A promessa de salvação não é mais algo que se possa relacionar ao comportamento produtivo. A salvação é agora garantida pelo Estado, que deste modo está criando uma nova religião política. Nossos salvadores agora são os políticos, porém o método deles não pode nos salvar, pois ele desmoraliza a economia ao degradar aqueles que são os mais produtivos e elevar aqueles que são pouco produtivos. Neste caso, é possível constatar como a moralidade é minada por um excedente de maldade e por um empréstimo irresponsável. Christopher Lasch uma vez disse: “A cobiça pela gratificação imediata está impregnada de alto a baixo na sociedade americana. Há uma preocupação universal com o eu – coisas como a ‘realização de si mesmo’ e o mais recente termo ‘autoestima’ são slogans de uma sociedade incapaz de gerar um senso de obrigação cívica”.
Podemos facilmente substituir o termo “obrigação cívica” por “obrigação financeira” nessa fala de Lasch. Argumentou-se anteriormente – e deve ser argumentado novamente – que nosso caráter enquanto povo está sendo minado pelo estado de bem-estar social. As coisas foram muito longe e nossa posição está cada vez mais insustentável. Perdemos nosso senso de propriedade e a noção de perigo. Como Lasch também escreveu: “… a cultura é um modo de vida apoiado pela disposição de punir aqueles que desafiam seus mandamentos”. Antigamente, quitar uma dívida era algo sério que exigia responsabilidade. Trabalhar para o próprio sustento já foi considerado algo honroso.
Quando uma sociedade entra em decadência, todas as esferas de atividade são afetadas. A degradação que vem com a decadência necessariamente mina a economia. Deste modo, é improvável que nossos problemas atuais sejam apenas cíclicos. É possível estarmos à beira de um prolongado declínio civilizacional.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
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