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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

De José Neumanne

Devota do marketing político, Dilma fantasia-se de peregrina de ocasião para conquistar o voto católico em outubro. Mas por que o faz, se entre seus índices de preferência e os de seus adversários há 30 pontos porcentuais e a crescente opção do eleitorado pelo direito de não ter de escolher? A julgar pelo noticiário dos últimos dias, há, de fato, um fantasma que passou a persegui-la: o padim Lula de Caetés. Mais do que os índices das pesquisas que desnudam sua má gestão, assusta-a o fato de companheiros, empresários e outros ex-bajuladores irem a São Bernardo do Campo buscar consolo contra o estilo truculento dela no profeta que só precisou do próprio carisma para fazê-la sucessora. Se nem sequer pode usar o maior peso do poder da República, o chumbo do Diário Oficial (até porque este não é mais impresso a quente), para extinguir a onipresença do patrono no Planalto na pessoa de seu abusado secretário Gilberto Carvalho, ela tem é de rezar e de beijar muito o anel do sucessor de São Pedro para expulsar de seu sono inquieto essa assombração.

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