Face o bolivarianismo iminente, todos os demais problemas se tornam irrelevantes.
Mas há pouco uma funcionária (bem jovem) trouxe um documento para eu assinar. Eu já havia assinado o mesmo documento ontem. Ela já chegou dizendo "preciso que assine de novo porque o de ontem eu preenchi errado". Simples assim. Sem maiores explicações. Como se preencher errado fosse normal no seu trabalho. Não vem com um "desculpe, tive um momento de desatenção", ou "vou revisar melhor os documentos antes de trazer para assinatura". Nada.
Mas aí me lembrei das entrevistas dos jovens jogadores da seleção brasileira após a derrota para o Chile na semana passada (a primeira derrota do Brasil em estreia de eliminatórias da história), e o discurso era esse chove não molha, essa água com açúcar, como se a derrota fosse o resultado normal. E eles ganham milhões de dólares para jogar bola, bem mais do que ganham meus funcionários.
Parece que a juventude, da base ao topo, está conformada em fazer o mais ou menos, e encara o erro e a derrota com naturalidade. Erros e derrotas sempre farão parte de qualquer atividade, mas devem ser percebidos como algo a ser evitado, e devem servir de experiência para reduzir as chances de novos erros e novas derrotas. A partir do momento que passam a ser normais, aceitáveis, erros e derrotas não têm mais sequer o papel educativo.
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
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