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sábado, 31 de janeiro de 2009

O grande aspirador

(Texto escrito sob inspiração de um comentário feito por um amigo)

Já escrevi que o esquerdismo é o anti-pensamento, é a morte da capacidade humana de pensar. Contudo, para me referir a este “fenômeno”, continuarei a usar a expressão “pensamento esquerdista”, mesmo que seja anacrônica.

Como já foi demonstrado em todos os locais que experimentaram o socialismo real, o pensamento esquerdista objetiva a dominação, o controle completo de tudo e de todos, da intimidade das famílias e das pessoas.

Dissimulado, o pensamento esquerdista vai pouco a pouco ganhando terreno no mundo inteiro, e no Brasil também.

O pensamento esquerdista não admite concorrência. Não pode existir pensamento fora do esquerdismo. Para manter o domínio, acompanham tudo o que vai surgindo no mundo e imediatamente engolem qualquer movimento que surja, como um grande aspirador. Os movimentos/pensamentos só são aceitos dentro do esquerdismo.

Surge um movimento por direitos das mulheres, o esquerdismo encampa.
Surge algo pelo direito dos negros ou dos índios, o esquerdismo encampa.
Há um movimento pelos direitos dos homossexuais? O esquerdismo encampa.
Ecologia está na moda? O esquerdismo encampa.

Tudo passa a ser bandeira do esquerdismo, por mais anacrônico que seja. A União Soviética foi um dos maiores poluidores da história, mas os esquerdistas são ecologistas, são verdes, são contra o aquecimento global.

Bobagem, os esquerdistas não são nada disso. Tudo isto que está listado acima, para o esquerdista não passam de bobagens burguesas. Ele defende estas bandeiras pelo simples fato de que ao defendê-las fica mais fácil para eles atingirem pessoas que de outra forma não aceitariam o pensamento esquerdista, e impede a dispersão de pensamento.

O objetivo é apenas um – assumir o controle. Atingido o objetivo, todas estas bandeiras são rasgadas, cada um ganha um enxada, e mãos à obra (cada um, exceto os líderes do movimento, pois estes vão para o conforto dos palácios pensar no bem do povo).

Está surgindo um movimento no mundo que acho muito bacana – o movimento da simplicidade voluntária. Falarei mais sobre este movimento no futuro, mas significa adotar uma atitude de se desprender um pouco do materialismo, e aproveitar melhor a vida. Isto nada tem a ver com esquerdismo, pois não há imposição de nada. É uma decisão individual de cada pessoa – querer uma vida mais simples, e com mais tempo, por exemplo, para ficar com os filhos, ou não – trabalhar mais, ganhar mais, acumular mais bens.

Mas os esquerdistas já estão tentando cercar este movimento, e não duvido que em breve a simplicidade voluntária seja vendida ao público como uma idéia das esquerdas.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Triste é o país em que a oposição é o PSDB

Leio hoje, estarrecido, que o PSDB apoiará Tião Viana, do PT, na eleição para presidente do Senado.

Vamos analisar a situação:

- Não sou simpatizante de José Sarney. Nunca fui. Mas acredito que Sarney na presidência do Senado poderia ser um elemento de resistência à pretensão de um 3º mandato para Lula. E por quê penso assim? Porque homens como Sarney sabem que não se pode dar tanto poder a um só (Lula), sob risco de os “sarneys” se tornarem desnecessários no processo político. Se o PT partir para um projeto de 3º mandato, acredito que só no Senado poderá haver resistência.

- Com seis anos de governo Lula o PSDB ainda não aprendeu quem é o PT? Não aprendeu que o PT representa uma ameaça permanente à democracia Brasileira e que, portanto, deve ser permanentemente combatido?

Sou muito pessimista em relação ao futuro do Brasil. Acredito que Lula partirá para o 3º mandato, e depois para o 4º, o 5º, e assim até morrer. O PT pretende implantar o comunismo no Brasil (mesmo que seja um comunismo nos moldes da China, com alguma liberdade para o mercado) e ainda há muito por fazer. O PT trabalha neste projeto destrutivo em sintonia com Chavez, Evo, Correa, e todos estão aprovando medidas para se perpetuarem no poder.

No entanto, se este meu pessimismo permite um pontinho que seja de luz de esperança, este pontinho se chama José Serra. Sem entrar no mérito de ser José Serra um bom candidato, ou não. Em relação ao PT, todo o resto é bom, por pior que possa ser.

Mas, ao ver notícias como a de hoje, o pontinho vai se apagando, se apagando.....

Governo desmascarado

Pugilista cubano diz que queria refúgio no Brasil
Por Jamil Chade, no Estadão:O pugilista cubano Erislandy Lara afirma que gostaria de ter recebido o status de refugiado no Brasil. Hoje, vive como exilado em Miami, onde é boxeador profissional. "Pedi asilo à polícia no Brasil e não me foi dada a oportunidade", afirmou Lara, em entrevista ao Estado.Em 2007, o pugilista cubano tentou escapar da delegação de seu país nos Jogos Pan-americanos do Rio. Mas foi detido alguns dias depois e devolvido ao governo de Cuba, após ser encontrado pela Polícia Federal. Na época, o governo garantiu que Lara não tinha pedido para ficar.O então presidente Fidel Castro prometeu que o perdoaria. Mas Lara nunca mais voltou a lutar em seu país e sequer foi selecionado para os Jogos Olímpicos de Pequim. Insatisfeito, ele voltou a tentar escapar de Cuba. No ano passado, saiu de lancha no meio da noite de Cuba e chegou até o México. De lá, foi para a Alemanha. Agentes de boxe conseguiram documentos necessários para que ele pedisse residência permanente na Alemanha. No fim do ano passado, seus agentes optaram por levá-lo aos Estados Unidos, onde obteve status de refugiado.Lara admite que não nunca ouviu falar do caso do italiano Cesare Battisti. Mas diz que achou "estranho" não ter recebido o mesmo tratamento. "Não conheço esse caso, mas eu não estava fazendo nada de errado. Mesmo assim, não me aceitaram no Brasil", afirmou.
Assinante lê mais aqui
Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A grande burrada de Golbery

O General Golbery do Couto e Silva é tido como a cabeça pensante dos governos Castelo Branco, Geisel e Figueiredo.

Pode ser, mas este texto é para falar da sua grande burrada.

Em meados dos anos 70, governo Geisel, Golbery desenvolveu uma tese – o movimento esquerdista era como uma pressão, e assim como uma panela de pressão, precisava de uma válvula de escape para não estourar. Golbery decidiu então permitir uma válvula de escape.

O que escolheu Golbery para ser a tal válvula de escape?

A universidade. Ali o governo militar faria vista grossa para o movimento esquerdista.

Percebam a mancada de Golbery - deixou que o movimento esquerdista tomasse conta da universidade Brasileira, logo da instituição que iria formar a elite ... pensante, que assumiria o comando das organizações do pais a partir da década de 80.

Feito isto, a conseqüência vivemos hoje: políticos comunistas, jornalistas comunistas, advogados comunistas, juízes comunistas, médicos comunistas, administradores comunistas, até empresários comunistas (desde que dividam o dos outros, não o seu).

A tal válvula de escape de Golbery foi o que possibilitou que hoje vivamos sufocados por pensamento esquerdista em todas as esferas da vida pública.

E agora Golbery, como saímos desta?

Bolsa Família, Lula e imprensa

Hoje pela manhã vi a notícia que o governo federal vai aumentar o número de famílias no Bolsa Família, cerca de 1 milhão a mais de famílias, pelo que entendi. Isto num ano de crise, e de queda de arrecadação.

Se um dia Lula deixar o poder, o bolsa família será sua herança mais maldita. Maldita porquê condena uma infinidade de pessoas ao ócio do dinheiro fácil, condena seus filhos a crescerem vendo este estilo de vida de seus pais, e não oferece porta de saída, só porta de entrada.

