Eu passei por todos os planos econômicos dos anos 80 e 90 e nunca vi um processo tão rápido de destruição da economia brasileira como vejo agora. Quem acompanha o país pela imprensa até fica com a sensação de que as coisas não estão tão ruins assim. Mas quem acompanha, como eu, em contato direto com o mundo real percebe que as coisas estão muito mal, e que estamos apenas no início do processo. Daqui para a frente é ladeira abaixo do empobrecimento. Sem freio. E vai pegar todo mundo, inclusive o leitor, que se sente seguro no seu emprego.
Somente uma coisa pode servir para reverter as expectativas e desacelerar este processo - a queda de Dilma. Via impeachment ou cassação.
Como já deixei claro inúmeras vezes, eu não acredito em nenhuma das duas possibilidades. Mas o desespero provocado pela realidade que está me esbofeteando na cara me leva a esperar por uma dessas duas hipóteses, mesmo sem acreditar nelas. Estou como o ateu que pede socorro a Deus num momento de desespero.
Dia 13/3 estarei nas ruas, contra Dilma. Mas e o restante do povo, seguirá sentado em berço esplêndido?
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