sexta-feira, 4 de maio de 2012
Abandono afetivo
Li a notícia num jornal de ontem e fiquei estarrecido. Hoje Reinaldo Azevedo coloca o tema como assunto principal do seu blog. A justiça condenou um pai a pagar R$200 mil a sua filha de 38 anos por "abandono afetivo". O que é abandono afetivo? Creio que ninguém saiba. Como pode um pai ou uma mãe saber se estão dando afeto suficiente ao seu filho/filha, ou se estão gerando uma contingência para o futuro? Qual a métrica para definir a partir de que ponto o afeto passa a ser considerado adequado pelo judiciário? Se o filho de 8 anos pediu pirulito e não ganhou, como reagirá o judiciário quando a questão chegar ao STJ? Esta economia de pirulito poderá custar quantos milhares de reais em indenização futura? E o pai que é rígido com seu filho? Que exige que o filho estude, que respeite horários, que limite o tempo de internet e que siga as regras da casa? A partir de ontem, quando um pai mandar o filho sair do Facebook e estudar, o filho poderá olhar para o pai e dizer: "me aguarde".
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