quinta-feira, 14 de maio de 2015
Consumidor arisco
Não sei quanto ao leitor, mas eu me tornei um consumidor arisco.
Em algum momento nos últimos 30 anos as relações comerciais foram deixando de ser transparentes, e passando a ser cheias de pegadinhas. Quando nos vendem algo, tudo é uma maravilha, só vamos descobrir as pegadinhas depois, quando surge um problema.
Por exemplo, lhe vendem o melhor seguro do mundo. Quando você precisa, vai descobrir que o seguro não cobre justamente aquilo que lhe aconteceu.
Comprei um carro em 2006, e um dos pontos fortes da venda era a garantia total. Pois bem, meses depois o ar condicionado parou de funcionar, e descobri que a garantia não cobria justamente a peça que precisava ser substituída.
Enfim, poderia passar o dia relatando exemplos. Mas o resumo da ópera é que toda a vez que alguém me oferece um produto ou serviço eu já fico com a sensação instintiva de que estão tentando me enrolar, o que me leva quase automaticamente a responder que não quero.
Agora há pouco me ligaram do banco, oferecendo um seguro residencial que aparentemente seria a solução de todos os meus problemas. Pode até ser que fosse, mas respondi que não me interessava. A culpa por esta decisão não foi da pessoa que me ligou, que era gentil e educada. A culpa é de quem, lá atrás, decidiu transformar o processo de venda em processo de enganação de clientes.
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