A não concretização de tragédias anunciadas tende a desmoralizar aqueles que as anunciaram e, pior, criar mais descrença em relação a futuros anúncios. Mas não seria justamente o alerta em relação às tais tragédias o que faz com que elas não se realizem?
Dois exemplos:
1) Bug do milênio
Na virada para o ano 2000 os computadores do mundo enlouqueceriam e entenderiam que estavam em 1900. Aviões cairiam em pleno vôo, mísseis nucleares seriam automaticamente disparados e a economia iria à bancarrota. Muitos (eu entre eles) passaram a anunciar a tragédia. O mundo então se preparou, gastou bilhões na modificação dos códigos antigos de computadores, colocou os aviões no solo na virada do ano, e EUA e Russia tomaram medidas extras de precaução em relação aos mísseis nucleares. E não aconteceu tragédia nenhuma. Mas e se não tivésse havido o alerta de tragédia?
2) Copa no Brasil
Qualquer usuário de aviação sabe o horror que são os aeroportos no Brasil, transbordando de gente e com funcionários grosseiros. Qualquer um que conhece esta realidade começou a dizer: "imagina na copa". Pronto, a tragédia estava anunciada. E o que aconteceu? Para se precaver as pessoas simplesmente deixaram de viajar durante a copa (só em Congonhas a queda no tráfego aéreo foi de 40% em relação ao mês anterior), os aeroportos viraram paraísos e a tragédia não aconteceu. Mais uma vez - e se não tivésse havido o alerta de tragédia?
Existe no horizonte uma gigantesca tragédia anunciada - a implantação do socialismo no Brasil. Acho que não existe anúncio capaz de evitar a concretização deste mal. Enquanto isso, Dilma cai nas pesquisas. Mas eu sigo anunciando a tragédia.
sexta-feira, 18 de julho de 2014
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