Quando
Ronald Reagan se tornou presidente, os Estados Unidos estavam sendo tratados com
desprezo pelos tiranos mais insignificantes ao redor do mundo. A União Soviética
marchava em Angola, Vietnã, Cuba, Etiópia, Síria, El Salvador, Nicarágua, Peru
e, é claro, no Afeganistão. O presidente Reagan reverteu esta situação chamando
os tiranos e as suas tiranias pelos seus verdadeiros nomes, e os tratando como
tal. Você se lembra do “Império do Mal”? Segundo a agência de notícias soviética
TASS, estas palavras demonstravam que Reagan era um “anti-comunista lunático e
belicoso”. Mas foi precisamente este “anti-comunista lunático” o vencedor da
Guerra Fria de 44 anos e foi ele quem restabeleceu a grandeza aos Estados
Unidos.
Infelizmente,
em 1993, tivemos outro presidente sem personalidade, que retomou a política de
Carter de se curvar ante os déspotas comunistas. Em 22 de abril de 2000, durante
a Semana Santa, entre a Sexta-feira da Paixão e o Domingo de Páscoa, agentes do
presidente Bill Clinton prenderam e mandaram de volta para a Cuba comunista um
menino de seis anos, que havia sobrevivido miraculosamente a um naufrágio no
qual morrera a sua mãe; ela estava tentando livrar o filho único da tirania de
Fidel Castro.
Para
Fidel, o esperto e fotogênico Elián González era um “traidor” que podia se
tornar um símbolo de liberdade tanto para os exilados de Miami quanto para o
povo de Havana, e prejudicar a imagem de Castro no país e no exterior. Assim,
tão logo Elián foi encontrado vagando pelo oceano em uma bóia, Fidel Castro
reuniu 300 mil cubanos nas ruas de Havana para protestar contra o “sequestro” de
Elián pelos Estados Unidos. Fidel tentou, então, atrair Elián de volta – como
Ceausescu havia tentado me atrair quando escapei da Romênia. As duas avós de
Elián foram despachadas para os Estados Unidos levando álbuns com fotos dos
parentes do menino, de colegas de escola, casa, cachorro, papagaio e da carteira
escolar vazia “aguardando o seu retorno”. Cuba deu às avós roupas novas e pagou
as despesas da viagem. Elas estavam, é claro, acompanhadas por agentes cubanos
coordenando cada um dos seus movimentos nos Estados Unidos.
Elián,
por si, não caiu nos truques de Castro. Infelizmente, o presidente Clinton e a
sua procuradora geral, Janet Reno, engoliram a isca, e o menino voltou para
Cuba. Logo em seguida, o Pravda começou a exultar: “como o rompimento de um
grande dique, a queda americana na direção do marxismo está acontecendo com
velocidade de tirar o fôlego, contra o pano de fundo dos passivos e infelizes
não-pensantes – desculpe-me, caro leitor –, quero dizer: do povo.”
[2]
Elián
González tornou-se um símbolo internacional de liberdade. Hoje, a casa em Miami
onde ele viveu como uma criança livre é um museu simples, no qual os visitantes
podem ver um relicário popular para o menino – agora, um prisioneiro de 19 anos
de idade numa ilha comunista de mortos de fome. O uniforme escolar de Elián
ainda está pendurado no armário ao lado de muitas roupas que ele nunca teve a
chance de usar. Também está em exposição uma foto gigante da Associated Press mostrando
um agente federal americano apontando uma arma automática para Elián, escondido
num guarda-roupas. [3]
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
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