"João Otávio Noronha, o representante do STJ no TSE encerrou nesta quinta seu mandato. Ele era o relator de duas de três ações no tribunal em favor da cassação da presidente Dilma. Acumulava também a função de corregedor do tribunal, posto que ficará com Maria Thereza de Assis Moura.
A questão agora é saber se Maria Thereza, relatora da ação movida pela oposição, concentrará as três. Ela chegou ao tribunal pelas mãos de Márcio Thomaz Bastos e é considerada pró-governo. Pediu, por exemplo, o arquivamento do processo movido pelos oposicionistas, mas perdeu.
Em sua despedida, Noronha disse palavras duras sobre o atual momento político. Pena que Luciana não estivesse presente para ouvir:“Vivemos dias de profundas transformações no cenário nacional. Mudanças que não prevíamos e nem prevenimos e cujas consequências não antecipamos. Fala-se o tempo todo em crise, crise de moralidade ante a banalização da inversão de valores, (…) crise econômica e financeira creditada à globalização e à má gestão do dinheiro público, crise de autenticidade flagrada na proliferação dos bodes expiatórios usados para desviar os olhos do eleitor das distorções do poder público, crises de referência em razão do sumiço da ética, crise de enfraquecimento do Estado em contraposição à crescente tentativa de manipulação da democracia pelo ranço do jeitinho brasileiro”."
Comento: João Otávio Noronha deveria começar a ler o meu blog, para não ser pego de surpresa por mudanças que não previu e consequências que não antecipou. Aqui tudo é previsto e antecipado, e o critério para isto é simples: a) basta esperar sempre o pior do PT, b) basta esperar sempre a completa incapacidade do PMDB de compreender o tamanho da ameaça representada pelo PT; c) basta esperar sempre a maior pusilanimidade da oposição em relação ao PT.
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