"Não há explicação que justifique que o Globo Rural, programa da Rede Globo, coloque no ar, em pleno domingo de final da Copa, uma reportagem de quase 14 minutos sobre o programa Mais Médicos. A não ser que a matéria tenha sido paga. Merchandising. Ou que faça parte de uma bem urdida estratégia de marketing para melhorar a imagem do governo junto ao agronegócio.
A reportagem foi realizada na cidade de Calçoene, no Amapá, com 9.700 habitantes e sem relevância alguma na produção agrícola nacional. E mais: os principais depoimentos foram tomados num assentamento da reforma agrária, comandado pelo MST. A matéria detalha com uma precisão publicitária cada aspecto explorado pelo governo no Mais Médicos. Todas as "vacinas" são aplicadas. Os pobres entendem maravilhosamente espanhol. O trabalho é elogiado por gestantes que já fizeram até cinco consultas e que demonstram grande amizade com a médica cubana. A retenção de salários é justificada pelo locutor com os mesmos argumentos que o governo utiliza. Enfim, o único defeito que as pessoas encontram no programa é que a médica, em vez de ir uma vez por semana ao assentamento do MST, deveria ficar o tempo inteiro."
Comento: a "reportagem" do Globo Rural é perfeitamente compreensível. Primeiramente, desde 1/1/2003 a Rede Globo de Televisão é o principal braço midiático da implantação da ditadura bolivariana no Brasil. Segundo, desde antes do PT chegar ao poder o Globo Rural já era simpático ao MST em suas reportagens.
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