terça-feira, 13 de novembro de 2012
Teatro
A edição do programa Big Brother tem o poder de, ao longo do programa, apresentar alguns participantes como "bons" e outros como "maus". Isto apimenta a audiência do programa, pois as pessoas querem ver o confronto entre "bons" e "maus", e vai também direcionando o resultado do programa à medida em que os "maus" vão sendo eliminados.
Na vida real (ou irreal...) ocorre a mesma coisa.
Por exemplo, o PT decidiu que precisava conquistar a prefeitura de São Paulo. A mídia, a serviço do partido, se colocou à disposição para a tarefa. Como Kassab era (ou parecia ser) aliado de Serra, criou-se através da imprensa a sensação de que Kassab havia sido o pior governante desde a chegada de Cabral, ocupando no imaginário um posto que até então havia sido de FHC. Serra, então, representaria a continuidade de Kassab, logo, a continuidade do pior governo da história. Era preciso votar no "novo" e livrar a cidade da influência de Kassab.
A única diferença da vida real para um circo é que na vida real os palhaços sentam na arquibancada, e lá foi o eleitor votar em Haddad, o "novo".
No dia seguinte à eleição Kassab já declarava - é petista de coração. Não só se aliou ao prefeito recém eleito, como conseguiu até influência suficiente para nomear secretário. E a imprensa? Muda.
Na foto acima, desta semana, Kassab aparece ao lado de Dilma, na reunião que realizaram para discutir a entrada do PSD no ministério. Provavelmente Kassab será o ministro.
Como assim? A Falha e o Estadinho me convenceram que era uma questão de vida ou morte nos livrarmos de Kassab, e para tanto era preciso votar no PT. Terminada a eleição Kassab, aliado do PT, segue tendo influência na prefeitura e provavelmente será alçado à condição de ministro do governo do ... PT.
E o que dizem a Falha e os Estadinho sobre isto? Nada. Apenas aplaudem o pragmatismo do PT.
Na platéia os palhaços também aplaudem.
Ontem tomei um taxi em São Paulo e o motorista me "informou" que Haddad vai ser o melhor prefeito da história da cidade (com estas palavras). Perguntei se ele sabia alguma coisa sobre o passado e a experiência administrativa de Haddad. Não soube responder.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário