdutivas.
A beneficiária do bolsa família consegue ter uma raciocínio elementar - se percebe uma ameaça, vota para se proteger da ameaça. Já empresários e ricos agem diferente - se percebem uma ameaça, financiam a eleição da ameaça. Raciocíno elementar está além da capacidade de ricos e empresários.
O capitalismo está sob ataque permanente nos flancos ideológico, tributário e regulatório.
Mas não faltará dinheiro na campanha dos políticos em 2010.
Jornal Nacional, PDT, Ted Kennedy e SBT
Ontem à noite assisti a um comercial de auto-elogio do jornal nacional, onde dizia algo como "jornalismo de qualidade há quarenta anos". Logo na sequência entra no ar um comercial de auto-elogio do PDT, com Carlos Lupi.
Após assistir a estes dois comerciais em sequência tive vontade de levar minha televisão até a delegacia mais próxima, por ser um artigo de alta periculosidade.
O PDT e Carlos Lupi dispensam comentários.
Já o jornal nacional é aquele que mostrou a que vinha já na sua primeira manchete da sua primeira edição: "melhora o estado de saúde do presidente Costa e Silva". O estado de saúde do presidente só piorava, e morreria pouco depois. Esta primeira manchete definiu as linhas mestras que conduziriam o jornal nacional dali para a frente:
- Falta de compromisso com a verdade;
- Servilismo com o governante de plantão.
Pior que isto, só o "jornalismo" do SBT. Hoje pela manhã ao noticiar a morte do senador Ted Kennedy, informaram que era irmão do ex-presidente John Kennedy, enquanto na tela aparecia imagem de Bob Kennedy. Ou seja, os "jornalistas" do SBT não sabem a diferença entre John Kennedy e Bob Kennedy. Como o "respeitável público" também não sabe...fica tudo em casa.
Antes de falecer, o senador Ted Kennedy ainda teve tempoo de fazer uma última bobagem - jogou o peso do seu sobrenome na campanha de Obama, ainda durante as primárias americanas.
A mistura entre ignorância, imbecilidade e inexistência de lideranças é a verdadeira peste negra do século XXI.
Após assistir a estes dois comerciais em sequência tive vontade de levar minha televisão até a delegacia mais próxima, por ser um artigo de alta periculosidade.
O PDT e Carlos Lupi dispensam comentários.
Já o jornal nacional é aquele que mostrou a que vinha já na sua primeira manchete da sua primeira edição: "melhora o estado de saúde do presidente Costa e Silva". O estado de saúde do presidente só piorava, e morreria pouco depois. Esta primeira manchete definiu as linhas mestras que conduziriam o jornal nacional dali para a frente:
- Falta de compromisso com a verdade;
- Servilismo com o governante de plantão.
Pior que isto, só o "jornalismo" do SBT. Hoje pela manhã ao noticiar a morte do senador Ted Kennedy, informaram que era irmão do ex-presidente John Kennedy, enquanto na tela aparecia imagem de Bob Kennedy. Ou seja, os "jornalistas" do SBT não sabem a diferença entre John Kennedy e Bob Kennedy. Como o "respeitável público" também não sabe...fica tudo em casa.
Antes de falecer, o senador Ted Kennedy ainda teve tempoo de fazer uma última bobagem - jogou o peso do seu sobrenome na campanha de Obama, ainda durante as primárias americanas.
A mistura entre ignorância, imbecilidade e inexistência de lideranças é a verdadeira peste negra do século XXI.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Bolivariano Obama em ação
É uma bobagem, mas vem reforçar o comprometimento do governo Obama com a "revolução bolivariana" no continente - o governo americando acaba de suspender a concessão de vistos para cidadãos hondurenhos. Vale a partir de amanhã. Nenhum hondurenho vai morrer por ter que ficar sem ir aos EUA. Visto não é um gênero de primeira necessidade. Mas é mais um passo dos governo americano para aumentar a pressão pelo retorno do bolivariano Zelaya ao poder. O governo constitucional de Honduras resiste, surpreendendemente.
Como Reinaldo Azevedo já falou à exaustão, Obama não deu um pio sobre a fraude elitoral no Irã, nem sobre os cidadãos que eram abatidos nas ruas. Obama não dá um pio sobre a perseguição que as milícias chavistas fazem aos opositores na venezuela.
Mas Obama não aceita que um bolivariano seja retirado democraticamente do poder em Honduras, para preservar a democracia no país.
Eu sou um admirador dos EUA desde muito tempo. Gosto do país, gosto do povo, admiro a economia, gosto de viajar para lá, e brigo com quem vier falar mal de americano perto de mim.
Mas se realmente Obama representa de alguma forma o povo americano, minha admiração pelo país acabou.
Eu aind acredito que a eleição de Obama representa apenas a imbecilidade que domina aquele povo, e não uma mudança nos seus valores essenciais. Se houver resistência a Obama, estou certo. Se não, estou errado.
Os EUA sempre foram a minha opção de back up, para o caso de as coisas apertarem por aqui. Por enquanto, estou sem back up.
Como Reinaldo Azevedo já falou à exaustão, Obama não deu um pio sobre a fraude elitoral no Irã, nem sobre os cidadãos que eram abatidos nas ruas. Obama não dá um pio sobre a perseguição que as milícias chavistas fazem aos opositores na venezuela.
Mas Obama não aceita que um bolivariano seja retirado democraticamente do poder em Honduras, para preservar a democracia no país.
Eu sou um admirador dos EUA desde muito tempo. Gosto do país, gosto do povo, admiro a economia, gosto de viajar para lá, e brigo com quem vier falar mal de americano perto de mim.
Mas se realmente Obama representa de alguma forma o povo americano, minha admiração pelo país acabou.
Eu aind acredito que a eleição de Obama representa apenas a imbecilidade que domina aquele povo, e não uma mudança nos seus valores essenciais. Se houver resistência a Obama, estou certo. Se não, estou errado.
Os EUA sempre foram a minha opção de back up, para o caso de as coisas apertarem por aqui. Por enquanto, estou sem back up.
Cumprindo a agenda do partido
Como é sabido, petistas de carteirinha e/ou de alma estão espalhados pelo jornalismo, pelas artes, pelas repartições públicas.
Tudo o que fazem ou dizem faz parte da agenda do partido.
Ingênuos lêem jornal e pensam estar lendo informação, quando na verdade estão apenas sendo doutrinados com agenda do PT.
Me pergunto - será que até quando vão ao banheiro estão cumprindo agenda do partido?
Bom, dependendo do que forem fazer no banheiro...estão, sim, cumprindo a agenda do partido.
Tudo o que fazem ou dizem faz parte da agenda do partido.
Ingênuos lêem jornal e pensam estar lendo informação, quando na verdade estão apenas sendo doutrinados com agenda do PT.
Me pergunto - será que até quando vão ao banheiro estão cumprindo agenda do partido?
Bom, dependendo do que forem fazer no banheiro...estão, sim, cumprindo a agenda do partido.
Faustão, ricos e Serra
Domingo eu zapeava pela TV (antes de desligá-la) e eis que passo pelo Faustão bem no momento em que ele fazia a seguinte observação sobre a personagem Melissa Cadore (da novela caminho das índias): "é uma socialite com cérebro de isopor". O que esta simples afirmação mostra sobre o Faustão?
- Primeiro, que é um covarde, que faz seu discurso truculento dentro das marges que lhe são impostas pelos "guardiães" do politicamente correto. Faustão jamais faria esta afirmação se a personagem fosse negra, gay ou pobre. Como é rica, branca e heterossexual, pau nela.
- Segundo, que é um idiota, pois Faustão é um milionário, que gosta de ser milionário, que vive no meio de milionários, cercado por socialites. Afirmações como a dele, pois mais inconsequentes que pareçam, só vão fornecimento munição para aqueles que praticam o discurso contra os ricos (como Faustão).
Aliás, como já escrevi diversas vezes, a imbecilidade corre solta entre ricos no Brasil e no mundo. Quando uma classe de pessoas perde o instinto de sobrevivência, como é o caso, fica muito difícil se preservar a longo prazo.
Vejam o exemplo do neo-fascista José Serra (está na revista Exame desta quinzena) - segundo a reportagem, Serra ficou encantado com o bom ibope que deram as operações da polícia federal (sob o comando do comunista Tarso Genro) contra a Daslu e contra a Tania Bulhões em São Paulo. Então Serra baixou uma ordem para a polícia de SP - perseguição aos ricos. Para sua candidatura à presidência ele também quer ser percebido pelo povão como caçador de ricos. Já tivemos o caçador de marajás, agora será a vez dos caçadores de ricos. No plural, uma vez que Serra e Dilma são a versão com calça e com saia do mesmo. Mesmo pensamento, mesma ideologia, mesma personalidade truculenta.
E o que farão os ricos? Financiarão a campanha presidencial de Serra. Como financiam campanhas desde o surgimento das eleições no Brasil.
Mais uma vez afirmo - quando se percede o instinto de sobrevivência está se condenando à extinção.
- Primeiro, que é um covarde, que faz seu discurso truculento dentro das marges que lhe são impostas pelos "guardiães" do politicamente correto. Faustão jamais faria esta afirmação se a personagem fosse negra, gay ou pobre. Como é rica, branca e heterossexual, pau nela.
- Segundo, que é um idiota, pois Faustão é um milionário, que gosta de ser milionário, que vive no meio de milionários, cercado por socialites. Afirmações como a dele, pois mais inconsequentes que pareçam, só vão fornecimento munição para aqueles que praticam o discurso contra os ricos (como Faustão).
Aliás, como já escrevi diversas vezes, a imbecilidade corre solta entre ricos no Brasil e no mundo. Quando uma classe de pessoas perde o instinto de sobrevivência, como é o caso, fica muito difícil se preservar a longo prazo.
Vejam o exemplo do neo-fascista José Serra (está na revista Exame desta quinzena) - segundo a reportagem, Serra ficou encantado com o bom ibope que deram as operações da polícia federal (sob o comando do comunista Tarso Genro) contra a Daslu e contra a Tania Bulhões em São Paulo. Então Serra baixou uma ordem para a polícia de SP - perseguição aos ricos. Para sua candidatura à presidência ele também quer ser percebido pelo povão como caçador de ricos. Já tivemos o caçador de marajás, agora será a vez dos caçadores de ricos. No plural, uma vez que Serra e Dilma são a versão com calça e com saia do mesmo. Mesmo pensamento, mesma ideologia, mesma personalidade truculenta.
E o que farão os ricos? Financiarão a campanha presidencial de Serra. Como financiam campanhas desde o surgimento das eleições no Brasil.
Mais uma vez afirmo - quando se percede o instinto de sobrevivência está se condenando à extinção.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Do blog do Rodrigo Constantino, sobre 2010
"As eleições que se aproximam em 2010 demonstram uma vez mais o monopólio da esquerda na política nacional. Os defensores do liberalismo não encontram representação alguma, e fica cada vez mais difícil distinguir os candidatos. São todos vermelhos, variando apenas o tom. Dilma, a escolhida pelo presidente Lula, representa a continuação do rumo atual, da concentração assustadora de poder no governo, dos fins que justificam quaisquer meios, do DNA autoritário que tentou controlar a imprensa, do antigo sonho socialista da ex-guerrilheira que jamais se arrependeu de seu passado. Heloísa Helena e seu PSOL representam apenas o PT de ontem, mais raivoso e radical, ainda sonhando em transformar o país numa enorme Cuba. José Serra demonstra viés claramente autoritário, despreza o livre mercado e acredita no planejamento central da economia; é o mais esquerdista do esquerdista PSDB. Ciro Gomes também apresenta características autoritárias e, como disse num debate comigo, não enxerga onde cortar “um bilhãozinho” num governo obeso que torra centenas de bilhões dos pagadores de impostos.
Por fim, a nova esperança que surge para muitos desesperados com a falta de ética na política chama-se Marina Silva. Mas Marina, não custa lembrar, pertence ao PT e ao governo Lula, e se migrar para o PV será apenas por oportunismo político. Ela foi ministra deste governo, e continuou filiada ao partido depois. Ela veste literalmente o boné da organização criminosa chamada MST. Ela tem em Leonardo Boff e “Frei” Betto ícones intelectuais. Ela representa a nova religião verde, que abrigou diversas viúvas do comunismo somente como novo meio para continuar atacando o capitalismo. Será que Marina Silva realmente significa uma mudança para melhor no rumo do país?"
Por fim, a nova esperança que surge para muitos desesperados com a falta de ética na política chama-se Marina Silva. Mas Marina, não custa lembrar, pertence ao PT e ao governo Lula, e se migrar para o PV será apenas por oportunismo político. Ela foi ministra deste governo, e continuou filiada ao partido depois. Ela veste literalmente o boné da organização criminosa chamada MST. Ela tem em Leonardo Boff e “Frei” Betto ícones intelectuais. Ela representa a nova religião verde, que abrigou diversas viúvas do comunismo somente como novo meio para continuar atacando o capitalismo. Será que Marina Silva realmente significa uma mudança para melhor no rumo do país?"
Avisem Roberto Pompeu de Toledo
Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi, Augusto Nunes, por favor - informem ao colega de redação Roberto Pompeu de Toledo que não houve golpe de estado em Honduras. Parece que Pompeu de Toledo se atualiza apenas na "agência bolivariana de notícias", mas conhecida como CNN en espanol.
Mais um de Augusto Nunes
Já deixei clara minha posição em relação ao tucanato, e meu desembarque do PSDB.
Mas o texto abaixo, de Augusto Nunes, é genial.
"SEÇÃO » Direto ao Ponto
Quem estupra contas bancárias não é um candidato. É uma ameaça
24 de agosto de 2009
COMPARTILHE
“Os tucanos que governam São Paulo faz 15 anos não fizeram nada de importante para o povo”, repetiu Lula no fim de semana. O povo discorda, avisam os intitutos de pesquisa. A grande maioria ficou satisfeita com o que Mário Covas e Geraldo Alckmin fizeram, e aprova o que José Serra anda fazendo. Muitos até acham que, depois de eleitos, não precisavam ter feito mais nada. O que impediram que outros fizessem vale um programa de governo inteiro..
Mário Covas, por exemplo, livrou São Paulo de José Dirceu em 1994 e, quatro anos mais tarde, de Marta Suplicy (além de Paulo Maluf). Em 2002, Geraldo Alckmin evitou que José Genoíno se homiziasse no Palácio dos Bandeirantes. Em 2006, José Serra devolveu Aloízio Mercadante à rotina de rendições no Senado. Em 14 anos, cinco candidatos de alto risco foram neutralizados. É uma obra e tanto.
Como Ciro Gomes preferiu perder a eleição presidencial, Lula só espera o julgamento pelo STF do caso da quebra criminosa do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa para ordenar ao PT que oficialize a candidatura de Antonio Palocci a governador. Formalizada a absolvição, marcada para quinta-feira, caberá a um estuprador de contas da Caixa Econômica Federal colocar São Paulo em perigo. Desde 1994 tem sido assim: quando a eleição estadual se aproxima, o PT não lança candidatos. Lança ameaças.
Se qualquer das ameaças fosse consumada, a galeria dos governadores teria de incorporar, pela primeira vez, dois retratos do mesmo personagem.Marta Suplicy sorriria para a posteridade no dia da posse e, muitos anos mais nova, no fim do mandato. Os demais teriam um retrato de frente e outro de perfil."
Mas o texto abaixo, de Augusto Nunes, é genial.
"SEÇÃO » Direto ao Ponto
Quem estupra contas bancárias não é um candidato. É uma ameaça
24 de agosto de 2009
COMPARTILHE
“Os tucanos que governam São Paulo faz 15 anos não fizeram nada de importante para o povo”, repetiu Lula no fim de semana. O povo discorda, avisam os intitutos de pesquisa. A grande maioria ficou satisfeita com o que Mário Covas e Geraldo Alckmin fizeram, e aprova o que José Serra anda fazendo. Muitos até acham que, depois de eleitos, não precisavam ter feito mais nada. O que impediram que outros fizessem vale um programa de governo inteiro..
Mário Covas, por exemplo, livrou São Paulo de José Dirceu em 1994 e, quatro anos mais tarde, de Marta Suplicy (além de Paulo Maluf). Em 2002, Geraldo Alckmin evitou que José Genoíno se homiziasse no Palácio dos Bandeirantes. Em 2006, José Serra devolveu Aloízio Mercadante à rotina de rendições no Senado. Em 14 anos, cinco candidatos de alto risco foram neutralizados. É uma obra e tanto.
Como Ciro Gomes preferiu perder a eleição presidencial, Lula só espera o julgamento pelo STF do caso da quebra criminosa do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa para ordenar ao PT que oficialize a candidatura de Antonio Palocci a governador. Formalizada a absolvição, marcada para quinta-feira, caberá a um estuprador de contas da Caixa Econômica Federal colocar São Paulo em perigo. Desde 1994 tem sido assim: quando a eleição estadual se aproxima, o PT não lança candidatos. Lança ameaças.
Se qualquer das ameaças fosse consumada, a galeria dos governadores teria de incorporar, pela primeira vez, dois retratos do mesmo personagem.Marta Suplicy sorriria para a posteridade no dia da posse e, muitos anos mais nova, no fim do mandato. Os demais teriam um retrato de frente e outro de perfil."
Serviços de saúde
Sou daqueles que acha que o governo deveria cuidar de saúde, educação e segurança. Deveria prover estes serviços com qualidade para todos os cidadãos, indiscriminadamente. E deixar o resto para a iniciativa privada.
