Se um dia o PT conseguir
emplacar o “controle social da mídia” (algum controle virá, fiquem certos;
lembro que o projeto
defendido pelo partido numa resolução do Diretório
Nacional prevê controle de conteúdo), não terá tanto trabalho assim. Restará uma
cidadela ou outra a colonizar, a domesticar, a domar, a dominar, a esmagar. O
que Hugo Chávez conseguiu na Venezuela por meio da violência está sendo
paulatinamente conquistado pelos petistas no Brasil por meio da cooptação e da
ocupação das redações por uma forma de militância política que já dispensa a
carteirinha de filiação.
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Do Reinaldo Azevedo
Pessoas e forças políticas que se oponham às posições consideradas “corretas”,
quando não ignoradas, são impiedosamente ridicularizadas, tratadas como idiotas,
vistas como expressões do atraso. A democracia brasileira está doente, e o nome
dessa doença é intolerância. A imprensa, que deveria denunciá-la, transformou-se
em agente do linchamento da divergência. Com medo a regulação, assediada por
patrulhas internas e externas, torna-se, a cada dia, mais refém dos grupos de
pressão e das militâncias organizadas. Quando não é ativamente fascitoide, é de
uma pusilanimidade espantosa. Fecho este parágrafo assim: não existe esta
sociedade de um lado só em nenhum lugar do mundo — ou, para ser mais preciso, em
nenhuma democracia do mundo. Sociedade de massa de um lado só é
fascismo.
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