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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Farra

Toda ilegalidade começa pequeninha, devagar, constrangida, preparada para recuar a qualquer sinal de adversidade. Mas aí vai dando certo, e os contraventores vão perdendo a vergonha e se tornando mais ousados. Até perderem o medo e a vergonha de vez. Fico imaginando o caso dos petistas - eles atingiram um patamar em que efetivamente podem fazer o que quiserem, podem fraudar o que quiserem, e nada - absolutamente nada - acontecerá. Num caso desses, imagino que o simples fato de subtrair o recurso público já não os satisfaz mais. É preciso mais, é preciso escrachar, é preciso dançar "Na Boquinha da Garrafa". Sempre fiquei imaginando como seriam os encontros reservados entre figurões petistas, aqueles nos quais não há presença de câmeras nem microfones. A turma deve gargalhar muito, deve dançar "Na Boquinha", "Kuduro", devem dizer coisas como: "esse povo é muito otário", devem amarrar as gravatas nas cabeças, etc. Ao saírem das salas reservadas todos estarão novamente com suas caras de santos, como se estivéssem estado reunidos para ler a Bíblia. Agora com as imagens das farras de Sérgio Cabral eu começo a ter uma visão melhor de como são as comemorações petistas. Cabral também é um cidadão acima da Lei, quase um petista. Digo "quase" porque a situação de Cabral de estar acima da Lei só persiste enquanto ele for um aliado visceral do petismo.

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