Ao longo das duas últimas décadas os Estados Unidos transferiram sua base industrial para a China, e estão transferindo a indústria de serviços para a Índia. Muito se fala sobre a crise e o futuro da economia americana("subiu o desemprego", "caiu o desemprego", "aumentou o crescimento", etc.), mas a verdade é uma só - o futuro da economia americana irá nos mostrar se um país pode existir economicamente sem produção e, consequentemnte, como geração decrescente de empregos. Poderá uma economia existir apenas como detentora de marcas e patentes, sem produzir nada? O futuro dirá.
O Brasil também está propondo um desafio nunca antes tentado. E o mundo deverá acompanhar atentamente as consequências futuras. O desafio aqui é o seguinte: pode uma país viver com sua população inteiramente desprovida de vergonha na cara? O futuro dirá. Se puder, será a primeira vez que isto ocorre desde que deixamos para barbárie para construir a civilização.
Vejam a notícia abaixo, do Coturno Noturno. Retornarei após a notícia:
"O vice-governador Guilherme Afif Domingos afirmou nesta segunda-feira (27) que a aliança com PT em São Paulo sempre foi considerada uma terceira alternativa para o PSD. "Eram as alternativas que nós tínhamos. Primeira era a candidatura de José Serra [PSDB]. A segunda condição era a candidatura própria desde que nós tivéssemos tempo de televisão", afirmou."
Comento: Afif é, ou era, um dos raros liberais no Brasil. Em 1989, inclusive, foi candidato à presdiência pelo Partido Liberal, e eu voltei nele. Incansável defensor da iniciativa privada e da redução do tamanho do estado, uma união entre Afif e o PT era tão improvável quanto um casamento entre um gato e um rato. Era. Agora tal aliança já entrou no terreno das possibilidades. Em breve talvez vejamos Afif criticando privatizações, defendendo a censura à imprensa e a relativização da propriedade privada. E visitando Hugo Chavez em Cuba...
Parece que neste barco só sobraram ratos, e agora começam a perceber as semelhanças entre eles, e compor alianças. Parece que os gatos eram ratos, apenas disfarçados de gato, esperando o momento mais oportuno para rasgar a fantasia.
A vergonha na cara foi extinta no Brasil, assim como a produção nos Estados Unidos. Se uma nação pode existir sem elas, só o futuro dirá.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
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