Acompanho alguns clientes na elaboração de seus processos para participação em licitações e sei bem o inferno que é. Documentos, certidões, informações contábeis, exigência de indicadores financeiros mínimos, etc. Já vi um cliente ter problema numa licitação da Petrobrás por uma diferença de R$0,10 (dez centavos) em seu balanço contábil.
Mas este inferno só vale para os comuns mortais, ou seja, todos nós.
Se o fornecedor estiver em algum esquema de corrupção do governo as portas estatais se abrirão. Por exemplo, fornecedores da Petrobrás descobriram alguns anos atrás que era muito mais eficiente presentear Silvio Pereira com um Land Rover do que percorrer todo o caminho das licitações.
Agora, como informa Claudio Humberto (post abaixo), a Caixa Federal celebrou um contrato de R$1.2 bilhão com uma empresa fundada em março, com capital social de R$500,00. Além disso, a contratação se deu com dispensa de licitação, e o objeto do contrato é incompreensível.
Alguém tem alguma dúvida sobre para onde irá o dinheiro deste contrato?
Tudo a céu aberto.
Houve um tempo, antes de 2003, em que havia ministério público no Brasil, e os procuadores costumavam se interessar por este tipo de coisa. Saudades...
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário