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terça-feira, 15 de abril de 2014

O futuro

Mantenho fixo aí ao lado um trecho de um livro de Nelson DeMille. Faço isso porque este trecho relata com precisão o que eu vivi. Transcrevo-o aqui:

"And there was a time, you know, not so long ago, as recently as my own childhood in fact, when everyone believed in the future and eagerly awaited it or rushed to meet it. But now nearly everyone I know or used to know is trying to slow the speed of the world as the future starts to look more and more like someplace you dont't want to be."

Em resumo - em algum momento no passado nós ansiávamos pelo futuro. Seria uma era de paz, liberdade e prosperidade. O homem teria atingido um estágio superior de desenvolvimento. Teríamos conquistado o espaço e faríamos viagens de férias para outras galáxias. Mas à medida em que o futuro vai efetivamente chegando, ele vai cada vez mais se parecendo com um lugar onde não queremos estar.

Hoje pela manhã estive em um evento onde cada um tinha que fazer uma breve apresentação de si próprio. Um dos presentes, um senhor, contou que até 1980 era crítico de música clássica de um jornal local. Seu trabalho era comparecer aos concertos, e sair do teatro direto para a redação do jornal, pois sua crítica precisava estar na edição do dia seguinte.

Ou seja, havia público para isto. Pessoas copravam o jornal para ler a crítica de música clássica, de apresentações de orquestras. Imaginem, leitores, se pudéssemos voltar, por exemplo, a 1975 e relatar para este mesmo senhor (então bem mais jovem) que no século XXI os jornais (e até as escolas) se dedicariam não mais à música clássica mas, sim, a Valeska Popozuda e seu beijinho no ombro. Provavelmente o viajante temporal seria internado num hospício...como louco.


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