quarta-feira, 2 de maio de 2012
Marketing político
Senhores,
Já há algum tempo a propaganda atingiu níveis capazes ne nos fazer comprar o que não precisamos, pagar caro pelo que quase nada vale, não darmos valor ao que já temos e vivermos infelizes na expectativa de adquirir as inutilidades que ainda não temos. Pior, uma vez que temos em mãos o produto comprado, e podemos comprovar que é uma porcaria e que não faz o que a propaganda disse que faria, a propaganda é capaz de nos convencer de que só estamos insatisfeitos porque ainda não adquirimos a nova versão 2.0 da mesma porcaria, digo, do mesmo produto. Enquanto isto fica só na esfera das relações de consumo, o mal é menor. Contudo, a partir do momento em que o marketing chegou à política talvez a própria democracia tenha sido extinta. Sim, continuamos a votar, mas votamos no candidato que a propaganda nos convence a votar. E a propaganda opera milagres. Tomemos Obama por exemplo, um completo desconhecido, sem nenhuma experiência, e com diversas zonas cinzentas na sua história é apresentado ao leitor americano como a única opção de salvação (yes we can) para os Estados Unidos. E o eleitor compra o produto, digo, vota em quem a propaganda manda votar. O produto de marketing assume a presidência e ao longo de 3 anos de administração o eleitor percebe que "comprou" gato por lebre. Mas eis que vem 2012, ano da nova eleição, e entra em campo o marketing político para convencer o eleitor de que só está insatisfeito porque ainda não tem a versão 2.0...
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