Além disso, este programa sobreviverá a Lula, pois qual futuro governante teria coragem de mexer neste vespeiro?

Lula implantou no Brasil o coronelismo federal por atacado, substituindo o que os coronéis regionais historicamente faziam no varejo. Hoje Lula é o grande coronel do Brasil, como diz Diogo Mainardi.

Cresci com os professores criticando o coronelismo, criticando Antonio Carlos Magalhães, mostrando como o coronelismo era uma das razões do atraso do Brasil. Assim que Lula se tornou o grande coronel do Brasil, acabou a crítica.

O bolsa família é uma forma de comprar a democracia, pois o povo humilde vota no governante que lhe deu o dinheiro.

Alexandre Garcia, que geralmente tem bom senso, estava patrulhado no Bom Dia Brasil de hoje, e achou positivo o aumento de famílias no bolsa família.

O Mesmo Alexandre Garcia, na sequência do programa, desceu o sarrafo no Congresso Nacional por causa da eleição para presidente das duas casas. Os congressistas de fato merecem as pancadas que levaram, mas isto está incluído numa estratégia maior da imprensa: exaltar sempre tudo o que Lula faz ou diz, e bater sempre no Congresso e quase sempre no STF, de forma a ir formando no inconsciente coletivo uma idéia de que o mundo seria melhor se fosse concedido todo o poder a Lula.

Interessante como na época do regime militar diversos veículos de comunicação eram metidos a valentes e faziam tudo para driblar a censura. Na era Lula, sem censura (oficial, ao menos), quase todos os ex-valentes se renderam à cooptação do projeto de poder de Lula e do PT.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Cinco frentes de ação, um só objetivo

Perante a ignorância da população Brasileira, prossegue o trabalho para implantação do regime comunista no Brasil. Este trabalho se articula em várias frentes de ação, e aqui falarei sobre 5 destas frentes:

- Cúpula do governo federal: nesta frente de ação os ministros comunistas de Lula dão o tom ideológico, alinham o país com outras países da América Latina que estão no mesmo processo, ajudam como podem, até entregando de graça a Petrobrás, protegem companheiros comunistas que aqui se escondem, deportam aqueles que por aqui tentam fugir do comunismo (atletas Cubanos), e, sempre que podem, fazem uma medida provisória para mandar uma grana (nossa) para o comandante Fidel.

- Escalão intermediário do governo: o trabalho do escalão intermediário é cotidianamente criar normas e regras que parecem inocentes, mas cujo real objetivo é ir fragilizando e inviabilizando o exercício da atividade privada no País.

- Imprensa: esta frente de ação cumpre algumas tarefas importantes no processo: a) mitificar permanentemente a figura de Lula, b) aliviar o lado do governo quando estoura algum escândalo importante, c) desinformar a população, para que não perceba o processo em andamento.

- Professores: esta frente de ação promove a lavagem cerebral das crianças, formando os comunistas do futuro.

- Movimentos sociais: promovem a baderna para desestabilizar a sociedade democrática estruturada, e para enfraquecer o conceito de propriedade privada. Financiados com dinheiro público (nosso).

Tudo isto está aí, para quem quiser ver, à luz do dia. Só que o grau de imbecilização média da população é tão grande que os condutores deste processo sabem que não correm risco nenhum de serem desmascarados.

Quanta energia...

Vi na televisão hoje pela manhã a revolta de funcionários públicos da Prefeitura de Florianópolis contra vereadores que tentavam votar uma lei, em relação à qual eles eram contrários.

As cenas eram aquelas que já conhecemos de outras ocasiões: multidão na frente da Câmara Municipal, gritos, palavras de ordem, ameaças de invadir, confronto com a polícia militar. Alguns conseguiram invadir o prédio e tentavam invadir o plenário, provavelmente para moer os vereadores de pancada, demonstrando o espírito público e democrático que possui o funcionalismo público no Brasil, quando alguém vai contra seus interesses.

Por alguns momentos penso: ah, se eles aplicassem esta energia toda na execução do seu trabalho, talvez pudéssemos ser um país muito melhor.

Mas o que encontramos nas repartições é o oposto disto: lentidão, falta de energia, ambiente sonolento.
Se eu fosse chefe de repartição chegaria para a equipe e diria: pessoal, se não produzirmos hoje vão cortar um pedaço da nossa aposentadoria. Tenho certeza que os funcionários se encheriam de energia e ... trabalhariam. Pelo menos até o dia seguinte, mas aí já é outra história

Que país é este?

Li na Exame desta semana que um levantamento da Embrapa demonstra que de acordo com todas as legislações federais e estaduais vigentes, 71% do território nacional já está impedido de ser utilizado para cidades ou para produção agrícola e pecuária.

Ou seja, por lei, só 29% do território Brasileiro estaria disponível para habitação e para produção de alimentos.

Talvez esta seja a prova definitiva da loucura que tomou de assalto este país.

Obviamente esta legislação é ignorada e mais de 50% do território nacional já está ocupada. E graças a isto podemos ir ao supermercado todo o fim de semana e encontrar arroz e feijão para comprar.

Mas estes produtores rurais vivem sob constante risco de terem suas áreas desapropriadas por estarem em situação contrária à legislação.

Imagine se a legislação louca fosse respeitada e de fato só utilizássemos 29% do território. Que tentação isto representaria para a China, um país super poderoso e que não tem mais lugar para pôr gente, nem para produzir comida.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Palácio do Planalto ou hospício federal?

Hoje pela manhã vi a notícia de que o governo federal vai contratar 50 mil novos funcionários públicos em 2009 e que já contratou mais de 200 mil desde que Lula chegou ao poder.

Esta informação merece diversas análises:

- Como funcionário público não pode ser demitido, e se aposenta com valor polpudo, isto significa que toda a vez que uma pessoa de 25 anos, por exemplo, entra para o serviço público, será sustentada pelo estado por cerca de 50 anos, imaginando que viva até os 75 anos. Ou seja, a cada contratação de um novo funcionário público, uma parte da conta já vai de imediato para aqueles que ainda nem nasceram, mas que serão contribuintes daqui 30, 40, 50 anos.

- A qualidade do serviço público continua tão ruim quanto era antes da contratação desses 200 mil novos funcionários. Ou seja, a questão não é de quantidade, mas de gestão. Contratar mais gente não melhora o serviço.

- O Brasil está dividido em duas classes fundamentais, mais ou menos como era ao tempo da escravidão – os funcionários públicos e o resto. Os funcionários públicos estão do lado que usufrui o país: bons salários, risco zero, pouco trabalho, aposentadoria polpuda e uma infinidade de direitos. O resto, nós, somos os que trabalhamos para pagar a conta, que é paga através dos impostos que o governo arranca da gente. Quanto mais gente passa para o lado de lá, mais cara fica a conta, e mais os do lado de cá têm que trabalhar para pagar.

- 2009 será um ano de grave crise econômica. Isto significa que as empresas venderão menos, que terão menos gente empregada, e, por conseqüência, a arrecadação tributária vai cair. Neste cenário o governo federal, que já é deficitário, promete contratar mais 50 mil pessoas, com salários de até R$14 mil. Quanto isto vai custar? De onde vai sair o dinheiro? De mais impostos sobre o resto (nós) ou de mais endividamento para o setor público (os juros do endividamento do setor público também são pagos pelo resto – nós)?

A situação acima vai totalmente na contra-mão do que seria necessário fazer para preservar a economia do país na crise, e para prepará-lo para o crescimento. A impressão que tenho é de que os pacientes fugiram de um hospício e assumiram o controle.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Genocídio politicamente correto

O pensamento politicamente correto foi a invenção mas letal da humanide. A mais letal não porquê tira nossas vidas, mas porquê tira nossa capacidade de pensar. E ao nos incapacitar para o pensamento, nos condena à extinção enquanto espécie, que é muito pior que mortes individuais.

