Minha atuação profissional é com diversas empresas, dos mais variados segmentos da economia.
Isto me permite ter uma visão bem real (de "chão de fábrica") do que está acontecendo na economia, realidade esta que passa longe do horário político e, parece, da realidade da maioria das famílias brasileiras.
Mas o que vejo nas empresas é um país desmoronando. Contratos sendo cancelados, empregados sendo demitidos, negociações travadas. O que vai ser faturado em entregue em 2015 precisa ser negociado agora, mas as negociações simplesmente não estão ocorrendo, o que já projeta um ano terrível. Em todas as empresas que visito encontro dirigentes desolados, sem saber como vão manter suas empresas no ano que vem, e cortando tudo o que dá para cortar, incluindo pessoal. Acabo de voltar de uma reunião numa indústria na manhã de hoje, e o cenário presenciado foi exatamente este. Indústria esta que atua num dos maiores e mais importantes segmentos industriais do Brasil, com centenas de milhares de empregados e bons salários.
Vendo esta situação na prática, eu projeto um futuro catastrófico. Por duas razões principais:
1) A reeleição de Dilma parece inevitável. Foi ela quem nos colocou nesta arapuca. E, tudo indica, no seu segundo mandato vai apertar o acelerador. Afinal, para implantar o bolivarianismo ela precisa primeiro destruir a economia;
2) Muitos cargos importantes nas empresas são atualmente ocupados por pessoas que estão na faixa dos 30 aos 40 anos de idade. Estas pessoas nunca experimentaram uma crise econômica de verdade em suas vidas. Quando a casa cair, decisões tomadas por desespero e/ou falta de experiência tenderão a agravar o problema.
Enquanto isso, quem consegue perceber esta situação tenta fugir daqui, com reflexo na taxa do dólar. O governo torra reservas para tentar segurar a cotação, mas as reservas não durarão para sempre...
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
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