"Oppression studies" é uma
expressão usada pelo jornalista americano Billy O'Reilly, da Fox News, para se
referir às "ciências humanas engajadas no controle das mentes".
Explico.
Reprovou um aluno? Opressão. É
preguiçoso? Não, a sociedade te oprimiu e fez você ficar assim. Um ladrão te
assaltou? Ele é o oprimido, você o opressor. Aliás, sobre isso, vale dizer que,
com a violência em São Paulo, devemos reescrever a famosa frase do Che: "Hay que
enfiar la faca em la cavera, pero sin perder la ternura jamás".
A frase dele, assinatura de
camisetas revolucionárias, é: "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura
jamás". Essa camiseta é a verdadeira arma contra gente como ele. Os americanos
deveriam afogar o Irã em Coca-Colas, Big Macs e pílulas anticoncepcionais para
as iranianas transarem adoidado com seus amantes.
Convidou uma colega de
trabalho para jantar? Opressão! Você é um opressor por excelência, deveria ter
vergonha disso. Não é um amante espiritual do Obama? Opressor! Come picanha?
Opressor! Não acha que a África é pobre por culpa sua? Opressor! Suspeita de que
o sistema de cotas vai destruir a universidade pública criando um novo espaço de
corrupção via reserva tribal de mercado e compra de diplomas de escolas
públicas? Se você suspeita disso, é um opressor! Acha que uma pessoa deve ser
julgada pelos seus méritos e não pelo que o tataravô do vizinho fez? Opressor!
Anda de carro? Opressor! Ganhou dinheiro porque trabalha mais do que os outros?
Opressor!
Os "oppression studies" sonham
em fazer leis. Por exemplo, recentemente, um comitê de gênero (isto é, o povo
que diz que sexo não existe e que tudo é uma "construção social", claro,
opressora) desses países em que o "mundo é perfeito" teve uma nova ideia. Esses
caras (ou seriam car@s?) querem proibir qualquer propaganda ou programação
infantil que reproduza imagens de mulher sendo mulher e homem sendo homem. Não
entendeu? É meio confuso mesmo. Vamos lá.
Imagine uma propaganda na qual
existe uma família. Segundo os especialistas em "oppression studies", para a
marca não ser opressora, a família não pode ser heterossexual, porque se assim o
for, o "espelho social" (a imagem que a mídia reproduz de algo) fará os não
heterossexuais se sentirem oprimidos.
O problema aqui não é que as
pessoas devem ser isso ou aquilo (melhor esclarecer, se não eu viro objeto de
estudo dos "oppression studies"), mas sim por qual razão esses cem car@s (não
são muito mais do que isso), que não têm o que fazer na vida a não ser se meter
na vida, na família e na escola dos outros, têm o direito de dizer o que meus
filhos ou os seus devem ver na TV? Até quando vamos aturar essa invasão da vida
alheia em nome dos "oppression studies"?
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