Lia agora pela manhã o noticiário da internet. O tom pode ser resumido da seguinte forma - crônica do naufrágio do governo Temer e da articulação do retorno de Dilma.
A imprensa está trabalhando para preparar o clima para a volta de Dilma, a ser sacramentada pelos senadores.
As pessoas não sabem com o que estão brincando.
Ontem um supermercado aqui da cidade abriu algumas vagas de caixa, com salário próximo ao mínimo, a atraiu milhares de candidatos desesperados por um emprego, muitos dos quais dormiram na fila.
Se Dilma voltar, seremos rapidamente a Venezuela. Não pelo socialismo, pois ao menos até 2018 eles não terão base no congresso para aprovar medidas bolivarianas. Mas sim pelo rápido mergulho no abismo da miséria.
Mergulharemos todos juntos na miséria, pois ela não fará distinção entre opositores e simpatizantes de Dilma.
Eu, que escrevo este texto, possivelmente serei mais um dos desesperados na fila do desemprego.
Os jornalistas que trabalham pela volta de Dilma irão para a miséria junto com todos. Mas não é possível esperar outro comportamento de jornalistas, afinal acredito que uma das condições para ingressar numa faculdade de jornalismo e deixar o cérebro do lado de fora.
Os veículos de comunicação do Volta Dilma irão à bancarrota. Mas morrerão petistas.
Os empresários de todos os tamanhos que não manifestam seu apoio ao governo Temer irão para o grupo dos sem empresa.
Os pobres, coitados, serão apresentados ao padrão africano de vida.
Este conjunto de irresponsabilidades reforça a minha convicção de que o Brasil é o país que nunca deveria ter existido. Um equívoco histórico. Seguiremos pagando o preço cada vez maior da nossa irresponsabilidade. Até o dia em que outro povo, em busca de terra e água, tire este território de nós e, quem sabe, transforme isso aqui em algo viável.
quinta-feira, 2 de junho de 2016
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