Em meu tempo de PUC, a distinção não poderia ser mais clara: no mesmo pilotis, habitavam os futuros economistas e advogados, aproveitando o tempo vago entre aulas para estudar, e o pessoal de comunicação, que formava o grupo "Cambralha", uma turma que parecia ter tempo vago infindável para fumar maconha e "debater" sobre os males da humanidade.
É claro que estou generalizando e, portanto, sendo injusto com muitos casos individuais. Mas o grande quadro era esse mesmo. Lembro-me perfeitamente quando a lanchonete Subway anunciou que teria uma filial na faculdade. Os economistas e advogados agradeceram mais uma opção de lanche rápido, e os esquerdistas do "Cambralha" fizeram o que mais gostam: um teatrinho para protestar, com todos de mãos dadas lutando contra o "capitalismo". O slogan era "A PUC não é shopping center". Losers...
Mas eis o meu ponto principal: liberal quer ralar para ser alguém na vida, e para tanto precisa estudar e trabalhar. Já muito esquerdista, desde cedo, percebe que há uma alternativa para os vagabundos: pegar megafones, gritar slogans populistas, vestir camisa do assassino Che Guevara e pintar o rosto em passeatas. Eles aprenderam que alguns chegam até ao Senado com essa incrível trajetória! Os outros, como prêmio de consolação, ganham postos em sindicatos e estatais.
Logo, quanto mais tempo a "ocupação" das ruas demorar, mais os liberais terão que abandonar a farra e retornar para suas vidas cansativas, de dedicação aos estudos e ao trabalho. Já os esquerdistas verão nisso uma oportunidade para seu futuro na política, nos sindicatos, na UNE. A desvantagem é evidente para o lado liberal.
Para piorar, há a questão do financiamento. O liberal acredita na responsabilidade individual e condena o estado inchado; já o esquerdista adora mamar nas tetas estatais! Ele suga os impostos dos outros via ONGs, sindicatos, patrocínios estatais etc. Nenhum grupo com bandeiras liberais terá fôlego para manter um exército de ativistas nas ruas; os esquerdistas vivem disso!
sexta-feira, 28 de junho de 2013
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