Em fevereiro um banco me "aplicou" um plano de previdência privada, e naquele momento eu não tinha como recusar. Mas hoje fui até lá para cancelar.
Me atendeu uma gerente, toda produzida. Quando soube que eu estava lá para cancelar o plano, partiu para o módulo de tentar me convencer a ficar. "Mas este é um excelente produto, o senhor tem outro plano de previdência privada?, o senhor não se preocupa com o seu futuro?, etc.".
Me provocou, de forma que tive que fazer o meu discurso padrão: minha senhora, não acredito que daqui a 20 anos vai existir Brasil; se existir, não acredito que será um país onde se respeita a propriedade privada; se for, acredito que já terá havido um calote na dívida pública que fará as reservas de planos de previdência virarem pó; e se não houver o calote acredito que o governo se apropriará das reservas de planos de previdência privada, como fez o governo argentino.
E ela: "não diga essas coisas, eu tenho meus filhos aqui".
Eu: então, se a senhora se preocupa com o futuro dos seus filhos, já vá procurando a escola no exterior para onde vai enviá-los.
Bem, ela não tentou mais me convencer a manter o plano, resolveu o meu caso bem rapidinho, e ficou me olhando como se ali estivésse um louco pronto para pular no seu pescoço...
terça-feira, 15 de julho de 2014
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