É
por isso que recomendo a leitura de "A sociedade que não quer crescer", do
argentino Sergio Sinay. O livro disseca os perigos do fenômeno que podemos
observar facilmente no Brasil também: adultos que se negam a ser adultos. São os
"adultescentes".
Como
a Argentina parece estar em estágio mais avançado da patologia, os alertas de
Sinay tornam-se ainda mais importantes. A Argentina pode ser o Brasil amanhã, o
que é uma visão assustadora. Não só porque a presidente exagera no botox, mas
porque a volta ao passado populista se dá a passos largos.
O
autor faz a ligação entre essa postura infantil de boa parte da população e a
anomia em que vive seu país, cada vez mais bagunçado e autoritário. É o que
acontece quando os adultos preferem agir como adolescentes, no afã de postergar
ao máximo a velhice.
Maturidade
exige renúncia, sacrifício, responsabilidade e compromisso. Tudo aquilo que
muitos adultos modernos fogem como o diabo foge da cruz. Talvez para aplacar sua
angústia existencial, esses adultos desejam permanecer jovens para sempre, e
agem como tal. São colegas de seus filhos, e delegam a responsabilidade de
educá-los a terceiros. Confundem seus caprichos com direitos.
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