Neste momento, creio, a questão é saber se a Europa cai antes para o socialismo ou antes para o islamismo.
Conversei à tarde com uma amiga portuguesa, que me contou que na União Europeia e na Suíça já estão em debates iniciais projetos de lei que criariam um rendimento mínimo universal para todos os cidadãos, pago mensalmente pelo estado, diretamente em suas contas correntes. Tal valor seria suficiente para o indivíduo se sustentar, e ele só precisaria trabalhar se quisesse (e se arrumasse emprego). Minha amiga é defensora desta ideia.
Aí comentei com ela que esse discurso me parece muito com o que Lenin "vendeu" para a população Russa em 1917. A amiga argumentou que a proposta não tem nada de socialista, que é uma proposta realista.
Então questionei - de onde virá o dinheiro para que os estados paguem esta mesada para todos os seus cidadãos? Então ela me explicou - virá das economias que serão geradas a partir da substituição do trabalho humano por sistemas/máquinas.
Questionei - isto significa que os estados pretendem se apropriar das economias que serão geradas através das inovações tecnológicas que propiciarão a substituição do trabalho humano? Neste cenário, que incentivo terão as empresas para seguirem investindo em tecnologia? Ela respondeu - de fato é um assunto complexo, mas precisa ser debatido.
Chama a atenção que uma pessoa que não é socialista seja defensora entusiástica do socialismo sem sequer se aperceber disto. O socialismo é quem vai dar o paraíso na terra, viveremos sem trabalhar, apenas curtindo a vida, e os bens necessários para nossa sobrevivência brotarão nas prateleiras dos mercados. Não deu certo em lugar nenhum. Nunca dará. Mas parece que a Europa está tentada a seguir por este caminho.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
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