Os grandes genocidas da história - Stalin, Mao, Hitler, Fidel, Pol Pot, lá de seus túmulos (exceto Fidel) devem "morrer" de inveja - "como não pensamos nisto?". Teriam tido muito mais sucesso em suas empreitadas genocidas se tivéssem substituído paredão e campo de concentração pelo pensamento políticamente correto. Hitler não precisaria exterminar judeus. Bastaria ensiná-los a pensar de forma politicamente correta, e deixar que os terroristas fizéssem o serviço.

Cientistas buscam o elo perdido, que é o momento da evolução onde se adquiriu a capacidade de pensar. Talvez este momento nunca consiga ser identificado, mas já sabemos onde a capacidade de pensar morreu - foi na invenção do pensamento politicamente correto.

A partir do momento que a pessoa tem sua cabeça doutrinada pelo politicamente correto, pára de pensar, só não consegue perceber isto. Daí para frente as situações em que esta pessoa acredita estar pensando não passam da execução de eventos pré-programados, como aqueles executados pelos animais do circo.

O texto de Nelson Archer, abaixo, mostra bem como este processo avança na sociedade - poetas que escrevem fora do contexto politicamente correto não são sequer avaliados como maus poetas. São simplesmente ignorados como poetas. O mesmo é aplicado a quase todo o resto da sociedade, incluindo jornalistas e políticos (de qualquer partido).

Recomendo que todos tratem bem seus cães, pois do jeito que a coisa vai é bem possível que num futuro próximo sejamos nós a abanar o rabinho para ganhar comida.

Do Reinaldo Azevedo, de hoje.

"Leia abaixo o texto que Nelson Ascher escreveu para a VEJA online:

*Poeta premiada, dramaturga e ensaísta, professora de estudos afro-americanos da Universidade de Yale, Elizabeth Alexander (foto) declamou, durante a posse de Barack Obama, um poema que compusera para a ocasião (para ver no Youtube, clique aqui; integra do poema aqui).

Apesar dos preconceitos que a envolvem, a poesia de encomenda, laudatória e pública conta com uma tradição respeitável que, passando pelos poetas laureados da Inglaterra e da Escócia, pelos bardos das cortes medievais do País de Gales e da Escandinávia, pelas baladas anônimas que exaltavam vitórias ou lamentavam derrotas, remontam aos mais remotos tempos tribais.

Convém tampouco esquecer que odes a Lênin, Stálin e demais tiranetes do Leste europeu encheriam várias estantes numa biblioteca.

Antes de comentar o poema, seria interessante tentar saber por que, entre as centenas ou milhares de poetas em atividade nos EUA, muitos deles mais famosos e reconhecidamente melhores, teria sido ela a eleita para uma tarefa que outros desempenhariam com igual prazer e talvez maior competência. Afinal, uma coisa é certa: se duas ou três gerações atrás havia poetas e poesia para todos os gostos e preferências ideológicas, poetas de extrema esquerda, comunistas, trotskystas, socialistas ou anarquistas, poetas de extrema direita, nazistas, fascistas, franquistas, poetas apolíticos e até um ou outro raro centrista ou democrata, hoje 99% dos versejadores do planeta, compartilhando uma visão fechada de mundo, alinham-se, juntos, à esquerda. Entre eles, todos estão politicamente de acordo, cada qual versifica à sua maneira o slogan "outro mundo é possível" e quem discorde não é apenas criticado: ele ou ela deixa, no ato, de ser considerado poeta.

Não há por que pôr em dúvida que a quase totalidade dos poetas norte-americanos votou em Obama e cantaria jubilosamente sua chegada à Casa Branca. Que Alexander seja mulher e afro-americana, ou seja, o fato de que ela satisfaz dois pré-requisitos da correção política, deve seguramente ter contribuído para sua escolha.

Seu "Canto de Louvor para o Dia", arrolando, de início, algumas dentre as atividades desencontradas que ilustram o cotidiano, interrompe de súbito a enumeração com a afirmação dramática (ou melodramática) de que muitos teriam morrido para que esse dia chegasse. Morreram como? Na Guerra Civil Americana, quem sabe, que resultou no fim da escravidão, ou na luta pelos direitos civis dos negros nos anos 50/60 — embora o texto enfatize sobretudo o afã dos trabalhadores que construíram ferrovias, ergueram pontes e edifícios, colheram algodão e alface. O poema se encerra, então, convocando todos à prática de um amor universal que supere o individual, familiar ou nacional, e chega logo à previsível chave-de-ouro: a luz sob e rumo à qual se estaria caminhando."Canto de Louvor para o Dia" descende, tanto temática quanto estilisticamente, da obra do poeta nacional americano: Walt Whitman. Assim como os versos deste, os de Elizabeth Alexander, se bem que menos explicitamente grandiloqüentes, apresentam a poeta como porta-voz de uma comunidade que se auto-homenageia através dela. As cadências dos versos livres, as enumerações que poderiam se estender ao infinito, a aceitação otimista de um futuro melhor preparado pelas gerações anteriores são similares e típicas e, se Whitman cantou a morte de Lincoln, Alexander comemora a epifania de seu sucessor auto-nomeado e pré-ungido. Seria, é claro, injusto esperar dela um poema cerebral, crítico e nuançado numa ocasião dessas.

Por outro lado, independentemente do que se pense do novo presidente, a solenidade mereceria uma composição menos banal. Seja como for e por mais esquecível que seus versos sejam, eles refletem à perfeição o deslumbramento ingênuo e a falta absoluta de ceticismo que tomaram conta dos EUA e do resto do mundo. "

Social

“Social” é atualmente a palavra mais cretina da língua portuguesa, em minha opinião.

Virou um mantra do atual governo, e toda a vez que alguma autoridade saca esta palavra, duas coisas acontecem, infalivelmente:

- Intelectuais e jornalistas atingem o nirvana;

- Os pobres continuam pobres, para que permaneçam como curral eleitoral.

No entanto, uma outra palavra vem ganhando posições, e em breve deverá disputar o primeiro lugar da cretinice com “social” – “solidário”.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Frases de ontem, idéias de hoje

Selecionei algumas breves passagens interessantes do livro Arquipélago Gulag de Alexandre Soljenitsin, obra que denunciou para o mundo o regime Stalinista (o autor faleceu em 2008).

A afirmação abaixo é de um presidente de tribunal, durante uma audiência de julgamento na União Soviética:

“Nós nos regemos não pelas leis, mas pela nossa consciência revolucionária!”

Este pensamento é um cheque em branco para os detentores do poder, pois sua “consciência revolucionária” sempre determinará aos amigos tudo, aos inimigos o paredão mais próximo.

Pode parecer uma frase ultrapassada, mas é muito próxima do que diz atualmente, em pleno séc. XXI, o juiz federal Fausto de Sanctis. E quando ele diz coisas similares a esta, é saudado por boa parte da imprensa e da classe jurídica. Dá para imaginar que boa coisa o futuro não nos reserva.

Em países democráticos as leis são criadas pelo poder legislativo e aplicadas pelo poder judiciário. No regime soviético:

“O tribunal é simultaneamente o criador do direito e o instrumento da política” (Krilenko).

Outra passagem interessante do livro:

“Os homens não são homens mas, sim, os portadores de determinadas idéias. Sejam quais forem as qualidades individuais (do réu), só lhe pode ser aplicado um método de avaliação: o critério do interesse de classe. O que quer dizer que você só tem o direito de existir se isso for conveniente para a classe operária. Entretanto, se esta conveniência exigir que uma espada punitiva caia sobre a cabeça do réu, então nenhum discurso (argumentos de advogado), por mais persuasivo que seja, o ajudará. No tribunal soviética não é feito caso nem dos artigos nem das circunstâncias atenuantes; deve partir de considerações de utilidade. Daqui se deve inferir que sobre o acusado não recai propriamente o peso do que já fez, mas do que poderá fazer, se não for agora fuzilado.”

