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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Paraíso socialista

Atenção! Os trechos abaixo, sobre a União Soviética, não são para pessoas fracas. Se você não for esquerdista, jornalista, intlectual ou artista pode ficar chocado. Portanto, se resolver ler, leia por sua conta e risco.

"Os camponeses tinham matado seus animais (ou os perdido para o estado), tinham matado suas galinhas, seus gatos e cachorros. Tinham passado a caçar pássaros. Os seres humanos tinham desaparecido também, se tivessem sorte; mais provavelmente eles estavam mortos, ou fracos demais para fazer algum ruído. Apartados da atenção do mundo por um estado que controlava a imprensa e a movimentação dos jornalistas estrangeiros, apartados da ajuda oficial ou da solidariedade por uma diretriz do partido que equacionava fome como sabotagem, apartados da economia devido à extrema pobreza e aos planejamentos injustos, apartados do resto do país por regulamentos e pelos bloqueios policiais, as pessoas morriam sozinhas, as famílias morriam sozinhas, aldeias inteiras morriam sozinhas."

Página 76.

"Alguns pais demonstravam amor pelos filhos tentando protegê-los, trancando-os em chalés para evitar que fossem devorados por bandos de canibais itinerantes."

Página 79.

"Inúmeros pais mataram e comeram seus filhos e depois morreram de fome assim mesmo. Uma mãe cozinhou o filho para si e sua filha. Uma menina de 6 anos, salva por outros parentes, viu o pai pela última vez quando ele estava afiando uma faca para matá-la. "

Página 80.

"As pessoas boas morriam primeiro. Aquelas que se recusavam a roubar ou se prostituir morriam. Aquelas que davam comida para os outros morriam. Aquelas que se recusavam a comer cadáveres morriam. Aquelas que se recusavam a matar seus semelhantes morriam. Os pais que resistiam ao canibalismo morriam antes de seus filhos."

Página 80.

"Os meninos e as meninas ficavam deitados sobre lençóis e cobertores, comendo o próprio escremento, esperando para morrer."

Página 81.

"Um dia, as crianças ficaram subitamente silenciosas, nós procuramos saber o que estava acontecendo e as vimos comendo o menor de todos, o pequeno Petrus. Elas rasgavam sua pele e a comiam. E Petrus fazia o mesmo, arrancando suas feridas e as comendo com voracidade. As outras crianças encostavam os lábios em seus ferimentos e sugavam o sangue. Levamos o menino dali, livrando-o das bocas famintas e começamos a chorar."

Página 81.

"Coveiros eram pagos segundo a quantidade de corpos recolhidos, o que levava a certos abusos. Eles arrastavam os fracos junto com os mortos e os enterravam vivos. Eles costumavam conversar com essas pessoas no caminho, explicando aos famintos que eles morreriam em breve de qualquer maneira, portanto, que diferença fazia? Em poucos casos essas vítimas conseguiram escavar e escapar das covas razas. Por sua vez, os coveiros se enfraqueciam e morriam, seus corpos ficando estendidos onde haviam caído. Como lembraria depois um agrônomo, os corpos eram então devorados pelos cães que tinham conseguido escapar antes de serem comidos e haviam voltado ao estado selvagem."

Página 82.

"O recensseamento de 1937 constatou que existiam 8 milhões de pessoas a menos do que o progetado, a maioria delas vítima da fome. Stalin suprimiu esses dados e fez com que os demógrafos responsáveis fossem executados."

Página 83.

Trechos do livro Terras de Sangue, de Timothy Snyder.

Me engana que eu gosto

Do Claudio Humberto

30/01/2013 | 00:00

Luz aumentou
antes de Dilma
anunciar redução

Empresas de energia passaram a reajustar tarifas tão logo a presidenta Dilma anunciou em outubro a intenção de reduzi-las. Já em novembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou um reajuste de 12%, mas alguns estados, como o Rio de Janeiro, segundo queixas de consumidores, aumentaram a conta de luz até 27,5% antes de Dilma informar na TV, dia 23, que as contas seriam reduzidas em até 18%.

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30/01/2013 | 00:00

Escalada

No Rio, segundo denúncias, o KWh custava em novembro R$ 0,4548, em dezembro foi a R$ 0,4986 (+9,6%) e janeiro a R$ 0,5698 (+14,3%).

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30/01/2013 | 00:00

Dando tempo

Técnicos do setor elétrico e políticos acham que anunciar a redução com antecedência deu tempo às empresas para reajustar seus preços.

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30/01/2013 | 00:00

Velha prática

A oposição estrilou. “É a velha prática de dar com uma mão e tirar com a outra”, criticou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

Cidadania americana

Ontem à noite cheguei ao quarto de hotel e liguei a TV para procurar algum filme. Estava sintonizada na Glogo (argh...) e no exato instante em que liguei a apresentadora do jornal nacional dava a manchete: "presidente Obama quer dar cidadania americana para milhões de imigrantes ilegais". Desliguei e fui navegar na internet...

Desde muito jovem sonhei em trabalhar e morar nos Estados Unidos. Nunca tive a oportunidade de realizar este sonho. Viajei muitas vezes aos EUA, mas nunca tive a oportunidade de lá residir de forma legalizada (interessante que vários amigos de juventude que nunca deram a menor importância para os EUA acabaram recebendo propostas de trabalho ao longo dos anos e lá residem com suas famílias).

Como não gosto de ilegalidades, como respeito as leis, nunca fiz como esses milhões que para lá migraram ilegalmente.

Pelo lógica torta de Obama a conclusão deste processo será a seguinte:

- Aqueles que desejavam residir nos EUA, mas respeitaram a Lei Americana, nunca receberão a tal cidadania;

- Aqueles que preferiram ignorar a Lei Americana se tornarão cidadãos com todos os direitos.

E ... se o plano de Obama der certo ... fiéis eleitores democratas...

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Estatistas / socialistas

Em qualquer empresa privada em que entro como consumidor sou tratado com algum grau de respeito. Às vezes, como no caso das companhias aéreas, o grau de respeito é próximo de zero, mas mesmo assim ainda existe algum respeito.

O local onde sou tratado sem respeito nenhum, pior do que um saco de lixo (não reciclável...) é nos órgãos públicos, onde entro como cidadão.

Mesmo assim, petistas, jornalistas, estudantes e artistas da Globo gostariam que todas as atividades da vida fossem estatais...

De MIlton Simon Pires

Foi na década de 1960 que isto ocorreu. Na filosofia imperava a desconstrução. Derrida, Deleuze, Foucault, entre outros questionando a própria linguagem, reduziram aquilo que havia de racional na comunicação a uma simples manifestação de uma verdade maior – uma verdade simbólica incapaz de ser alcançada tanto pelo homem comum quanto pelo intelectual “não engajado”. Só era considerada arte aquela manifestação capaz de promover “transformação social”. Foi dessa linha de pensamento que surgiram as condições necessárias para que Sabiá, em 1968 fosse vaiada por uma plateia que preferiu um hino maoísta, Para não dizer que não falei de Flores, como vencedor do Terceiro Festival Internacional da Canção. Esse foi, na minha opinião, um momento crucial na história da arte brasileira. Ao vaiar a obra-prima de Tom Jobim, o público brasileiro fazia uma profecia – dali em diante poderia se esperar de tudo: desde Valesca Popozuda até o Bonde do Tigrão abriu-se a lata de lixo da MPB. Ao mesmo tempo agonizavam o cinema, o teatro e as artes plásticas. A geração de 1968 conseguiu acabar com toda necessidade de recolhimento e do esforço de um verdadeiro artista quando pretende alcançar o belo e desde aquela época até hoje o que se assiste num país com a riqueza cultural do Brasil é um festival de obscenidades e uma mediocridade incrível que prima por chocar e agredir.

Ontem como hoje

Alemanha e União Soviética planejavam um destruir o outro. Mas enquanto foi conveniente para se fortalecerem e destruirem ocidentais, se aliaram. Quando finalmente partiram para o confronto produziram uma carnificina sem paralelo na história.

Islamismo e comunismo são absolutamente antagonicos. Ambos objetivam dominar (sozinhos) o mundo. Mas enquanto é conveniente para se fortalecerem e destruirem ocidentais, se aliaram taticamente. É por isso que a imprensa ocidental, inimiga da civilização, é comuna e islâmica ao mesmo tempo. Quando finalmente partirem para o confronto, comunismo e islamismo produzirão uma carnificina sem paralelo na história.

Servindo como bucha de canhão (sempre...) os ocidentais.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Universo paralelo

Bem ou mal, com maior ou menor eficiência, o mundo funciona. Conseguimos comer, vestir, viajar, nos comunicar, nos locomover, etc. Às vezes com tranquilidade, às vezes com stress, mas o fato é que as coisas acabam acontecendo.

Raramente coloco meus pés numa repartição pública. Alguns têm fobia de avião, outros têm fobia de água. Não sou um grande fã de aeronaves, e respeito o mar, mas fobia eu tenho mesmo é de órgão público.

Hoje não foi possível evitar, e tive que comparecer a um órgão público. Meu Deus do céu, o que é aquilo? Um verdadeiro universo paralelo, onde as coisas acontecem em câmera (muito) lenta. As pessoas encarregadas de atender o público eram bem jovens, até malhados de academia, mas já estão mortos em vida, só não foram enterrados ainda. Fiquei imaginando esta moçada competindo com os jovens chineses por um lugar ao sol...

Bastam alguns minutos num órgão público para concluir que os socialistas e defensores do estatismo podem não ser doentes do pé mas são ruins da cabeça.

Imagine um restaurante estatal (Rodrigo Constantino imagina um no seu livro Privatize Já). Você teria que pegar uma senha para obter mesa, e depois uma senha para ser atendido pelo garçom funcionário público. Depois de algumas horas esperando, seria atendido, e teria que fazer o seu pedido por escrito, em três vias, com firma reconhecida. Cerca de uma hora depois o garçom retornaria para informar que havia um erro no preenchimento do formulário de pedido, e o processo deveria recomeçar do zero. Corrigido o formulário, cerca de duas horas depois o garçom retornaria para informar que o pedido não poderia ser atendido porque os cozinheiros saíram em licença prêmio...

Solução errada

Possivelmente há no Brasil atualmente dezenas de outras boates na mesma condição da Kiss de Santa Maria, apenas aguardando o momento de suas tragédias.

