O respeito pelos resultados oficiais é prontamente revogado se o vitorioso
não pertence à seita. Em outubro de 1998, por exemplo, Fernando Henrique Cardoso
impôs a Lula outra surra nas urnas, de novo no primeiro turno. Mal iniciara o
segundo mandato quando o deputado federal Tarso Genro, em nome do partido,
propôs a deposição do presidente reeleito e a convocação de uma Assembleia
Nacional Constituinte.
“Fora FHC!”, berrava a palavra de ordem que o golpista militante tentou
justificar num artig opublicado em janeiro de 2009 pela Folha de S.
Paulo. “O presidente está pessoalmente responsabilizado por amparar um
grupo fora da lei, que controla as finanças do Estado e subordina o trabalho e o
capital do país ao enriquecimento ilegítimo de uns poucos”, delirou o agora
governador gaúcho, que sempre viu com muito entusiasmo o progressivo desmonte do
Estado de Direito na Venezuela.
Como Tarso Genro, o governo brasileiro vê no regime bolivariano um bom
companheiro. E trata o chavismo como se fosse menor de idade: pode cometer
qualquer crime sem medo de ser punido.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
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