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terça-feira, 6 de março de 2012

Tolinhos

Eu, que nunca participei de nenhuma negociação entre países, nem nunca visitei a Coréia do Norte, sei mais sobre a índole dos norte-coreanos do que todo o departamento de estado americano.

Eu, que nunca disputei nem eleição para síndico, sei mais sobre a moderna política do que muitos caciques que vivem há mais de 40 anos nas franjas do poder.

Surpreendente, não? Talvez o pais e o mundo nunca tenham estado em mãos tão despreparadas.

Se o leitor tiver tempo e paciência para ler o arquivo do blog verá vários textos em que escrevi o seguinte: "O PT não tem a menor intenção de conviver com aliados. O PT apenas precisa fingir que tolera os aliados até que consolide seu poder a ponto de poder destruir os aliados e viver sem eles". Precisa ser muito inteligente para concluir isso? Pois é...

Mas parece que a liderenças do fisiológico PMDB, por exemplo, acharam que seriam aliados prá valer. Tolos. Estão a anos-luz de compreender a realidade do petismo. Vejam a notícia do Estado de São Paulo:

"Nas últimas 24 horas, Temer trocou telefonemas com toda a cúpula do PMDB, inclusive o presidente do Congresso, José Sarney (MA), e os líderes no Senado, Renan Calheiros (AL), e na Câmara, Henrique Alves (RN). A um dos deputados que decidiram assinar o manifesto, o vice pediu calma, mas reconheceu que a insatisfação é generalizada.

A queixa maior do partido, expressa no manifesto, é contra “a ameaça do PT, que se prepara, com ampla estrutura governamental, para tirar do PMDB o protagonismo municipalista e assumir seu lugar como maior partido com base municipal”. O PMDB tem hoje 1.177 prefeitos. Os mais alarmistas temem que esse número caia para a metade.
(…)
Nos bastidores, a reclamação mais recorrente é a da ‘tutela’ exercida sobre os ministros peemedebistas por secretários executivos petistas. O líder Henrique Alves admite que ministros sem autonomia frustram a base e que ano eleitoral exige mais cuidado nos compromissos.
(…)
“A presidente Dilma Rousseff deu a impressão de que comandaria um governo plural, mas ao longo de seu primeiro ano na presidência o PT acabou se tornando maior do que era no governo Lula”, diz o senador Vital do Rego Filho (PMDB-PB), que já levou as queixas do partido às ministras de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann."

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