Este pensamento é minoritário, não só no Brasil, mas no resto do mundo. Governantes e povos acham que seus governos devem se meter em tudo. Com este pensamento dominante, as consequências são as seguintes:
- Para os governantes, oportunidades infinitas de aumentar seus patrimônios pessoais enquanto acupam cargos públicos, além de poder arrrumar uma porção de empregos para a companheirada;
- Para o povo - ficam sem nada. Querem que o governo se meta em tudo, e não conseguem receber, sequer, saúde, segurança e educação.
É uma espécie de pacto onde poucos ganham muito, e muitos perdem, mas que parece ser uma verdade bíblica intocável. Aqueles que ousam pensar como eu são os infiéis.
A medicina é uma questão que causa preocupação. Não sou tão velho assim ... mas só ouvi falar de plano de saúde quando me tornei adulto. Na infância e juventude a família pagava os gastos médicos sem necessidade de planos de saúde. Hoje isto seria praticamente inviável.
E é inviável por que? Porque os custos dos serviços médicos sobem sem parar, mundialmente. Até a economia americana está de joelhos perante o gasto com serviços médicos.
Como parar isto?
Todos nós, por mais perdulários que sejamos, temos um limite em relação ao quanto estamos dispostos a pagar por determinado bem ou serviço. Posso querer muito um determinado carro ou apartamento, mas há um limite no quanto estarei disposto a pagar por ele. As regras de economia de mercado entram em ação.
Mas quanto estamos dispostos a pagar por nossa vida? A resposta é a da propaganda - não tem preço. Desta forma, leis de mercado não valem para serviços onde a nossa própria vida está em jogo. Para nos manter vivos estamos dispostos a gastar tudo o que temos, e ainda obter empréstimos.
Percebendo esta lógica elementar, é claro que a classe médica vai elevando permanentemente o custo dos tratamentos.
De uma certa forma, é como um sequestro. No sequestro dizem - "passa a grana ou matamos o refém". No caso do tratamento médico o discurso é assim - "passa a grana ou deixamos o paciente morrer".
Claro que este discurso é aplicado com toda a cordialidade, cheio de termos médicos e justificativas para não afrontar diretamente o código de ética. Mas na essência é assim.
Há poucos meses atrás minha mãe teve um grave problema de saúde e o médico dela recomendou o tratamento num hospital de primeira linha em São Paulo. Era isto, ou corria risco de vida. Obviamente o caríssimo plano de saúde não contemplava o referido hospital em São Paulo, então o tratamento teve que ser particular. Custou uma verdadeira fortuna, um montante de dinheiro que, para ser ganho, demanda muito, muito, tempo do trabalho da família. Mas foi pago, pois a família se sentiu na situação que menciono acima - "passa a grana ou...".
Desta forma, como valorizamos nossas vidas acima de tudo, nos colocamos na situação de reféns nas mãos de quem tem a capacidade de salvá-las.
Os que têm dinheiro pagam, empobrecem, mas continuam vivos.
Os que não têm dinheiro, morrem.
Obviamente isto é uma injustiça social, que passa ao largo do discurso dos que tanto falam de justiça social (e que faturam votos com este discurso). Agem assim porque descobriram que o povo prefere R$100 no bolso, a bons serviços de saúde.
Saúde deveria ser um serviço público, com o mesmo padrão de qualidade para todos os cidadãos. Assim como educação e segurança. Com bons hospitais públicos, bem administrados, e remuneração dos profissionais definida pelo estado.
É assim que pensa um direitista infiel.
Este pensamento é minoritário, não só no Brasil, mas no resto do mundo. Governantes e povos acham que seus governos devem se meter em tudo. Com este pensamento dominante, as consequências são as seguintes:
- Para os governantes, oportunidades infinitas de aumentar seus patrimônios pessoais enquanto acupam cargos públicos, além de poder arrrumar uma porção de empregos para a companheirada;
- Para o povo - ficam sem nada. Querem que o governo se meta em tudo, e não conseguem receber, sequer, saúde, segurança e educação.
É uma espécie de pacto onde poucos ganham muito, e muitos perdem, mas que parece ser uma verdade bíblica intocável. Aqueles que ousam pensar como eu são os infiéis.
A medicina é uma questão que causa preocupação. Não sou tão velho assim ... mas só ouvi falar de plano de saúde quando me tornei adulto. Na infância e juventude a família pagava os gastos médicos sem necessidade de planos de saúde. Hoje isto seria praticamente inviável.
E é inviável por que? Porque os custos dos serviços médicos sobem sem parar, mundialmente. Até a economia americana está de joelhos perante o gasto com serviços médicos.
Como parar isto?
Todos nós, por mais perdulários que sejamos, temos um limite em relação ao quanto estamos dispostos a pagar por determinado bem ou serviço. Posso querer muito um determinado carro ou apartamento, mas há um limite no quanto estarei disposto a pagar por ele. As regras de economia de mercado entram em ação.
Mas quanto estamos dispostos a pagar por nossa vida? A resposta é a da propaganda - não tem preço. Desta forma, leis de mercado não valem para serviços onde a nossa própria vida está em jogo. Para nos manter vivos estamos dispostos a gastar tudo o que temos, e ainda obter empréstimos.
Percebendo esta lógica elementar, é claro que a classe médica vai elevando permanentemente o custo dos tratamentos.
De uma certa forma, é como um sequestro. No sequestro dizem - "passa a grana ou matamos o refém". No caso do tratamento médico o discurso é assim - "passa a grana ou deixamos o paciente morrer".
Claro que este discurso é aplicado com toda a cordialidade, cheio de termos médicos e justificativas para não afrontar diretamente o código de ética. Mas na essência é assim.
Há poucos meses atrás minha mãe teve um grave problema de saúde e o médico dela recomendou o tratamento num hospital de primeira linha em São Paulo. Era isto, ou corria risco de vida. Obviamente o caríssimo plano de saúde não contemplava o referido hospital em São Paulo, então o tratamento teve que ser particular. Custou uma verdadeira fortuna, um montante de dinheiro que, para ser ganho, demanda muito, muito, tempo do trabalho da família. Mas foi pago, pois a família se sentiu na situação que menciono acima - "passa a grana ou...".
Desta forma, como valorizamos nossas vidas acima de tudo, nos colocamos na situação de reféns nas mãos de quem tem a capacidade de salvá-las.
Os que têm dinheiro pagam, empobrecem, mas continuam vivos.
Os que não têm dinheiro, morrem.
Obviamente isto é uma injustiça social, que passa ao largo do discurso dos que tanto falam de justiça social (e que faturam votos com este discurso). Agem assim porque descobriram que o povo prefere R$100 no bolso, a bons serviços de saúde.
Saúde deveria ser um serviço público, com o mesmo padrão de qualidade para todos os cidadãos. Assim como educação e segurança. Com bons hospitais públicos, bem administrados, e remuneração dos profissionais definida pelo estado.
É assim que pensa um direitista infiel.
domingo, 23 de agosto de 2009
Paraíso do Proletariado
"Em 1958, quando Mao lançou o Grande Salto Adiante, seu segundo em comando, Liu Shao-chi, o acompanhou, embora discordasse de sua posição. E quando o ministro da defesa Pend De-huai minifestou-se contra as políticas de Mao em Lushan, em 1959, no momento em que uma epidemia de fome estava em pleno andamento, Liu, que era então presidente do estado, além de segundo homem mais forte do partido, não o apoiou."
"Mas Liu estava profundamente perturbado pela epidemia de fome, que, ele sabia, até o começo de 1961 já havia consumido cerca de 30 milhões de vidas. E ficou particularmente afetado quando visitou sua região natal em Hunan, entre abril e maio daquele ano, e viu com os próprios olhos o sofrimento horrível que ajudara a criar. Decidiu então descobrir uma maneira de deter Mao."
"Mao tentou desviar a insatisfação com seu método usual de apontar bodes expiatórios. As pessoas que escolheu foram, em primeiro lugar, quadros das aldeias, que ele acusou de "bater nas pessoas e espancá-las até a morte", e de "fazer com que as colheitas diminuíssem e as pessoas não tivéssem o suficiente para comer". Depois culpou os russos, e seu terceiro bode expiatório foram "calamidades naturais extraordináriamente grandes". Na verdade, os registros metereológicos mostram que, além de não ter havido calamidades naturais durante os anos de fome, o tempo foi melhor do que a média. Mas, mesmo que os quadros não tivéssem uma visão geral do país e metade deles acreditasse em Mao, os funcionários famintos sentiam que algo devia estar terrivelmente errado no modo como o partido governava a China se a população inteira, inclusive eles mesmos, estava em tal estado de miséria."
"Mao tentou também conquistar a simpatia dos quadros ao anunciar aos membros do partido que ele "compartilharia a boa e a má sorte com a nação", e deixaria de comer carne. Na verdade, tudo o que ele fez, durante algum tempo, foi comer peixe, que de qualquer forma ele adorava. E seu regime sem carne não durou muito. Com efeito, foi exatamente no meio da epidemia de fome que ele desenvolveu um pendor pela cozinha européia, rica em carne. Em 26 de abril de 1961, um conjunto abrangente de menus europeus foi-lhe apresentado, dividido em sete partes: frutos do mar, frango, pato, porco, carneiro, carne bovina e sopas, cada uma delas com vários pratos."
"Mao fazia grandes esforços para manter sua vida cotidiana completamente secreta. Sua filha Li Na morava na universidade; assim, durante a semana comia as rações normais e morria de foma. Quando foi passar um fim de semana em casa, surrupiou alguns dos luxos culinários usuais do pai. Mao disse-lhe para nunca mais fazer isso. Nada podia destruir a ilusão de que ele estva apertando o cinto junto com o resto do país. Em consequência, Li Na contraiu edema em 1960 e parou de menstruar. No ano seguinte, abandonou totalmente a universidade e ficou em casa."
"Para os membros de seu staff, que podiam ver o que Mao comia e que também estavam semifamintos como suas famílias, Mao alegava que sua comida era uma recompensa "do povo" para ele e que os outros "não tinham direito" a ela. Seu zelador levou alguns restos para casa e foi exilado no Grande Deserto do Norte; nunca mais se soube dele."
Trechos das páginas 379 a 384 do livro "Mao, A História Desconhecida" de Jan Halliday e Jung Chang.
"Mas Liu estava profundamente perturbado pela epidemia de fome, que, ele sabia, até o começo de 1961 já havia consumido cerca de 30 milhões de vidas. E ficou particularmente afetado quando visitou sua região natal em Hunan, entre abril e maio daquele ano, e viu com os próprios olhos o sofrimento horrível que ajudara a criar. Decidiu então descobrir uma maneira de deter Mao."
"Mao tentou desviar a insatisfação com seu método usual de apontar bodes expiatórios. As pessoas que escolheu foram, em primeiro lugar, quadros das aldeias, que ele acusou de "bater nas pessoas e espancá-las até a morte", e de "fazer com que as colheitas diminuíssem e as pessoas não tivéssem o suficiente para comer". Depois culpou os russos, e seu terceiro bode expiatório foram "calamidades naturais extraordináriamente grandes". Na verdade, os registros metereológicos mostram que, além de não ter havido calamidades naturais durante os anos de fome, o tempo foi melhor do que a média. Mas, mesmo que os quadros não tivéssem uma visão geral do país e metade deles acreditasse em Mao, os funcionários famintos sentiam que algo devia estar terrivelmente errado no modo como o partido governava a China se a população inteira, inclusive eles mesmos, estava em tal estado de miséria."
"Mao tentou também conquistar a simpatia dos quadros ao anunciar aos membros do partido que ele "compartilharia a boa e a má sorte com a nação", e deixaria de comer carne. Na verdade, tudo o que ele fez, durante algum tempo, foi comer peixe, que de qualquer forma ele adorava. E seu regime sem carne não durou muito. Com efeito, foi exatamente no meio da epidemia de fome que ele desenvolveu um pendor pela cozinha européia, rica em carne. Em 26 de abril de 1961, um conjunto abrangente de menus europeus foi-lhe apresentado, dividido em sete partes: frutos do mar, frango, pato, porco, carneiro, carne bovina e sopas, cada uma delas com vários pratos."
"Mao fazia grandes esforços para manter sua vida cotidiana completamente secreta. Sua filha Li Na morava na universidade; assim, durante a semana comia as rações normais e morria de foma. Quando foi passar um fim de semana em casa, surrupiou alguns dos luxos culinários usuais do pai. Mao disse-lhe para nunca mais fazer isso. Nada podia destruir a ilusão de que ele estva apertando o cinto junto com o resto do país. Em consequência, Li Na contraiu edema em 1960 e parou de menstruar. No ano seguinte, abandonou totalmente a universidade e ficou em casa."
"Para os membros de seu staff, que podiam ver o que Mao comia e que também estavam semifamintos como suas famílias, Mao alegava que sua comida era uma recompensa "do povo" para ele e que os outros "não tinham direito" a ela. Seu zelador levou alguns restos para casa e foi exilado no Grande Deserto do Norte; nunca mais se soube dele."
Trechos das páginas 379 a 384 do livro "Mao, A História Desconhecida" de Jan Halliday e Jung Chang.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Quem é o PSDB?
Até hoje não fomos governados pelo PSDB. Fomos, sim, governados por Fernando Henrique Cardoso. E como o próprio FHC disse, o eleito foi ele, em função do plano real, e não o partido. Esta observação de FHC consta do livro 3.000 Dias no Bunker.
Temos uma tendência a confundir o governo FHC com governo do PSDB, e crer que um eventual retorno do partido ao poder significaria o retorno às práticas do governo FHC.
Não creio.
Há pelo menos 3 PDSB's distintos, perceptíveis. Provavelmente, são muito mais de 3.
Há o PSDB anti-empresa, anti-empreendedor, e podemos identificar este PSDB no governo de São Paulo e na prefeitura de Curitiba. Serra, alías, é a versão com calças de Dilma.
Há o PSDB mais tolerante ao empreendedorismo. Pode ser identificado em Minas e no Rio Grande do Sul.
E há o PSDB do velho coronelismo, na figura de Tasso Jereissati.
Qual desses PSDB's vai concorrer à presidência em 2010?
Temos uma tendência a confundir o governo FHC com governo do PSDB, e crer que um eventual retorno do partido ao poder significaria o retorno às práticas do governo FHC.
Não creio.
Há pelo menos 3 PDSB's distintos, perceptíveis. Provavelmente, são muito mais de 3.
Há o PSDB anti-empresa, anti-empreendedor, e podemos identificar este PSDB no governo de São Paulo e na prefeitura de Curitiba. Serra, alías, é a versão com calças de Dilma.
Há o PSDB mais tolerante ao empreendedorismo. Pode ser identificado em Minas e no Rio Grande do Sul.
E há o PSDB do velho coronelismo, na figura de Tasso Jereissati.
Qual desses PSDB's vai concorrer à presidência em 2010?
Aloízio Mercadante 2
Aloisio Mercadante é o político que subiu à tribuna da senado logo após a revelação de Duda Mendonça (R$10 milhões no exterior) para preparar sua saída do PT.
Como a confissão de Duda não deu em nada, Mercadante esqueceu o discurso, ficou onde estava, e ainda virou líder do governo.
Esta semana ele anunciou que deixaria a liderança do governo, após o PT absolver Sarney.
Novamente desistiu, e acaba de anunciar que fica onde está.
Está provado de Mercadante é um político que substituiu a consciência pela conveniência, que substituiu o compromisso público pelo compromisso privado, que trocou a honra pelo poder.
Com a palavra, o eleitor de São Paulo.
Como a confissão de Duda não deu em nada, Mercadante esqueceu o discurso, ficou onde estava, e ainda virou líder do governo.
Esta semana ele anunciou que deixaria a liderança do governo, após o PT absolver Sarney.
Novamente desistiu, e acaba de anunciar que fica onde está.
Está provado de Mercadante é um político que substituiu a consciência pela conveniência, que substituiu o compromisso público pelo compromisso privado, que trocou a honra pelo poder.
Com a palavra, o eleitor de São Paulo.
Fim do fascismo anti-tabagista?
"A Advocacia-Geral da União (AGU), órgão que defende e representa a União principalmente em ações no Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu parecer anteontem que considera a lei antifumo paulista inconstitucional. O documento, assinado por José Antonio Dias Toffoli, enfatiza que a competência de legislar sobre o uso do cigarro em ambientes fechados é do governo federal e não de Estados ou municípios. O caso ainda não tem data para ser julgado. Ainda que o parecer seja específico sobre a lei paulista, abre precedente para outros questionamentos. O Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, aprovou norma semelhante à de São Paulo. Minas Gerais e as cidades de Manaus e Belém também querem abolir o cigarro de locais fechados e coletivos."
Do UOL.
Já fui criticado por leitor do blog por chamar de fascismo o que Serra promove em SP, e que agora está sendo copiado pelo Brasil afora. Argumentam que como o fumo faz mal, a ação de Serra estaria justificada.
Sou liberal, e como tal acredito na liberdade de escolha, para o bem e para o mal. Como já disse, desprezo políticos e governos que pretendem nos proteger de nós mesmos. É a porta para o fascismo. Serra perdeu meu voto em 2010.
Não sou fumante.
Do UOL.
Já fui criticado por leitor do blog por chamar de fascismo o que Serra promove em SP, e que agora está sendo copiado pelo Brasil afora. Argumentam que como o fumo faz mal, a ação de Serra estaria justificada.
Sou liberal, e como tal acredito na liberdade de escolha, para o bem e para o mal. Como já disse, desprezo políticos e governos que pretendem nos proteger de nós mesmos. É a porta para o fascismo. Serra perdeu meu voto em 2010.
Não sou fumante.
Duas grandes surpresas
No texto abaixo cito um jovem político, que acabou por abandonar a política. Ele me contou uma história interessante.
Entrou para a política em meados dos anos 70 pelo MDB, com o nobre objetivo de restabelecer a democracia no Brasil. Não buscou cargo eletivo, seu objetivo era trabalhar pela democracia dentro do partido.
