domingo, 22 de julho de 2012
Proibir
"É proibido proibir" diziam nos anos 70 os comunas que se opunham ao regime militar.
Aí os milicos deixaram o poder, e os comunas puseram as mãos de fora, se dedicando às proibições, sempre em nome do nosso bem.
Depois da última chacina num cinema americano voltou à tona a discussão sobre a proibição da comercialização de armas nos EUA. O interessante é que a chacina aconteceu nos EUA, mas a nossa imprensa tupiniquim, a serviço dos comunas, também aproveita a onda para colocar o assunto em debate por aqui (ninguém - entre os comunas - está preocupado em respeitar o resultado do plebiscito de 2005).
Se a solução é proibir, então proibam-se as armas. Em função de alguns malucos, tirem o direito de 300 milhões de americanos, e também de 200 milhões de brasileiros, de terem um instrumento para proteção pessoal e de suas famílias. Mas pelo nosso bem, pela preservação das nossas vidas, não basta proibir a comercialização de armas. Será preciso proibir também o comércio de veículos (um carro na mão de um maluco pode produzir uma chacina), de facas, de isqueiros, de adubo (em 1995 um maluco americano matou centenas com explosivos feitos a partir de fertilizantes). Tudo que possa colocar em risco a vida humana deve ser proibido.
O maluco que chacinou no cinema americano acredita que é o Coringa. Então, para proteger a população terão que proibir, também, revistas em quadrinhos.
Enfim, teremos que ir criando proibições progressivas, até o momento em que viveremos em um ambiente onde tudo é proibido. E um ambiente assim é um ambiente stalinista, sem liberdade. É o sonho dos comunas que já disseram "é proibido proibir".
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