A África será aqui

No futuro próximo o mundo passará por rearranjos de poder, de riqueza e de liderança de magnitude tal que, creio, não conseguimos ainda sequer imaginar. Em qualquer cenário, imagino, o papel que caberá ao ocidente (América e Europa) será muito mais irrelevante do que o papel que teve nos últimos séculos, dada a pobreza das nossas lideranças, dado o comodismo das nossas populações que só pensam em mais direitos, como se dinheiro caísse do céu. A figura de Obama, que não serve para ser síndico de edifício, como presidente da nação mais poderosa do ocidente (e do mundo, ainda) demonstra bem o estado de coisas aqui nesta banda do planeta.

Mas, se o ocidente vive uma pobreza geral de lideranças, aqui na América do Sul conseguimos estar ainda pior. Imagino que com as lideranças que temos por aqui ocuparemos no futuro próximo um lugar na economia mundial que atualmente é ocupado pelo continente Africano. Já imagino daqui a uns 50 anos um "lula" africano qualquer vindo até a América do Sul para anunciar ajuda econômica e financiamento do BNDES deles...

Tudo isso sob o aplauso dos bacanas, dos endinheirados, dos sabidos, dos artistas da Globo e, pior, dos jovens que estrarão vivos no futuro para receber na cara a consequência de tudo o que está sendo feito hoje.

A nota abaixo é do Claudio Humberto:

"O ex-presidente Lula e a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, inauguraram em Buenos Aires uma universidade construída pelo Sindicato de Porteiros e Zeladores de Prédios. É a primeira instituição de ensino superior na América Latina criada por uma organização sindical. Nesta sexta-feira (17), Lula recebe, no Congresso, títulos de doutor honoris causa de várias universidades argentinas. O ex-presidente demonstrou apoio a Cristina Kirchner, em ano eleitoral e em meio a uma guerra do governo argentino com o Grupo Clarín dono de jornais, emissoras de rádio e de televisão. "Quero sugerir aos argentinos que não deixem os adversários escreverem a história do que vocês representam para o país", disse."