É possível que o poder público, querendo dar uma resposta para a sociedade, aumente muito a burocracia para a concessão de um alvará. Isto só servirá para aumentar o valor das propinas que precisam ser pagas no processo de obtenção de tal documento...

Burocracia já temos de sobra ... e não serviu para salvar nenhuma vida em Santa Maria.

Tragédia anunciada

Pelo que li na imprensa, a tal boate Kiss em Santa Maria tinha capacidade para duas mil pessoas, suas paredes eram feitas de material inflamável e não tinha saída de emergência. Ou seja, era o ambiente perfeito à espera de uma tragédia. Segundo Reinaldo Azevedo, até agosto de 2012 ela estava perfeitamente regularizada perante o corpo de bombeiros...

Tomando o prédio onde mantenho meu escritório como um microcosmo da realidade Brasileira - o edifício é de 1970 (quando nenhuma empresa tinha computador), então, creio, a instalação elétrica foi feita para aquela realidade. Atualmente cada andar tem dezenas de computadores, servidores, redes, etc. Uma parte dos locais por onde passa a fiação é de madeira. O prédio tem 18 andares e não tem nenhuma saída de emergência em nenhum dos andares intermediários. Além disso, não há porta corta-fogo nas escadas. Pois bem, algum tempo atrás, depois de muita insistência de alguns condôminos, a administração do condomínio concordou em chamar os bombeiros para uma vistoria. E os bombeiros concluiram que ... estava tudo em perfeitas condições, e recomendaram apenas que fosse instalado corrimão nas escadas...e ficou por isso.

Este é o país do faz de conta, em todos os níveis. Nós, que nascemos aqui, só poderemos contar com a sorte para não morrermos assassinados (50 mil por ano), em acidentes de trânsito (50 mil por ano) ou numa tragédia como a de Santa Maria. Nossas autoridades não fazem NADA para impedir esta carnificina. Somente a sorte é nossa aliada e, mesmo assim, de vez em quando ela falha.

Depois que as tragédias acontecem, nossas autoridades, com a maior cara de pau do mundo, vão até o local para faturar um dividendo político sobre o sangue alheio.

E o povo Brasileiro é tão despreparado para a civilização que ainda fica sensibilizado: "ah, que governante bonzinho, foi lá levar solidariedade". Ninguém pensa que se os governantes fizessem o trabalho para o qual foram eleitos não teria havido tragédia, e ele não precisaria levar solidariedade.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Hospício ocidente

Nos países do ocidente (banânia incluído) os títulos de endividamento público são classificados pelas agências de rating como os de menor risco de crédito. Ou seja, exatamente aqueles títulos que nunca serão pagos (por total incapacidade de pagamento dos estados devedores) são os de "menor risco" de crédito.

Nós do ocidente via de regra reclamamos (com razão) da carga tributária. Contudo, entregamos para o estado (via aplicações financeiras) o pouco excedente que nos sobra, em troca de uma promessa (falsa) de que o dinheiro nos será devolvido. É como se pagássemos voluntariamente uma carga tributária extra.

Lá como cá

Na medida em que Stalin interpretava o desastre da coletivização nas últimas semanas de 1932, ele alcançava novos patamares de ousadia ideológica. A fome na Ucrânia, cuja existência ele admitira anteriormente, quando era bem menos grave, era agora um “conto de fada”, um rumor calunioso espalhado pelos inimigos. Stalin tinha desenvolvido uma nova teoria interessante: a resistência ao socialismo crescia à medida que seu sucesso aumentava, porque seus adversários resistiam mais desesperadamente ao contemplar sua derrota final. Assim, qualquer problema na União Soviética poderia ser definido como um exemplo da ação do inimigo, e essas ações poderiam ser definidas como evidência do progresso.


Página 69 de Terras de Sangue, de Tomothy Snyder.

Comento: comunistas são iguais em todos os lugares. No trecho acima substituam fome (por enquanto) por energia elétrica e temos o discurso que Dilma fez na TV na semana passada.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Paraíso socialista

Nos quatro primeiros meses de 1930, 113.637 pessoas foram transportadas à força da Ucrânia soviética como Kulaks. Tal operação significou cerca de 30 mil choupanas de camponeses esvaziadas uma a uma, seus moradores tendo pouco tempo ou tempo algum para se preparar para o desconhecido. Isso resultou em milhares de vagões de carga gelados, abarrotados de um aglomerado de seres humanos doentes e aterrorizados, com destino ao norte da Rússia, os montes Urais, Sibéria, Cazaquistão. Isso se traduziu em disparos e gritos de pavor, com os camponeses partindo de madrugada e vendo suas casa pela última vez; isso significou frio e humilhação nos trens, e angústia e resignação quando os camponeses desembarcaram como trabalhadores escravos na taiga ou na estepe.


Página 53 de Terras de Sangue, de Timothy Snyder.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

PIB

Até hoje não consegui entender qual a regra de cálculo do crescimento do PIB. Se o crescimento for calculado em valores nominais significa que crescimento de 1%, com inflação de 6%, é na realidade um decréscimo de 5%.

Mas, enfim, o governo está otimista com o crescimento do PIB em 2013. O socialista que comanda a FIESP a serviço do PT anunciou que está otimista com o PIB em 2013. A imprensa, majoritariamente petista, "noticia" que 2013 será o ano.

Mas vamos aos fatos que são conhecidos:

1) Toda a metade ocidental do planeta segue à beira de um cataclisma econômico;
2) No Brasil os investimentos (que geram o crescimento em anos seguintes) vêm caindo trimestre após trimestre;
3) O poder de consumo das famílias está no limite, em função do endividamento;
4) Se o PIB crescer mais que 2% faltará energia elétrica;
5) Por fim, os investidores internacionais que ainda se arriscam a investir estão preferindo o México, em função das constantes intervenções do governo Dilma na economia.

Neste cenário me digam leitores, onde estão as razões para o otimismo do governo, do socialista da FIESP e da imprensa?

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Primavera socialista

As praças dos mercados, agora despojadas de mercadorias e consumidores, exibiam apenas a desarmonia da morte. De manhã cedo, o único som era a respiração fraca dos moribundos, envolvidos em trapos que um dia foram roupas. Numa manhã de primavera, em meio a pilhas de camponeses mortos no mercado de Kharkov, um bebê mamava no seio da mãe, cujo rosto sem vida já estava cinza. Os passantes já tinham visto isso antes, não somente aquela confusão de cadáveres, não somente a mãe morta e a criança viva, mas precisamente aquela cena, a boquinha, a última gota de leite, o mamilo enregelado. Os ucranianos tinham uma expressão nessas horas. Diziam a si mesmos, em silêncio, ao passar: “são os rebentos da primavera socialista”.
Pág. 51 de Terras de Sangue, de Timothy Snyder.

Do Claudio Humberto

24/01/2013 | 00:00

FNDE é generoso
na distribuição
de boquinhas

O organograma do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação, é um impressionante exemplo do cabide de empregos reservados à companheirada petista, no governo federal. São 74 coordenações para seis diretorias, cevadas a ambicionados cargos DAS, sigla de “Direção e Assessoramento Superior”, com remuneração que pode superar os R$ 20 mil mensais.

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24/01/2013 | 00:00

Não vai dar certo

O inchaço em órgãos como o FNDE, cujo prédio tem 17 andares, em Brasília, mostra que o governo gasta como se não houvesse amanhã.

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24/01/2013 | 00:00

Som da malandragem

Com freqüência, fogos de artifício interrompem o expediente a pretexto de “reuniões” no pátio do FNDE. A rapaziada aproveita para dar no pé.

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24/01/2013 | 00:00

A conta é nossa

Em oito anos de governo, Lula inchou o efetivo de servidores em mais de 160.000 pessoas, suficientes para lotar dois Maracanãs.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Do Rodrigo Constantino

Se Japão, Estados Unidos e Europa passam por um declínio moral, parece que a América Latina, em especial o "eixo do mal" bolivariano, sequer experimentou uma fase de maturidade. Estamos estagnados na era do infantilismo.
É por isso que recomendo a leitura de "A sociedade que não quer crescer", do argentino Sergio Sinay. O livro disseca os perigos do fenômeno que podemos observar facilmente no Brasil também: adultos que se negam a ser adultos. São os "adultescentes".

Como a Argentina parece estar em estágio mais avançado da patologia, os alertas de Sinay tornam-se ainda mais importantes. A Argentina pode ser o Brasil amanhã, o que é uma visão assustadora. Não só porque a presidente exagera no botox, mas porque a volta ao passado populista se dá a passos largos.

O autor faz a ligação entre essa postura infantil de boa parte da população e a anomia em que vive seu país, cada vez mais bagunçado e autoritário. É o que acontece quando os adultos preferem agir como adolescentes, no afã de postergar ao máximo a velhice.

Maturidade exige renúncia, sacrifício, responsabilidade e compromisso. Tudo aquilo que muitos adultos modernos fogem como o diabo foge da cruz. Talvez para aplacar sua angústia existencial, esses adultos desejam permanecer jovens para sempre, e agem como tal. São colegas de seus filhos, e delegam a responsabilidade de educá-los a terceiros. Confundem seus caprichos com direitos.

O que fazer?

Leiam o texto de Dora Kramer, comento na sequência:

"É como disse o ex-secretário geral da Presidência Luiz Dulci: "A movimentação de Lula é natural e desejável para o PT".Até semana passada, crescia o debate sobre inflação, investimentos, fornecimento de energia, maquiagem de dados das contas governamentais, PIB pífio, excesso de interferência estatal na economia, reclamações de políticos e empresários, construção de alternativas eleitorais para 2014.

Até a reunião com a equipe de Haddad para produzir fotografia passível de gerar análises sobre a interferência de Lula, o PT ainda enfrentava rescaldo do julgamento do mensalão, graças à iniciativa da juventude petista de promover "jantar vaquinha" para ajudar a pagar as multas dos condenados. Como se José Dirceu, por exemplo, precisasse de auxílio para juntar R$ 676 mil.

Até então Lula estava calado, fugindo de jornalistas por lavanderias de hotel para não comentar as acusações contra sua protegida Rosemary Noronha e o depoimento de Marcos Valério à Procuradoria-Geral da República, que ensejou pedido de abertura de investigação contra o ex-presidente no esquema posto a nu pelo Supremo Tribunal Federal.

