O governo do PT é contra as privatizações, embora o PT tenha privatizado o estado nacional entre os companheiros, como nunca antes na história deste país.
Os artistas da Globo são contra as privatizações, embora como o dinheiro que ganham nunca precisem usar serviços públicos.
Os funcionários das estatais são contra as privatizações, mesmo que as empresas privatizadas cresçam muito mais e gerem muito mais oportunidades de emprego.
Os blogueiros que vivem de puxar o saco do PT na internet são contra a privatização. Neste caso, compreende-se, afinal é o dinheiro do patrocínio das estatais que mantém os seus blogs no ar.
Até o pobre, que sofre nas repartições públicas porque precisa, se questionado, dirá que é contra as privatizações, afinal ele nem sabe o que é privatização, mas viu na TV que o certo é ser contra.
Desde a semana passada eu tenho uma missão - pagar uma conta de hospital. O hospital só possui conta no Banco do Brasil. E o depósito só pode ser feito no caixa, porque precisa ser identificado. Parece ser uma missão simples. Mas um detalhe a transforma em missão impossível - Banco do Brasil.
Para sermos atendidos no banco (fazer um simples depósito) é necessário pegar senha. Dezenas, ou centenas, de pessoas com senhas aguardam na sua frente. O atendimento acontece em ritmo de fazer inveja a tartaruga. E a todo o momento (mesmo) chegam pessoas com mais de 65 anos, grávidas ou com criança de colo, e a fila não anda.
Tentei na semana passada, tentei hoje em outra agência, e desisti. Agora vou pagar um motoboy para ir direto ao hospital, efetuar o pagamento na tesouraria.
A situação é surrealista. Tanto a morosidade da repartição pública Banco do Brasil quanto a passividade da multidão de palhaços (porque pagam impostos) que aguarda ser atendida.
O governo é sempre tão preocupado com nossa vida: não podemos fumar, não podemos dirigir sem cintos, não podemos comer biscoito.
Pois bem, o tempo que os palhaços (porque pagam impostos) perdem nas filas do Banco do Brasil (e de todas as outras repartições) é tempo de vida que está indo embora, tempo inútil, tempo morto, tempo improdutivo num país que precisa desesperadamente de crescimento.
Mas para o PT, para os artistas da Globo, para os blogueiros estatizados e até para o sujeito da fila está tudo certo.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
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