terça-feira, 16 de novembro de 2021
De Brandan O'neill
Foi a Revolução Industrial que afastou a população da servidão brutal e extenuante nos campos para as cidades loucas e vibrantes de Londres, Manchester, Sheffield e Glasgow. Ela revolucionou a maneira como trabalhamos, como vivemos, como enxergamos a nós mesmos. Foi o berço da solidariedade, da luta e das reivindicações pelo direito ao voto, ao emprego, à educação. Não é coincidência que a expectativa de vida fosse deprimentemente baixa durante toda a história humana até a Revolução Industrial, quando começou seu aumento constante e impressionante. Sem essa revolução, a maioria de nós ainda estaria presa à terra, nunca indo além da cerca da fazenda, sem saber ler, morta aos 35 anos. Esse é o idílio com que os ecorretrógrados sonham? Essas pessoas são tão analfabetas em termos de história quando são falsamente ligadas à ciência.
O escárnio que a COP26 faz da Revolução Industrial — mais do que isso, a descrição desse evento como o ponto de partida do genocídio climático vindouro — lança uma luz difícil sobre o que está movendo a histeria verde da atualidade. Não é o vapor nem o carvão, sem dúvida. Não, é a perda de fé das elites na modernidade e no projeto humano de modo mais amplo. É por isso que a histeria da mudança climática é um problema muito maior para a humanidade do que a mudança climática em si.
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