Nos últimos dias a pauta mudou: são os encontros de Lula com secretários, aconselhamentos de Lula para Dilma mudar o rumo do governo, anúncios de reuniões dele com ministros, a caravana de Lula País afora, a conversa de Lula com a presidente nesta sexta-feira, o papel de Lula como articulador da base no Congresso, a inadequação da conduta de Lula, enfim, uma virada de agenda com Lula ao centro em seu mais confortável papel."
 
Comento - o que fazer então? Os movimentos de Lula atingiram o alvo, mudaram a pauta. Mas, e daí? qual deveria ser a atitude então? Fingir ignorar que Lula está tomando para si o poder de suas marionetes instaladas na presidência da república e na prefeitura de São Paulo, e seguir falando do mensalão? Não é uma situação fácil. Não surgiu até hoje no mundo ninguém para emparelhar a inteligência dos esquerdistas em matéria política. Já disse - se os esquerdistas utilizassem seu potencial para o bem dominariam o mundo todo. O problema é que toda a imensa inteligência política que lhes foi dada pela natureza ou pelo Criador veio acoplada com uma condicionante - só pode ser usada para fazer o mal.

Do Reinaldo Azevedo, sobre a internação de drogados em São Paulo

Por que esse mal-estar contido — às vezes, explícito mesmo — e a má-vontade com o programa? Fatores diversos se somam. Em primeiro lugar, há a questão que se poderia chamar ideológica, ainda que essa palavra precise ser rebaixada para se encaixar ao caso em espécie. Estivessem no comando da ação os “petistas progressistas”, os não menos petistas e não menos progressistas do jornalismo dispensariam ao caso outro tratamento. Como vem de um governo tucano e como parece que as chefias de redação decidiram deixar a moçada à vontade para a militância, as delinquências intelectuais vão se acumulando.
Em segundo lugar, mas não menos importante, note-se: há uma discordância de fundo com o programa. Defender a legalização das drogas é parte do “kit do bom progressista”, assim como ser favorável à legalização do aborto, pregar a proibição da venda legal de armas, apoiar a invasão de propriedades rurais e urbanas pelos sem-isso e sem-aquilo, exigir ciclovias até nos morros de Perdizes e da Vila Madalena etc. Se o sujeito não adere a essa pauta, acaba sendo tratado como um reacionário “jeca de Oklahoma” (cá estou eu provocando o meu amigo Caio Blinder).
Ora, é evidente que a internação involuntária de viciados vai na contramão, no que concerne ao debate de valores, do lobby em favor da legalização ou descriminação das drogas, a exemplo daquela absurda campanha É Preciso Mudar, orientada por Pedro Abromovay, ex-secretário de Justiça do governo petista, que já defendeu que “pequenos traficantes” não sejam presos. Também está claro que a internação involuntária reforça o repúdio que a esmagadora maioria dos brasileiros têm das drogas, chamando a atenção para seu caráter deletério, para seu potencial destrutivo. E parcela expressiva dos “coleguinhas” não pode aceitar isso. Basta ver como foram tratados os maconheiros marchadores: parecia que Schopenhauer, Kant e Bertrand Russel gritavam em coro: “Ei, polícia, maconha é uma delícia”.
Como essa gente não perdeu inteiramente o senso de ridículo e como há leitores do outro lado, muitos deles capazes de pensar de modo lógico, fica difícil agredir na essência um programa que, se bem aplicado, salva vidas e tem o concurso de médicos, juízes, promotores e advogados. Assim, para manter a veia crítica, ignora-se o principal para tentar desmoralizar o programa em razão de aspectos periféricos: “a internação está demorado, é possível que faltem leitos, a filha dopou o pai para interná-lo…”. Um programa de redução de danos que ministrasse doses controladas de droga a viciados seria certamente mais bem recebido pelos “progressistas”.
Chegou a hora de alguns diretores de redação cobrarem mais jornalismo e “menas” (para ficar no espírito da era…) militância.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O plano perfeito

Talvez nunca saibamos quem criou a criatura Obama num dia e a transformou em presidente dos EUA no outro. Com certeza não foram os eleitores americanos que, imbecilizados, apenas compareceram às urnas (em 2008 e 2012) para sacramentar o voto em quem a mídia toda havia mandado votarem.

Mas sejam quem for que criou a criatura, o plano de destruição dos EUA é perfeito. Tão perfeito que está além da capacidade de compreensão dos imbecilizados cidadãos americanos.

Por um lado Obama cria programas assistencialistas em série, transformando em "estado-dependente" um povo outrora trabalhador. Por outro lado o dinheiro para bancar esses programas sai do orçamento que originalmente pertencia às forças armadas.

Em paralelo, apóia a Al Qaeda aqui e ali, sempre sob a bandeira de "primavera árabe".

A destruição dos EUA será inequívoca, não há força capaz de reverter este movimento.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Privatize Já

Trechos do livro Privatize Já de Rodrigo Constantino:


Partir de uma premissa diferente, do "novo homem" totalmente abnegado e altruísta, voltado para o bem geral, costuma produzir resultados catastróficos. Na pior das hipóteses, essa premissa ingênua acaba em miséria e terror, como no caso da União Soviética e d etodos os outros governos socialistas. Na melhor delas, o resultado são filas de cidadãos à espera da boa vontade de um funcionário que tem outros interesses além de servir ao público.

Houve muito menos privatizações de 2002 para cá, quando o PT tomou o poder do governo federal. Isso não quer dizer que nossas estatais não serviram a interesses privados. é assim que funciona a privataria petista. Na fachada, a empresa continua sendo estatal, oferecendo geralmente serviços ruins, caros e demorados. Mas uma análise mais atenta mostra que seu patrimônio, seus cargos e suas reservas estão a serviço de interesses privados de um partido político e de grandes empresários próximos do poder.

Entre 2003 e 2007 a administração Lula repassou 12,6 bilhões de reais a 7.700 ONGs por meio de 20 mil convênios e outras modalidades de vinculação. É muito dinheiro que sai dos cidadãos na marra e vai para os amigos do rei.

Interessados em gordos contratos para obras, financiamentos e leis comerciais que deixem concorrentes de fora, cada vez mais grupos de interesse se aproximaram do governo. Na lista dos maiores doadores corporativos da campanha presidencial de Lula em 2006 vemos a presença de vários desses grupos, tais como Camargo Corrêa, Banco Itaú, Gerdau, JBS-Friboi, Bradesco, Vicunha, Votorantim e Andrade Gutierrez. Em 2011, ano que nem eleição teve, o PT arrecadou mais de 50 milhões de reais de apenas 75 doadores. Esse montante representou quase 90% do total arrecadado pelos 29 partidos políticos registrados na justiça eleitoral.

Esse capitalismo de laços representa um mecanismo perverso, que cria privilégios imerecidos, penaliza o dinamismo da economia e, por conseguinte, o progresso. Esse modelo não é exclusividade brasileira. em inglês o termo crony capitalism existe para indicar o mesmo fenômeno. O economista italiano Luigi Zingales lançou recentemente o livro A Capitalism for the People justamente para chamar a atenção dos rumos preocupantes dos Estados Unidos nessa direção. Mas na realidade nacional essa doença atingiu patamares assombrosos.

O leitor deve ter em mente que grandes empresários não costumam gostar do livre mercado. De fato, ninguém gosta muito de concorrência quando é o alvo dela. Mas ela é fundamental para preservar os interesses dos consumidores e dos trabalhadores em geral. Só que, se os grandes empresários contarem com um aparato disponível para captura, podendo barrar a livre concorrência, isso será tentador demais.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Do Demétrio Magnoli

A Venezuela já não tem um governo constitucional. Desde o 10 de janeiro, data do autogolpe do chavismo, o país encontra-se sob regime de exceção. A chefia de Estado é exercida por um usurpador, Nicolás Maduro, que não representa o povo, mas apenas o desejo do caudilho enfermo, tal como interpretado pelos altos círculos “bolivarianos”. O próprio Hugo Chávez, internado em Havana, está sob os cuidados e o controle da ditadura cubana, que gerencia segundo seus critérios as informações sobre a saúde do paciente.

Senhor, me leve daqui

Leia a notícia do Claudio Humberto:

18/01/2013 | 00:00

Ministro da Microempresa deve
ser Afif, do PSD

A adesão do PSD ao governo Dilma Rousseff deverá ser formalizada com a nomeação de Guilherme Afif Domingos para o cargo de ministro da Microempresa. Vice-governador paulista, Afif fez carreira a partir da Associação Comercial de São Paulo, e até disputou a presidência da República. Dilma pretendia nomear para o cargo Luiza Trajano, dona das lojas Magazine Luiza, mas a empresária declinou do convite.

Comento: Senhor, me leve daqui. Não quero estar vivo para ver o dia em que Afif Domingos, meu ídolo da juventude e uma das últimas trincheiras do liberalismo no Brasil, aderirá ao petismo. Como pode um Afif entrar no mesmo barco em que estão o PCdoB, o MST, o Levante Popular da Juventude? Só os mi$tério$ da política explicam um absurdo desses. Então tudo  o que Afif defendeu até hoje era da boca prá fora?

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Obama Jones

Imagino o que aconteceria se eu conseguisse penetrar nas selvas da Guiana e chegar até os crentes da seita do pastor Jim Jones algumas horas antes de cometerem suicídio coletivo - eu encontraria gente com brilho no olho, com a convicção no semblante, totalmente impermeabilizados contra argumentos e, provavelmente, me receberiam como se eu fosse um louco.

Esta é exatamente a mesma percepção que tenho quando encontro com americanos fiéis à seita do pastor Obama Jones...

Categorias perseguidas

A nossa "democracia" escolhe algumas categorias de pessoas para perseguir com toda a força do aparato opressor estatal. Entre elas empreendedores, contribuintes e motoristas de automóveis.

Como motorista de automóvel sou multado se dirigijo sem cinto de segurança, mesmo cercado de airbags e protegido por mais de uma tonelada de aço. Contudo, se eu resolver pilotar uma moto, sem proteção nenhuma, as autoridades não me exigirão cinto, até porque moto não tem cinto de segurança.

Não sei como são as cidades dos leitores, mas a minha é cheia de carroças nas ruas (no sentido literal, com tração animal). Essas carroças não tem luz, não tem freio, não tem pisca, não tem nada, mas circulam livremente, sem serem importunadas pelas autoridades. Mas se eu sair de casa com meu pisca queimado...