Ingenuamente, possuía uma visão maniqueísta do mundo, onde os de cá, do MDB, representavam o bem, e os de lá representavam o mal, a ser permanentemente combatido.
No início dos anos 80 ele já era uma liderança importante dentro do partido, e acabou cedendo à pressão para ser candidato a deputado estadual, e acabou eleito em 1982.
Ao tomar posse, teve duas grandes surpresas:
1a) Havia gente "do bem" também do lado de lá;
2a) Havia um monte de safado do lado de cá...
Nada como a experiência prática para quebrar ilusões e preconceitos.
Entrou para a política em meados dos anos 70 pelo MDB, com o nobre objetivo de restabelecer a democracia no Brasil. Não buscou cargo eletivo, seu objetivo era trabalhar pela democracia dentro do partido.
Ingenuamente, possuía uma visão maniqueísta do mundo, onde os de cá, do MDB, representavam o bem, e os de lá representavam o mal, a ser permanentemente combatido.
No início dos anos 80 ele já era uma liderança importante dentro do partido, e acabou cedendo à pressão para ser candidato a deputado estadual, e acabou eleito em 1982.
Ao tomar posse, teve duas grandes surpresas:
1a) Havia gente "do bem" também do lado de lá;
2a) Havia um monte de safado do lado de cá...
Nada como a experiência prática para quebrar ilusões e preconceitos.
"Não se preocupe"
Há no Brasil pelo menos um governador declaradamente chavista e bolivariano. Usa o cargo em favor da causa bolivariana, seja lá o que isto quer dizer...
Governador por vários mandatos, em uma das oportunidades seu vice era um político mais jovem, com muito menos anos de experiência política.
Este ex-vice me confidenciou que muitas vezes se assustava com propostas do governador em reuniões de governo, e alertava - "Mas governador, e o povo? Vai haver reação."
Ao que o governador, muito mais experiente, respondia - "não se preocupe, o povo é muito mais burro do que você imagina".
As constantes reeleições deste senhor atestam a veracidade de sua tese.
Quanto ao então jovem político, ex-vice, abandonou a política. Provavelmente enojado com o que viu.
Governador por vários mandatos, em uma das oportunidades seu vice era um político mais jovem, com muito menos anos de experiência política.
Este ex-vice me confidenciou que muitas vezes se assustava com propostas do governador em reuniões de governo, e alertava - "Mas governador, e o povo? Vai haver reação."
Ao que o governador, muito mais experiente, respondia - "não se preocupe, o povo é muito mais burro do que você imagina".
As constantes reeleições deste senhor atestam a veracidade de sua tese.
Quanto ao então jovem político, ex-vice, abandonou a política. Provavelmente enojado com o que viu.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Augusto Nunes
O jornalista Augusto Nunes é a mais nova aquisição do site Veja.com. A cada dia suas colunas me surpreeendem positivamente. Que talento. Por onde andava Augusto Nunes?
Segue uma amostra do seu talento:
"
Eles fugiram da escola, escaparam da cadeia e já governam o Senado
20 de agosto de 2009
COMENTÁRIOS (99)
Parece que foi há muitos séculos, e no entanto faz menos de 20 anos. No começo de 1990, já não era numericamente desprezível o bloco dos senadores cujo prontuário implora por longas temporadas na cadeia, em regime de estudos forçados. Mas havia vida inteligente e homens de bem no Senado. Os melhores e os mais capazes conseguiam, simultaneamente, enquadrar os imbecis sem remédio, manter os delinquentes sob estreita vigilância, conduzir a instituição e garantir-lhe a independência. Eles sabiam remover tumores que colocassem em risco valores morais irrevogáveis. Nada a ver com a Casa do Espanto que Lula criou e o clube dos cafajestes agora administra.
O presidente nem tentaria fazer em 1990 o que anda fazendo há meses com um Senado em estado terminal. Mesmo que tivesse atingido os 103% de popularidade prometidos pelos institutos de pesquisa, logo saberia com quem estava falando. O mais loquaz dos governantes perderia a fala no segundo minuto de conversa com Afonso Arinos ou Roberto Campos. O capitão-do-mato não iria além da primeira grosseria se o aliado fosse Darcy Ribeiro. O palanqueiro debochado não se atreveria a insultar oposicionistas como Mário Covas ou Franco Montoro.
É por saber com quem está falando que Lula humilha antigos companheiros e ofende adversários. Sabujice não inspira respeito. Não se teme o revide que não virá. É por saber com quem está lidando que Lula abençoa a base alugada com salvo-condutos, absolvições sumárias, agrados retóricos e presentes em dinheiro. Não há um acordo político entre o ex-sindicalista que ficou moderno e os velhos oligarcas que se tornaram menos antigos. O que houve foi um acerto entre um presidente deslumbrado e gente que se alia a qualquer governo para manter-se no poder e ganhar muito dinheiro com a corrupção institucionalizada.
Quem acompanhou na terça-feira o depoimento de Lina Vieira e, nesta quarta, a sessão do Conselho de Ética viu em ação um bando fora-da-lei, esbanjando truculência e cinismo no cumprimento de missões confiadas pelo chefe. A quadrilha do faroeste subjugou o lugarejo. O presidente honorário é José Sarney. Paulo Duque comanda o Conselho de Ética. Romero Jucá lidera a bancada do governo e é o relator da CPI da Petrobras presidida pelo suplente amazonense. Renan Calheiros chefia a base alugada. Fernando Colllor comanda uma comissão. Abjeções como Wellington Salgado e Almeida Lima aceitam qualquer encomenda. Tudo parece dominado.
O PT foi reduzido por Lula a duas consoantes descartáveis. A líder do governo no Congresso é Ideli Salvatti, um berreiro à procura de uma ideia. O líder da bancada é Aloízio Mercadante, promovido a Herói da Rendição por atos de bravura em defesa de capitulações ultrajantes. Nesta semana, constatou-se que aprendeu com Eduardo Suplicy a fazer de conta que acha intragável o que não para de engolir.
Para fazer de conta que não gostou da absolvição de Sarney, crime que ajudou a tramar por ordem de Lula, colocou o cargo à disposição da bancada. O cargo sempre esteve, está e estará à disposição da bancada. Quem finge não saber disso topa qualquer negócio para ficar. Quem quer sair se demite ─ e em caráter irrevogável. Por acharem que há limite para tudo (e por lembrarem que a eleição vem aí), os senadores Flávio Arns e Marina Silva deixaram o partido. Os que permanecerem no rebanho pastoreado pela quadrilha são comparsas.
O Senado em decomposição ensina que só os cretinos sem cura e os farsantes juramentados dividem o Brasil em esquerda e direita, soldados do povo e carrascos da elite. O que se vê é um país que acredita na democracia, ama a liberdade e respeita a lei ameaçado pela ofensiva do primitivismo. Para os dirceus e berzoinis, os burgueses malandros são apenas companheiros de viagem que encurtam o caminho que conduz ao paraíso socialista. Para os renans e jucás, os comunistas de araque são apenas os sócios do momento. Os casos para psiquiatra e os casos de polícia só acham antiético perder a eleição e a gazua. Todos têm como objetivo comum o arrombamento dos cofres federais.
É hora de cortar-lhes o avanço. O general parece invencível? A tropa parece crescer em tamanho e agressividade? A maioria parece satisfeita com a vida não vivida? Não importa. Movimentos de resistência nunca tomam forma no ventre da multidão. Não é preciso nascer grande para ter força. Basta ter razão."
Segue uma amostra do seu talento:
"
Eles fugiram da escola, escaparam da cadeia e já governam o Senado
20 de agosto de 2009
COMENTÁRIOS (99)
Parece que foi há muitos séculos, e no entanto faz menos de 20 anos. No começo de 1990, já não era numericamente desprezível o bloco dos senadores cujo prontuário implora por longas temporadas na cadeia, em regime de estudos forçados. Mas havia vida inteligente e homens de bem no Senado. Os melhores e os mais capazes conseguiam, simultaneamente, enquadrar os imbecis sem remédio, manter os delinquentes sob estreita vigilância, conduzir a instituição e garantir-lhe a independência. Eles sabiam remover tumores que colocassem em risco valores morais irrevogáveis. Nada a ver com a Casa do Espanto que Lula criou e o clube dos cafajestes agora administra.
O presidente nem tentaria fazer em 1990 o que anda fazendo há meses com um Senado em estado terminal. Mesmo que tivesse atingido os 103% de popularidade prometidos pelos institutos de pesquisa, logo saberia com quem estava falando. O mais loquaz dos governantes perderia a fala no segundo minuto de conversa com Afonso Arinos ou Roberto Campos. O capitão-do-mato não iria além da primeira grosseria se o aliado fosse Darcy Ribeiro. O palanqueiro debochado não se atreveria a insultar oposicionistas como Mário Covas ou Franco Montoro.
É por saber com quem está falando que Lula humilha antigos companheiros e ofende adversários. Sabujice não inspira respeito. Não se teme o revide que não virá. É por saber com quem está lidando que Lula abençoa a base alugada com salvo-condutos, absolvições sumárias, agrados retóricos e presentes em dinheiro. Não há um acordo político entre o ex-sindicalista que ficou moderno e os velhos oligarcas que se tornaram menos antigos. O que houve foi um acerto entre um presidente deslumbrado e gente que se alia a qualquer governo para manter-se no poder e ganhar muito dinheiro com a corrupção institucionalizada.
Quem acompanhou na terça-feira o depoimento de Lina Vieira e, nesta quarta, a sessão do Conselho de Ética viu em ação um bando fora-da-lei, esbanjando truculência e cinismo no cumprimento de missões confiadas pelo chefe. A quadrilha do faroeste subjugou o lugarejo. O presidente honorário é José Sarney. Paulo Duque comanda o Conselho de Ética. Romero Jucá lidera a bancada do governo e é o relator da CPI da Petrobras presidida pelo suplente amazonense. Renan Calheiros chefia a base alugada. Fernando Colllor comanda uma comissão. Abjeções como Wellington Salgado e Almeida Lima aceitam qualquer encomenda. Tudo parece dominado.
O PT foi reduzido por Lula a duas consoantes descartáveis. A líder do governo no Congresso é Ideli Salvatti, um berreiro à procura de uma ideia. O líder da bancada é Aloízio Mercadante, promovido a Herói da Rendição por atos de bravura em defesa de capitulações ultrajantes. Nesta semana, constatou-se que aprendeu com Eduardo Suplicy a fazer de conta que acha intragável o que não para de engolir.
Para fazer de conta que não gostou da absolvição de Sarney, crime que ajudou a tramar por ordem de Lula, colocou o cargo à disposição da bancada. O cargo sempre esteve, está e estará à disposição da bancada. Quem finge não saber disso topa qualquer negócio para ficar. Quem quer sair se demite ─ e em caráter irrevogável. Por acharem que há limite para tudo (e por lembrarem que a eleição vem aí), os senadores Flávio Arns e Marina Silva deixaram o partido. Os que permanecerem no rebanho pastoreado pela quadrilha são comparsas.
O Senado em decomposição ensina que só os cretinos sem cura e os farsantes juramentados dividem o Brasil em esquerda e direita, soldados do povo e carrascos da elite. O que se vê é um país que acredita na democracia, ama a liberdade e respeita a lei ameaçado pela ofensiva do primitivismo. Para os dirceus e berzoinis, os burgueses malandros são apenas companheiros de viagem que encurtam o caminho que conduz ao paraíso socialista. Para os renans e jucás, os comunistas de araque são apenas os sócios do momento. Os casos para psiquiatra e os casos de polícia só acham antiético perder a eleição e a gazua. Todos têm como objetivo comum o arrombamento dos cofres federais.
É hora de cortar-lhes o avanço. O general parece invencível? A tropa parece crescer em tamanho e agressividade? A maioria parece satisfeita com a vida não vivida? Não importa. Movimentos de resistência nunca tomam forma no ventre da multidão. Não é preciso nascer grande para ter força. Basta ter razão."
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Redução de jornada de trabalho
Mais uma vez acompanho pela imprensa a discussão sobre a redução da jornada de trabalho no Brasil.
Como sempre, de um lado estão os líderes sindicais e seus sofismas e sua falsa lógica (a mesma utilizada por Lula), e, de outro lado, federações e associações empresariais, com sua tradicional pobreza de argumentos.
No meio, para decidir a questão, o congresso nacional, com seus congressistas que pensam da seguinte forma - quem financia a campanha são os empresários, mas como são uns idiotas, dá para fazê-los de "geni", que continuarão financiando. Por outro lado, a votação da redução de jornada, mesmo que custe caro ao país no médio e longo prazo, é uma tremenda jogada de marketing com a "massa", garantindo muitos votos em 2010.
Então...
Na verdade, o argumento deve ser bem simples, mas mesmo simples está acima da capacidade média de compreensão argumentativa da maioria dos empresários:
- Hoje o mundo está interligado. Um produto consumido no Brasil pode ser produzido aqui, ou em qualquer lugar so planeta. Não vivemos mais no país economicamente fechado em que vivíamos até 1989. Se o custo de produção sobre por aqui (e a redução de jornada é um fator de aumento de custo), o mesmo produto passa imediatamente a ser produzido na China, no Arzebaijão, onde quer que seja mais barato.
E a produção e os empregos migram para o exterior, ficando aqui apenas o consumo.
Acabaremos nos transformando numa versão pobre dos Estados Unidos, onde nada se produz, e tudo se importa.
Como sempre, de um lado estão os líderes sindicais e seus sofismas e sua falsa lógica (a mesma utilizada por Lula), e, de outro lado, federações e associações empresariais, com sua tradicional pobreza de argumentos.
No meio, para decidir a questão, o congresso nacional, com seus congressistas que pensam da seguinte forma - quem financia a campanha são os empresários, mas como são uns idiotas, dá para fazê-los de "geni", que continuarão financiando. Por outro lado, a votação da redução de jornada, mesmo que custe caro ao país no médio e longo prazo, é uma tremenda jogada de marketing com a "massa", garantindo muitos votos em 2010.
Então...
Na verdade, o argumento deve ser bem simples, mas mesmo simples está acima da capacidade média de compreensão argumentativa da maioria dos empresários:
- Hoje o mundo está interligado. Um produto consumido no Brasil pode ser produzido aqui, ou em qualquer lugar so planeta. Não vivemos mais no país economicamente fechado em que vivíamos até 1989. Se o custo de produção sobre por aqui (e a redução de jornada é um fator de aumento de custo), o mesmo produto passa imediatamente a ser produzido na China, no Arzebaijão, onde quer que seja mais barato.
E a produção e os empregos migram para o exterior, ficando aqui apenas o consumo.
Acabaremos nos transformando numa versão pobre dos Estados Unidos, onde nada se produz, e tudo se importa.
Médicos
Em janeiro de 2003 consultei uma clínica médica muito famosa, que gasta muito em propaganda, e que possui filiais em vários estados do Brasil.
Como paciente descobri que a "clínica" era na verdade uma grande arapuca para comercializar um produto vendido por eles mesmos. Caríssimo.
Todo o material, eo so procedimentos internos da clínica, indicavam que independentemente do problema de cada paciente, o tratamento recomendado seria o mesmo - o tal produto, na mesma quantidade.
Da própria sala de atendimento do médico, o próprio já nos conduzia à sala onde era comercializado o produto (dentro da clínica) e ficava lá até ter certeza de que o "negócio" estava fechado.
O valor da consulta era de cerca de 10% do valor do produto.
Como perfeito otário fui mais um dos que adquiriu o remédio. Só me dei conta da arapuca quando minhas orelhas começaram a crescer, já na calçada, com a sacola de produtos na mão.
Em conversa com um médico conhecido ele informou que a prática comercial dentro de consultórios é proibida pelo código de ética da profissão, e que eu, como cidadão, deveria denunciar o caso do Conselho Regional de Medicina.
Fiz isto, não por mim, mas para tentar evitar que outros caíssem na mesma armadilha.
Foram 6 anos de processo junto ao Conselho.
Acaba de chegar às minhas mãos a decisão final, a qual está totalmente em linha com o "Brasil novo" de Lula e Sarney. No acórdão julgam improcedente a denúncia, e há uma justificativa de 4 parágrafos. Um dêles é uma pérola - "a medicação entregue ao paciente, com finalidade de verificar a aderência ao tratamento, foi em caráter gratuito (amostra grátis)".
Bom, o recibo da própria clínica, com o valor que PAGUEI pelo produto, estava anexo ao processo.
Será que o senador Paulo Duque também é membro do Conselho Regional de Medicina?
Com um Conselho assim, não me surpreende que a todo o momento vemos denúncias de médicos matando gente, ou violentando pacientes, sem consequência nenhuma.
O Conselho Regional de Medicina se saiu melhor que o Conselho de Ética do senado federal.
Como paciente descobri que a "clínica" era na verdade uma grande arapuca para comercializar um produto vendido por eles mesmos. Caríssimo.
Todo o material, eo so procedimentos internos da clínica, indicavam que independentemente do problema de cada paciente, o tratamento recomendado seria o mesmo - o tal produto, na mesma quantidade.
Da própria sala de atendimento do médico, o próprio já nos conduzia à sala onde era comercializado o produto (dentro da clínica) e ficava lá até ter certeza de que o "negócio" estava fechado.
O valor da consulta era de cerca de 10% do valor do produto.
Como perfeito otário fui mais um dos que adquiriu o remédio. Só me dei conta da arapuca quando minhas orelhas começaram a crescer, já na calçada, com a sacola de produtos na mão.
Em conversa com um médico conhecido ele informou que a prática comercial dentro de consultórios é proibida pelo código de ética da profissão, e que eu, como cidadão, deveria denunciar o caso do Conselho Regional de Medicina.
Fiz isto, não por mim, mas para tentar evitar que outros caíssem na mesma armadilha.
