Estou na casa do meu pai, em Porto Alegre, e ele liga a televisão quando acorda (às 6h da manhã) e só desliga quando dorme, lá pela meia noite. Assim, enquanto estou aqui sou obrigado a acompanhar boa parte do festival de idiotices conhecido como "programação".
Ontem à noite meu pai estava assistindo a um lixo chamado Jornal da Record. Uma das "reportagens" tratava de uma guerra jurídica travada entre governo e fabricantes de álcool, visando a proibição da comercialização de álcool líquido (jornalistas têm uma espécie de tara por proibições). Bem, ao final da matéria os apresentadores disseram que o consumidor concorda com a proibição, e mostraram uma entrevista relâmpago com uma consumidora que se dizia a favor da proibição. Para o "jornal" a opinião desta única consumidora serviu para definir qual é a opinião de todos os consumidores.
Não passa pela cabeça dos idiotas que produzem, editam (e os que assistem) o "jornal" que se o consumidor fosse a favor da proibição da comercialização de álcool líquido não seria necessária tal proibição, afinal o consumidor simplesmente não consumiria o produto. Se precisa de uma lei para proibir é justamente porque o consumidor deseja consumir o produto, e permanecerá consumindo enquanto estiver no mercado.
sábado, 2 de fevereiro de 2013
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