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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Lula prometeu, Lula cumpriu


Em outubro de 2002 Fernando Collor era um cadáver político. Sarney estava a caminho da irrelevância política. O país parecia, finalmente, estar no rumo para se tornar um lugar decente.

Mas eis que um candidato barbudo lançou: "é preciso mudar" (como o esquerdismo é uma seita universal, anos depois o comuna Obama seria eleito com o slogan "mudança"). Aqui no eleitorado ninguém entendeu exatamente o que deveria mudar, mas, mesmo assim, abraçaram a causa e votaram em peso no candidato barbudo.

De lá para cá fomos descobrindo o que precisava mudar. Entre outras coisas:

- Precisava mudar a máquina pública, que precisava ser aparelhada pelos companheiros;
- Precisava mudar o eleitorado, era necessário formar um grande curral eleitoral nacional. Chamaram o novo curral de "bolsa família";
- Era preciso, aos poucos, mudar a percepção da sociedade sobre corrupção, transformando-a em algo tolerável, feita em benefício do povo;
- E era preciso ressucitar as velhas oligarquias regionais então moribundas.

Lula prometeu, Lula cumpriu, Lula mudou o Brasil.

Sarney e Collor são hoje homens de ponta do regime petista. Sarney já foi até qualificado pelo chefe de "homem incomum" o que, em "lulês", significa estar acima das leis.

Hoje no Congresso Nacional é impossível, por exemplo, convocar uma Rosemary para depor. Mas...:

"O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) conseguiu a aprovação, no Plenário, do convite ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para que prestem esclarecimentos à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência. Caso compareça, Gurgel será questionado sobre as relações entre o Ministério Público e órgãos de inteligência e FHC sobre doações de Furnas a políticos do PSDB. As propostas de convite são de autoria de Collor e do deputado Jilmar Tatto (PT-SP)."

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