Em agosto de 2007, depois de fugirem do alojamento dos atletas cubanos que
participavam dos Jogos Panamericanos do Rio, Rigondeaux e o também pugilista
Erislandy Lara tentavam alcançar a Alemanha e a liberdade quando descobriram que
o ministro da Justiça do Brasil era um capitão-do-mato a serviço de Fidel
Castro. Capturados pela Polícia Federal, ambos foram devolvidos à ilha-presídio
a bordo de um avião militar venezuelano. “Eles quiseram voltar”, mentiu Tarso
Genro.
A falácia abençoada pelo presidente Lula foi implodida em janeiro de 2009
pela segunda e bem sucedida fuga das duas vítimas da política externa da
canalhice. “Enquanto ficamos na polícia, fomos proibidos de conversar com
jornalistas ou advogados”, disse Erislandy Lara ao finalmente desembarcar na
Alemanha. Até a chegada do avião emprestado por Hugo Chávez, os carcereiros
procuraram alquebrar moralmente os cativos com informações aflitivas e promessas
falsas.
Souberam, por exemplo, que Fidel Castro os havia rebaixado a “traidores da
pátria”, que alguns parentes já tinham sido demitidos e que seus amigos estavam
sitiados por ameaças de morte. Mas o ditador colérico agiria com magnanimidade,
e revogaria todos os castigos, caso voltassem para Cuba em silêncio, ressalvaram
os mensageiros de Tarso Genro. Outra cilada: já no aeroporto de Havana foram
informados de que nunca mais voltariam a lutar.
Três anos depois da deportação dos cubanos insatisfeitos com a democracia
proclamada por Fidel em 1959, o ministro da Justiça impediu que o terrorista em
recesso Cesare Battisti fosse extraditado para a Itália e ali cumprisse a pena
de prisão perpétua aplicada ao matador de quatro “inimigos do proletariado”.
Para livrá-lo da ditadura italiana que só bandidos ou vigaristas enxergam, Tarso
promoveu o amigo comunista a “asilado político” e concedeu-lhe a cidadania
brasileira.
segunda-feira, 15 de abril de 2013
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