Foram 6 anos de processo junto ao Conselho.
Acaba de chegar às minhas mãos a decisão final, a qual está totalmente em linha com o "Brasil novo" de Lula e Sarney. No acórdão julgam improcedente a denúncia, e há uma justificativa de 4 parágrafos. Um dêles é uma pérola - "a medicação entregue ao paciente, com finalidade de verificar a aderência ao tratamento, foi em caráter gratuito (amostra grátis)".
Bom, o recibo da própria clínica, com o valor que PAGUEI pelo produto, estava anexo ao processo.
Será que o senador Paulo Duque também é membro do Conselho Regional de Medicina?
Com um Conselho assim, não me surpreende que a todo o momento vemos denúncias de médicos matando gente, ou violentando pacientes, sem consequência nenhuma.
O Conselho Regional de Medicina se saiu melhor que o Conselho de Ética do senado federal.
Acabaram com a graça da vida
Mais de meio século de televisão e marketing acabaram com a graça da vida. Acabaram com a espontaneidade da vida.
Nos transformaram de protagonistas em espectadores.
Nos roubaram a verdadeira alegria da vida e condicionaram nossa felicidade ao nosso poder de consumo.
Já nascemos condenados a ser infelizes, pois, independentemente da nossa capacidade financeira, nossas "necessidades" de consumo serão sempre maiores.
Não vivemos mais a vida. Passamos a vida correndo atrás. E morremos.
Nossas alegrias, quando ocorrem, são falsas e desprovidas de substância. As verdadeiras alegrias podem até estar próximas, mas não as percebemos.
Nos transformaram de protagonistas em espectadores.
Nos roubaram a verdadeira alegria da vida e condicionaram nossa felicidade ao nosso poder de consumo.
Já nascemos condenados a ser infelizes, pois, independentemente da nossa capacidade financeira, nossas "necessidades" de consumo serão sempre maiores.
Não vivemos mais a vida. Passamos a vida correndo atrás. E morremos.
Nossas alegrias, quando ocorrem, são falsas e desprovidas de substância. As verdadeiras alegrias podem até estar próximas, mas não as percebemos.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Aloizio Mercadante
O povo sem memória não lembra deste fato histórico.
O ano era 2005 e os casos de corrupção no governo Lula se sucediam, culminando com a confissão de Duda Mendonça de que recebeu R$10 milhões em uma conta no exterior para fazer a campanha de Lula em 2002. O único caso de caixa 2 confesso da história (viram, estudantes que tomam as ruas contra Yeda).
Até hoje ninguém se preocupou em tentar descobrir a origem desses R$10 milhões.
No momento da confissão todo mundo pensou - "agora Lula cai". Inclusive Mercadante, que subiu à tribuna do senado para fazer um discurso onde preparava sua saída do PT. Se preparava para abandonar o navio que afundava.
Mas, e sempre há um mas...
O PSDB saiu em socorro do colega de ideologia Lula, e Lula não caiu.
E Mercadante esqueceu o disrcurso, assim como o povo brasileiro esqueceu tudo.
E hoje Mercadante, o doutor de mentira, podia ser visto à frente da tropa de choque de Lula no senado, aos berros com Lina Vieira.
Ah se o país tivésse só um pouquinho de memória.
O ano era 2005 e os casos de corrupção no governo Lula se sucediam, culminando com a confissão de Duda Mendonça de que recebeu R$10 milhões em uma conta no exterior para fazer a campanha de Lula em 2002. O único caso de caixa 2 confesso da história (viram, estudantes que tomam as ruas contra Yeda).
Até hoje ninguém se preocupou em tentar descobrir a origem desses R$10 milhões.
No momento da confissão todo mundo pensou - "agora Lula cai". Inclusive Mercadante, que subiu à tribuna do senado para fazer um discurso onde preparava sua saída do PT. Se preparava para abandonar o navio que afundava.
Mas, e sempre há um mas...
O PSDB saiu em socorro do colega de ideologia Lula, e Lula não caiu.
E Mercadante esqueceu o disrcurso, assim como o povo brasileiro esqueceu tudo.
E hoje Mercadante, o doutor de mentira, podia ser visto à frente da tropa de choque de Lula no senado, aos berros com Lina Vieira.
Ah se o país tivésse só um pouquinho de memória.
Realidade supera a ficção
No texto abaixo menciono o cenário eleitoral para 2010. Por enquanto temos Serra, Dilma, Marina, Heloisa e Ciro.
Difícil imaginar o ficcionista que conseguiria criar um cenário desses. A realidade consegue superar a ficção.
Com 190 milhões de habitantes não conseguimos produzir nada melhor do que este quinteto dos horrores?
Será que a única saída para o Brasil é, de fato, o aeroporto?
Difícil imaginar o ficcionista que conseguiria criar um cenário desses. A realidade consegue superar a ficção.
Com 190 milhões de habitantes não conseguimos produzir nada melhor do que este quinteto dos horrores?
Será que a única saída para o Brasil é, de fato, o aeroporto?
"Fascismo" se alastra
O modelo criado por Serra em São Paulo para proibição de fumo faz escola. Já são vários os municípios e estados que estão com projetos semelhantes em andamento. Parece que o fascismo fascina.
Não voto em ninguém que pretenda me proteger de mim mesmo, como Serra faz (e perdeu meu voto).
E por que tenta de me proteger de mim mesmo? Porque se eu (que não fumo) quiser ir num bar só para fumantes, onde proprietários e garçons sejam fumantes, e o aviso está na porta, eu não posso - Serra não permite que tal bar exista. Assim como não permite que eu ofereça um churrasco para fumantes na churrasqueira no prédio.
É Serra que diz o que posso, e o que não posso fazer. E outros começam a copiar.
A tentativa de nos proteger de nós mesmos é a porta de entrada do fascismo. Quais proibições virão depois?
Não poderemos comer picanha gorda, tomar café com muito açucar, comer ovo, usar sapato de sola lisa (risco de escorregar), tomar refrigerante, ter carros pretos, e por aí vai.
Não senhor Serra, acredito que tenho capacidade de decidir por conta própria o que eu consumo ou deixo de consumir, e os ambientes que frequento, ou deixo de frequentar.
Por isto, o sr. não me engana, e não terá o meu voto em 2010.
Aliás...pensando em 2010...Serra, Dilma, Marina, Heloisa e Ciro...um verdadeiro desfile dos horrores, digno de fazer inveja aos criadores de Sexta-feira 13.
Com um cenário eleitoral desses, melhor fugir para o Paraguai...mas lá tem o bispo garanhão.
Então, fugir para onde?
Não voto em ninguém que pretenda me proteger de mim mesmo, como Serra faz (e perdeu meu voto).
E por que tenta de me proteger de mim mesmo? Porque se eu (que não fumo) quiser ir num bar só para fumantes, onde proprietários e garçons sejam fumantes, e o aviso está na porta, eu não posso - Serra não permite que tal bar exista. Assim como não permite que eu ofereça um churrasco para fumantes na churrasqueira no prédio.
É Serra que diz o que posso, e o que não posso fazer. E outros começam a copiar.
A tentativa de nos proteger de nós mesmos é a porta de entrada do fascismo. Quais proibições virão depois?
Não poderemos comer picanha gorda, tomar café com muito açucar, comer ovo, usar sapato de sola lisa (risco de escorregar), tomar refrigerante, ter carros pretos, e por aí vai.
Não senhor Serra, acredito que tenho capacidade de decidir por conta própria o que eu consumo ou deixo de consumir, e os ambientes que frequento, ou deixo de frequentar.
Por isto, o sr. não me engana, e não terá o meu voto em 2010.
Aliás...pensando em 2010...Serra, Dilma, Marina, Heloisa e Ciro...um verdadeiro desfile dos horrores, digno de fazer inveja aos criadores de Sexta-feira 13.
Com um cenário eleitoral desses, melhor fugir para o Paraguai...mas lá tem o bispo garanhão.
Então, fugir para onde?
Microcosmo
Minha avó reside num edifício com 40 apartamentos.
Cerca de 5 anos atrás o condomínio se encontrava sob a gestão de uma das moradoras (síndica), e ela resolveu iniciar uma série de obras.
Um das moradoras, uma idosa argentina, estava com dificuldades financeiras para pagar o condomínio, e foi investigar as obras. Não sei como, ela conseguiu o orçamento original que havia sido apresentado pela empreiteira. O orçamento original correspondia a 50% do valor do contrato assinado com o condomínio, ou seja, os outros 50% eram superfaturamento para a síndica.
Foi convocada uma reunião de condôminos para a síndica se explicar, mas antes da realização da reunião ela renunciou ao cargo (e não apresentou explicação nenhuma).
Na época ouviu-se de um dos moradores um discurso que prenunciava o "Brasil novo" de Lula - "ela rouba mas faz", ao que os demais moradores responderam - "não dá para fazer sem roubar?".
Passados 5 anos, quem é a atual síndica, eleita pelos moradores com ampla maioria? A mesma.
No condomínio, ninguém mais lembra do acontecido, e se alguém lembra, não dá importância.
Um verdadeiro microcosmo do que se transformou o Brasil.
Cerca de 5 anos atrás o condomínio se encontrava sob a gestão de uma das moradoras (síndica), e ela resolveu iniciar uma série de obras.
Um das moradoras, uma idosa argentina, estava com dificuldades financeiras para pagar o condomínio, e foi investigar as obras. Não sei como, ela conseguiu o orçamento original que havia sido apresentado pela empreiteira. O orçamento original correspondia a 50% do valor do contrato assinado com o condomínio, ou seja, os outros 50% eram superfaturamento para a síndica.
Foi convocada uma reunião de condôminos para a síndica se explicar, mas antes da realização da reunião ela renunciou ao cargo (e não apresentou explicação nenhuma).
Na época ouviu-se de um dos moradores um discurso que prenunciava o "Brasil novo" de Lula - "ela rouba mas faz", ao que os demais moradores responderam - "não dá para fazer sem roubar?".
Passados 5 anos, quem é a atual síndica, eleita pelos moradores com ampla maioria? A mesma.
No condomínio, ninguém mais lembra do acontecido, e se alguém lembra, não dá importância.
Um verdadeiro microcosmo do que se transformou o Brasil.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
"Lula"
Meu universo é o empresarial. São mais de 20 anos de vivência diária neste meio.
Nestes anos todos identifiquei figuras que chamo de "lulas" nas empresas. São muitos "lulas".
E o que é um "lula"?
Pelo conceito que desenvolvi, um "lula" é um sujeito que não sabe absolutamente nada sobre nada, que não contribui em nada com a organização, mas que possui uma incrível capacidade de jogar a culpa de tudo o que dá errado nos outros. E assim vai se preservando e crescendo.
Infelizmente, esta postura pode levar longe. O caso mais grave ocupa a cadeira de presidente da república.
Mais conheço vários "lulas" em cargos de diretoria e gerência, além de outros tantos em cargos operacionais.
Tento sempre alertar meus funcionários sobre a existência dos "lulas" nos clientes, e sobre o perigo que eles representam para nós, afinal qualquer erro será sempre nosso. Quando em contato com um "lula" temos que estar com todas as defesas ligadas.
Infelizmente, por mais que sejam alertados, parece que meus funcionários não possuem defesas naturais contra os "lulas". E acabam levando sempre a culpa por tudo, sem defesa. Isto me irrita, mas não consigo mudar a situação. Abaixamos a cabeça e deixamos o "lula" da vez sair cantando vitória".
Meus funcionários se comportam exatamente como a população brasileira se comporta em relação ao "lula" presidente.
Ele pinta e borda, faz todo mundo de gato e sapato, e sempre sai por cima, dono da situação.
Então, se um "lula" chegou à presidência, é certo que há uma porção de "lulas" por aí, enganando bem e atrapalhando o desenvolvimento do país.
Nestes anos todos identifiquei figuras que chamo de "lulas" nas empresas. São muitos "lulas".
E o que é um "lula"?
Pelo conceito que desenvolvi, um "lula" é um sujeito que não sabe absolutamente nada sobre nada, que não contribui em nada com a organização, mas que possui uma incrível capacidade de jogar a culpa de tudo o que dá errado nos outros. E assim vai se preservando e crescendo.
Infelizmente, esta postura pode levar longe. O caso mais grave ocupa a cadeira de presidente da república.
Mais conheço vários "lulas" em cargos de diretoria e gerência, além de outros tantos em cargos operacionais.
Tento sempre alertar meus funcionários sobre a existência dos "lulas" nos clientes, e sobre o perigo que eles representam para nós, afinal qualquer erro será sempre nosso. Quando em contato com um "lula" temos que estar com todas as defesas ligadas.
Infelizmente, por mais que sejam alertados, parece que meus funcionários não possuem defesas naturais contra os "lulas". E acabam levando sempre a culpa por tudo, sem defesa. Isto me irrita, mas não consigo mudar a situação. Abaixamos a cabeça e deixamos o "lula" da vez sair cantando vitória".
Meus funcionários se comportam exatamente como a população brasileira se comporta em relação ao "lula" presidente.
Ele pinta e borda, faz todo mundo de gato e sapato, e sempre sai por cima, dono da situação.
Então, se um "lula" chegou à presidência, é certo que há uma porção de "lulas" por aí, enganando bem e atrapalhando o desenvolvimento do país.
domingo, 16 de agosto de 2009
Ambientalismo
Observação interessante de Vaclav Klaus, presidente da República Tcheca:
"A maior ameaça para a liberdade,, democracia, economia de mercado e prosperidade no final do século XX e início do século XXI não é mais o socialismo. É, sim, a ambiciosa, arrogante e inescrupulosa ideologia do ambientalismo."
Frase publicada na página 107 do livro "Shut Up, America! The end of free speech", de Brad O'leary.
O presidente Klaus fala com conhecimento de causa, afinal seu país já esteve do lado de lá da cortina de ferro, de forma que conhece bem as artimanhas dos canalhas para dominação social.
Discordo apenas de sua observação em relação ao socialismo, afinal os socialistas (que nunca se preocuparam com ecologia onde dominaram) já perceberam que o discurso amabientalista atinge mentes e corações que não são atingidos pelo discurso socialista. E transformaram a bandeira da ecologia em mais uma das bandeiras de esquerda.
Tudo conversa fiada. Nenhum esquerdista dá a menor importância para ecologia (nunca deram). Utilizam o discurso e o ativismo apenas para obter poder e decidir a sua vida por você (além de tirar as suas coisas).
"A maior ameaça para a liberdade,, democracia, economia de mercado e prosperidade no final do século XX e início do século XXI não é mais o socialismo. É, sim, a ambiciosa, arrogante e inescrupulosa ideologia do ambientalismo."
Frase publicada na página 107 do livro "Shut Up, America! The end of free speech", de Brad O'leary.
O presidente Klaus fala com conhecimento de causa, afinal seu país já esteve do lado de lá da cortina de ferro, de forma que conhece bem as artimanhas dos canalhas para dominação social.
Discordo apenas de sua observação em relação ao socialismo, afinal os socialistas (que nunca se preocuparam com ecologia onde dominaram) já perceberam que o discurso amabientalista atinge mentes e corações que não são atingidos pelo discurso socialista. E transformaram a bandeira da ecologia em mais uma das bandeiras de esquerda.
Tudo conversa fiada. Nenhum esquerdista dá a menor importância para ecologia (nunca deram). Utilizam o discurso e o ativismo apenas para obter poder e decidir a sua vida por você (além de tirar as suas coisas).
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
O bilionário e a "solução coletiva"
Se rastrearmos partidos e movimentos de esquerda no Brasil encontraremos, sempre, financiamento empresarial numa da pontas. Por exemplo, não haveria PT, nem Lula, sem financiamento empresarial pesado ao longo de duas décadas.
Se o fenômeno se restringisse ao Brasil, poderíamos creditá-lo à imbecilidade reinante entre o empresariado tupiniquim. Mas não se limita às fronteiras nacionais.
Rastreando as fontes de financiamento que mantêm em ação movimentos que lutam pelas "soluções coletivas" no continente americano encontraremos duas fontes: a) governos bolivarianos e b) fundações ligadas a grupos bilionários, como a Fundação Ford e a Fundação Soros.
Um bilionário, como Ted Turner, mantém um canal de notícias - CNN - apenas para divulgar mundialmente a maneira esquerdista de ver o mundo.
Quais são as reais intenções dessa gente?
Não tenho a menor idéia.
Olavo de Carvalho já se aventurou a responder este questionamento, mas ainda não me considero preparado para chegar à mesma conclusão que ele.
Se o fenômeno se restringisse ao Brasil, poderíamos creditá-lo à imbecilidade reinante entre o empresariado tupiniquim. Mas não se limita às fronteiras nacionais.
Rastreando as fontes de financiamento que mantêm em ação movimentos que lutam pelas "soluções coletivas" no continente americano encontraremos duas fontes: a) governos bolivarianos e b) fundações ligadas a grupos bilionários, como a Fundação Ford e a Fundação Soros.
Um bilionário, como Ted Turner, mantém um canal de notícias - CNN - apenas para divulgar mundialmente a maneira esquerdista de ver o mundo.
Quais são as reais intenções dessa gente?
Não tenho a menor idéia.
Olavo de Carvalho já se aventurou a responder este questionamento, mas ainda não me considero preparado para chegar à mesma conclusão que ele.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Oprah Winfrey
Oprah Winfrey é uma das estrelas máximas e melhor remuneradas da televisão americana. Se declarou obamista desde o início da campanha e entre outras coisas, organizou eventos para arrecadar fundos para a campanha de Obama.
Tempos depois recusou entrevistar Sarah Palin (candidata a vice na chapa republicana) e explicou o seguinte: "Desde o início da campanha tomei a decisão de não utilizar meu programa como plataforma para nenhum dos candidatos"...
