Será
que um marido em busca de uma “transformação fundamental” de sua esposa lhe tem
amor sincero? Parece estranho alguém que ama tentar mudar a essência do ser
amado. Mas esta tem sido justamente a promessa de Obama: “transformar
fundamentalmente” a América.
A
imprensa pinta um Obama pragmático e moderado, enquanto os republicanos são
atacados de forma caricatural, como um bando de ultraconservadores reacionários.
Obama estaria acima das ideologias, enquanto os republicanos seriam dogmáticos.
Será que esta imagem corresponde à realidade?
Se
o marxismo foi sempre uma desgraça em seus resultados, parece inegável seu
sucesso na propaganda. Em parte, isso se deve ao verniz científico que esta
religião secular conseguiu criar. Os marxistas não eram crentes, mas donos da
razão. Aquilo não era uma profecia calcada na fé, e sim uma certeza
científica.
Os
“progressistas” são os herdeiros intelectuais desta farsa. Escondem sua
ideologia sob o manto da ciência — pseudociência, na verdade.
Em
cada frase proferida por Obama e seus acólitos, há a crença de que o Estado é a
grande locomotiva do progresso. Os empresários são tratados com desconfiança, o
mercado é perigoso e aumentar impostos é sempre desejável. Obama chegou a
afirmar que defenderia impostos maiores sobre ganhos de capital, mesmo sabendo
que isso não levaria a uma arrecadação maior. Era uma questão de “justiça” para
ele.
Suas
medidas na área econômica têm se mostrado ineficientes, com resultado medíocre.
Não importa: a esquerda sempre pode argumentar que sem elas a coisa estaria
ainda pior. Culpam o antecessor, que deixou uma “herança maldita”. Reagan também
assumiu uma economia em frangalhos, mas conseguiu resultados bem melhores. Ele
acreditava no mercado, não na clarividência estatal.
Obama
é elogiado pela coragem de seus gastos bilionários para estimular a economia,
além do resgate das montadoras. Não é fácil entender que coragem é essa em
torrar o dinheiro dos pagadores de impostos ou salvar empresas ineficientes,
favorecendo os ricos de Wall Street e os sindicalistas, enquanto o déficit
fiscal explode. O futuro foi hipotecado para não haver sofrimento hoje. Isso é
um ato de coragem?
Com
retórica de luta de classes, Obama expandiu o assistencialismo, e nunca houve
tanto americano dependendo de esmolas estatais. A meritocracia cedeu espaço para
o coletivismo. O sonho americano parece cada vez mais distante.
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