Ao ler isto, homens como o juíz citado acima com certeza pensam: “isto que é justiça”.

A frase seguinte foi proferida por um membro do poder soviético por ocasião da expropriação dos bens da Igreja Ortodoxa Russa:

“Não precisamos de nenhum dos vossos sacrifícios! Nem de ter quaisquer conversações convosco! Tudo pertence ao poder e ele tomará conta do que considerar necessário”.

Ao ler esta afirmação não consigo deixar de pensar na Igreja Universal do Reino de Deus, em Edir Macedo, e em seu patrimônio incalculável. Não obstante, desde que Lula chegou ao poder, Edir Macedo e a Rede Record de Televisão são comunistas desde criancinha.

Por fim, tudo o que é escrito em blogs como o meu, para alertar a população Brasileira, tem só um efeito – nenhum. A população continua “curtindo a vida adoidada”, como se nada estivesse acontecendo, e ainda no trata como loucos. A seguinte passagem do livro retrata bem este fenômeno (que não é exclusivo nosso):

“É certo que quando o perigo se aproxima furtivamente, de nada vale o toque de alarme”.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Fim dos Estados Unidos?

Os Estados Unidos são um caso único na história mundial – uma ex-colônia, que se transformou na maior potência econômica e militar do planeta.

Além disso, juntamente com o Canadá, são os únicos casos de sucesso econômico no continente Americano, pois ao sul do Texas só existe pobreza.

O que fez com que os Estados Unidos se transformassem em potência?

Muito trabalho, uma população disposta a construir uma nação, iniciativa, a ingenuidade média da população, sua capacidade de aplicar soluções diretas, simples e objetivas aos problemas, e os valores morais do povo americano. Fora isto, o resto que eles têm nós também temos.

Façamos uma comparação do que está afirmado no parágrafo acima, com o que existe ao sul do Texas:

Lá muito trabalho, aqui o maior benefício possível, com o menor esforço possível.

Lá uma população disposta a construir uma nação, aqui uma população disposta a tirar vantagem de tudo.

Lá iniciativa, aqui a espera para cair do céu, conforme a vontade de Deus.

Lá a ingenuidade média do povo, aqui todos são espertos.

Lá a capacidade de aplicar soluções diretas, simples e objetivas aos problemas. Aqui a capacidade permanente de tentar resolver os problemas com retórica e com “políticas públicas”. Basta comparar a simplicidade da Constituição Americana, com as que foram feitas ao sul do Texas. E vigora há mais de 200 anos.

Lá os valores morais do povo americano. Aqui, desde o início, os homens casados correndo atrás das índias e das escravas, numa grande promiscuidade, e a corrupção impregnada em nosso DNA.

O que está escrito acima pode parecer bobagem, mas é o conjunto destas bobagens que fez com que os EUA fossem um país diferente dos demais da América Latina. Isto perdurou desde a fundação das 13 colônias iniciais até 2008, em maior ou menor grau.

Obviamente, ao longo deste período todo, e principalmente nas décadas mais recentes, este conjunto todo de características que são a essência do sucesso Americano está sob ataque, dentro e fora dos EUA.

Em minha opinião, a chegada de Barack Obama ao poder representa um ponto fundamental no processo de derrocada americana, rumo ao fundo do poço latino-americano. E isto não tem nada a ver com a cor da sua pele, ou com sua origem Kenyana.

O problema essencial, em minha opinião, é que ao ouvir Obama falar, é como se eu estivesse ouvindo Lula falar, ou qualquer outro “líder” latino-americano (ressalvado o fato que Obama conhece o inglês e Lula não conhece o português). A essência da retórica é a mesma.

E o que tem isso? Bom, se a população Americana começou a cair neste tipo de conversa, significa que o conjunto de 6 características relacionadas acima não mais vigora, pelo menos para a maioria da população Americana. E sem estas características, os EUA são só mais um Brasil.

País do faz de conta e a imprensa

Passei agora há pouco em frente a uma banca de jornais e chamou a atenção a manchete do jornal Falha de São Paulo, algo como “Petrobrás anuncia investimento recorde”.

Desde 1º de janeiro de 2003 somos bombardeados com anúncios:

“Governo anuncia a construção de 5 presídios federais de segurança máxima”.

“Governo anuncia investimento de R$500 bilhões no PAC”.

“Governo anuncia que vai apurar e punir os culpados”.

E por aí poderíamos citar uma infinidades de manchetes similares. Viramos definitivamente o país do faz de conta.

Tiro o chapéu para Lula e o PT. Ninguém conseguiu como eles compreender a extensão da incompetência e da incapacidade da nossa imprensa. E usam isto a seu favor com maestria.

Basta anunciar algo novo todo dia, e a manchete está garantida. E entre a população forma-se a impressão de que nunca antes na história deste país um governo fez tanto. Tudo isto sem precisar fazer efetivamente nada. Não é genial?

A realidade é que a Petrobrás está em sérias dificuldades financeiras. Não consegue sequer pagar seus impostos. Correm em seu socorro a Caixa Federal, o Banco do Brasil e agora o BNDES.

O que faz a imprensa? Averigua como o governo do PT conseguiu a façanha de quebrar a maior empresa do país? Não, a imprensa contenta-se em “noticiar” o anúncio do maior investimento da história deste país.

O pior é que tem gente que ainda compra jornal, e paga pelo exemplar. Um caso de psiquiatria.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

R$100 bilhões

Acordamos hoje com a notícia de que o governo vai aumentar o poder de empréstimo do BNDES em R$100 bilhões, para socorrer as empresas.

Nem sempre concordo com Miriam Leitão, mas hoje vou concordar (aliás, no seu comentário de hoje de manhã na CBN ela não conseguiu nem concluir a primeira frase sem parar no "ahnn", "ééhhh").

O primeiro ponto é que o governo federal não tem R$100 bilhões em caixa. Irá, portanto, captar no mercado lançando títulos públicos (se endividando). Irá, portanto, sugar do mercado R$100 bilhões que, se deixados no mercado, poderiam ser destinados ao consumo, num momento em que a economia Brasileira precisa de .... consumo.

A taxa de remuneração destes títulos (taxa de juros) deve ficar próxima à SELIC = +/- 11% ao ano.

Aí o governo vai repassar ao BNDES, e o BNDES repassa às empresas em troca de TJLP, que está em +/- 6%.

De cara, a diferença de 5% (11% -6%) que equivale ao custo do dinheiro para o governo, menos a remuneração que obterá por ele, fica por nossa conta. Ou seja, nós (povo) estaremos pagando uma parte do preço do salvamento de determinadas empresas.

Uma vez que o BNDES for repassar o dinheiro aos empresários, imagino que ocorrerão duas coisas que se tornaram praxe no governo do PT: 1) haverá um pedágio, 2) serão agraciados empresários amigos, simpatizantes e puxa-sacos.

A conclusão do raciocínio acima é a seguinte: o governo vai tirar dinheiro da economia num momento em que ela (economia) precisa de consumo, vai repassar para empresas dos amigos por um custo mais baixo do que custará para o governo este dinheiro, e ainda pode rolar um pedágio na história.

Nunca antes na história deste país foi feita uma burrice econômica tão grande, e nunca antes na história deste país os olhos da imprensa estiveram tão fechados para as barbaridades cometidas por um governo.

Além disso, o governo já avisou - "R$20 bilhões irão para a Petrobrás", Petrobrás que está financeiramente quebrada, e que só sem mantém viva porquê o governo federal colocou a CEF e o BB, e agora o BNDES, em missão de salvamento. E a imprensa? "Petrobrás, que Petrobrás?"

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Record, Igreja Universal, Hamas e a Esquerda

A Rede Record de Televisão, como sabemos, pertence à Igreja Universal do Reino de Deus, que pertence a Edir Macedo. A Record News também, embora lá haja a figura de um laranja.