Dias depois, entrevistou Michelle Obama.
Um "exemplo" de equilíbrio na tratativa de ambos os lados, em linha com a nova "fairness doctrine" que Obama pretende impor à imprensa americana.
Tempos depois recusou entrevistar Sarah Palin (candidata a vice na chapa republicana) e explicou o seguinte: "Desde o início da campanha tomei a decisão de não utilizar meu programa como plataforma para nenhum dos candidatos"...
Dias depois, entrevistou Michelle Obama.
Um "exemplo" de equilíbrio na tratativa de ambos os lados, em linha com a nova "fairness doctrine" que Obama pretende impor à imprensa americana.
Cocô na praça
Elogiei a conexão 3G da TIM ontem, mas falei cedo demais...hoje já voltou ao normal.
Indo para o trabalho em Londrina passo por acampamentos de sem-terra. É óbvio que quando vou para o trabalho eles ainda estão dormindo, as barracas de lona fechadas, e sem sinal de vida nos acampamentos.
Fico pensando como é a vida desta gente. Deve ser um tédio - comer, beber, dormir e reproduzir, dia após dia. No começo é bom, mas um tempo depois a ociosidade cansa. E eles precisam de diversão.
Eu, quando preciso me divertir, vou ao Beto Carreiro World.
Eles do MST vão para as capitais. Nossas capitais são o parque de diversões do MST, como fizeram na última terça-feira.
Vêm para a capital, desfilam pelo centro, cantam, invadem algumas repartições públicas, emporcalham a cidade e fazem cocô nas praças. Uma diversão só. Ao final, voltam para os acampamentos prontos para mais uma temporada de ócio. Aguardando a próxima oportunidade de se divertir na cidade grande.
Terça-feira tive que passar no meio dêles, a caminho do banco. Percebi que ainda não foram apresentados ao banho. São, de fato, um símbolo da modernidade do século XXI.
Ninguém segura este país.
Indo para o trabalho em Londrina passo por acampamentos de sem-terra. É óbvio que quando vou para o trabalho eles ainda estão dormindo, as barracas de lona fechadas, e sem sinal de vida nos acampamentos.
Fico pensando como é a vida desta gente. Deve ser um tédio - comer, beber, dormir e reproduzir, dia após dia. No começo é bom, mas um tempo depois a ociosidade cansa. E eles precisam de diversão.
Eu, quando preciso me divertir, vou ao Beto Carreiro World.
Eles do MST vão para as capitais. Nossas capitais são o parque de diversões do MST, como fizeram na última terça-feira.
Vêm para a capital, desfilam pelo centro, cantam, invadem algumas repartições públicas, emporcalham a cidade e fazem cocô nas praças. Uma diversão só. Ao final, voltam para os acampamentos prontos para mais uma temporada de ócio. Aguardando a próxima oportunidade de se divertir na cidade grande.
Terça-feira tive que passar no meio dêles, a caminho do banco. Percebi que ainda não foram apresentados ao banho. São, de fato, um símbolo da modernidade do século XXI.
Ninguém segura este país.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Jornalismo?
Sei muito bem quem é Edir Macedo. Aliás, pessoas como Edir enriquecem apenas em função do grande vazio em que se transformou a vida de grande parte das pessoas. Mas isto é uma longa história....
Agora, o espaço (imenso) que o "jornalismo" da Globo está dedicando à denúncia do Ministério Público de São Paulo contra Edir Macedo e a Igreja Universal decorre da gravidade das denúncias ou do fato que a Rede Record incomoda a Globo na audiência?
Com a palavra Ali Kamel.
Agora, o espaço (imenso) que o "jornalismo" da Globo está dedicando à denúncia do Ministério Público de São Paulo contra Edir Macedo e a Igreja Universal decorre da gravidade das denúncias ou do fato que a Rede Record incomoda a Globo na audiência?
Com a palavra Ali Kamel.
Pagou, levou
Estou em Londrina, e a conexão 3G da TIM incrivelmente está funcionando muito bem.
Bom, como todos já sabem a crise no senado acabou em "acordão". Bastou a tropa de choque de Sarney endurecer o jogo e mirar em alguns telhados de vidro alheios e pronto, tudo se resolveu.
Para mim esta crise encerra um ciclo que se iniciou com o mensalão. Como já escrevi, podemos dividir a história política brasileira em antes e depois do mensalão.
Antes do mensalão a prática de corrupção era algo inaceitável para imprensa e opinião pública.
Como o mensalão começamos a ouvir discursos da máquina de propaganda do PT na linha do "política é assim mesmo", "todos sempre fizeram", "Lula também precisa fazer para poder trabalhar pelo povo". E aquilo que se iniciou com indiganação terminou em conformismo da opinião pública e reeleição de Lula. A partir daquele momento corrupção política passava a ser algo aceitável se fosse em benefício de Lula.
O encerramento da crise no senado vem encerrar este ciclo. Não há indignação na opinião pública. Agora aquilo que era aplicável apenas a Lula passa a valer para um número maior de políticos. Não há mais necessidade de fazer suas maracutaias às escondidas. A partir de agora tudo será permitido. O povo não liga (independentemente de classe social). A imprensa, percebendo que não dá mais ibope, não vai mais noticiar. E a "oposição" se tentar cantar de galo levará pedrada em seus telhados de vidro. E quem não tem telhado de vidro?
E assim o processo político brasileiro se converte definitivamente naquilo que sempre tentou ser - uma grande maracutaia federal, agora às claras.
E não há ninguém que possa reagir a este processo. Todas as forças políticas estabelecidas possuem telhado de vidro. Seria necessário surgir um movimento político novo, uma espécie de "Chega", mas quem votaria neles? Esta conversa de ética é tão chata, não?
O eleitorado pós-lula será um eleitorado muito mais pragmático. Não está preocupado com o futuro do país, ou com ética, educação, saúde, saneamento, esperança. Está preocupado apenas com o pagamento em dia das benesses governamentais.
Pagou, levou.
Bom, como todos já sabem a crise no senado acabou em "acordão". Bastou a tropa de choque de Sarney endurecer o jogo e mirar em alguns telhados de vidro alheios e pronto, tudo se resolveu.
Para mim esta crise encerra um ciclo que se iniciou com o mensalão. Como já escrevi, podemos dividir a história política brasileira em antes e depois do mensalão.
Antes do mensalão a prática de corrupção era algo inaceitável para imprensa e opinião pública.
Como o mensalão começamos a ouvir discursos da máquina de propaganda do PT na linha do "política é assim mesmo", "todos sempre fizeram", "Lula também precisa fazer para poder trabalhar pelo povo". E aquilo que se iniciou com indiganação terminou em conformismo da opinião pública e reeleição de Lula. A partir daquele momento corrupção política passava a ser algo aceitável se fosse em benefício de Lula.
O encerramento da crise no senado vem encerrar este ciclo. Não há indignação na opinião pública. Agora aquilo que era aplicável apenas a Lula passa a valer para um número maior de políticos. Não há mais necessidade de fazer suas maracutaias às escondidas. A partir de agora tudo será permitido. O povo não liga (independentemente de classe social). A imprensa, percebendo que não dá mais ibope, não vai mais noticiar. E a "oposição" se tentar cantar de galo levará pedrada em seus telhados de vidro. E quem não tem telhado de vidro?
E assim o processo político brasileiro se converte definitivamente naquilo que sempre tentou ser - uma grande maracutaia federal, agora às claras.
E não há ninguém que possa reagir a este processo. Todas as forças políticas estabelecidas possuem telhado de vidro. Seria necessário surgir um movimento político novo, uma espécie de "Chega", mas quem votaria neles? Esta conversa de ética é tão chata, não?
O eleitorado pós-lula será um eleitorado muito mais pragmático. Não está preocupado com o futuro do país, ou com ética, educação, saúde, saneamento, esperança. Está preocupado apenas com o pagamento em dia das benesses governamentais.
Pagou, levou.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
"Deixa que eu resolvo"
Em 1970 Emilio Médici dava seus comandos no futebol. Tirava João Saldanha do cargo de técnico da seleção brasileira, e mandava Zagallo convocar Dario. Com a taça na mão, faturava em cima.
A imprensa comunista ficava de cabelo em pé e achava um absurdo a intromissão do presidente nos assuntos de futebol. Era mais uma prova de que se tratava de um ditador.
Os anos passam e ... chegamos a Lula.
Segundo a coluna de Lauro Jardim na Veja desta semana, Lula ficou muito irritado com a perda de jogadores do Corinthians no meio do campeonato brasileiro. Chamou Ricardo Teixeira e mandou mudar o calendário do futebol brasileiro para ficar igual ao calendário europeu, de agosto a junho. Ricardo Teixeira alegou que o maior empecilho para cumprir a ordem presidencial seria convencer a Rede Globo, que é a detentora dos direitos de transmissão. Lula respondeu: "deixa que eu resolvo". E resolveu - a partir de 2011 o calendário brasileiro será igual ao europeu.
A imprensa comunista acha lindo e aplaude a ação de Lula no território futebolístico...
A reação da imprensa comunista - vaiar adversários da causa e aplaudir o "líder" - não me surpreende, afinal a imprensa comunista está aí para fazer isto mesmo.
O que me surpreendeu foi a afirmação de Lula para a possível resistência da Globo: "deixa que eu resolvo".
Se age assim em relação às questões esportivas, imagina como ele patrola o jornalismo da Globo quando se sente contrariado com alguma reportagem...
A imprensa comunista ficava de cabelo em pé e achava um absurdo a intromissão do presidente nos assuntos de futebol. Era mais uma prova de que se tratava de um ditador.
Os anos passam e ... chegamos a Lula.
Segundo a coluna de Lauro Jardim na Veja desta semana, Lula ficou muito irritado com a perda de jogadores do Corinthians no meio do campeonato brasileiro. Chamou Ricardo Teixeira e mandou mudar o calendário do futebol brasileiro para ficar igual ao calendário europeu, de agosto a junho. Ricardo Teixeira alegou que o maior empecilho para cumprir a ordem presidencial seria convencer a Rede Globo, que é a detentora dos direitos de transmissão. Lula respondeu: "deixa que eu resolvo". E resolveu - a partir de 2011 o calendário brasileiro será igual ao europeu.
A imprensa comunista acha lindo e aplaude a ação de Lula no território futebolístico...
A reação da imprensa comunista - vaiar adversários da causa e aplaudir o "líder" - não me surpreende, afinal a imprensa comunista está aí para fazer isto mesmo.
O que me surpreendeu foi a afirmação de Lula para a possível resistência da Globo: "deixa que eu resolvo".
Se age assim em relação às questões esportivas, imagina como ele patrola o jornalismo da Globo quando se sente contrariado com alguma reportagem...
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
"unFairness Doctrine"
"Congress shall make no law respecting an establishment of religion, or prohibiting the free exercise thereof; or abridging the freedom of speech, or of the press; or the right of the people peacebly to assemble, and to petition the Government for a redress of grievances." (primeira emenda da Constituição Americana).
Nas páginas amarelas da Veja da semana passada saiu entrevista com o proprietário da Globovision. Um dos pontos que mais me chamou a atenção foi onde ele diz que precisa manter um exército de advogados avaliando previamente notícias que vão ao ar, mas não deixar espaços para o governo venezuelano lhe tirar a concessão. Pensei - que horror.
Crescemos com a informação de que os EUA são a maior democracia do mundo. Pois bem, lá nos EUA vigorou de 1949 a 1987 uma coisa chamada "fairness doctrine", editada pela FCC, órgão do poder executivo para meios de comunicação. O que previa tal instrumento era que as questões deveriam ser apresentadas por rádio e televisão sempre dando espaço para os dois lados de cada questão de forma balanceada.
Aparentemente, uma questão sensata. Só que há dois problemas extremamente relevantes;
1) A punição para quem não apresentasse as questões de forma balanceada era a não renovação da concessão;
2) Quem avaliava se os assuntos haviam sido apresentados de forma balanceada, ou não, era o governo.
Ou seja, na prática o noticiário deveria agradar ao governo de plantão. Ou se perdia a concessão.
Nada mais contra a primeira emenda do que isto.
Ao longo do período em que vigorou este ato os noticiários de rádios e jornais eram "água com açucar", já que ninguém queria colocar sua concessão em risco. Jornalismo de verdade se praticava apenas nos jornais em papel. De fazer inveja à Venezuela do séc. XXI.
Finalmente, em 1987 Ronald Reagan (grande presidente) revogou este absurdo.
Após a revogação do ato executivo, por duas vezes o congresso americano tentou transformar este absurdo em lei, e em ambas as vezes o projeto foi vetado, sendo uma por Reagan e uma por Bush pai.
Ao vetar a lei, Reagan escreveu: "The framers of the First Amendment, confident that public debate would be freer and healthier without the kind of interference represented by the "fairness doctrine", chose to forbid such regulations in the clearest terms: "Congress shall make no law...abridging the freedom of speech, or of the press"."
Nada mais claro. Imaginava-se que o assunto estivésse sepultado.
Mas...e sempre há um "mas" ... veio o tão esperado século XXI (aquele das viagens entre as galáxias...) e encontramos os EUA com a seguinte situação:
- O pensamento e a ação esquerdistas já dominaram televisão, cinema, jornais e teatro americanos. Só não conseguiram dominar as rádios;
- O congresso possui maioria de esquerda, e na presidência encontra-se o maior esquerdista da história política americana.
Nesse cenário, voltou com tudo a questão da "fainess doctrine", mas ... aplicada para rádios.
Entenderam?
Desta vez o congresso vai aprovar e não há um Reagan ou um Bush pai para vetar. Há um Obama para sacramentar.
E a democracia americana vai se espelhando na venezuelana.
Nas páginas amarelas da Veja da semana passada saiu entrevista com o proprietário da Globovision. Um dos pontos que mais me chamou a atenção foi onde ele diz que precisa manter um exército de advogados avaliando previamente notícias que vão ao ar, mas não deixar espaços para o governo venezuelano lhe tirar a concessão. Pensei - que horror.
Crescemos com a informação de que os EUA são a maior democracia do mundo. Pois bem, lá nos EUA vigorou de 1949 a 1987 uma coisa chamada "fairness doctrine", editada pela FCC, órgão do poder executivo para meios de comunicação. O que previa tal instrumento era que as questões deveriam ser apresentadas por rádio e televisão sempre dando espaço para os dois lados de cada questão de forma balanceada.
Aparentemente, uma questão sensata. Só que há dois problemas extremamente relevantes;
1) A punição para quem não apresentasse as questões de forma balanceada era a não renovação da concessão;
2) Quem avaliava se os assuntos haviam sido apresentados de forma balanceada, ou não, era o governo.
Ou seja, na prática o noticiário deveria agradar ao governo de plantão. Ou se perdia a concessão.
Nada mais contra a primeira emenda do que isto.
Ao longo do período em que vigorou este ato os noticiários de rádios e jornais eram "água com açucar", já que ninguém queria colocar sua concessão em risco. Jornalismo de verdade se praticava apenas nos jornais em papel. De fazer inveja à Venezuela do séc. XXI.
Finalmente, em 1987 Ronald Reagan (grande presidente) revogou este absurdo.
Após a revogação do ato executivo, por duas vezes o congresso americano tentou transformar este absurdo em lei, e em ambas as vezes o projeto foi vetado, sendo uma por Reagan e uma por Bush pai.
Ao vetar a lei, Reagan escreveu: "The framers of the First Amendment, confident that public debate would be freer and healthier without the kind of interference represented by the "fairness doctrine", chose to forbid such regulations in the clearest terms: "Congress shall make no law...abridging the freedom of speech, or of the press"."
Nada mais claro. Imaginava-se que o assunto estivésse sepultado.
Mas...e sempre há um "mas" ... veio o tão esperado século XXI (aquele das viagens entre as galáxias...) e encontramos os EUA com a seguinte situação:
- O pensamento e a ação esquerdistas já dominaram televisão, cinema, jornais e teatro americanos. Só não conseguiram dominar as rádios;
- O congresso possui maioria de esquerda, e na presidência encontra-se o maior esquerdista da história política americana.
Nesse cenário, voltou com tudo a questão da "fainess doctrine", mas ... aplicada para rádios.
Entenderam?
Desta vez o congresso vai aprovar e não há um Reagan ou um Bush pai para vetar. Há um Obama para sacramentar.
E a democracia americana vai se espelhando na venezuelana.
Tocando a vida
Estrago feito (vide texto abaixo), tocamos a vida.
A entrevista da Veja desta semana (páginas amarelas) é com uma psicóloga que está aplicando terapia para reverter pessoas homossexuais à condição de heterossexuais.
Sou absolutamente desprovido de conhecimento técnico para avaliar as suas afirmações.
No entanto, o fato de ela ter que aparecer com seu rosto coberto por uma máscara demonstra como as coisas estão em avançado estado de degradação no país.
Certamente se ela estivésse apresentando uma terapia para conduzir pessoas do estado heterossexual para o homossexual não precisaria esconder seu rosto.
Terrível é o país onde alguém precisa esconder seu rosto para emitir suas opiniões.
Da mesma forma que eu preciso esconder meu nome para poder fazer este blog...
A entrevista da Veja desta semana (páginas amarelas) é com uma psicóloga que está aplicando terapia para reverter pessoas homossexuais à condição de heterossexuais.
Sou absolutamente desprovido de conhecimento técnico para avaliar as suas afirmações.
No entanto, o fato de ela ter que aparecer com seu rosto coberto por uma máscara demonstra como as coisas estão em avançado estado de degradação no país.
Certamente se ela estivésse apresentando uma terapia para conduzir pessoas do estado heterossexual para o homossexual não precisaria esconder seu rosto.
Terrível é o país onde alguém precisa esconder seu rosto para emitir suas opiniões.
