Fui ontem a São Paulo, e sempre gosto de ter comigo uma revista do Batman para passar o tempo no vôo (cada um com suas manias...).
Eis que na história da Batgirl, enquanto ela lutava com ladrões, pensava: "estou cansada de lutar para defender coisas, para defender propriedades dos endinheirados", ou "esses adolescentes (os ladrões) precisam mais disso do que os donos". Além disso, sua colega de apartamento integra o movimento "Occupy Gotham", e é contra os projetos imobiliários de renovação da cidade, que "desalojam as populações menos favorecidas dos locais onde estavam acostumadas a morar". A Batgirl só dizia: "Ah, mas o Bruce é bem intencionado" (alguns dos projetos imobiliários são tocados pelo bilionário Bruce Wayne. Ou seja, os outros, que não o Bruce, não passam de uns capitalistas sanguinários. Ou ainda, o investimento só é justificado se por trás dele existe alguém bem intencionado.
Não dou dinheiro para socialista. Pelo contrário, fico esperando que algum socialista endinheirado divida seus bens comigo, mas estou esperando sentado.
Não compro disco do Chico Buarque, da Alcione, da Beth Carvalho, entre muitos outros. Nem vou aos seus shows.
Não compro livro do Luis Fernando Veríssimo.
Não pago para ver teatro nem filme com o Paulo Bety.
É uma luta solitária, mas que conduzo com perseverança.
Assim, parei de ler Batman a partir de ontem. Se seus autores agora querem começar a brincar de socialistas, que comecem distribuindo seu patrimônio pessoal para os pobres.
quarta-feira, 17 de abril de 2013
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