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Legado para as gerações futuras

O governo FHC não pagava bolsa família, bolsa atleta, Brasil Caridoso, farmácia popular, etc., etc. e nunca conseguiu ir além do superavit primário. De onde o PT tira dinheiro para comprar tanto voto, digo, para pagar tudo isso?

Do endividamento público. Seria o legado do PT para as gerações futuras - distribui a grana agora, colhe o benefício eleitoral agora e deixa a conta para aqueles que ainda nem nasceram.

Escrevi "seria" porque a conta do endividamento público nunca será paga, por geração nenhuma. Em algum momento nos próximos anos acontecerá um calote. Assim, quem terá pago o Bolsa Família seremos nós que fazemos poupança. Mas o mérito, aos olhos do povão, é do Lula e da Dilma. Eu, que na verdade pago o agrado, não passo, aos olhos do povão, de um capitalista sanguinário...

Eu também quero o meu...

21 bilhões X 4 anos significa que a compra de votos pelo PT custa R$84 bilhões aos cofres públicos a cada quadriênio. Dividindo-se o valor por 140 milhões de eleitores daria R$600 para cada um. Cadê o meu? Da Veja.com:

Um dos programas vitrine do governo federal, o Bolsa Família teve execução orçamentária recorde no ano de 2012, desembolsando 21,1 bilhões de reais – o maior montante desde que o programa foi criado, há nove anos. Segundo levantamento da ONG Contas Abertas, o valor representa um crescimento de 15,3% em relação aos 18,3 bilhões de reais pagos em 2011 (em valores atualizados pelo IPG-DI, da Fundação Getúlio Vargas). Comparadas as evoluções anuais em porcentagem, esse é o segundo maior aumento de um exercício para o outro desde 2006.

Eu também quero o meu...

Da Veja.com:

O Ministério das Relações Exteriores concedeu passaporte diplomático a quatro líderes evangélicos das igrejas Internacional da Graça de Deus e Assembleia de Deus. Segundo a Agência Brasil, as portarias, assinadas pelo ministro Antonio Patriota, referem-se a pedidos de outubro e dezembro de 2012.
Há dois dias, líderes da Igreja Mundial do Poder de Deus também receberam o passaporte especial. Com o passaporte diplomático, o viajante tem tratamento diferenciado nos aeroportos e alfândegas, sendo dispensados da revista aqui e em vários países, além de não enfrentarem filas. Os portadores também não pagam para ter o documento.

Do Augusto Nunes

A seita lulopetista aprendeu que folha corrida é currículo, integridade é defeito e honra é coisa de otário. Como nas disputas promovidas mensalmente pela coluna para a escolha do Homem sem Visão do Ano, a eleição do presidente da Câmara ou do Senado comprova que os congressistas votam no candidato que lhes pareça o pior entre os piores. A galeria dos eleitos depois do advento da Era da Mediocridade confirma que, quanto mais alentado for o prontuário, maior será a chance de vitória.

Do Reinaldo Azevedo

É evidente que essa gente não chegou agora à política. Alves já foi da base de apoio de FHC, e Renan chegou a ser ministro da Justiça na gestão tucana. Os fatalistas, quem sabe convencidos por Betti e Tiso, dizem que o “Presidencialismo de coalizão” obriga a essas coisas… É besteira. Já tratei desse assunto em outras oportunidades e não vou entrar no mérito agora. Volto ao ponto: os petistas não inventaram esses caras, mas permitiram que alcançassem altitudes inéditas. Encontram no pragmatismo à moda peemedebista o instrumento necessário à consolidação de sua hegemonia.
 
Também em nome do realismo, as oposições, em especial o PSDB, buscarão uma composição com esses valentes, porque a resistência poderia lhes custar não participar da mesa diretora das respectivas Casas. Seria esse um risco a correr? Seria, sim, desde que houvesse alguma interlocução com a sociedade e um discurso. Mas não há. Vai, uma vez mais, se enrolar no administrativismo e articular um de seus muitos silêncios.
 
Quando alguns vigaristas acusam uma parcela da imprensa de ser o verdadeiro partido de oposição do país, não deixa de haver certa verdade no que dizem. Oposição à safadeza, à sem-vergonhice e à sem-cerimônia com que a política brasileira enfia a mão naquela metáfora de Paulo Betti.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

De Jeffrey Nyquist

Na batalha entre capitalismo e socialismo, vemos como o socialismo continua a subverter a liberdade econômica. O que triunfou na Rússia na década de 1990 não foi o capitalismo ou a democracia, mas um show de capitalismo e democracia. Gostaria de lembrar aos meus leitores o livro de Richard McGregor, The Party: The Secret World of China’s Communist Rulers. Nesse livro constatamos que, apesar das aparências, o Partido Comunista está dirigindo ativamente todas as grandes companhias e todas as instituições financeiras da República Popular da China.

Nós aqui no Ocidente dificilmente poderíamos imaginar a extensão dos controles governamentais secretos da Rússia e da China. Esses países são liderados por comunistas da velha guarda e dos atuais que não acreditam na liberdade econômica. Para esses governantes autocráticos, o capitalismo é um fingimento no mesmo grau da democracia. Nesse ínterim, o Ocidente vem sendo enfraquecido por dentro pelo socialismo. Como disse Oswald Spengler, “Por meio do dinheiro, a democracia torna-se destruidora de si mesma após o dinheiro ter destruído o intelecto.” Talvez tenha sido nosso bem-estar ou talvez nossa prosperidade que corroeu nossos valores e nossa integridade intelectual. Sejam quais forem nossas preocupações, não estamos resistindo efetivamente. Ao contrário, estamos distraídos e decadentes.

Os preparativos bélicos do Irã, da Rússia e da China seguem adiante ano após ano. Os Estados Unidos continuam a caminhar lentamente em direção ao socialismo. Alguém acredita que nos será permitido fazer o caminho de volta?

De O Estado de São Paulo

Os seus integrantes de há muito deixaram de ser os formuladores da agenda nacional e os interlocutores por excelência da sociedade, nas suas agruras e aspirações. Possuídos pelo varejo dos seus cálculos de conveniência, prontos a trocar a sua primogenitura na família institucional do País pelos pratos de lentilhas saídos da cozinha do Planalto, deputados e senadores formam uma versão mumificada do vibrante corpo legislativo que deu ao País a Carta de 1988 - avalie-se como se queira o produto de seu trabalho.

Somos um país heterofóbico

Para provar que o Brasil é um país homofóbico e, portanto, exigir mais leis contra a tal "homofobia", o Grupo Gay da Bahia revelou que em 2012 foram assassinados 336 gays, lésbicas e travestis no Brasil. Segundo o grupo: "um assassinato a cada 26 horas".

Bem, 50.000 pessoas são assassinadas por ano no Brasil. Se 336 vítimas era gays, lésbicas e travestis presume-se que as demais 49.664 eram heterossexuais.

Portanto, se compararmos o número de vítimas (336 X 49.664) chegamos à conclusão que é 147,8 vezes mais perigoso  ser heterossexual no Brasil, ou seja, se você, leitor, for heterossexual seu risco de ser assassinado será 147,8 vezes maior do que seria se fosse homossexual.

Se um gay, lésbica ou travesti é assassinado a cada 26 horas, quase 6 heterossexuais são assassinados a cada hora. Uma verdadeira chacina de heterossexuais.

Confrontados com estes números não podemos mais negar - o Brasil é um país heterofóbico e está produzindo uma eliminação de heterossexuais digan de regimes nazistas. Precisamos de leis de proteção aos heterossexuais já!

Do Sardemberg

Mas há uma diferença notável nos dias de hoje em relação ao começo do ano passado: o pessimismo está disseminado. Percebe-se um sentimento entre a descrença e o ceticismo em relação às metas e planos do governo. A presidente perdeu o benefício do início do mandato.

Um ano atrás, a maioria culpava o mundo tanto pelo baixo crescimento quanto pela inflação mais elevada. A maioria ainda depositava confiança nas promessas oficiais.

Hoje, tirante os militantes, essa confiança se foi. Mesmo os analistas ainda alinhados com o governo ou aqueles que, por razões diversas, têm medo do governo ─ um grupo expressivo ─ recheiam de ressalvas seus cenários mais positivos.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Ocidentais são fracos

Vejam a notícia abaixo, da Veja.com. Comento na sequência.

"Rebeldes islâmicos ligados à rede terrorista Al Qaeda lançaram nesta segunda-feira uma contraofensiva após três dias de bombardeios aéreos franceses contra suas posições no deserto, prometendo arrastar a França para uma guerra longa e brutal. A França intensificou seus bombardeios no domingo, usando modernos aviões Rafale e helicópteros Gazelle para atacar campos de treinamento no coração da vasta área dominada desde abril por rebeldes no norte do Mali. Ao mesmo tempo, Paris mobilizou centenas de soldados em Bamako, a capital.
O governo francês está determinado a acabar com o domínio islâmico no norte da sua ex-colônia, devido aos temores de que essa região se torne uma base de lançamento para ataques contra o Ocidente e para uma coordenação com a Al Qaeda no Iêmen, Somália e norte da África. Nesta segunda-feira os rebeldes travaram intensos confrontos contra forças governamentais em Diabaly, no centro do país, segundo moradores e fontes militares malinesas. "Os islamitas estão enfrentando o Exército dentro da cidade", disse um morador. "Eles começaram a se infiltrar na cidade ontem à noite, cruzando o rio em pequenos grupos."
Um porta-voz do grupo islâmico Mujwa, uma das principais facções da aliança rebelde, prometeu que os cidadãos franceses "vão pagar" pelos bombardeios de domingo na localidade de Gao, reduto dos rebeldes. Dezenas de militantes morreram quando foguetes atingiram um depósito de combustíveis e um posto alfandegário que serve de quartel-general para os rebeldes. "A França já abriu os portões do inferno para todos os franceses. Ela caiu numa armadilha que é mais perigosa que o Iraque, o Afeganistão ou a Somália", disse o militante Oumar Ould Hamaha à rádio Europe 1.
A França afirmou que sua repentina intervenção militar iniciada na sexta-feira, após apelo do governo malinês, impediu que os rebeldes tomassem a capital, Bamako. Paris acrescentou que os bombardeios devem ser mantidos nos próximos dias. Segundo o presidente francês, François Hollande, o objetivo do seu governo é apenas dar apoio a uma missão militar da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental para recuperar o norte do Mali, conforme prevê uma resolução de dezembro do Conselho de Segurança da ONU. "

Comento: vejam como o terrorista ameaça a França e os cidadãos franceses. E não são ameças vazias não, pois os terroristas que combatem no deserto, sujos, sem banho, sem alimentação adequada, com armamento básico, sabem que os ocidentais, mesmo com todo o seu aparato militar, são fracos. No caso presente bastará as televisões Francesas mostrarem imagens de alguns "civis" mortos nos bombardeiros e a população Francesa já vai começar a pedir um cessar fogo.