Da mesma forma que eu preciso esconder meu nome para poder fazer este blog...
Destruição
Meu escritório fica no segundo andar de um edifício comercial. Ocupamos o andar todo.
Há dias o terceiro andar, acima de nós, está em obras, e no sábado o registro geral do prédio foi fechado, em função desta obra. Ficamos sem água.
Uma funcionária minha, descuidada, abriu a torneira da cozinha. Como não saiu água, ela deixou assim mesmo.
Em algum momento, entre a tarde e noite de sábado o registro geral foi aberto, e começou a sair muita água pela tal torneira da cozinha.
Inundou todo o meu escritório, ocasionando a destruição do piso, perda de computadores, móveis, documentos. Escorreu para o corredor, e caia como cachoeira pelos elevadores.
Não bastasse isto, infiltrou pela lage e atingiu as sete empresas que ficam no primeiro andar, ocasionado perda de material, pintura, piso e equipamentos.
Quando cheguei hoje o cenário era de catástrofe, como vemos na televisão quando noticiam as enchentes. Só faltou a rede de televisão para captar o meu desespero. Mas como sou empresário, acho que a cena de desespero não daria muito ibope
Agora é recomeçar, pagar toda a reforma das empresas do primeiro andar e, quando tiver dinheiro, pagar a reconstrução do meu próprio escritório.
Já acionei a seguradora, mas tive que ouvir que a apólice não cobre "esquecimento". Só cobriria se um cano tivésse estourado. Bons brasileiros já vieram sugerir que eu arrebente o cano então. Mas, infelizmente, tenho um defeito de fabricação - a honestidade.
O que mais me espanta é que o pessoal da portaria do prédito a tudo assistiu durante a noite de sábado, o dia de domingo e a madrugada de segunda. E não fizeram absolutamente nada. Não ligaram para mim nem para ninguém, não chamaram bombeiros ou encanadores. Sequer fecharam o registro do prédio. Como bons brasileiros adotaram a postura do "não é comigo". Postura, aliás, que adotamos como povo em relação aos escândalos de Brasília.
Mas seguirei em frente.
Quanto ao país, não posso dizer o mesmo.
Há dias o terceiro andar, acima de nós, está em obras, e no sábado o registro geral do prédio foi fechado, em função desta obra. Ficamos sem água.
Uma funcionária minha, descuidada, abriu a torneira da cozinha. Como não saiu água, ela deixou assim mesmo.
Em algum momento, entre a tarde e noite de sábado o registro geral foi aberto, e começou a sair muita água pela tal torneira da cozinha.
Inundou todo o meu escritório, ocasionando a destruição do piso, perda de computadores, móveis, documentos. Escorreu para o corredor, e caia como cachoeira pelos elevadores.
Não bastasse isto, infiltrou pela lage e atingiu as sete empresas que ficam no primeiro andar, ocasionado perda de material, pintura, piso e equipamentos.
Quando cheguei hoje o cenário era de catástrofe, como vemos na televisão quando noticiam as enchentes. Só faltou a rede de televisão para captar o meu desespero. Mas como sou empresário, acho que a cena de desespero não daria muito ibope
Agora é recomeçar, pagar toda a reforma das empresas do primeiro andar e, quando tiver dinheiro, pagar a reconstrução do meu próprio escritório.
Já acionei a seguradora, mas tive que ouvir que a apólice não cobre "esquecimento". Só cobriria se um cano tivésse estourado. Bons brasileiros já vieram sugerir que eu arrebente o cano então. Mas, infelizmente, tenho um defeito de fabricação - a honestidade.
O que mais me espanta é que o pessoal da portaria do prédito a tudo assistiu durante a noite de sábado, o dia de domingo e a madrugada de segunda. E não fizeram absolutamente nada. Não ligaram para mim nem para ninguém, não chamaram bombeiros ou encanadores. Sequer fecharam o registro do prédio. Como bons brasileiros adotaram a postura do "não é comigo". Postura, aliás, que adotamos como povo em relação aos escândalos de Brasília.
Mas seguirei em frente.
Quanto ao país, não posso dizer o mesmo.
domingo, 9 de agosto de 2009
Não há escassez de idiotas
Surpresos ficamos com a reação do mundo ao afastamento democrático do presidente golpista de Honduras. Bocós idiotas chamam de "golpe" a reação democrática e constitucional do povo de Honduras. São os mesmos bocós idiotas que chamam de "democracia" o que acontece na Venezuela.
Entre os bocós idiotas podemos encontrar uma infinidade de gente. Entre eles Obama e os membros de seu governo, a ONU e a OEA, toda a imprensa brasileira, etc.
Não é de hoje que há farto sortimento de bocós idiotas no ocidente. Nos anos 50 e 60 o regime comunista de Mao produzia dezenas de milhões de mortos de fome. Os bocós idiotas já estavam em ação naquela época:
"As únicas pessoas que saíam do país e abriam a boca eram os poucos cidadãso comuns que arriscavam a vida e nadavam para Hong Kong. Eles rompiam o muro de silêncio sobre a fome no regime de Mao e as terríveis realidades da China Comunista em geral. Mas suas vozes obtinham pouca credibilidade no Ocidente. Ao contrário, quando Mao contou mentiras deslavadas ao líder socialista frencês (e futuro presidente) François Miterrand, durante a fome de 1961("repito, a fim de ser ouvido, não há fome na China"), recebeu amplo crédito. O futuro primeiro-ministro canadense Pierre Trudeau visitou o país em 1960 e co-escreveu um livro deslumbrado, Dois Inocentes na China Vermelha, que rejeitava informações sobre a fome. Até o ex-diretor geral da ONU para agricultura e alimentação, lord Boyd-Orr, foi enganado. Em maio de 1959, após uma viagem à China, ele opinou que a produção de alimentos aumentara de 50% a 100% no período 1955-58 e que a China "parece capaz de alimentar bem sua população". O marechal de campo britânico Montgomery, uma figura muito mais crédula, afirmou após suas visitas em 1960 e 1961 que não houvera "fome em larga escala, apenas escassez em certas áreas", e ele certamente não considerava Mao culpado pela "escassez", pois instou-o a permanecer no poder: "a China precisa do presidente. Você não deve abandonar este navio"."
Trecho da página 568 do livro Mao, A História Desconhecida, escrito por Jung Chang, que, juntamente com sua familia, sentiu a fome na pele.
Incrível a capacidade ocidental de produzir gente idiota.
Entre os bocós idiotas podemos encontrar uma infinidade de gente. Entre eles Obama e os membros de seu governo, a ONU e a OEA, toda a imprensa brasileira, etc.
Não é de hoje que há farto sortimento de bocós idiotas no ocidente. Nos anos 50 e 60 o regime comunista de Mao produzia dezenas de milhões de mortos de fome. Os bocós idiotas já estavam em ação naquela época:
"As únicas pessoas que saíam do país e abriam a boca eram os poucos cidadãso comuns que arriscavam a vida e nadavam para Hong Kong. Eles rompiam o muro de silêncio sobre a fome no regime de Mao e as terríveis realidades da China Comunista em geral. Mas suas vozes obtinham pouca credibilidade no Ocidente. Ao contrário, quando Mao contou mentiras deslavadas ao líder socialista frencês (e futuro presidente) François Miterrand, durante a fome de 1961("repito, a fim de ser ouvido, não há fome na China"), recebeu amplo crédito. O futuro primeiro-ministro canadense Pierre Trudeau visitou o país em 1960 e co-escreveu um livro deslumbrado, Dois Inocentes na China Vermelha, que rejeitava informações sobre a fome. Até o ex-diretor geral da ONU para agricultura e alimentação, lord Boyd-Orr, foi enganado. Em maio de 1959, após uma viagem à China, ele opinou que a produção de alimentos aumentara de 50% a 100% no período 1955-58 e que a China "parece capaz de alimentar bem sua população". O marechal de campo britânico Montgomery, uma figura muito mais crédula, afirmou após suas visitas em 1960 e 1961 que não houvera "fome em larga escala, apenas escassez em certas áreas", e ele certamente não considerava Mao culpado pela "escassez", pois instou-o a permanecer no poder: "a China precisa do presidente. Você não deve abandonar este navio"."
Trecho da página 568 do livro Mao, A História Desconhecida, escrito por Jung Chang, que, juntamente com sua familia, sentiu a fome na pele.
Incrível a capacidade ocidental de produzir gente idiota.
sábado, 8 de agosto de 2009
Trecho de texto de Olavo de Carvalho
"Como a alta cultura desapareceu do Brasil, o uso da linguagem nos debates públicos limita-se hoje aos fins do primeiro aprendizado: as pessoas não falam ou escrevem para exprimir em palavras alguma experiência interior autêntica, mas para sentir que acertaram no tom e no estilo da platéia cuja aprovação anseiam para reforçar sua vacilante identidade pessoal com a chancela de um grupo de referência. Daí a necessidade constante, obsessiva, de ostentar bons sentimentos, entendidos como tais os sentimentos aprovados pelo grupo (e que podem, decerto, parecer desprezíveis ou abomináveis a outros grupos).
Como o grupo dominante na mídia e nas universidades, hoje em dia, é esquerdista e politicamente correto, o chamado “debate nacional” é apenas um torneio para decidir quem personifica melhor o amor sem fim às “minorias” oficialmente aprovadas como tais e o total desprezo pelas demais minorias, por exemplo os evangélicos ou os católicos tradicionalistas (os judeus são um caso espinhosamente ambíguo, obrigando as inteligências iluminadas aos contorcionismos verbais mais engenhosos para conciliar o respeito sacrossanto aos judeus mortos com o ódio visceral aos judeus vivos).
Quando, num desvario de independência pessoal, o sujeito se horroriza ante algum excesso do politicamente correto e escreve duas ou três palavras para criticá-lo, toma as mais extremas precauções para mostrar que só o faz no puro interesse dos próprios grupos visados, reintegrando portanto dialeticamente o momento de infidelidade aparente no fundo imutável da fidelidade essencial. Essas demonstrações de “divergência”, as mais extremas que o padrão nacional comporta hoje em dia, chegam até a ser aplaudidas como provas de originalidade, excelência intelectual e coragem quase suicida. O indivíduo capaz desses controladíssimos rompantes torna-se, no padrão geral vigente, a personificação mais próxima do que seria, em condições normais, o representante da alta cultura.
É isso o que, no Brasil de hoje, se chama de “formador de opinião”: um adolescente em busca de integração social, esforçando-se para imitar a linguagem e os modos de um grupo de referência, no máximo fingindo às vezes um pouco de discordância para poder ser aprovado, não como um membro qualquer entre outros, mas como um “intelectual”, talvez até como um “pensador”."
Como o grupo dominante na mídia e nas universidades, hoje em dia, é esquerdista e politicamente correto, o chamado “debate nacional” é apenas um torneio para decidir quem personifica melhor o amor sem fim às “minorias” oficialmente aprovadas como tais e o total desprezo pelas demais minorias, por exemplo os evangélicos ou os católicos tradicionalistas (os judeus são um caso espinhosamente ambíguo, obrigando as inteligências iluminadas aos contorcionismos verbais mais engenhosos para conciliar o respeito sacrossanto aos judeus mortos com o ódio visceral aos judeus vivos).
Quando, num desvario de independência pessoal, o sujeito se horroriza ante algum excesso do politicamente correto e escreve duas ou três palavras para criticá-lo, toma as mais extremas precauções para mostrar que só o faz no puro interesse dos próprios grupos visados, reintegrando portanto dialeticamente o momento de infidelidade aparente no fundo imutável da fidelidade essencial. Essas demonstrações de “divergência”, as mais extremas que o padrão nacional comporta hoje em dia, chegam até a ser aplaudidas como provas de originalidade, excelência intelectual e coragem quase suicida. O indivíduo capaz desses controladíssimos rompantes torna-se, no padrão geral vigente, a personificação mais próxima do que seria, em condições normais, o representante da alta cultura.
É isso o que, no Brasil de hoje, se chama de “formador de opinião”: um adolescente em busca de integração social, esforçando-se para imitar a linguagem e os modos de um grupo de referência, no máximo fingindo às vezes um pouco de discordância para poder ser aprovado, não como um membro qualquer entre outros, mas como um “intelectual”, talvez até como um “pensador”."
Superei Lula, de novo
Este é o texto de número 400 publicado aqui no blog.
Atingi 400 textos antes de Lula atingir 400% de popularidade. Quem mais consegue superar Lula no Brasil?
Então, esqueçam o chato do Serra e votem em mim em 2010!
Atingi 400 textos antes de Lula atingir 400% de popularidade. Quem mais consegue superar Lula no Brasil?
Então, esqueçam o chato do Serra e votem em mim em 2010!
Alguém viu?
Alguém viu algum estudante nas ruas de Porto Alegre gritando palavras de ordem contra Sarney, Renan ou Collor? Ou contra o chefe deles - Lula?
Não, estudantes na rua somente contra Yeda.
Estudantes de araque, pelegos dos partidos "de esquerda".
Somente o "jornal" zero hora "acredita" em suas manifestações de rua.
Não, estudantes na rua somente contra Yeda.
Estudantes de araque, pelegos dos partidos "de esquerda".
Somente o "jornal" zero hora "acredita" em suas manifestações de rua.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
"Minoria com complexo de maioria"
A pérola acima foi proferida pelo senador Renan Calheiros na sessão de ontem do senado da república federativa em extinção do brasil.
O que gerou a manifestação de Renan? A divergência.
E olha que a oposição no brasil é quase inexistente. Se sofre de algum complexo, é de inferioridade. Vive escondida, com medo de cumprir seu papel de...oposição, como fazia o PT quando era minoria...
Então, se mesmo com uma oposição omissa o senador calheiros disse o que disse, qual é o seu desejo? Se divergir, se exercer o papel de oposição significa ter "complexo de maioria", o que deseja calheiros?
Algumas hipóteses:
- Deseja que os congressistas da "minoria" recebam seus salários, mas não apareçam no congresso para encher o saco. Que fiquem em suas casas, em verdadeiras licenças remuneradas, como um bom funcionário fantasma nomeado por ato secreto;
- Deseja que os congressistas da "minoria" mudem de lado e migrem para a "maioria", dando uma banana para seus eleitores tão logo assumam seus cargos;
- Deseja que os políticos da "minoria" sejam declarados inelegíveis, uma vez que somente a "maioria" deve possuir representação política na democracia de renan.
Para renan, o congresso não deveria ser chamado de parlamento (local de debates de idéias), mas sim de "negociatamento" (local de acerto de negociatas). Onde a única divergência permitida seria quanto à distribuição do bolo...
Bom, seja qual for o desejo de renan, nunca será atingido por suas consequências, pois renan está SEMPRE com a maioria, independentemente de partido, projeto, ideologia.
Na história recente o estado de alagoas produziu senadores do quilate de Collor, Renan Calheiros e Heloisa Helena.
Eleitores de alagoas, dêem uma chance ao Brasil, votem em branco em 2010.
O que gerou a manifestação de Renan? A divergência.
E olha que a oposição no brasil é quase inexistente. Se sofre de algum complexo, é de inferioridade. Vive escondida, com medo de cumprir seu papel de...oposição, como fazia o PT quando era minoria...
Então, se mesmo com uma oposição omissa o senador calheiros disse o que disse, qual é o seu desejo? Se divergir, se exercer o papel de oposição significa ter "complexo de maioria", o que deseja calheiros?
Algumas hipóteses:
- Deseja que os congressistas da "minoria" recebam seus salários, mas não apareçam no congresso para encher o saco. Que fiquem em suas casas, em verdadeiras licenças remuneradas, como um bom funcionário fantasma nomeado por ato secreto;
- Deseja que os congressistas da "minoria" mudem de lado e migrem para a "maioria", dando uma banana para seus eleitores tão logo assumam seus cargos;
- Deseja que os políticos da "minoria" sejam declarados inelegíveis, uma vez que somente a "maioria" deve possuir representação política na democracia de renan.
Para renan, o congresso não deveria ser chamado de parlamento (local de debates de idéias), mas sim de "negociatamento" (local de acerto de negociatas). Onde a única divergência permitida seria quanto à distribuição do bolo...
Bom, seja qual for o desejo de renan, nunca será atingido por suas consequências, pois renan está SEMPRE com a maioria, independentemente de partido, projeto, ideologia.
Na história recente o estado de alagoas produziu senadores do quilate de Collor, Renan Calheiros e Heloisa Helena.
Eleitores de alagoas, dêem uma chance ao Brasil, votem em branco em 2010.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Desembarco do PSDB
Nunca fui um militante tucano (uma amiga minha é tucana roxa, se ela ler este texto não vai gostar...). Nutri algumas simpatias pelo governo FHC, como no caso das privatizações e da consolidação dos valores democráticos. Mas não posso esquecer que foi durante os 8 anos de governo FHC que se deu o maior aumento de carga tributária da história do país.
Acompanho o governo Serra à distância mais porr razões profissionais Serra estabeleceu um verdadeiro caos tributário em São Paulo, onde ninguém mais sabe qual a tributação ocorreta. Já escrevi sobre isto aqui, vários textos. Além disso, o trato do governo Serra com empresários de SP é truculento, é "passando por cima", como ele fez no caso das empresas de comercialização de energia elétrica. Outro dia eu estava em uma empresa e um funcionário do departamento fiscal estava desesperado. Precisava emitr nota para dois clientes em SP, do mesmo produto, nas mesmas condições, e cada um dos clientes defendia que a nota deveria ser feita de um jeito diferente. E ninguém conseguia esclarecer o caso com segurança. Vendo isto, obsevei: "e o cara que criou este caos ainda pretende ser presidente da república ano que vem", ao que o funcionário respondeu: "deus nos livre".
