Como liberal, acredito que os empresários sejam livres para comprar e vender empresas. Até, sim, para comprar concorrentes incômodos e fecha-los. Por que não? É do jogo.
Mas o que eu não tolero é a canalhice. É por não tolerar a canalhice, aliás, que me oponho ferrenhamente ao partido que há 10 anos domina o poder no país, partido que fez da canalhice a sua essência política.
Há um ano e meio atrás a Gol comprou a Webjet. Logo suspeitou-se que a intenção da empresa seria mesmo eliminar o concorente que praticava tarifas baixíssimas. Mas a Gol disse que não, e criou um monte de histórias bonitas e planos para o futuro. Até para convencer o CADE.
Mas eis que ontem, de repente, a Gol decidiu extinguir a Webjet, pegando de surpresa o mercado e os quase 1.000 funcionários da Webjet que até o dia anterior acreditavam nas promessas da Gol. Agora estão desempregados.
A justificativa da Gol? Os aviões da Webjet são velhos e consomem muito combustível. Ah, quer dizer que a 1,5 ano atrás, quando a Webjet foi comprada, seus aviões eram novos e consumiam pouco combustível? Faça-me o favor.
A Gol mentiu para o órgão anti-concorrência, mentiu para o mercado e, pior, mentiu para os quase 1.000 funcionários da Webjet, que fizeram planos acreditando em falsas promessas.
Isto para mim tem um nome - canalhice.
sábado, 24 de novembro de 2012
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