Não gosto do "jornalista" Carlos Chagas, mas recentemente ele contou uma história interessante - durante a expansão árabe, os exércitos árabes avançavam destruindo tudo o que encontravam pelo caminho. Quando chegaram em Alexandria até o general árabe titubeou ante a possibilidade de colocar fogo na biblioteca de Alexandria, a maior coleção de tesouros culturais da humanidade em todos os tempos. E mandou perguntar ao Califa como deveria proceder. O Califa respondeu que se tudo o que estava na biblioteca concordava com o Corão, a biblioteca era supérflua e poderia ser destruida. Já se o conteúdo da biblioteca discordava do Corão ela deveria ser destruída. E foi.

Séculos depois a história continua valendo. Guerrilheiros sujos no deserto, grupos terroristas, imigrantes árabes e idiotas travestidos de jornalistas no ocidente continuam trabalhando pela dominação islâmica, pela transformação do mundo todo num grande califado. E estão vencendo, passo a passo. Sua vitória significará tirar de nós tudo o que temos de humano e transformar nossas vidas em objeto exclusivo de adoração de um livro (quero ver como o Lula vai se safar dessa, já que nunca leu um livro na vida...).

Pérola

A pérola abaixo estava no site da Veja, na tarde desta 2a feira. Comento na sequência.

"Apoio - Países europeus, entre eles a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, dão apoio logístico ao Exército francês na operação, que conta com o respaldo da maior parte da comunidade internacional."

Comento: ... então os EUA são agora um dos países Europeus ... deve ser consequência da tentativa do socialista Barack Hussein Obama de replicar nos EUA o falido modelo Europeu de estado de bem estar social...

Do Claudio Humberto

14/01/2013 | 00:00

ONGs internacionais freiam Brasil,
diz antropólogo

Após trabalhar na demarcação de oito terras indígenas na Amazônia, o antropólogo Edward Luz denuncia que as ONGs internacionais, que se dizem defensoras de questões indígenas e ambientais, freiam por mais de três décadas crescimento do Brasil. Em entrevista à revista Infovias, Luz alerta que esses grupos manipulam as minorias para impedir o desenvolvimento do país, visto como “ameaça às superpotências”.

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14/01/2013 | 00:00

Quem está por trás

Segundo Edward Luz, esse batalhão de ONGs é orquestrado por países como EUA, Inglaterra, Dinamarca, Canadá, Noruega, Alemanha.

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14/01/2013 | 00:00

Eco-picaretas

Mestre e doutorando pela UnB, Luz explica que hoje a maioria dos grupos indígenas e ambientalistas são financiados por ONGs picaretas.

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14/01/2013 | 00:00

Falsos índios

O pesquisador denuncia ainda a existência de falsos índios. Em 2008, havia 250 demandas de delimitação de terra. Hoje, já ultrapassam 500.

1987 X 2013

O ano era 1987 e o governo federal realizou uma licitação de lotes da ferrovia Norte Sul. Depois de anunciado o resultado (lotes X vencedores) o então jornalista Jânio de Freitas mostrou em sua coluna um "anúncio" que ele havia publicado dias antes, difarçado no meio da seção de classificados do jornal, anúncio este que apresentava (com antecedência) o resultdo da licitação. Conclusão óbvia - o resultado já era sabido antes da licitação, consequentemente o processo licitatório era um mero jogo de cartas marcadas. Foi um Deus nos acuda, o assunto foi para a capa dos jornais e para as manchetes dos telejornais, o governo teve que cancelar a licitação, Sarney (o então presidente) ficou mais desmoralizado do que já estava, etc.

Eu tenho convicção de que realmente aquela licitação foi fraudada, mas hoje não acreditaria tão cegamente na prova de Jânio de Freitas, afinal ele poderia ter mandado publicar vários "anúncios" com resultados diferentes, e só apresentaria ao público o "anúncio" que coincidisse com com resultado real da licitação.

Este era o Brasil de 1987: a imprensa investigava, a corrupção escandalizava, o presidente ia para o moedor de carnes e Jânio de Freitas era jornalista.

O ano é 2013 e a Mega Sena da virada acaba de distribuir o maior prêmio das história das loterias no Brasil. Tão logo saiu o resultado verificou-se que um usuário do Orkut havia previsto o resultado alguns dias antes. Tal pessoa se dizia ser sobrinho de um dos diretores da loteria. Fraude evidente, desmascarada nos mesmos moldes em que Jânio de Freitas desmascarou a fraude da Norte Sul. A repercussão foi nenhuma: a imprensa não se interessou pelo assunto, o público que apostou e pagou pela aposta não se interessou pelo assunto, a Caixa não se interessou pelo assunto, a Camila Pitanga não se interessou pelo assunto, a PF não se interessou, a MP não se interessou, a Presidente não se interessou, a oposição não se interessou, etc. É como se fraude na Mega Sena fosse a coisa mais normal do mundo (talvez seja).

Este é o Brasil de 2013: a grande imprensa só tem mãos para aplaudir, o presidente é sempre um santo (desde que seja do PT), a corrupção não escandaliza mais, Sarney aderiu ao PT e foi canonizado e até Jânio de Freitas deixou de ser jornalista para se transformar em mais um dos porta-vozes do PT na imprensa.

Em comum entre os anos de 1987 e 2013 apenas um fato: a Norte Sul continua em construção e consumindo bilhões de reais de dinheiro público.

Quem disse que Lula não cumpriu sua promessa de mudar o Brasil?

sábado, 12 de janeiro de 2013

De O Globo

Não é só o chavismo que mostra sua essência. Ao expressar confiança no desenvolvimento da democracia venezuelana, no dizer de Maduro, e ao felicitar-lhe pela decisão favorável da Justiça desse país, a presidente Dilma Rousseff deixa claro que o Brasil usa dois pesos e duas medidas: o impeachment do presidente Fernando Lugo, do Paraguai, foi considerado um golpe pelo Brasil - e por Mercosul e Unasul - e resultou na suspensão do Paraguai dos dois organismos, por conta da cláusula democrática que consta de seus estatutos. Já o escancarado golpe em Caracas recebe apoio. O Brasil acaba de se nivelar por baixo no continente. Outra vez

De Lawrence W. Reed

No começo do século XX, todos os níveis de governo dos Estados Unidos tomavam apenas 5% da renda das pessoas. Cem anos depois, ele toma mais de 40% — oito vezes mais. Então, as minhas primeiras perguntas são as seguintes: Por que isso não é o suficiente? Quanto mais vocês querem? 50%? 70%? Querem tudo? Até que ponto vocês acreditam que alguém tem direito à renda que ele ou ela ganhou?

E eu quero números específicos. Como milhões de americanos que planejam a aposentadoria e a educação de seus filhos, eu preciso saber. Eu já sacrifiquei muitos planos para pagar as suas contas, mas se vocês querem ainda mais, terei que cortar significativamente minhas doações para caridade, meus gastos eventuais, minhas economias para emergências, minhas futuras férias, e algumas outras coisas que talvez valessem a pena fazer.

Diversionismo

Ler primeiro o post abaixo, Glasnost.

A melhor interpretação que vi sobre a notícia foi a de um leitor do Reinaldo Azevedo - diversionismo, prática antiga dos comunas.

Lula está escondido desde que surgiu o escândalo envolvendo Rose, sua "amiga íntima". Lula sumiu, ninguém ouve falar dele. Aí seus assessores vazam na imprensa que Lula vai a Dilma preocupado com suas bobagens. Pronto, a pauta da imprensa está alterada e não se fala mais em Rose.

Glasnost


Por projeto de poder petista Lula vai promover uma Glasnost em Dilma?

Por Natuza Nery, na Folha:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem demonstrado preocupação com o desempenho do governo Dilma Rousseff e seus reflexos sobre o projeto de poder do PT. Para discutir a situação, marcou uma reunião com a presidente para a segunda quinzena de janeiro. Na avaliação do petista, segundo interlocutores, Dilma precisa “destravar” sua administração, entre outras razões para segurar sua alta popularidade em um ano desafiador como 2013.
 
No fim do ano passado, o ex-presidente foi procurado por empresários, banqueiros, políticos e líderes de movimentos sociais. Além das queixas já tradicionais sobre o “estilo Dilma”, desta vez Lula ouviu e concordou ao menos em parte com reclamações diversas: falta de interlocução, excesso de centralização e, para alguns, o intervencionismo da União na economia, este reforçado no ano passado com medidas no setor elétrico. O estilo “centralizador” e “pouco acessível” da presidente é sempre lembrado nos encontros, e até mesmo servidores da Esplanada já fizeram chegar a Lula apreensão com a falta de autonomia.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Rua Lula

Dilma acaba de sancionar uma lei que proibe que logradouros públicos recebam o nome de alguém que tenha explorado mão de obra escrava. Quem pode ser contra uma lei dessas? A princípio até parece uma lei meio inútil, pois ninguém proporia dar o nome de uma rua ou praça a um explorador de escravos.

Mas ... e nas ações da esquerda sempre há um "mas", milhares de ruas e praças no Brasil têm o nome de pessoas que viveram antes de 1888, e é bastante provável que muitos deles tenham sido, à sua época, senhores de escravos. Logo, se a lei "colar" milhares de ruas e praças terão que receber novos nomes.

Aí estará aberto o caminho para nossas ruas e praças se chamarem Lenin, Stalin, Marighela, Lamarca, Prestes, Lula...

Uma grande inovação do século XXI

O século XXI trouxe uma ousada inovação em relação ao ingênuo século XX - a ditadura com eleições.

A imprensa mundial e as organizações internacionais bateram tanto nas ditaduras de "direita" (na verdade de idiotas) dos anos 60 e 70, que chegaram a um ponto onde ficaria muito feio se de repente elas começassem a justificar regimes sem eleições. Como, no entanto, imprensa mundial e organizações internacionais nunca deram a menor importância para democracia, queriam, sim, comunistas no poder, era preciso um método para manter os comunas mandando sem, contudo, conflitar com seu passado de "luta pela democracia". Chegaram assim à solução quase perfeita - as ditaduras com eleições.