A cidade onde moro é administrada pelo PSDB, com altos índices de aprovação, mas a rotina de burocracia para as empresas se tornou insuportável na atual gestão. Chega-se a gastar um ano de idas e vindas para resolver uma bobagem qualquer, que antes do PSDB se resolvia facilmente. Além disso, parece que os funcionários municipais foram treinados por Serra, nos tratam (empresários e afins) como se fôssemos seres de segunda classe.
Eu não posso compactuar com este estado de coisas.
Minhas divergências em relação ao PT, Lula e Dilma são infinitas, inconciliáveis. Mas não é em função que vou me atirar nos braços de um partido que está fazendo coisas das quais discordo totalmente.
Então, desembarco do PSDB e da candidatura Serra (acho que vou apanhar de amigos).
Em função da pobreza de candidatos no Brasil, acho que irei de voto em branco. A que ponto chegamos.
No passado já disse, e afirmo, que votaria no diabo se a escolha fosse entre diabo e PT. Continuo pensando assim. Mas não consigo engolir Serra e o PSDB.
Acompanho o governo Serra à distância mais porr razões profissionais Serra estabeleceu um verdadeiro caos tributário em São Paulo, onde ninguém mais sabe qual a tributação ocorreta. Já escrevi sobre isto aqui, vários textos. Além disso, o trato do governo Serra com empresários de SP é truculento, é "passando por cima", como ele fez no caso das empresas de comercialização de energia elétrica. Outro dia eu estava em uma empresa e um funcionário do departamento fiscal estava desesperado. Precisava emitr nota para dois clientes em SP, do mesmo produto, nas mesmas condições, e cada um dos clientes defendia que a nota deveria ser feita de um jeito diferente. E ninguém conseguia esclarecer o caso com segurança. Vendo isto, obsevei: "e o cara que criou este caos ainda pretende ser presidente da república ano que vem", ao que o funcionário respondeu: "deus nos livre".
A cidade onde moro é administrada pelo PSDB, com altos índices de aprovação, mas a rotina de burocracia para as empresas se tornou insuportável na atual gestão. Chega-se a gastar um ano de idas e vindas para resolver uma bobagem qualquer, que antes do PSDB se resolvia facilmente. Além disso, parece que os funcionários municipais foram treinados por Serra, nos tratam (empresários e afins) como se fôssemos seres de segunda classe.
Eu não posso compactuar com este estado de coisas.
Minhas divergências em relação ao PT, Lula e Dilma são infinitas, inconciliáveis. Mas não é em função que vou me atirar nos braços de um partido que está fazendo coisas das quais discordo totalmente.
Então, desembarco do PSDB e da candidatura Serra (acho que vou apanhar de amigos).
Em função da pobreza de candidatos no Brasil, acho que irei de voto em branco. A que ponto chegamos.
No passado já disse, e afirmo, que votaria no diabo se a escolha fosse entre diabo e PT. Continuo pensando assim. Mas não consigo engolir Serra e o PSDB.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Chega de hipocrisia
Sarney discursou hoje e nos levou a um dos pontos mais baixos da nossa história política. Ainda ontem, em 2002, seria possível imaginar que chegaríamos a este ponto. E chegamos com apenas 6,5 anos de mandato de Lula. Imaginem onde estaremos depois de 8 anos de mandato de Dilma...
Tenho escrito textos como afirmações como: "a história vai julgar", "historiadores vão avaliar este período da história brasileira", etc. Tudo bobagem. Não haverá história nem historiadores.
O grau de imbecilização da população brasileira é tanto, e progressivo, que não mais existirá a história como ciência no futuro. No máximo história em quadrinho, mas se não for muito difícil de entender.
Então senhores Lula, Sarney, Collor, Renam, Mercadante e companhia - nada temam, não haverá história para julgá-los. Vão em frente, arrebentem a boca do balão. Façam tudo que a imensa maioria do "povo" brasileiro faria se estivésse em vossos lugares. Não se precoupem com opinião pública, porquê isto não existe. Sugiro até que acabem com esta palhaçada de eleições que só serve para atrasar a nossa novela de todo dia. Declarem-se ocupantes vitalícios de seus cargos, e ao morrerem seus descendentes deverão substituí-los.
Vamos fechar os tribunais de contas e todos os órgãos de fiscalização do poder público. Chega de gastar dinheiro com o salário dessa gente toda para não ter consequência nenhuma.
Vamos acabar com a lei de licitações. Vamos criar um cadastro "lulo/sarneysístico", e empresas que estiverem neste cadastro não precisarão participar de licitações.
Vamos substituir as seções de política dos jornais por horóscopo, que é muito mais útil.
Vamos começar a tratar o Brasil como ele realmente é, e parar com a hipocrisia. Queremos assistir à novela no horário de sempre.
Tenho escrito textos como afirmações como: "a história vai julgar", "historiadores vão avaliar este período da história brasileira", etc. Tudo bobagem. Não haverá história nem historiadores.
O grau de imbecilização da população brasileira é tanto, e progressivo, que não mais existirá a história como ciência no futuro. No máximo história em quadrinho, mas se não for muito difícil de entender.
Então senhores Lula, Sarney, Collor, Renam, Mercadante e companhia - nada temam, não haverá história para julgá-los. Vão em frente, arrebentem a boca do balão. Façam tudo que a imensa maioria do "povo" brasileiro faria se estivésse em vossos lugares. Não se precoupem com opinião pública, porquê isto não existe. Sugiro até que acabem com esta palhaçada de eleições que só serve para atrasar a nossa novela de todo dia. Declarem-se ocupantes vitalícios de seus cargos, e ao morrerem seus descendentes deverão substituí-los.
Vamos fechar os tribunais de contas e todos os órgãos de fiscalização do poder público. Chega de gastar dinheiro com o salário dessa gente toda para não ter consequência nenhuma.
Vamos acabar com a lei de licitações. Vamos criar um cadastro "lulo/sarneysístico", e empresas que estiverem neste cadastro não precisarão participar de licitações.
Vamos substituir as seções de política dos jornais por horóscopo, que é muito mais útil.
Vamos começar a tratar o Brasil como ele realmente é, e parar com a hipocrisia. Queremos assistir à novela no horário de sempre.
Simon mereceu
Como todos viram, segunda-feira o senador Collor... deu um cala a boca no senador Simon, que discursava pela renúncia de Sarney.
Somente o governo Lula poderia produzir uma cena dessas - Collor ressurge das cinzas, santificado pelo apoio a Lula, e parte para cima do senador que supostamente simboliza a ética no congresso.
Esta é a transformação que Lula prometeu para o Brasil, e cumpriu.
Mas o objetivo deste texto é afirmar que Simon mereceu o ocorrido, e merece o melancólico fim de carreira política que terá daqui para a frente.
Vocês sabem aquelas camisetas que o jogador Kaká usa para exibir para a televisão quando faz gols? "Eu pertenço a Jesus", "Jesus acima de tudo", e outras do gênero.
Pois bem, Simon também usa, só que nas suas aparece "Lula" no lugar de "Jesus". E Simon não exibe para a torcida.
Para a torcida é um independente. Mas a alma é vermelha, e lulista desde criancinha. Ou desde que tinha uns 60 anos...
Então, de forma sempre dissimulada, acabou contribuindo para construir o Brasil que aí está. E como prêmio por seu "trabalho" recebeu um dedo na cara do senador Collor.
Merecido.
Pessoas como Lula e Collor já concluiram que está tudo dominado e, portanto, não precisam mais da dissimulação dos "Simons". Os "Simons" não são mais necessários ao projeto de transformação política de Lula.
Somente o governo Lula poderia produzir uma cena dessas - Collor ressurge das cinzas, santificado pelo apoio a Lula, e parte para cima do senador que supostamente simboliza a ética no congresso.
Esta é a transformação que Lula prometeu para o Brasil, e cumpriu.
Mas o objetivo deste texto é afirmar que Simon mereceu o ocorrido, e merece o melancólico fim de carreira política que terá daqui para a frente.
Vocês sabem aquelas camisetas que o jogador Kaká usa para exibir para a televisão quando faz gols? "Eu pertenço a Jesus", "Jesus acima de tudo", e outras do gênero.
Pois bem, Simon também usa, só que nas suas aparece "Lula" no lugar de "Jesus". E Simon não exibe para a torcida.
Para a torcida é um independente. Mas a alma é vermelha, e lulista desde criancinha. Ou desde que tinha uns 60 anos...
Então, de forma sempre dissimulada, acabou contribuindo para construir o Brasil que aí está. E como prêmio por seu "trabalho" recebeu um dedo na cara do senador Collor.
Merecido.
Pessoas como Lula e Collor já concluiram que está tudo dominado e, portanto, não precisam mais da dissimulação dos "Simons". Os "Simons" não são mais necessários ao projeto de transformação política de Lula.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
A coluna do "homobrasiliensis"
A coluna de JR Guzzo na Veja desta semana toca num assunto sobre o qual me revolto há muito tempo - o excesso de normatização reduzindo os espaços da vida privada.
No Brasil há legislação para tudo. No congresso são mais de 600 produzindo diariamente todo o tipo de bobagem para atrapalhar a vida do cidadão. Fico feliz quando estão em recesso ou com a aputa travada por medidas provisórias. A liberdade respira nestes períodos.
No executivo são milhares de funcionários, que não conhecem a vida aqui do lado de fora, redigindo diariamente normativas, portarias, instruções, etc., para atrapalhar a vida do cidadão. Fico feliz quando os órgãos públicos estão em greve. A liberdade respira durante as greves.
Não consigo nem imaginar quantos milhões de leis, decretos, instruções, portarias, etc. que existem em todas as esferas de governo no Brasil, muitas contraditórias entre si. Nós cidadãos não conhecemos nem a ponta deste iceberg legislativo. Mas a própria lei nos proíbe de alegar descumprimento, ou seja, a qualquer momento de nossas vidas podemos ser punidos por descumprir algo que nem sabíamos que existia.
Isto nunca vai mudar. Milhares de funcionários e legisladores (em todos os níveis) continuarão produzindo seus disparates diários, permanentemente. E a vida que já não é fácil para quem trabalha, vai se complicando mais.
É um verdadeiro processo de asfixia que o poder público promove sobre o cidadão, principalmente contra os que trabalham para viver (parece que trabalho incomoda os membros do poder...).
A tudo isto o cidadão brasileiro assiste com sua postura bovina, de sub-cidadão, postura de povo sem dignidade. Tudo aceita e com tudo convive, mesmo que na base do jeitinho. Incapaz de reagir, ignora que a soberania em um regime democrático advém do povo. Baixa a cabeça para os "doutores" do governo em todas as circunstâncias.
Um desenho da evolução humana, comum em apostilas, mostra um macaco a partir da esquerda, e este macaco vai passando pelas diversas fases da evolução e ficando ereto, até chegar no homosapiens (nós). Pois bem, daqui muito tempo, ao estudar o povo brasileiro, antropólogos ficarão intrigados com o fato de que a coluna voltou a se curvar, num processo de reversão da evolução. A explicação é fácil senhores antropólogos do futuro - foi de tanto baixar a cabeça...será o "homobrasiliensis", um defeito genético derivado do homosapiens...
No Brasil há legislação para tudo. No congresso são mais de 600 produzindo diariamente todo o tipo de bobagem para atrapalhar a vida do cidadão. Fico feliz quando estão em recesso ou com a aputa travada por medidas provisórias. A liberdade respira nestes períodos.
No executivo são milhares de funcionários, que não conhecem a vida aqui do lado de fora, redigindo diariamente normativas, portarias, instruções, etc., para atrapalhar a vida do cidadão. Fico feliz quando os órgãos públicos estão em greve. A liberdade respira durante as greves.
Não consigo nem imaginar quantos milhões de leis, decretos, instruções, portarias, etc. que existem em todas as esferas de governo no Brasil, muitas contraditórias entre si. Nós cidadãos não conhecemos nem a ponta deste iceberg legislativo. Mas a própria lei nos proíbe de alegar descumprimento, ou seja, a qualquer momento de nossas vidas podemos ser punidos por descumprir algo que nem sabíamos que existia.
Isto nunca vai mudar. Milhares de funcionários e legisladores (em todos os níveis) continuarão produzindo seus disparates diários, permanentemente. E a vida que já não é fácil para quem trabalha, vai se complicando mais.
É um verdadeiro processo de asfixia que o poder público promove sobre o cidadão, principalmente contra os que trabalham para viver (parece que trabalho incomoda os membros do poder...).
A tudo isto o cidadão brasileiro assiste com sua postura bovina, de sub-cidadão, postura de povo sem dignidade. Tudo aceita e com tudo convive, mesmo que na base do jeitinho. Incapaz de reagir, ignora que a soberania em um regime democrático advém do povo. Baixa a cabeça para os "doutores" do governo em todas as circunstâncias.
Um desenho da evolução humana, comum em apostilas, mostra um macaco a partir da esquerda, e este macaco vai passando pelas diversas fases da evolução e ficando ereto, até chegar no homosapiens (nós). Pois bem, daqui muito tempo, ao estudar o povo brasileiro, antropólogos ficarão intrigados com o fato de que a coluna voltou a se curvar, num processo de reversão da evolução. A explicação é fácil senhores antropólogos do futuro - foi de tanto baixar a cabeça...será o "homobrasiliensis", um defeito genético derivado do homosapiens...
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
O que diria Saulo Ramos?
Há cerca de dois anos li o livro O Código da Vida, biogafia de Saulo Ramos.
Sempre admirei Saulo Ramos por sua inteligência e conhecimento jurídico. Trata-se de um brasileiro brilhante.
O livro é muito bom, mas com um detalhe - Saulo é fiel defensor de Sarney, e deixa isto bem claro em vários trechos da obra. Saulo defende a importância histórica de Sarney na transição para a democracia e relata que Sarney era muito preocupado em preservar liberdades democráticas durante seu mandato (Saulo era ministro da justiça).
Depois que a família Sarney conseguiu com um juíz amigo uma ordem judicial para censurar previamente o conteúdo do jornal O Estado de São Paulo, eu realmente gostaria de ouvir a opinião de Saulo. Principalmente no que se refere ao respeito de Sarney pelas liberdades democráticas...
Sempre admirei Saulo Ramos por sua inteligência e conhecimento jurídico. Trata-se de um brasileiro brilhante.
O livro é muito bom, mas com um detalhe - Saulo é fiel defensor de Sarney, e deixa isto bem claro em vários trechos da obra. Saulo defende a importância histórica de Sarney na transição para a democracia e relata que Sarney era muito preocupado em preservar liberdades democráticas durante seu mandato (Saulo era ministro da justiça).
Depois que a família Sarney conseguiu com um juíz amigo uma ordem judicial para censurar previamente o conteúdo do jornal O Estado de São Paulo, eu realmente gostaria de ouvir a opinião de Saulo. Principalmente no que se refere ao respeito de Sarney pelas liberdades democráticas...
O formigueiro
Vivemos tempos tristes. O próprio crescimento desordenado da população nos tira cada vez mais a individualidade e nos leva para uma cultura de massa, para uma cultura de formigueiro.
Some-se a isso a forte presença da mídia, que é o mundo do faz de conta, na vida contemporânea, e temos o cenário pronto: cultura de massa, perda de individualidade, superficialidade, situações de faz de conta, ausência de substância e hipocrisia.
A forma mais fácil de identificar este fenômeno é nas empresas que trabalham com quantidade muito grande de clientes (com o formigueiro). Todas são as melhores do mundo nas propagandas, que atingem milhões de consumidores, mas na prática massacram individualmente seus clientes. O importante é a massa, os indivíduos são irrelevantes.
Pela propaganda meu banco é o melhor do mundo, e cliente para eles é tudo. Na prática, mesmo sendo cliente há mais de 20 anos, não consigo sequer que minha gerente responda um e mail.
Pela propaganda, minha operadora de telefonia é a melhor do mundo. Na prática, todos que já ligaram para um call center de telefônica sabem o que enfrento toda a vez que preciso falar com eles. Isso sem falar nos serviços que não solicito, mas que vêm na fatura...
Pela propaganda, meu cartão de crédito é o melhor do mundo e só não compra o que não tem preço. Na prática, quando aparecem na fatura despesas que não fiz é um calvário para conseguir falar com alguém que resolva.
Pela propaganda, as companhias aéreas Brasileiras são as melhores do mundo e estão preocupadas com a segurança e conforto dos passageiros, com a pontualidade, com a "viagem feliz", etc. Na prática, como viajo toda a semana, percebo que as companhias não estão nem aí para os clientes, seus funcionários são grosseiros, nos largam em salas de embarque sem dar nenhuma satisfação quanto aos horários dos vôos, e as fileiras de assentos são tão apertadas que minhas pernas não cabem. Somos transportados como carga e não como induvíduos.
Pela propaganda, meu plano de saúde é o melhor do mundo e dá a entender que se houver qualquer problema com a saúde do cliente mandam um avião UTI e um helicóptero para socorrer. Na prática, muitas vezes é difícil conseguir autorização para um simples exame.
Sou cliente (era) há mais de 5 anos do maior site brasileiro de comércio eletrônico. Nesses anos todos, comprei muitas coisas por lá - TVs de plasma, câmeras digitais, hometheatre, computadores, aparelhos de som, uma infinidade de livros e DVDs, vinhos, etc. Depois de 5 anos aconteceu um problema com um produto comprado. Como não consegui atendimento, enviei um e mail para a central de atendimento deles mencionando meu longo relacionamento e informando que eu desejava apenas atenção e que, caso não obtivésse retorno, não compraria mais. Não recebi retorno nenhum.
Como indivíduos não temos mais importância nenhuma. Nem para fornecedores, nem para os meios de comunicação, muito menos para o governo ou políticos. Literalmente, todos desejam que a gente se exploda, individualmente. Só somos relevantes enquanto "massa", mas massa não tem nome, não tem endereço, não tem personalidade. Viramos um formigueiro humano, sem a organização social das formigas.
