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Do Olavo de Carvalho
Os
historiadores do futuro, se houver futuro, talvez nos dêem a solução do maior
enigma político de todos os tempos. Por enquanto, tudo são névoas e perguntas
sem respostas. Um homem que veio não se sabe de onde, que nunca teve um emprego
fixo, que pagou seus estudos nas universidades mais caras com dinheiro de fonte
misteriosa, que trocou de nome pelo menos quatro vezes, que nunca exibiu um só
documento de identidade válido mas apresentou pelo menos três falsificados, que
tem uma história de vida toda repleta de episódios suspeitos e passou anos em
companhia íntima de gangsters e terroristas, um dia se elegeu senador pelo
Estado de Illinois e, depois de apenas alguns meses de experiência política – se
é que se pode chamar de experiência a ausência na maioria das sessões --, foi
guindado à presidência da nação mais poderosa do globo sob aplausos gerais,
despertando em centenas de milhões de eleitores a maior onda de esperanças
messiânicas de que se tem notícia desde Lênin, Mussolini, Stálin, Hitler e Mao
Dzedong. Decorridos seis anos de administração indescritivelmente desastrosa,
continua no posto, impávido colosso, sem que ninguém possa investigar as zonas
obscuras da sua biografia sem ser xingado de tudo quanto é nome pelos maiores
jornais do país, bem como pela elite dos dois partidos, Democrata e Republicano.
Aparentemente a obrigação mais incontornável do eleitor americano hoje em dia é
deixar-se governar sem perguntar por quem, e fazendo de conta que tudo está
perfeitamente normal.
Uma
vez persuadido a acomodar-se a essa situação, sob pena de tornar-se um inimigo
público, o cidadão está pronto para aceitar silencioso e cabisbaixo qualquer
decisão que venha do governo, por absurda, imoral e inconstitucional que
seja.
A
última foi essa incrível troca de cinco dos mais temíveis líderes do Taliban por
um soldadinho desertor – sem consulta ao Senado, é claro, o que soma à injúria o
insulto.
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