Assim instituiram-se as ditaduras com eleições na Venezuela, na Bolívia, no Equador, na Argentina, no Brasil, etc.

Em todos os regimes ditatoriais com eleição o governante comuna compra (com dinheiro público) uma parcela da população em número suficiente para garantir a sua perpetuação no poder (ou a perpetuação do seu partido). As populações, hordas de ignorantes, comparecem às urnas de tempos em tempos para ratificar o resultado que já é pré conhecido (assim como na Megasena...) e a imprensa companheira noticia a "festa da democracia". Tudo nos conformes.

Mas, como escrevi acima, a solução encontrada é quase perfeita. Às vezes surgem imprevistos, e a solução emergencial para um imprevisto pode, por exemplo, ser manter um morto na presidência da república de um país...

OEA é a organização mais cretina

Leiam a notícia da Veja.com. Comento na sequência.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou que "apoia totalmente" a decisão da Venezuela sobre a ausência do ditador Hugo Chávez, informou nesta sexta-feira o jornal El Universal. Em resposta ao apelo da oposição, a organização latino-americana disse que todas as instâncias internas foram esgotadas e que, portanto, o assunto está "resolvido".
“O Executivo propôs, o Legislativo considerou e o Judiciário resolveu. As instâncias estão esgotadas, não falta o pronunciamento de nenhum poder”, afirmou na quinta-feira o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, ao anunciar que a organização "respeita totalmente a decisão".

Comento: quem poderia esperar da OEA alguma manifestação diferente desta? A OEA é um órgão bolivariano, assim como a ONU é um órgão socialista. Entre ditaduras e democracias estas duas instituições nunca terão dúvidas, estarão sempre com as ditaduras.

O argumento da OEA, sublinhado no texto acima, é o mais cretino possível. "Todos os poderes estão de acordo". Ora, geralmente em ditadura é assim, todos os poderes estão de acordo. Logo, se a condição para a OEA estar de acordo é todos os poderes estarem de acordo significa que, automaticamente, a OEA sempre estará de acordo com todas as decisões das ditaduras.

No próprio regime militar Brasileiro, tão odiado à época pelos comunas que agora estão no poder, era assim: o executivo mandava, o legislativo e o judiciário obedeciam. Todos os poderes estavam de acordo.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Do Rodrigo Constantino

Outros pesquisadores, como Will Durant, chegaram a conclusões semelhantes: o próprio sucesso planta as sementes do fracasso. Após uma era da abundância, intelectuais começam a colocar em xeque os valores que permitiram tais conquistas, e vendem ilusões, utopias, sistemas abstratos desligados da realidade. Uma decadência moral toma conta do império, os heróis deixam de ser os empreendedores, e passam a ser artistas e intelectuais cujas vidas são exemplos de imoralidade. Os bárbaros vêm de dentro!


O Estado de bem-estar social é criado com os frutos das velhas conquistas, e prepara o terreno para os escombros a seguir. A França não está sozinha nessa trajetória. Mas ela pode ser vista como seu grande ícone. Os Estados Unidos vêm atrás, com mais tempo para desperdiçar, mas seguindo o mesmo caminho fadado ao fracasso.


Em crise existencial, a Europa pós-moderna, liderada pela França, possui estudantes de 30 anos e aposentados de 50 anos, e ainda se questiona por que o pequeno grupo de trabalhadores entre eles não consegue fazer as contas fecharem.


É triste ver a civilização ocidental, especialmente a França, representante de um incrível legado cultural, passar por isso. Mas estamos diante de uma profunda crise de valores, e enquanto estes não mudarem, o destino não parece nada promissor. A debandada de Gérard Depardieu é apenas um sintoma da doença. Se ela continuar sendo ignorada, a decadência será inevitável.


Do Olavo de Carvalho

Thomas Sowell dizia: “Nunca entendi por que é ‘ganância’ você querer conservar o dinheiro que ganhou, mas não é ganância querer tomar o dinheiro dos outros.”

Do Leonardo Bruno

Milhares de cidadãos morrem todo ano no Brasil vítimas de facas, peixeiras, terçados, estiletes e outros tipos de armas brancas. Em particular, os utensílios de cozinha podem ser os maiores responsáveis. Acaso não há homicídios passionais causados por bebedeiras e desavenças de amantes? Ou acidentes na cozinha, por conta do uso das malvadas lâminas para cortar carnes ou manteigas? E o camponês que usa terçado para cortar cana ou capim? Acaso precisa deste instrumento danoso para realizar seus serviços de capinagem? Ele não poderia arrancar a mata com os próprios braços? E os seus braços? Não poderiam socar e matar alguém?

É curioso que ninguém se lembre desses grandes perigos que só fazem aumentar a violência em nossas ruas. Por causa dessa calamidade social, a nova campanha do desarmamento deveria obrigar a todos os brasileiros a comerem com as mãos. Assim, as facas sairão de fora do alcance dos assassinos e das crianças! Com uma advertência: como as mãos também podem matar, os cidadãos teriam que aprender a usá-las também, de forma pacífica e politicamente correta. Não dá pra proibir as mãos. Só cortando-as. Se algum engraçadinho fizer um “cotoco”, vai pra cadeia!

É claro que estou ironizando. Mas o mesmo se dá quando surge a propaganda histérica de proibição do porte de armas de fogo pela população. É como se as armas disparassem sozinhas. Ou que os cidadãos comuns fossem pessoas idiotizadas e cretinas, a ponto de merecerem tutela do Estado contra si mesmos. Na lógica do governo e dos desarmamentistas, o indivíduo comum não sabe usar armas ou não deve usá-las, pois é um criminoso em potencial. Precisa de intermediários e protetores, pois o Estado detém o monopólio de sua segurança. Os únicos a terem direitos especiais de autodefesa são os policiais e os bandidos. Em um sistema no qual a corrupção contamina o judiciário e a polícia, por vezes, a diferença entre uns e outros se perde. Quem definirá o que é polícia e o bandido? Ambos terão o privilégio de controlar os meios de defesa da sociedade.

Ocorre mais um massacre nos EUA, em Newtown, Connecticut. Mais um desajustado mata gente inocente numa escola americana. No Brasil, os ativistas (com o poderio do governo, da Rede Globo, da ONU e demais ONG’s esquerdistas) exploram a comoção de mais uma tragédia e batem na mesma tecla sofística: se há malucos matando por aí, a solução não é prevenir suas ações e puni-los. É desarmar as potenciais vítimas futuras. Eis a “indústria” desarmamentista em ação.

Opinião pública

Não existe democracia sem opinião pública. Não existe opinião pública no Brasil (exceto pela opinião de grupos de interesse organizados). Logo, não existe democracia no Brasil. O que existe é uma farsa, destinada a manter um grupo no poder.

O congresso nacional (com minúscula) está discutindo um projeto que, se transformado em lei, garantirá aos presos, entre outros mimos, creme hidratante e condicionador de cabelo. Não tenho dúvida nenhuma de que se pudéssemos colher a opinião de cada um dos cidadãos do país mais de 90% seriam contra um absurdo desses num país que não tem dinheiro nem para manter uma saúde pública eficiente. Contudo, há o risco de o tal projeto ser aprovado sem nenhuma manifestação em contrário da população. Pior, cidadãos votarão nas próximas eleições nos deputados que votaram a favor do tal projeto, sem terem a menor idéia do que os políticos em quem votam fazem com seus mandatos.

Li ontem que o governo estuda conceder uma bolsa mensal de R$400 para estudantes cotistas. O regime de cotas já é uma vergonha. Cotas + bolsa voto, digo, aúxílio, é uma vergonha ao quadrado. Alguma manifestação contrária na população que paga os impostos que custeiam as cotas e as bolsas? Nenhuma. Ainda bem que o governo é modesto, pensa numa bolsa de apenas R$400. Poderia ser mais ousado o criar bolsas de R$400.000 e ainda assim não haveria nenhuma manifestação em contrário da população pagante.

A maioria dos Brasileiros jogou na Megasena da virada, na busca do sonho de ficar rico. 10 dias antes do sorteio uma pessoa, dizendo-se sobrinho de um dos diretores do concurso, postou em seu orkut qual seria a cidade onde haveria um dos vencedores. Fraude mais comprovada do que esta desconheço, salvo a hipótese remota da referida pessoa ser vidente. Alguma reação na população que acreditou e apostou dinheiro num jogo de cartas marcadas? Nenhuma. Ano que vem apostarão novamente.

Direito

Com 29 anos resolvi cursar direito. Na metade do curso já havia perdido o interesse, mas como não gosto de desistir fui até o fim e colei grau. Mas nunca exerci a profissão, nem OAB eu tenho.

O que mais me decepcionou foi o fato de que o dia a dia do direito é, na prática, um "achismo". 10 pessoas lêem o mesmo texto legal e, possivelmente, têm 10 interpretações diferentes. E aí começa a batalha: "entendo que quer dizer isto", "entendo que quer dizer aquilo". Aí a matéria vai para um juíz, que vai decidir de acordo com o seu "achismo" (ninguém garante que o "achismo" dele é melhor do que o dos outros), ou com o "achismo" dos advogados de maior renome, ou de acordo com o pensamento da ideologia dominante (de esquerda), ou ainda de acordo com a tese mais simpática para a mídia. Mas tudo, sempre, em função do "achismo" de alguém.

Pior, se pedir para os próprios legisladores, que criaram a legislação em discussão, esclarecerem qual o entendimento correto, aparecerão dezenas de versões e entendimentos distintos.

E a coisa sobe até as cortes supremas, onde homens de preto podem "achar" que marcha da maconha não é apologia ao crime, ou que cotas não ferem o princípio de que todos são iguais perante a Lei. e pronto, será um "achismo" definitivo, inapelável (até porque não pode haver apelações infinitas), mesmo que frontalmente contra o texto legal. "Ah, mas está de acordo com o espírito da Constituição", dizem sobre estas decisões. Bem, se é para julgar de acordo com espíritos seria melhor indicar discípulos de Alan Kardec para o Supremo...

Vejam o caso da Venezuela - a constituição do país determina que o presidente eleito TEM que tomar posse. Os juízes da corte suprema (todos bolivarianos) dizem entender que não é necessária a posse. E pronto. Está dado o golpe, mas dentro da lei (nesta caso, com minúscula).

