Diz o mantra dos comunas que "numa sociedade socialista cada um coloca dinheiro no pote coletivo de acordo com as suas possibilidades, e cada um retira do pote de acordo com as suas necessidades". Centenas de milhões já morreram na tentativa de colocar isto em prática.
Na prática, traduzindo, significa o seguinte: os mais dispostos ao trabalho e/ou mais capacitados trabalham para encher o pote, enquanto os menos afeitos à labuta ou menos preparados apenas retiram dinheiro do pote para fazer frente às suas necessidades. Os mais trabalhadores/capacitados logo vão percebendo isto e começam a desacelerar seu ritmo, e as sociedades socialistas vão travando e produzindo miséria em escala industrial.
Ainda não somos uma sociedade socialista como a descrita acima. Somos "metade" socialista, o que significa que deixamos no pote coletivo a metade do que produzimos com o nosso suor (os impostos). Na outra ponta do pote, além da corrupção colossal, claro, tem uma multidão de gente que apenas retira - o pessoal do bolsa família, o pessoal do brasil caridoso, o do minha casa, minha vida, etc., etc.
Mas a estrutura conceitual é a mesma das sociedades socialistas. É como se na sociedade existisse uma espécie de culpa coletiva pelas consequências das escolhas individuais. Já citei este exemplo em outros textos, mas segue valendo: dois sujeitos nascidos e criados no mesmo bairro pobre, um se esforça, rala, estuda à noite e sobe na vida; o outro só curte e faz filhos. Pois bem, alguns anos depois o que se esforçou vai ter colocar uma parte do esforço do seu trabalho no pote coletivo. O que apenas fez filhos (muitos) vai retirar suas bolsas do pote para sustentar sua prole. E o sujeito que só retira do pote vai sempre achar pouco e querer mais.
E no "Brasil Caridoso" se o sujeito tiver 10 filhos, pagamos pelos 10, se tiver 20, pagamos pelos 20, sem limite.
Mandar a conta das consequências das escolhas individuais para quem trabalha e produz é, na visão dos comunas, "justiça social".
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
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