Pois bem, sabemos que Edir Macedo saiu do nada e em 30 anos construiu um império.

E o que possibilitou que ele construísse esse império? Bom, além da credulidade dos inocentes, as liberdades religiosas, o mercado, as leis de proteção à propriedade, enfim, tudo aquilo que não existia na União Soviética, e que não existe em Cuba, nem na Coréia do Norte.

Desde que Lula chegou ao poder a Record é comunista desde criancinha, e chegou a demitir Boris Casoy, que era o último ponto de resistência dentro da emissora, para gozar de mais simpatia governamental. Apóia todas as sandices do governo Lula, inclusive aquelas praticadas por membros mais radicais do seu governo.

Ora, se esta gente tiver sucesso em seu objetivo, quantos dias durariam a Record e a Igreja Universal depois de implantado o novo regime? 1 dia? 2 dias? No máximo isto.

Hoje pela manhã assistia ao “noticiário” da Record News sobre o conflito em Gaza. Na verdade o panfleto, travestido de reportagem, visava demonizar Israel e endeusar o Hamas.

Ora, se os radicais islâmicos tiverem sucesso por lá, e depois vierem para cá, para ocidente (ou alguém acha que eles vão se contentar em ficar por lá?), quantos segundos duraria a Igreja Universal? Uma igreja que professa uma fé que não é a islâmica, e que ainda solicita contribuição financeira em troca disso. E o que fariam com seus “infiéis” pastores, diretores e dono?

O que leva pessoas e empresas a apoiar aqueles que, se tiverem sucesso, serão os responsáveis pela sua aniquilação futura?

Uma ingenuidade absurda? Uma burrice a toda a prova? Uma completa ausência de valores morais? Insanidade? Tudo isto misturado?

Brasil, o País do Futuro

Uma nação soberana é livre para escolher o seu próprio horizonte estratégico, que irá moldar o que será desta nação no futuro.

Em relação ao Brasil, vejamos o que o poder público estimula que as pessoas sejam:

- Os mais instruídos são estimulados a serem funcionários públicos, com salários de razoável a excelente, imunidade contra crises, direitos sem fim, licenças e pouco trabalho. Vários amigos meus de juventude optaram por seguir carreira no serviço público. Hoje ganham quase a mesma coisa que eu, e suas preocupações diárias se dividem em três: tomar cafezinho, ler a página de esportes dos jornais e discutir futebol. Isto quando não estão de licença prêmio.

- Os ociosos são estimulados a continuar ociosos, recebendo o bolsa família no aconchego do lar, sendo sua única preocupação a perpetuação da espécie.

- Os sem vergonha são estimulados a ser mais sem vergonha, com a chancela da “justiça” do trabalho.

E o trabalho, não é estimulado? Não, no programa estratégico do Brasil trabalho é coisa para otário.

Ah se tivéssemos uma bola de cristal para ver o resultado desta combinação explosiva em 20 ou 30 anos....

Ações Suicidas

Vejo alguns movimentos de empresários em meio à crise, e me preocupo muito.

Minha primeira preocupação vem da busca de socorro estatal. Os empresários que correm para o socorro estatal, aqui e no exterior, podem se julgar muito espertos, mas estão na verdade jogando gasolina no fogo. O fogo que está sendo alimentado é o discurso esquerdista da intervenção do estado na economia, contra a privatização, pela elevada tributação de lucros, e outras coisas piores. Sairão queimados, mais cedo ou mais tarde.

Outra atitude que me preocupa é que empresários estão rompendo unilateralmente contratos que mantinham com outras empresas privadas, uma vez que com a crise esses contratos se tornaram caros. Na prática, rasgam o contrato, empurram o prejuízo para o fornecedor, e saem alardeando sua esperteza. Quando algum movimento de “sem alguma coisa” vier discutir a posse de suas empresas, irão defendê-la com base em que? Em contratos? Em regras? Em leis? Então querem que os contratos e as regras só sejam válidos quando lhes forem convenientes?

Os empresários que praticam as ações acima se julgam espertos, mas não passam de ingênuos, dignos de pena. Estão apenas ajudando a tecer a corda com que serão enforcados. Mas contra a burrice não há argumentos, então são incapazes de perceber o óbvio.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O Sucesso do Fracasso

Celso Amorim é o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, desde o primeiro dia do governo Lula.

Suas realizações, até o momento, são as seguintes:

1. Transformou o Itamarati numa madrassal do pensamento esquerdista, com cursos de doutrinação ideológica;

2. Aproximou o Brasil de ditaduras e movimentos terroristas;

3. Perdeu todas as situações em que apostou a política externa Brasileira, em todas as esferas das relações internacionais.

Fixemo-nos neste terceiro item.

Vivêssemos sob o regime da razão, e um ocupante de cargo público que perdesse todas as situações em que apostou seria exonerado.

Vivêssemos sob o regime da vergonha na cara, e alguém que perdeu todas as situações em que apostou nem esperaria ser exonerado, solicitaria antes a própria exoneração.

Mas isto demonstra como a lógica do esquerdismo é distinta da nossa, e não se pauta nem pela lógica (a nossa) nem pela vergonha na cara.

Pauta-se por valores próprios, que não dominamos, mas que fazem com que alguém com histórico de fracassos permaneça no cargo, e prestigiado.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Carla Bruni

Por esses dias correu a informação de que Carla Bruni, Italiana, em recente visita ao Brasil, havia pedido a Lula que não extraditasse o terrorista comunista Cesare Battisti.

Se houve tal intervenção, seu efeito foi zero, pois a decisão de não extraditar o companheiro já estava tomada há muito tempo pelo governo Brasileiro, só buscavam a melhor forma de fazer isto.

Carla Bruni vem de uma família de milionários, da alta sociedade Italiana. Se Cesare Battisti e seus companheiros das Brigadas Vermelhas tivessem vencido na Itália, que tratamento dispensariam a pessoas como Carla Bruni? Provavelmente despojariam sua família de todos os bens e imediatamente os encaminhariam para o paredão mais próximo, para serem fuzilados como “inimigos do povo”.

Carla Bruni, por outro lado, intercede para que ele não seja sequer enviado para a prisão.

Isto demonstra, pelo menos, que nós somos seres-humanos melhores que eles.

Demonstra, também, que somos dotados de uma elevada dose de ingenuidade, que nos fragiliza na guerra ideológica em que está se transformando o século XXI.

É a mesma ingenuidade que vemos entre muitos dos que pedem o fechamento da prisão de Guantânamo. Uma vez soltos os terroristas que lá estão presos, não teriam constrangimento nenhum em se explodir junto com as próprias pessoas que pediram sua libertação.

Uma pena que nossa bondade seja limitada a certas pessoas (terroristas e comunistas), pois raramente vemos algum humanista ocidental pedindo a libertação dos presos políticos de Cuba.

domingo, 18 de janeiro de 2009

O inimigo do meu inimigo é meu amigo?

Em 1979 a União Soviética comunista invadiu o Afeganistão e, rapidamente, a única resistência que sobrava era aquela dos guerrilheiros islâmicos que combatiam nas montanhas. Para lá começaram a acorrer milhares de fundamentalistas islâmicos de diversas nações árabes, incluindo Bin Laden.

Naquela época a União Soviética era o inimigo, então o que fez os Estados Unidos? Enviou dinheiro e armas aos montes para os fundamentalistas, incluindo os mísseis Stinger. Em 1989, com muita ajuda americana, os comunistas foram derrotados e deixaram o Afeganistão.

O que fizeram os fundamentalistas? Agradeceram? Não, implantaram o terrível regime dos Talebãs no Afeganistão e imediatamente iniciaram a preparação de homens para realizar ataques no ocidente, principalmente contra alvos Americanos.