No fundo o direito, a justiça, é uma espécie de selva, onde muitos fatores influenciam nas decisões, mas um dos fatores menos relevantes no processo decisório é o texto legal.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

De Jeffrey Nyquist

A promessa de salvação não é mais algo que se possa relacionar ao comportamento produtivo. A salvação é agora garantida pelo Estado, que deste modo está criando uma nova religião política. Nossos salvadores agora são os políticos, porém o método deles não pode nos salvar, pois ele desmoraliza a economia ao degradar aqueles que são os mais produtivos e elevar aqueles que são pouco produtivos. Neste caso, é possível constatar como a moralidade é minada por um excedente de maldade e por um empréstimo irresponsável. Christopher Lasch uma vez disse: “A cobiça pela gratificação imediata está impregnada de alto a baixo na sociedade americana. Há uma preocupação universal com o eu – coisas como a ‘realização de si mesmo’ e o mais recente termo ‘autoestima’ são slogans de uma sociedade incapaz de gerar um senso de obrigação cívica”.

Podemos facilmente substituir o termo “obrigação cívica” por “obrigação financeira” nessa fala de Lasch. Argumentou-se anteriormente – e deve ser argumentado novamente – que nosso caráter enquanto povo está sendo minado pelo estado de bem-estar social. As coisas foram muito longe e nossa posição está cada vez mais insustentável. Perdemos nosso senso de propriedade e a noção de perigo. Como Lasch também escreveu: “… a cultura é um modo de vida apoiado pela disposição de punir aqueles que desafiam seus mandamentos”. Antigamente, quitar uma dívida era algo sério que exigia responsabilidade. Trabalhar para o próprio sustento já foi considerado algo honroso.

Quando uma sociedade entra em decadência, todas as esferas de atividade são afetadas. A degradação que vem com a decadência necessariamente mina a economia. Deste modo, é improvável que nossos problemas atuais sejam apenas cíclicos. É possível estarmos à beira de um prolongado declínio civilizacional.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Jason

O PSDB é o partido que todo o petista sempre sonhou em ter como adversário. Com militantes apatetados, parece talhado para perder eleições.

Pelo que li na internet, o senador Aécio Neves, que pretende ser presidente da república, estaria viajando ao exterior de férias para "recarregar as baterias". Nos seus dois anos de senado não comprou nenhum briga com o governo que pretende derrotar nas urnas, não fez nada de relevante. Então, o que teria descarregado suas baterias? Só se foram as baladas semanais no Rio de Janeiro.

Além do Aécio, o PSDB tem o Jason, digo, o Serra. A cada episódio de Sexta-Feira 13 o Jason morria, e no próximo episódio aparecia vivo. Da mesma forma Serra, o candidato serial. Perde eleição, e sempre quer ser candidato de novo. Perder é do jogo. Contudo, o que já ficou claro nas campanhas do Serra é que ele como candidato não tem ABSOLUTAMENTE NADA  a dizer. Então, ser candidato prá que? Só por capricho pessoal?

Numa matéria da Falha de hoje fala-se da possibilidade de Jason, digo, Serra criar um novo partido para porder ser candidato a presidente em 2014. Já virou obsessão. Destaco dois trechos da matéria:

"Ainda segundo tucanos, Serra avisa que vai submergir até depois do Carnaval."

Comento: como assim, Serra vai submergir até o carnaval? Quer dizer que até agora ele estava sob os holofotes, super ativo? Devo estar morando em outro planeta, pois não ouço falar de Serra há meses...

"A hipótese de mudança não conta, porém, com adesão de todos os serristas. Aliados dizem não haver sigla com estrutura suficiente para uma campanha à Presidência nem tempo hábil para a criação de uma nova. O ideal, argumentam, é que Serra tente se fortalecer dentro do PSDB como alternativa a Aécio."

Comento: segundo uma parte do tucanato Serra deveria se fortalecer dentro do partido (como?) para se colocar como alternativa a Aécio. JAMAIS passa pela cabeça desses imbecis fortalecer um tucano para colocá-lo como alternativa ao PT...



segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O pote

Diz o mantra dos comunas que "numa sociedade socialista cada um coloca dinheiro no pote coletivo de acordo com as suas possibilidades, e cada um retira do pote de acordo com as suas necessidades". Centenas de milhões já morreram na tentativa de colocar isto em prática.

Na prática, traduzindo, significa o seguinte: os mais dispostos ao trabalho e/ou mais capacitados trabalham para encher o pote, enquanto os menos afeitos à labuta ou menos preparados apenas retiram dinheiro do pote para fazer frente às suas necessidades. Os mais trabalhadores/capacitados logo vão percebendo isto e começam a desacelerar seu ritmo, e as sociedades socialistas vão travando e produzindo miséria em escala industrial.

Ainda não somos uma sociedade socialista como a descrita acima. Somos "metade" socialista, o que significa que deixamos no pote coletivo a metade do que produzimos com o nosso suor (os impostos). Na outra ponta do pote, além da corrupção colossal, claro, tem uma multidão de gente que apenas retira - o pessoal do bolsa família, o pessoal do brasil caridoso, o do minha casa, minha vida, etc., etc.

Mas a estrutura conceitual é a mesma das sociedades socialistas. É como se na sociedade existisse uma espécie de culpa coletiva pelas consequências das escolhas individuais. Já citei este exemplo em outros textos, mas segue valendo: dois sujeitos nascidos e criados no mesmo bairro pobre, um se esforça, rala, estuda à noite e sobe na vida; o outro só curte e faz filhos. Pois bem, alguns anos depois o que se esforçou vai ter colocar uma parte do esforço do seu trabalho no pote coletivo. O que apenas fez filhos (muitos) vai retirar suas bolsas do pote para sustentar sua prole. E o sujeito que só retira do pote vai sempre achar pouco e querer mais.

E no "Brasil Caridoso" se o sujeito tiver 10 filhos, pagamos pelos 10, se tiver 20, pagamos pelos 20, sem limite.

Mandar a conta das consequências das escolhas individuais para quem trabalha e produz é, na visão dos comunas, "justiça social".

domingo, 6 de janeiro de 2013

A farsa

A farsa chamada de "democracia" no Brasil produziu a seguinte situação:

Uma horda de eleitores ignorantes, incapazes de participar até de processo de eleição de síndico, comparece às urnas a cada dois anos, sem ter a menor noção do que estão fazendo. Sem saber absolutamente nada sobre as pessoas em quem estão votando. Sem fazer idéia das consequências do seu ato de votar. Em suma, uma farsa, uma fraude.

Votando a cada doi anos a horda de eleitores ignorantes permanece sem saneamento básico, sem infraestrutura, sem saúde pública (criança morre em hospital público por falta de neurocirurgião), sem educação, sem segurança, sem proteção contra as chuvas de janeiro. Em suma, sem absolutamente nada que lhes dê condição de ter uma vida minimamente digna. Do governo recebem no máximo uma esmola que tem o objetivo de mantê-los na miséria e na ignorância.

Enquanto isso a preocupação mais urgente do Congresso Nacional, eleito pela horda de ignorantes, é aprovar leis que assegurem hidratante e condicionador de cabelo para bandidos. Para facilitar a vida de quem trabalha, nada.

A tudo isso a horda de ignorantes assiste inerme, como os animais que vêem o mundo a partir do lado de dentro de uma jaula, sem capacidade de compreender o que se passa lá fora. Com a diferença que no caso dos ignorantes são os próprios que votam a cada dois anos para peranecer na jaula.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Anti-Coréia

País minúsculo e miserável, a Coréia do Sul buscou numa obsessão por conhecimento o caminho para deixar a pobreza. Funcionou, e o minúsculo país virou uma potência econômica.

Gigantesco e pobre, o Brasil da década petista trilha um caminho diferente: culto à ignorância, educação de faz de conta e aumentos de nível de salário definidos em lei (salário mínimo). O aumento de salário (e existe no mercado uma tremenda pressão permanente por maiores salários) é completamente desconectado de qualquer aumento de produtividade. É como se os trabalhadores Brasileiros merecessem ganhar mais apenas porque, conforme a lenda, Deus seria Brasileiro. Somos uma espécie de anti-Coréia.

Se lá, na Coréia, o resultado do caminho escolhido foi a transformação do país em potência econômica, por aqui os resultados já perceptíveis são economia estagnada, investidores em fuga, inflação em alta e um grande cheiro no ar de "baile da ilha fiscal", onde ainda dançamos, mas à beira do abismo.

Do Coturno Noturno

O governo Dilma está, nitidamente, destruindo os fundamentos que garantiram a estabilidade econômica gerada pelo Plano Real. As manobras contábeis do final de ano e, especialmente, o ataque descarado à Lei de Responsabilidade Fiscal, são indícios de um movimento desastroso e exigiriam uma manifestação imediata, dura, organizada e aberta contra tais iniciativas que trarão de volta a inflação e a corrosão do patrimônio dos cidadãos. No entanto, a oposição cala. Some. Desaparece. Onde está Fernando Henrique Cardoso? Onde está Aécio Neves? Onde está José Serra? Onde estão os ex-ministros da Fazenda e os ex-presidentes do Banco Central tucanos, que deveriam defender a sua obra? A oposição, comandada por governadores endividados e tão incompetentes quanto o Governo Federal, no fundo, apóia esta tramóia. Querem fôlego financeiro para a produção de obras maquiadas, apenas com o interesse em 2014. O risco Brasil nunca foi tão grande e nunca tivemos tão poucos brasileiros para defender uma população que nem mesmo sabe o que está acontecendo, pois não tem mais ninguém para falar ao seu ouvido, com credibilidade.

Brasil do PT

Da Veja.com:

Sob o comando de Marco Maia (PT-RS), a Câmara dos Deputados decidiu acelerar a tramitação de um projeto que prevê a concessão de um pacote de benefícios aos detentos, como creme hidratante, condicionador de cabelo, chuveiro quente e biblioteca. O texto do Estatuto Penitenciário Nacional ainda assegura os direitos políticos a presos sem condenação transitada em julgado e fixa até o Dia do Encarcerado: 25 de junho.

O estatuto contém um ponto ainda mais controverso: determina a prisão de diretores de presídios que permitirem a alocação de mais detentos do que a capacidade máxima da unidade. Segundo dados do Ministério da Justiça, o déficit carcerário do país, hoje, é de pelo menos 240.000 vagas. Como seria quase impossível erguer presídios em tempo recorde, o autor da matéria, deputado Domingo Dutra (PT-MA), sugere a ampliação das chamadas penas alternativas: "A construção de presídios obedece a um esquema que interessa às construtoras e despreza penas alternativas, a aplicação de multas, o monitoramento eletrônico".

