Não vou falar de 007, que possui licença para matar. Vou falar é dos comunas, mesmo, que também são livres para tirar vidas.
Estou assistindo à ótima série Dontown Abbey, que se passa na Inglaterra, no início do século XX, na residência de uma família de nobres.
O motorista da família de nobres é socialista. Os nobres, em contrapartida, não tomam nenhuma atitude contra ele. Ricos, capitalistas, nobres, etc. via de regra são bastante tolerantes com socialistas, como se os socialistas fossem algo engraçadinho, exótico e inofensivo. Quando os socialistas assumem o poder via de regra mandam imediatamente para o paredão os ricos, capitalistas e nobres.
Mas voltemos à série - o motorista está acompanhando pela imprensa a tomada de poder pelos Bolcheviques na Rússia, e está vibrando, na expectativa de que aquilo se espalhe pelo mundo todo. Num dos episódios ele comenta que o Czar e sua família foram presos pelos Bolcheviques. Um dos nobres se mostra preocupado que os agora prisioneiros corram algum risco de morte. O motorista socialista os tranquiliza dizendo, com outras palavras, que não há risco, que os socialistas revolucionários jamais cometeriam uma barbaridade dessas.
Num outro episódio o motorista aparece com semblante de choque, com o jornal sobre o colo. Uma das nobres (a que ele já está pegando) se aproxima e pergunta o que houve. Ele informa que o Czar e toda a sua família foram fuzilados. Em alguns instantes o seu semblante vai se transformando, de choque para serenidade, e ele conclui: "às vezes pode ser necessário pagar um preço pela construção de um mundo melhor".
Pronto, está dada a senha para a carnificina que resultou em mais de centena de milhões de mortos nos regimes comunistas, era tudo "um preço pela construção de um mundo melhor".
Ser de esquerda exige uma moral em permanente transformação. Aquilo que é barbaridade num dia, no dia seguinte pode ser apenas o preço necessário para a construção de um mundo melhor. Collor e Sarney eram inimigos ontem, e são aliados e heróis hoje? ... É tudo um preço pela construção do tal mundo melhor.
Censura à imprensa era algo inadmissível, e agora tem que ser defendida? Não tem problema, é apenas um pequeno preço pela construção do mundo melhor.
Quando os comunas Brasileiros começarem a empilhar cadáveres de gente que (como eu) não reza pela cartilha deles, justificarão que é apenas um preço pelo mundo melhor. E os "humanistas" de esquerda acharão tudo muito natural.
terça-feira, 12 de março de 2013
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