Hoje a situação se inverteu. Os fundamentalistas islâmicos estão em guerra declarada contra a civilização ocidental, com o apoio dos esquerdistas. Hoje os esquerdistas não enviam mísseis Stinger para os Islâmicos. Usam, ao contrário, armas muito mais letais – reportagens de televisão e aulas para crianças ocidentais (Brasileiras inclusive), onde os terroristas são apresentados como coitadinhos que estão apenas lutando pelos seus direitos.

Não existe luta por direito coisa nenhuma. Os fundamentalistas islâmicos desejam destruir a civilização ocidental para impor uma ditadura teocrática universal.

Obviamente, esquerdistas e fundamentalistas islâmicos não conseguiriam conviver por um dia sequer. Sabem que se tiverem sucesso em suas empreitadas, chegará a hora do acerto de contas. Mas isto é preocupação para depois, primeiro a união para o objetivo comum – sua missão anti-civilização.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Gerações de Transgressores

A história da humanidade é uma história de dor, sofrimento, guerras, mortes, entremeada por breves espaços de tranqüilidade.

Milênios a ferro a fogo foram forjando algumas regras de convívio social que permitiam a vida em sociedade civilizada com uma razoável estabilidade. E eram regras que não se ensinavam na escola, eram regras que passavam de pai para filho. Era uma sociedade perfeita? Não, tudo na vida sempre pode ser aprimorado.

Aí começaram a nascer os palhaços, aqueles que hoje têm 40 anos ou menos. Essas gerações de palhaços encontraram tudo mais ou menos pronto, não tiveram que lutar e sofrer para construir e valorizar regras de convívio social.

E os palhaços, das profundezas de sua ignorância, concluíram que era tudo uma grande “caretice”, que os mais velhos “não estavam com nada”, que era preciso transgredir, quebrar regras. Eram os “progressistas”, e a mídia se enamorou por eles.

Coitados. Se julgam modernos, quando na verdade são mais caretas do que seus “velhos”. São caretas porque suas transgressões não empurram a sociedade para frente, mas, sim, para trás. Porque visam desconstruir aquilo que custou milênios de evolução social para ser construído.

Aí vem algum desinformado e diz “é proibido proibir”, e isto vira mantra para os desavisados. Ocorre que uma sociedade onde é proibido proibir significa que tudo é permitido, e o ambiente onde tudo é permitido é a selva. Isto mesmo, na selva tudo é permitido, e a única lei vigente é a do mais forte.

Sair da selva custou milênios para a sociedade, mas em poucas décadas os “modernos” estão conseguindo nos levar de volta para lá.

Que Oposição?

Estou passando uns dias hospedado na casa do meu pai, e condenado a sofrer com ele todos os "noticiários" da televisão.

Todos os "noticiários" tratam por esses dias do caso do terrorista comunista Italiano, e via de regra o "noticário" é favorável a Tarso Genro.

Uma coisa me chamou a atenção, além do esquerdismo militante da mídia - onde está a oposição?

Em nenhum dos "noticiários" que sofri nesses dias ví qualquer aparição de representante da oposição.

Para que servem as pilhas de títulos acadêmicos de Fernando Henrique nesta hora? Onde está a opinião de Fernando Henrique?

Onde está Serra, provável candidato à presidência, se houver eleições em 2010? O que pensa Serra?

É, no Brasil da mídia só existe o pensamento de Tarso Genro. É a ditadura televisiva do pensamento único plenamente implantada.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Surpresa, onde?

As pessoas estão tão ingênuas, mas tão ingênuas, que se surpreendem quando damos nome às ações de Tarso Genro – comunismo. Alguns dizem: “Esta pessoa (eu) parou no tempo, antes da queda do Muro de Berlim”, outros dizem simplesmente “trata-se (eu) de um radical”.

Tolinhos.

Muito antes da imensa maioria da população Brasileira atual ter sequer nascido, Tarso Genro já era uma ativa engrenagem do comunismo internacional.

Ao longo de toda a sua vida pautou todas as suas ações pela sua filosofia principal, a implantação de uma ditadura comunista no Brasil. Toda a sua vida, toda a sua ação. Um parente meu, comunista, foi próximo a ele e acompanhou esta trajetória. Como pode alguém se surpreender quando digo que Tarso está trabalhando pelo comunismo neste momento quando ele dedicou TODA a sua vida ao .... comunismo. As pessoas deveriam ficar surpreendidas se disséssemos que Tarso está trabalhando pelo capitalismo, aí sim seria incoerente.

Tarso Genro trabalha tanto pela implantação do comunismo no Brasil que rompeu politicamente com sua filha, Luciana Genro. Esta, que não é tão inteligente e perigosa quanto o pai, imaginava que Lula implantaria o comunismo por decreto, ao assumir a presidência da república. Tarso, mais inteligente, sabe que não pode ser assim. Sabe que precisa manter a sociedade Brasileira anestesiada, e ir trabalhando aos pouquinhos, de forma que quando o “paciente” acordar da anestesia já não possa mais reagir. E isto toma tempo, talvez leve 8 anos, talvez precise de mais um ou dois mandatos de Lula.

Na mesma linha de anestesiar o paciente trabalha Dilma Roussef e, por trás dos panos, José Dirceu, isto para ficar somente nas principais lideranças do processo.

E Lula, é comunista? Não, Lula é Lula, e vai sempre apoiar o regime que lhe permita ficar mais tempo no poder, independentemente de corrente ideológica.

O que ocorre é que à medida que a corrente comunista do governo se fortalece, pode até acontecer que Lula, em algum momento, torne-se dispensável, se demonstrar alguma contrariedade em relação a isto.

E todos sabem o que acontece com as “contrariedades” no comunismo, não sabem?

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Socorro!

Estou hospedado na casa do meu pai, que mora em outra cidade.

Sem intenção, meu pai acaba de me submeter a uma tortura psicológica de horas. Ele assiste, e eu por tabela, o Jornal da Band, aí muda para o Jornal Nacional, terminado este muda para o Jornal da Rede TV e depois para o Jornal do SBT. E eu ali do lado, com cara de paisagem, contando até 10, até 100, até 1000 para manter o controle.

Que festival de desinformação.

Que covardia a imprensa canalha faz com a população Brasileira, muito ignorante na sua média.

Qual a diferença entre esses tele-jornais e a Voz do Brasil? Bom, talvez a Voz do Brasil tenha mais independência. Os tele-jornais devem disputar para ver quem puxa mais o saco de Lula. É Lula isso, Lula aquilo, como se o que Lula fala valesse alguma coisa, como se no dia seguinte ele usualmente não dissesse exatamente o contrário ao que havia dito no dia anterior, e tome manchete de novo.

Pelo teor das matérias imagino que após encerrados os respectivos "jornais", seus apresentadores embarcaram para Gaza, para se alistar como voluntários no Hamas, tamanha é a admiração e a compaixão para com terroristas.

Num desses lixos da televisão tive que aguentar Lula dizendo que o asilo ao terrorista comunista Italiano foi concedido porque o Brasil é um país generoso. E não tem um jornalista sequer capaz de perguntar a Lula por que não houve generosidade do Brasil em relação aos pugilistas Cubanos, que tentavam fugir do comunismo.

O Jornal da Band até fez no final um rápido editorial falando dos Cubanos. Imagino a raiva do Boechat ao ler o editorial, ele que é comunista de carteirinha e admirador confesso de Fidel Castro. Mas como comunista também tem que comer e sustentar 6 filhos...tudo pelo salário, não é Boechat?

Que país é esse que assiste este lixo de jornalismo? Que esperança pode haver para um povo desses? Somente uma - Deus ser Brasileiro, porque se não for...

A Baderna está Vencendo

O texto abaixo, publicado por Reinaldo Azevedo em seu blog, retrata bem o fenômeno em relação ao qual tenho escrito por aqui. No caso abaixo, o termo utlizado é "baderna". Eu entendo que vai um pouco além, que está se instalando na civilização ocidental um processo de barbárie, que visa a destruição das próprias bases de sustentação desta mesma civilização.