A proposta lista ainda outros dispositivos como a obrigatoriedade de presídios com 400 detentos contarem com ao menos cinco médicos - o que resulta em uma proporção de 1,25 médico por cem pessoas. No Brasil, essa média é próxima a 0,2 médico por cem habitantes.

O projeto foi apresentado em 2009, como fruto da CPI do Sistema Carcerário, e retomado em 2011, por iniciativa do deputado Domingos Dutra. Mas, só no fim do ano passado, já após a condenação dos réus no processo do mensalão, é que parece ter atraído o interesse da Câmara. O presidente da Casa, Marco Maia, criou uma comissão especial para agilizar a tramitação do texto sem que o plenário precise analisar o assunto. Se aprovado, seguirá para o crivo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, em seguida, direto para o Senado. Adversário da proposta, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) reclama: "Dada a pressa disso tudo, com toda a certeza é para ajudar os mensaleiros".
 
Hidratante - O projeto em discussão prevê que o agente penitenciário que não fornecer o material de higiene necessário - inclusive o hidratante - corre o risco de ser condenado a seis anos de prisão. O texto determina punições até mesmo para juízes e promotores que não cumprirem o dever de fiscalizar as condições nas unidades prisionais - o que pode resultar em até quatro anos de prisão para as autoridades. O deputado Domingo Dutra não vê excessos na medida: "É preciso estabelecer punições, inclusive para os juízes e promotores que não fazem as inspeções que deveriam realizar mensalmente".

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

País em desconstrução

Da Veja.com:

Lideranças do PSDB e do Democratas na Câmara dos Deputados cobraram nesta sexta-feira explicações públicas do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, sobre a manobra fiscal feita nos últimos dias de 2012. Usando o Fundo Soberano Brasileiro (FSB), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal (CEF), o Planalto articulou medidas para injetar cerca de 16 bilhões de reais nos cofres do governo e assim cumprir a meta de superávit primário – a economia feita para pagar os juros da dívida. Os oposicionistas apresentarão requerimento de convocação de ambos à Comissão de Fiscalização e Controle da Casa logo após a volta do recesso parlamentar, em fevereiro.
 
Por meio de portarias publicadas sem alarde no Diário Oficial da União (DOU), o governo federal pôs em prática uma gigantesca operação de triangulação financeira, que garantiu o ingresso de recursos no caixa em dezembro. "O Ministério da Fazenda jogou no lixo qualquer resto de credibilidade do compromisso fiscal que o país fez na última década para inseri-lo no contexto internacional", acusou o líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo. Para o tucano, o superávit primário é o "restinho que sobrou da herança bendita do governo Fernando Henrique Cardoso – um dos pilares do sucesso macroeconômico do país".

Do Nelson Motta

A maneira mais estúpida, autoritária e desonesta de responder a alguma crítica é tentar desqualificar quem critica, porque revela a incapacidade de rebatê-la com argumentos e fatos, ideias e inteligência. A prática dos coices e relinchos verbais serve para esconder sentimentos de inferioridade e mascarar erros e intenções, mas é uma das mais populares e nefastas na atual discussão politica no Brasil.

A outra é responder acusando o adversário de já ter feito o mesmo, ou pior, e ter ficado impune. São formas primitivas e grosseiras de expressão na luta pelo poder, nivelando pela baixaria, e vai perder tempo quem tentar impor alguma racionalidade e educação ao debate digital.

Nem nos mais passionais bate-bocas sobre futebol alguém apela para a desqualificação pessoal, por inutilidade. Ser conservador ou liberal, gay ou hetero, honesto ou ladrão, preto ou branco, petista ou tucano, não vai fazer o gol não ser em impedimento, ser ou não ser pênalti. Numa metáfora de sabor lulístico, a politica é que está virando um Fla x Flu movido pelos instintos mais primitivos.

Vamos acabar


O país está acabando. Pode levar um ano, dez ou vinte. Mas acabaremos. E acabar, neste caso, significa atingir um nível de pobreza e caos econômico impensável. Num extremo (que não descarto) significa virarmos mera colônia de produção de alimentos para a China.

Mas uma forma de antecipar este momento em que "acabaremos" é passar a transformar as decisões do judiciário em letra morta.

Leiam a notícia do Claudio Humberto:

"Líder da bancada do PMDB e favorito para presidir a Câmara Federal a partir de fevereiro, o deputado Henrique Eduardo Alves (RN), afirmou que, caso eleito, não obedecerá à decisão do Supremo Tribunal Federal pela cassação automática do mandato dos condenados no julgamento do mensalão. O peemedebista disse que o Congresso não deve abrir mão da prerrogativa de dar a palavra final sobre o caso, o que incluiria votação secreta no plenário da Casa, onde é necessário obter no mínimo o apoio de 257 dos 513 deputados para que a cassação ocorra. De acordo com o parlamentar, a “Constituição é clara” e, portanto, cada Poder deve ficar “no seu pedaço”. “Não [abro mão de decidir]. Nem o Judiciário vai querer que isso aconteça. Na hora em que um Poder se fragiliza ou se diminui, não é bom para a democracia”, defendeu. "

90 dias

Virou moda entre imbecis que assumem governos (como ocorreu nesta semana) suspenderem todos os pagamentos a fornecedores por 90 dias. 90 dias, aliás, parece ser um número mágico. Por que não 80 dias? Ou por que não 100 dias?

Note-se bem, não são as contratações que são suspensas, são os pagamentos por produtos entregues ou serviços prestados no ano anterior.

A grande maioria das pessoas que o glorioso povo elege para cargos executivo JAMAIS administrou nada na vida. Alguns administraram (e quebraram) loja de 1,99...

Esses imbecis (os eleitos) não têm a menor idéia do que significa lutar dia a dia para manter uma empresa viva, pagando folha, encargos, impostos, energia, fornecedores, etc. Se o cliente suspende os pagamentos por 90 dias, como é que esses empresários (principalmente os pequenos) vão pagar suas contas?

Eu não forneço nada para governos ou estatais. Portanto, não sou afetado por esta moratória. Contudo, como empresário que luta dia a dia para sobreviver não posso concordar com a atitude desses palhaços travestidos de administradores públicos.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Do Guilherme Fiuza

Em março, Dilma Rousseff convocará a primeira cadeia nacional de rádio e TV da série 2013. Fará um pronunciamento à nação pelo Dia Internacional da Mulher. Falará com a voz embargada, sobre um fundo de violinos, e, se a iluminação do estúdio estiver correta, parecerá ter os olhos molhados. Encherá os brasileiros de orgulho por ser governados por uma “presidenta” – palavra que seus assessores saberão encaixar no discurso – e anunciará algum programa social novo, tipo Brasil Caridoso, Brasil Sem Tristeza ou Brasil Fofo. Apresentará uma estatística impressionante, encomendada ao Ipea e à FGV, mostrando que nos anos Fernando Henrique lugar de mulher era na cozinha.
 
Em 2013, o Brasil sofrerá novos apagões, provocados por raios neoliberais e elitistas. A tarifa populista de energia será implantada, ajudando a sucatear as empresas do setor, que por isso investirão menos ainda em manutenção – mas os blecautes não terão nada a ver com isso. O ministro Edison Lobão explicará que nosso sistema é um dos melhores do mundo e que essa mania de ter luz o tempo todo é coisa de burguesia consumista. Sarney ficará orgulhoso de seu afilhado – e pedirá a Roseana, com jeito, que deixe Lobão governar um pouquinho o Maranhão (“Filha, agora descansa e deixa seu colega brincar também.”).
 
A inflação em 2013 continuará subindo, e a aprovação a Dilma também. Explica-se o paradoxo: a principal causa da subida dos preços será um novo aumento explosivo dos gastos públicos, incluindo a distribuição de mais dinheiro de graça para a população – através dos programas carinhosos, o Bolsa Tudo. É a “destruição invisível” da economia nacional, que em 2013 será caprichada, porque em 2014 tem eleição. Os simpatizantes do governo popular ficarão felizes com a farta distribuição de bolsas, cargos, convênios a granel para os ministérios parasitários, e Dilma marchará tranquila para a reeleição. Aécio Neves assistirá a tudo escondido nas Alterosas e rezando para que Eduardo Campos o ultrapasse na corrida para não chegar.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Vale-artista

Assim como a Enterprise o governo petista navega por territórios onde nenhum homem jamais ousou ir.

Com uma sacada genial, o Bolsa Família, comprou todo o eleitorado miserável do país (uns 40 milhões de pessoas, segundo estimativas). Dilma achou que era pouco e lançou o tal "Brasil Carinhoso" que, sem limite de filhos, estimula os miseráveis a reproduzirem em série e multiplicarem o número de eleitores petistas.

Os artistas já estavam no bolso, via Lei Rounaet. Mas o governo achou que era pouco e aprovou na virada do ano um tal "Vale Cultura". Numa canetada comprou a simpatia de todos os artistas, que aparecerão na mídia falando bem do governo. Significa o seguinte: trabalhadores que ganham até 5 salários mínimos por mês (R$3.300) receberão das empresas um cartão magnético com crédito de R$50,00 por mês. O próprio trabalhador pagará R$5,00 e os restantes R$45,00 serão descontados dos impostos devidos pelo empregador (a forma como isto ocorrerá ainda não está regulada). O cartão poderá ser usado em livrarias, shows, cinema, teatro, etc.

Segundo o próprio governo, cerca de 17 milhões de trabalhadores recebem até 5 salários mínimos por mês no Brasil. Como R$45,00 de cada vale ficam por conta do governo, estamos falando de R$765 milhões mensais de dinheiro público. Ou R$9.2 bilhões anuais.

Será a estatização definitiva da produção cultural no Brasil. Por um lado o artista terá sua produção financiada pela Lei Rouanet. Por outro  lado, sua bilheteria também será paga pela viúva.

Não restará um só artista que não jure amor eterno ao PT. Até eu, se fosse artista, juraria. Se esta bolada anual for dividida por uns 50 mil artistas dá R$200 mil por ano para cada um.

Agora o dinheiro dos impostos servirá até para pagar bilheteria de mega-produção hollywoodiana. E bilheteria de astro do pop internacional. A isso os petistas e os artistas adquiridos chamam de "justiça social".