Os petistas transformaram o Enem num crime continuado. As
entidades de professores se calam porque não existem para representar uma
categoria. São meros aparelhos de um partido. As que não são petistas estão à
esquerda do próprio PT e têm, então, o juízo ainda mais perturbado. As entidades
estudantis silenciam porque são extensões do PCdoB, este exotismo nativo que
consegue juntar a adoração a Stálin com um amor ainda mais dedicado por cargos
públicos. Quem não se lembra das ONGs laranjas fazendo caixa para os comunistas
no Ministério dos Esportes? É o “comunismo de resultados” — no caso, resultados
para o próprio PCdoB. As oposições não se manifestam porque estão — ih, vou
citar Caetano, que também estava citando — pisando nos astros desastradas. E a
educação brasileira continua no buraco, cada vez mais fundo, mas com uma
quantidade de diplomas como nunca antes na história destepaiz, o que serve ao
proselitismo político, seduzindo alguns tolos.
As barbaridades que vieram a público nas provas de
redação são apenas um sintoma. A doença é mais grave do que parece e ficará
entre nós por muitos anos, por décadas. O PT está queimando o cérebro de
gerações. Há dias, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante — aquele cuja tese
de doutorado está para o mundo acadêmico como o miojo está para a culinária —
anunciou uma grande reforma no currículo do ensino médio. Segundo afirmou, ela
vai seguir a divisão de disciplinas no Enem. Essa faixa escolar, hoje moribunda,
será condenada à morte. Podem escrever.
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