OS NOSSOS JORNALISTAS E OS NOSSOS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO
SE APETRALHARAM! Acham que a censura, desde que aplicada a quem detestam, é
correta. Escrevi aqui, mais de uma vez, e vocês são testemunhas, que a investida
contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, Marco
Feliciano (PSC-SP), era só uma etapa de um processo. E será, caso os comandantes
continuem a conduzir seus respectivos barcos para o abismo, em busca do aplauso
das milícias politicamente corretas. A censura é uma tara, um desvio de caráter.
Quem pratica não consegue parar. É diante daquilo que execramos que o nosso
compromisso com a liberdade de expressão se revela ou não.
Pois bem. Tarso Genro é governador do Rio Grande do Sul.
Petista da gema! Quer-se mais ideológico e mais puro do que muitos de seus
companheiros. No período do mensalão, até ensaiou um discurso mais duro contra
os desmandos. Mas logo parou. Cedeu aos imperativos do partido. Nada a
estranhar. Lembro sempre que ele é autor de um livro intitulado “Lênin, Coração
e Mente”. Foi o único a ter achado um coração naquele senhor. Tarso chegou aonde
Krupskaia nunca esteve.
O homem se animou com o clima e fez a mais contundente
defesa da censura jamais feita por um petista. Sente que o campo está propício
para a sua pregação. Se milícias podem tomar a Câmara de assalto, sob o aplauso
unânime de jornais, TVs, sites e revistas, então é chegada a hora de voltar
àquela velha agenda; então é chegada a hora de voltar a falar, e com ênfase, no
controle da imprensa. E ele fez isso.
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