Some-se a isso a forte presença da mídia, que é o mundo do faz de conta, na vida contemporânea, e temos o cenário pronto: cultura de massa, perda de individualidade, superficialidade, situações de faz de conta, ausência de substância e hipocrisia.
A forma mais fácil de identificar este fenômeno é nas empresas que trabalham com quantidade muito grande de clientes (com o formigueiro). Todas são as melhores do mundo nas propagandas, que atingem milhões de consumidores, mas na prática massacram individualmente seus clientes. O importante é a massa, os indivíduos são irrelevantes.
Pela propaganda meu banco é o melhor do mundo, e cliente para eles é tudo. Na prática, mesmo sendo cliente há mais de 20 anos, não consigo sequer que minha gerente responda um e mail.
Pela propaganda, minha operadora de telefonia é a melhor do mundo. Na prática, todos que já ligaram para um call center de telefônica sabem o que enfrento toda a vez que preciso falar com eles. Isso sem falar nos serviços que não solicito, mas que vêm na fatura...
Pela propaganda, meu cartão de crédito é o melhor do mundo e só não compra o que não tem preço. Na prática, quando aparecem na fatura despesas que não fiz é um calvário para conseguir falar com alguém que resolva.
Pela propaganda, as companhias aéreas Brasileiras são as melhores do mundo e estão preocupadas com a segurança e conforto dos passageiros, com a pontualidade, com a "viagem feliz", etc. Na prática, como viajo toda a semana, percebo que as companhias não estão nem aí para os clientes, seus funcionários são grosseiros, nos largam em salas de embarque sem dar nenhuma satisfação quanto aos horários dos vôos, e as fileiras de assentos são tão apertadas que minhas pernas não cabem. Somos transportados como carga e não como induvíduos.
Pela propaganda, meu plano de saúde é o melhor do mundo e dá a entender que se houver qualquer problema com a saúde do cliente mandam um avião UTI e um helicóptero para socorrer. Na prática, muitas vezes é difícil conseguir autorização para um simples exame.
Sou cliente (era) há mais de 5 anos do maior site brasileiro de comércio eletrônico. Nesses anos todos, comprei muitas coisas por lá - TVs de plasma, câmeras digitais, hometheatre, computadores, aparelhos de som, uma infinidade de livros e DVDs, vinhos, etc. Depois de 5 anos aconteceu um problema com um produto comprado. Como não consegui atendimento, enviei um e mail para a central de atendimento deles mencionando meu longo relacionamento e informando que eu desejava apenas atenção e que, caso não obtivésse retorno, não compraria mais. Não recebi retorno nenhum.
Como indivíduos não temos mais importância nenhuma. Nem para fornecedores, nem para os meios de comunicação, muito menos para o governo ou políticos. Literalmente, todos desejam que a gente se exploda, individualmente. Só somos relevantes enquanto "massa", mas massa não tem nome, não tem endereço, não tem personalidade. Viramos um formigueiro humano, sem a organização social das formigas.
Aniquilação total
Enfrentar esquerdistas não é fácil, desde sempre. Quando eles partem para cima de alguém é para aniquilação total. Há infinitos casos que exemplificam isto. No Rio Grande do Sul há um caso bem educativo:
Uma das maiores lideranças do estado nos anos 20 e 30 era Flores da Cunha. Foi um dos líderes da revolução de 30, que colocou o esquerdista populista Getulio Vargas na presidência da república.
Em 1932, durante a revolução constitucionalista, Flores da Cunha negou apoio a São Paulo, e com este gesto garantiu a permanência de Getulio no poder.
Flores da Cunha era governador do Rio Grande do Sul quando Getulio lhe informou que planejava o golpe do estado novo. Flores da Cunha manifestou sua oposição ao golpe.
Getulio deu o golpe, assumiu poderes absolutos, e partiu então para a aniquilação do antigo companheiro de batalhas. Primeiro o destituiu do governo do estado, depois o prendeu, humilhou, e por fim o envio para o exílio no Uruguai, onde era perseguido por agentes secretos, impedido de sair de Montevideo, de se corresponder, etc.
Mas não bastava destruir o homem, era preciso destruir a sua imagem. E para tanto a imprensa foi utilizada para divulgar todo o tipo de absurdos a respeito de alguém que até então era idolatrado.
No anivesário de 90 anos de mai pai um outro senhor de muita idade comentava: "o Flores da Cunha roubava obras de arte do palácio para vender e pagar suas dívidas de jogo".
70 anos após os fatos, o processo de destruição moral de Flores da Cunha ainda está vivo na cabeça dos mais antigos, e não há nada que os convença de que isto era mentira.
É no que dá bater de frente com esquerdista.
PS. para a esquerda, e para a imprensa com seus permanentes "novos fatos", existiram apenas dois exilados no Uruguai: os esquerdistas Brizola e João Goulart (ambos milionários fazendeiros...).
Uma das maiores lideranças do estado nos anos 20 e 30 era Flores da Cunha. Foi um dos líderes da revolução de 30, que colocou o esquerdista populista Getulio Vargas na presidência da república.
Em 1932, durante a revolução constitucionalista, Flores da Cunha negou apoio a São Paulo, e com este gesto garantiu a permanência de Getulio no poder.
Flores da Cunha era governador do Rio Grande do Sul quando Getulio lhe informou que planejava o golpe do estado novo. Flores da Cunha manifestou sua oposição ao golpe.
Getulio deu o golpe, assumiu poderes absolutos, e partiu então para a aniquilação do antigo companheiro de batalhas. Primeiro o destituiu do governo do estado, depois o prendeu, humilhou, e por fim o envio para o exílio no Uruguai, onde era perseguido por agentes secretos, impedido de sair de Montevideo, de se corresponder, etc.
Mas não bastava destruir o homem, era preciso destruir a sua imagem. E para tanto a imprensa foi utilizada para divulgar todo o tipo de absurdos a respeito de alguém que até então era idolatrado.
No anivesário de 90 anos de mai pai um outro senhor de muita idade comentava: "o Flores da Cunha roubava obras de arte do palácio para vender e pagar suas dívidas de jogo".
70 anos após os fatos, o processo de destruição moral de Flores da Cunha ainda está vivo na cabeça dos mais antigos, e não há nada que os convença de que isto era mentira.
É no que dá bater de frente com esquerdista.
PS. para a esquerda, e para a imprensa com seus permanentes "novos fatos", existiram apenas dois exilados no Uruguai: os esquerdistas Brizola e João Goulart (ambos milionários fazendeiros...).
Comunismo é parasita do capitalismo
Como escrevi aqui, meu pai completou 90 anos de idade neste fim de semana. Dei de presente uma caixa de charutos cubanos. Custou um bom dinheiro.
Depois que ele abriu a caixa eu observei os charutos alinhados e pensei que aquilo foi produzido por mão de obra escrava, e que a minha compra contribuiu para enriquecer mais ainda algum membro do governo cubano. Como em todo o regime comunista, em Cuba todos os ganhos são para os mebros do poder, enquanto o povo sobrevive à mingua.
Cuba vive às custas de 3 atividades:
- Venda de charutios para ricos capitalistas;
- Turismo para capitalistas endinheirados;
- Petróleo doado por Chavez.
Já Chavez sustenta Cuba e seu projeto bolivariano vendendo petróleo (que não é dele, e sim do povo Venezuelano) para os capitalistas americanos.
Ou seja, o comunismo cubano, e sua versão bolivariana, só existem porquê há capitalismo para consumir seus produtos. São parasitas em todos os sentidos.
Dá mesma forma, o comunismo da Coréia do Norte se sustenta apenas com chantagem nuclear, arrancando dinheiro de capitalistas americanos e europeus acovardados.
Os chineses, espertos, mantiveram do comunismo apenas a ditadura e se atiraram nos braços do capitalismo. No caso deles, o modelo mais selvagem de capitalismo.
Depois que ele abriu a caixa eu observei os charutos alinhados e pensei que aquilo foi produzido por mão de obra escrava, e que a minha compra contribuiu para enriquecer mais ainda algum membro do governo cubano. Como em todo o regime comunista, em Cuba todos os ganhos são para os mebros do poder, enquanto o povo sobrevive à mingua.
Cuba vive às custas de 3 atividades:
- Venda de charutios para ricos capitalistas;
- Turismo para capitalistas endinheirados;
- Petróleo doado por Chavez.
Já Chavez sustenta Cuba e seu projeto bolivariano vendendo petróleo (que não é dele, e sim do povo Venezuelano) para os capitalistas americanos.
Ou seja, o comunismo cubano, e sua versão bolivariana, só existem porquê há capitalismo para consumir seus produtos. São parasitas em todos os sentidos.
Dá mesma forma, o comunismo da Coréia do Norte se sustenta apenas com chantagem nuclear, arrancando dinheiro de capitalistas americanos e europeus acovardados.
Os chineses, espertos, mantiveram do comunismo apenas a ditadura e se atiraram nos braços do capitalismo. No caso deles, o modelo mais selvagem de capitalismo.
sábado, 1 de agosto de 2009
Última
Falei no post anterior que estava saindo do ar, mas fui obrigado a retornar para publicar esta última notícia, da coluna de Lauro Jardim em Veja:
"José Padilha, diretor de Tropa de Elite, tem um roteiro pronto para dirigir um filme sobre corrupção na política, baseado no mensalão. Só que ele está às voltas com um pequeno problema: não consegue captar um centavo. Ainda não encontrou uma empresa que queira meter o dedo nessa cumbuca."
Bem diferente da situação dos filmes feitos sobre Lula, não? Para filmes sobre a vida de Lula há fila de empresários com o cheque na mão.
Como já escrevi, 20 anos de convívio diário no meio empresarial me deixar convicto de que a imbecilidade impera neste meio.
Como já escrevi também, no dia em que Lula, ou Dilma, anunciarem a revolução bolivariana por aqui, o anúncio ocorrerá "num oferecimento de Casas Bahia, Pão de Açucar, Mcdonalds..."
"José Padilha, diretor de Tropa de Elite, tem um roteiro pronto para dirigir um filme sobre corrupção na política, baseado no mensalão. Só que ele está às voltas com um pequeno problema: não consegue captar um centavo. Ainda não encontrou uma empresa que queira meter o dedo nessa cumbuca."
Bem diferente da situação dos filmes feitos sobre Lula, não? Para filmes sobre a vida de Lula há fila de empresários com o cheque na mão.
Como já escrevi, 20 anos de convívio diário no meio empresarial me deixar convicto de que a imbecilidade impera neste meio.
Como já escrevi também, no dia em que Lula, ou Dilma, anunciarem a revolução bolivariana por aqui, o anúncio ocorrerá "num oferecimento de Casas Bahia, Pão de Açucar, Mcdonalds..."
Saio do ar
Mas volto...
Saio do ar agora porquê vou a Porto Alegre para o aniversário de 90 anos de meu pai (será amanhã) e não vou levar computador. Desta forma, só retorno ao blog na segunda.
Completar 90 anos é uma conquista para poucos, pouquíssimos. Se torna um pouco melancólica por ocorrer num ambiente de desconstrução social, de retrocesso civilizatório.
Felizmente (ou infelizmente), apesar da lucidez, meu pai se desligou um pouco do mundo. Atualmente ele acredita apenas no que é publicado nas páginas do jornal Zero Hora (coitado). se não der na Zero Hora, não existe o fato.
Ele também acredita que os EUA interviriam militarmente caso alguém tentasse implantar a revolução bolivariana no Brasil. Coitado.
Mas vamos comemorar. Vou a Porto Alegre para a festa e tentarei evitar o assunto política, uma vez que as coisas que penso não saem na Zero Hora...
Saio do ar agora porquê vou a Porto Alegre para o aniversário de 90 anos de meu pai (será amanhã) e não vou levar computador. Desta forma, só retorno ao blog na segunda.
Completar 90 anos é uma conquista para poucos, pouquíssimos. Se torna um pouco melancólica por ocorrer num ambiente de desconstrução social, de retrocesso civilizatório.
Felizmente (ou infelizmente), apesar da lucidez, meu pai se desligou um pouco do mundo. Atualmente ele acredita apenas no que é publicado nas páginas do jornal Zero Hora (coitado). se não der na Zero Hora, não existe o fato.
Ele também acredita que os EUA interviriam militarmente caso alguém tentasse implantar a revolução bolivariana no Brasil. Coitado.
Mas vamos comemorar. Vou a Porto Alegre para a festa e tentarei evitar o assunto política, uma vez que as coisas que penso não saem na Zero Hora...
Lula
Como diz Reinaldo Azevedo, Lula é o político mais inteligente do Brasil. Concordo com ele.
Como inteligência e cultura são coisas disitintas, Lula também é um dos políticos mais incultos e despreparados do Brasil. Como é inteligente, deve ter consciência de suas graves limitações.
Depois de passada a euforia por sua eleição em 2002, deve ter pensado: "que m., o que eu vou fazer agora, não sei fazer nada, só sei falar m."
E assim seu início presidencial foi até moderado. Mas aos poucos sua inteligência foi percebendo duas coisas:
a) Tudo o que diz, por mais besteira que seja, é divulgado pela imprensa como profundo conceito filosófico;
b) Tudo o que propõe, por mais besteira que seja, vira lei, com mais validade que os 10 mandamentos.
Por exemplo, desde a redemocratização a liberdade de imprensa era um valor fundamental. Bastou Lula começar a questionar o noticiário (nas raras oportunidades em que lhe é contrário) e pronto, já tem um monte de gente na própria imprensa achando que a liberdade de imprensa precisa ter limites.
Agora Lula fala contra a lei de licitações. Em breve vai ter um monte de gente achando que licitação é uma bobagem mesmo, que fornecedores do estado devem ser escolhidos diretamente por ... Lula.
Quem acompanha as falas de Lula ao longo de seus 6,5 anos de mandato percebe que a coisa vem num crescendo. A bobagem posterior sempre supera a bobagem anterior. Parece que Lula está perdendo o pudor (se tinha algum) e os limites. E é sempre aplaudido pelo noticiário.
A continur neste ritmo, Lula decretará em discurso em 2010 que eleição é uma bobagem e que, portanto, ele segue presidente.
A imprensa noticiará o fato como "um dos melhores discursos da história da humanidade".
E no dia seguinte um monte de gente estará realmente convicta de que eleição é uma bobagem mesmo...
Como inteligência e cultura são coisas disitintas, Lula também é um dos políticos mais incultos e despreparados do Brasil. Como é inteligente, deve ter consciência de suas graves limitações.
Depois de passada a euforia por sua eleição em 2002, deve ter pensado: "que m., o que eu vou fazer agora, não sei fazer nada, só sei falar m."
E assim seu início presidencial foi até moderado. Mas aos poucos sua inteligência foi percebendo duas coisas:
a) Tudo o que diz, por mais besteira que seja, é divulgado pela imprensa como profundo conceito filosófico;
b) Tudo o que propõe, por mais besteira que seja, vira lei, com mais validade que os 10 mandamentos.
Por exemplo, desde a redemocratização a liberdade de imprensa era um valor fundamental. Bastou Lula começar a questionar o noticiário (nas raras oportunidades em que lhe é contrário) e pronto, já tem um monte de gente na própria imprensa achando que a liberdade de imprensa precisa ter limites.
Agora Lula fala contra a lei de licitações. Em breve vai ter um monte de gente achando que licitação é uma bobagem mesmo, que fornecedores do estado devem ser escolhidos diretamente por ... Lula.
Quem acompanha as falas de Lula ao longo de seus 6,5 anos de mandato percebe que a coisa vem num crescendo. A bobagem posterior sempre supera a bobagem anterior. Parece que Lula está perdendo o pudor (se tinha algum) e os limites. E é sempre aplaudido pelo noticiário.
A continur neste ritmo, Lula decretará em discurso em 2010 que eleição é uma bobagem e que, portanto, ele segue presidente.
A imprensa noticiará o fato como "um dos melhores discursos da história da humanidade".
E no dia seguinte um monte de gente estará realmente convicta de que eleição é uma bobagem mesmo...
O cerco
Dois fatos recentes, a reação constitucional à revolução bolivariana em Honduras e a fornecimento de armas às FARC feitos por Chavez, serviram para delimitar, pelo noticiário e pela reação (ou falta de reação) as fornteiras do bolivarianismo no continente. Ele vai desde a fronteira do Canadá com os Estados Unidos até a Terra do Fogo, à exceção de Honduras.
Estamos cercados por todos os lados.
Já não é mais possível ligar a televisão ou abrir um jornal sem receber material de propaganda da revolução bolivariana.
Ontem à noite, antes do cabrito, assisti alguns minutos do jornal da band apresentado por Boris Casoy. Patético. E pensar que Boris foi demitido da Record por sua independência jornalística. No que se transformou. Em mais um William Bonner ou Renato Machado, que só dizem o que o tele-prompter manda dizer, tudo dentro dos limites do bolivarianismo.
Resta a internet como válvula de escape à revolução bolivariana. E a revista Veja.
Até quando? Não sei.
Estamos cercados por todos os lados.
Já não é mais possível ligar a televisão ou abrir um jornal sem receber material de propaganda da revolução bolivariana.
Ontem à noite, antes do cabrito, assisti alguns minutos do jornal da band apresentado por Boris Casoy. Patético. E pensar que Boris foi demitido da Record por sua independência jornalística. No que se transformou. Em mais um William Bonner ou Renato Machado, que só dizem o que o tele-prompter manda dizer, tudo dentro dos limites do bolivarianismo.
Resta a internet como válvula de escape à revolução bolivariana. E a revista Veja.
Até quando? Não sei.
Assinar:
Postagens (Atom)