Somos bombardeados por notícias quase o tempo todo, e, queiramos ou não, a forma como os fatos são noticiados vão formando nossa maneira de ver as coisas. Assim, quase todos pensamos: a invasão do Iraque foi uma grande bobagem, um desastre da gestão de George Bush.
Mas semana passada eu li a seguinte sequência de eventos num site americano, que me fez refletir melhor:
1) Quem mais dava a entender que possuía armas de destruição em massa era o governo de Saddam Hussein, fazendo permanentemente de bobos os inspetores e negando acesso a diversas instalações;
2) Mas armas de destruição em massa nem eram o principal ponto. O principal é que após a queda do Afeganistão Saddam de Al Qaeda conversavam para transformar o Iraque no novo campo de treinamento de terroristas;
3) Bush manda invadir o Iraque, derruba o ditador sanguinário, e começa a trazer o país de volta à vida. Anos depois, realiza as primeiras eleições diretas, e os Iraquianos saem sorridentes das seções eleitorais;
4) Kadafi, até então patrocinador internacional do terrorismo, passa acreditar que a Líbia seria o próximo alvo da invasão americana, muda de lado e passa a ser um aliado no combate à Al Qaeda;
5) O Iraque se torna um exemplo no Oriente Médio, uma nação muçulmana convivendo com liberdades democráticas. O processo chega ao ápice mais ou menos em abril de 2009, quando os jovens Iranianos tomam as ruas de seu país exigindo democracia, querendo ser como seus vizinhos Iraquianos;
6) Mas em abril de 2009 o presidente Americano já era outro, era Obama, o sujeito formado sabe-se lá onde para chegar à presidência e fazer exatamente o que está fazendo. Obama dá uma banana para os que protestam em Teerã;
7) As forças de segurança Iranianas vão às ruas e massacram à bala (os direitos humanos fazem um silencia ensurdecedor), os jovens sobreviventes retornam às suas casas e não se fala mais em democracia no país;
8) Terroristas começam a tentar derrubar Kadafi, mas as forças militares do país reagem e os terroristas vão sendo derrotados. Entra em campo então Obama (ele está lá para isto), e manda as forças militares americanas bombardearem as forças líbias, abrindo caminho para que os terroristas derrotem Kadafi e dominem o país. Kadafi é assassinado;
9) Pouco depois os terroristas invadem a embaixada americana na Líbia e matam o embaixador. Forças americanas de segurança que estavam na região são impedidas de agir para salvar o embaixador. Vi na TV americana um depoimento de 3 ex integrantes desta força que contam que logo que receberam o alerta começaram a se preparar para correr em socorro aos que estavam na embaixada, mas aí veio a ordem superior de "não façam nada";
10) Obama retira todas as forças americanas do Iraque e abre caminho para que o país, que havia se transformado em democracia, seja dominado pelo Isis;
11) Para fingir que está fazendo alguma coisa, Obama determina o início do maior bombardeio de edifícios vazios da história da Síria e do Iraque;
12) Segundo pesquisa divulgada pela CNN esta semana, 45% da população americana "apoia o trabalho de Obama".
quinta-feira, 4 de junho de 2015
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