O absurdo é que isto ocorre perante o apoio, a complacência, a inação e até a ignorância da maioria dos cidadãos ocidentais, e Brasileiros. Portanto, não reclamem quando forem vítimas da barbárie, pois deixaram de agir enquanto podiam ainda evitar isto.


BATTISTI E O LIVRO: "BADERNA: ESTAMOS VENCENDO"

Ah, sim: Cesare Battisti conta até com um site, sabem? É o cesarelivre.org — caso tenham estômago, divirtam-se. A página está em nome de Pablo Ortellado, um professor da USP-Zona Leste, conforme se vê abaixo, na transcrição que faço do registro:

Domain ID:D152048576-LRORDomain Name:CESARELIVRE.ORGCreated On:18-Mar-2008 20:15:46 UTCLast Updated On:02-Jan-2009 18:48:22 UTCExpiration Date:18-Mar-2009 20:15:46 UTCSponsoring Registrar:Gandi SAS (R42-LROR)Status:CLIENT TRANSFER PROHIBITEDRegistrant ID:PO578-GANDIRegistrant Name: Pablo Ortellado

Ortellado é ligado ao Centro de Mídia Independente, uma ONG internacional de esquerda, presente em vários países do mundo. Uma de suas diretrizes é o combate implacável a Israel — anti-semitismo sem subterfúgios. Ortellado é autor de um livro cujo título não deixa a menor dúvida: Baderna: Estamos Vencendo – Resistência Global no Brasil. Como se vê, Battisti parece, a exemplo dos lobos, ter trocado de pêlos, mas não de vício. As coisas começam a ficar mais claras, leitor amigo? Seus advogados dentro e fora do governo começam a fazer mais sentido.Convenham: eles têm razão em achar que a baderna está vencendo.

Por Reinaldo Azevedo

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Tarso Genro

O Brasil é um país imbecilizado.

Aqui a elite ignorante vive sua vida medíocre, sem perceber o que está logo ali, dobrando a esquina. Se comporta exatamente como gado que segue para o abatedouro sem saber disso.

Tarso Genro, assim como vários outros membros do governo federal, são engrenagens a serviço do comunismo internacional. Tarso Genro não é o Ministro da Justiça no Brasil para se preocupar com a justiça no Brasil. Ele ocupa este cargo para fazer no Brasil os movimentos necessários para o avanço do comunismo internacional. Ele e seus colegas de governo.

Em 2007 dois pugilistas Cubanos abandonaram a delegação Cubana e ficaram no Brasil, como primeiro passo para fugir do comunismo. Qual era a situação deles no Brasil? Eles possuíam visto válido, e não haviam cometido crimes por aqui, então sua situação era perfeitamente regular. O que fez Tarso? Mandou a Polícia Federal prendê-los, sem processo mesmo, e colocou-os num avião Venezuelano rumo a Cuba. Realizou seu papel de soldado do comunismo.

Já está há algum tempo preso no Brasil Cesare Battisti, terrorista comunista das Brigadas Vermelhas da Itália, condenado à prisão perpétua naquele país. A extradição para a Itália é avaliada no STF. O que fez Tarso? Concedeu o status de “refugiado político” ao comunista. Cumpriu seu papel de soldado do comunismo.

O espantoso de tudo isto não é a atuação de Tarso. Afinal, de um comunista espera-se que....trabalhe pelo comunismo.

O que espanta é que isto aconteça na cara da população Brasileira e da imprensa canalha e ninguém veja, ninguém aponte, ninguém grite.

É o preço da imbecilidade – a cegueira social e a morte enquanto sociedade civilizada.

Eu Assisto BBB

O BBB é um oásis na televisão Brasileira.

Ao assistir BBB sabemos que pelo menos nos minutos que dura o programa não iremos ser bombardeados com esquerdismo e com lulismo. O resto da programação já está dominado. Os intervalos, idem. O que mais ouvimos nos intervalos é “Brasil, um país de tolos”.

Eu adoro BBB.

Ali podemos acompanhar a burrice dos participantes em estado puro, o que é muito melhor e mais divertido do que burrice disfarçada de jornalismo do Jornal Nacional, ou do Bom Dia Brasil. Aliás, como diz a vinheta da Globo, o “Bom Dia Brasil é um oferecimento do Banco do Brasil”. Entenderam, né? Houvesse ética no jornalismo televisivo e seria proibido aceitar patrocínio público.

Fico muito feliz quando começa o BBB, e fico triste quando termina, e volta a programação normal.

Duvido que qualquer participante do BBB consiga falar português pior do que Miriam Leitão, quando não está lendo o teleprompter.

A que ponto chegamos. A televisão Brasileira é tão ruim, mas tão ruim, que BBB acaba sendo uma opção “inteligente”.

Ah, também assisto o desenho Pica-Pau, da Record.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Do Reinaldo Azevedo

POR QUE, NESTE MOMENTO, DEVEMOS TER VERGONHA DE SER BRASILEIROS

(obs. a foto não aparece aqui).

A isso que se vê acima, Celso Amorim disse "sim". O Brasil não apenas votou contra a condenação do Sudão como foi um dos líderes do esforço para proteger os genocidas. A foto registra uma mulher dando início à construção de uma nova cabana depois que sua aldeia foi bombardeada pela Força Aérea sudanesa. Nesse ataque aéreo, Brasil não vê nada demais. Já são mais de 300 mil mortos e de três milhões de refugiados

Celso Amorim limpa os pés numa história até bastante virtuosa: a da diplomacia brasileira. Mais uma vez, a o Brasil vota contra Israel no tal Conselho de Direitos Humanos da ONU, uma biboca lastimável, como quase tudo que pertence a essa ONG cara e inútil, coalhada de ditaduras vagabundas e populistas ordinários.Em dezembro de 2006, esse monturo que se diz Conselho de Direitos Humanos da ONU ficou reunido três dias para decidir se condenava ou não o governo do Sudão pelo massacre de Darfur. Isto mesmo: TRÊS DIAS. Duzentas mil pessoas já haviam sido assassinadas por milícias a mando do governo gorila do país. Os mortos, hoje, superam os 300 mil. Há nada menos de três milhões de refugiados.E o que fez o Conselho de Direitos Humanos da ONU, hein? Transcrevo para vocês o relato de Jamil Chade, do Estadão, publicado então pelo jornal. Volto em seguida:Depois de três dias de negociações, o Conselho de Direitos Humanos da ONU conseguiu aprovar por consenso uma resolução enviando uma missão de especialistas para avaliar a crise na região de Darfur, no Sudão, onde 200 mil pessoas teriam morrido em conflitos desde 2003. No entanto, por causa da oposição de países africanos e árabes, China, Cuba e Brasil, o documento não critica o governo do Sudão nem fala de responsabilidades pelo massacre. O acordo evitou que os países tivessem de votar entre uma proposta dos países ocidentais e uma africana, mais favorável ao Sudão. O consenso evitou uma saia-justa para o governo brasileiro. Brasília evitava apoiar a proposta dos países ocidentais e qualquer condenação ao governo do Sudão, apesar das indicações do envolvimento de Cartum no massacre.Pela proposta aprovada, cinco especialistas serão enviados à região para investigar a situação e propor medidas. No entanto, só anunciarão o resultado da missão em março. Houve forte reação de ativistas, segundo os quais 40 mil pessoas são obrigadas a deixar suas casas a cada semana por causa do conflito.

