"Reitero: não o estou acusando de coisa nenhuma! Não conheço as circunstâncias do caso. Estou tratando e da forma como a imprensa, contaminada pelo politicamente correto, lida com o assunto. Como detesto ambiguidade, esclareço: quando me refiro ao “politicamente correto”, não estou fazendo referência ao fato de MV Bill ser negro. Poderia ser um “progressista” de qualquer cor. Se, amanhã, Chico Buarque aparecer tomando um pirulito de criança, é claro que a criança estará errada. Já se um não-progressista for flagrado, sei lá, perseguindo um bandido, trata-se de luta de classes…
Esse noticiário todo cheio de dedos envolvendo MV Bill é a evidência de que existe uma nova aristocracia no país: a dos “Cidadãos Preocupados com a Justiça Social”. Se a pessoa em questão tiver alcançado essa condição, pode tachar os desafetos de “negro de alma branca”, que isso não será racismo; pode tratar a mulher como um peso morto, que só inferniza a vida dos homens, que isso não será machismo, e pode, eventualmente, espancar a irmã, que isso não será violência. Falo em tese, reitero. Se Bill fez mesmo isso, não sei. Este texto é sobre jornalismo, não sobre espancamento."
terça-feira, 20 de março de 2012
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