Vivemos a era da geração poser. Em bom português seria a geração fingida, ou a geração de faz de conta. Os mais danosos são os posers sociais, aqueles que estão sempre querendo salvar o mundo (e é um mero detalhe se suas boas intenções deixarem pelo caminho alguns milhões de mortos), enquanto o que querem mesmo é viver no bem bom. Estes são muito bem criticados por Rodrigo Constantino e Pondé.
Mas as empresas também estão infestadas de posers corporativos. Via de regra são jovens até 30 anos. É fácil identifica-los, chegam para as reuniões caminhando rápido e pisando duro. Não perdem tempo com gracejos, são de poucos sorrisos e querem ir direto ao assunto. Eles não têm tempo a perder, o destino da humanidade está em suas mãos. Usam roupas da moda, seus cabelos são bem cortados e cada vez mais portam uma barba comprida. Durante a reunião abrem seus computadores e digitam sem parar. De tempo em tempo fazem alguma intervenção com cara de conteúdo. Ao final da reunião relacionam em tom grave as medidas enérgicas que serão tomadas a partir daquele momento. São o retrato da energia e da eficiência. E ... nada acontece. Até que algum tempo depois é marcada uma nova reunião para discutir o mesmo assunto, e a cena se repete. Mas os posers preservam seus empregos, recebem promoções e são bem vistos por seus chefes que se impressionam com o show.
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
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