Meu pai, com mais de 90 anos de idade, me conta como eram as coisas quando ele era mais jovem.
Uma das coisas que me contou é que os padres católicos dominavam a sua cidade e região com um poder que ditador nenhum possuiria. Imagino que o mesmo acontecia em outras cidades do país. Os padres católicos eram autoridade suprema, absoluta e inquestionável em qualquer assunto que envolvesse a comunidade. As famílias lotavam as missas, num silêncio respeitoso. As missas eram rezadas em latim, nenhum dos fiéis entendia nada de latim, mas como não entendiam o que o padre estava dizendo acreditavam que era algo muito profundo, divino, e mantinham sua fé fervorosa.
Aí veio o concílio vaticano II, e as missas passaram a ser rezadas no idioma de cada país. Meu pai conta que a sensação da população após assistir às primeiras missas rezadas em português foi: "é só isso?". E assim passaram lentamente a deixar de ir na missa, foram se afastando da igreja católica, e os padres perderam o poder e influência que tinham.
A partir dos anos 70 a igreja católica (pelo menos no Brasil) resolveu se transformar em aparelho comunista, e a coisa só piorou. Mas isso já é outra história.
Escrevo isso para fazer um paralelo com uma nova religião, surgida em 2010, e que está em franco crescimento - o Marinismo. Esta religiâo possui até uma santa viva - Marina Silva. A Santa, digo, Marina, diz coisas que são mais incompreensíveis que um discurso em latim. O povo não entende nada do que ela diz. E então lhe devota uma fé cega...
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
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