Voltei. É isso mesmo que vocês leram. O Brasil foi um dos líderes da resistência na proteção ao governo do... Sudão! Ali, sim, estamos falando de um governo homicida. Os meliantes morais enviaram os tais observadores ao país, e nada aconteceu. Vejam a foto que está neste post. Nesse caso, o governo de Sua Excelência o Apedeuta não vê nada demais. O governo do Brasil não dá bola para 300 mil inocentes mortos. Mas se condói sobremaneira quando terroristas tombam tentando destruir Israel. Sob o pretexto de combater o sionismo, sejamos claros: a posição do Brasil alimenta a suspeita de uma política deliberadamente anti-semita. Ah, sem dúvida, o gigante Celso Amorim cuida dos nossos interesses. Depois que o Brasil liderou a defesa de um governo genocida, recebeu o agradecimento público do governo facinoroso do Sudão. Leiam trecho de outra reportagem de Jamil Chade: Depois de conseguir o apoio do Brasil para não ser condenado na Organização das Nações Unidas (ONU) por violações aos direitos humanos, o governo do Sudão deixa claro que essa atitude será compensada. Em entrevista ao Estado, o diretor do Departamento de Cooperação do Ministério das Finanças do Sudão, Abdel Salam, revelou que espera, em poucos meses, fechar um acordo com a Petrobras, além de contratos no setor de açúcar. 'As portas estão abertas ao Brasil', afirmou. Nas últimas semanas, o Brasil tem surpreendido ativistas e governos ocidentais por não seguir a posição de pedir que as autoridades sudanesas sejam investigadas por causa da pior crise humanitária do mundo na atualidade, na região de Darfur. A ONU já deixou claro que tem provas de que o governo do Sudão tem participado do conflito que causou a morte de 200 mil pessoas desde 2003. França, Reino Unido e vários outros países europeus pediam que uma investigação fosse realizada e que os autores do massacre não fossem deixados impunes. Mas com o apoio de Brasil, Cuba, China e dos governos africanos e árabes, o Sudão conseguiu evitar uma condenação na ONU.

Foi só desta vez? Em 2006, durante a guerra contra o Hezbollah (que foi quem deu início ao conflito com Israel), o Brasil já havia votado contra Israel. Em março de 2007, diante de uma pletora de evidências de transgressão aos direitos humanos no Irã, o que fez o Brasil de Apedeutakoba? Vestiu o turbante negro e preferiu se abster. Brasília também se opõe a qualquer tentativa de condenar a ditadura cubana. Política externa não é um convento de freiras. Está submetida a interesses objetivos, todos sabemos. Mas há um limite que distingue pragmatismo de delinqüência. E o governo brasileiro já não conhece mais essa diferença. Quem condena Israel, que se defende do ataque de milhares de foguetes do inimigo, mas defende o Sudão fez uma escolha: em favor do terrorismo e do genocídio. Amorim conduziu a política externa brasileira para a lata do lixo. E isso só demonstra a sabedoria de todos aqueles que fizeram ouvidos moucos quando Apedeutakoba começou a espernear para o Brasil ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Sim, a organização já está quase à baixura do país, mas ainda falta perder muito tamanho. Está dado: o Brasil condena um país que se defende do terrorismo, mas protege a ditadura assassina de Cuba e tirania genocida do Sudão. Eis a política externa do PT.

PS: Uma revistinha aí, candidata ao leite de pata das estatais e do governo federal, diz que este blog já chamou Lula de "apedeuta" seis mil e tantas vezes. Não contei porque tenho mais o que fazer. Deve ser alguma contabilidade vesga e errada feita com a ajuda do Google. De toda sorte, em vez de investigar o meu blog para que eu pare de criticar o governo, essa gente deveria é investigar o governo, não? Não! Não quando se é candidato a puxa-saco, “mas com muita independência e estilo”, é claro.Vá lá: digamos que eu tenha escrito a palavra 6.500 vezes. Seria pouco. A cada “apedeuta” corresponderiam 46 mortos sudaneses, ignorados pelo cinismo de Celso Amorim. A palavra é certamente branda com amigos de genocidas. Um apedeuta pode até ser simpático e inofensivo. Já um amigo do governo do Sudão é um analfabeto moral.
Por Reinaldo Azevedo

Material Escolar

Acompanho pela imprensa o furor dos pais atacando as lojas de materiais escolares, com as listas nas mãos. São reportagens e mais reportagens sobre isto, todos os anos.

Bom, eu nunca ganhei lista de material escolar. Ganhava um lápis, uma caneta e um caderno, e tinha que me virar com isto durante o ano. E nunca tive prejuízo escolar em função do meu pouco material.

Mas o que me chama a atenção neste fenômeno é outra coisa - os pais querem comprar tudo para os seus filhos, por mais inúteis que sejam a maioria dos materiais das listas. E compram do melhor, do mais caro, se puderem pagar. Têm a preocupação que seus filhos tenham todos os materiais solicitados, por mais que muitos não sejam nem utilizados, e sejam puro desperdício de dinheiro.

Por outro lado, é chocante que esses mesmos pais não tenham a menor preocupação com o que as escolas estão ensinando aos seus filhos. Sabemos que a maioria das escolas Brasileiras, públicas ou privadas, infelizmente, ensinam mais dogmas de esquerda do que conteúdos programáticos. Esta é a realidade, e a consequência disto é que geração após geração as pessoas saem mais ignorantes da escola.

Então podemos concluir o seguinte - os pais modernos são super-preocupados com o conteúdo das mochilas de seus filhos, mas totalmente despreocupados em relação ao conteúdo das cabeças de seus filhos.

Pode dar certo?

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Vidas Brasileiras Valem Menos?

Como comentado aqui, a imprensa Brasileira está histérica com as vítimas civis na Palestina.

Quantos inocentes Brasileiros já morreram assassinados ou em acidentes de trânsito desde o início da crise no Oriente Médio? Provavelmente muitos milhares.

Algum histerismo na mídia Brasileira em relação a estas mortes? Nenhum.

Então, para a imprensa Brasileira as vidas Brasileiras valem menos que as vidas palestinas?

A resposta é NÃO. Para a imprensa Brasileira nenhuma vida humana vale abosultamente nada, seja de que nacionalidade for. Para ela, a única coisa que tem valor é "A Causa".

Então o que ocorre é que as mortes na Palestina estão em linha com o esquerdismo reinante na mídia Brasileira e mundial, pois as mortes ocorridas por lá criam antipatia em relação a Israel, e uma vez que Israel é um estado democrático e capitalista, precisa ser destruído. Então, para a mídia esquerdista, o histerismo no noticiário sobre as vítimas faz parte de uma estratégia maior, que visa aniquilar Israel, mesmo que este objetivo seja subconsciente, e os jornalistas acreditem que estejam de fato defendendo a vida em suas reportagens.

É por isto que não vemos histeria em relação às vítimas da violência no Brasil, ou em relação às vítimas de Darfur, ou da Ossétia do Sul.

Para a imprensa, "morto bom" é morto que pode ser encaixado na propaganda do movimento esquerdista.

Em 2000 um Brasileiro morreu no restaurante Sbarro em Israel, vítima de um atentado terrorista. Mais recentemente Jean Charles de Menezes foi morto por engano pela polícia de Londres. Qual deu mais repercussão? E ambos eram Brasileiros.

Ora, para a mídia esquerdista, a morte do Brasiliero em Israel foi um acidente necessário, pois os terroristas de lá lutam pela destruição de um país democrático e capitalista, e, então, as mortes no percurso são o "mal menor".

Já Jean foi morto por uma instituição pública de um país democrático e capitalista - a Inglaterra, e portanto sua morte se revelou uma ótima oportunidade de propaganda contra o governo Inglês.

Tudo, tudo dentro de um esquema de propaganda esquerdista.

Alguém na mídia se preocupa em noticiar a situação dos presos políticos em Cuba?

Mas e os terroristas que os EUA mantém presos em Guantanamo (na mesma ilha)? Estes são notícia dia sim, dia também.

Não é estranho?

Acorda Brasil.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Em Veja desta semana

Por Jaime Klintowitz:(...)É paradoxal, mas não inesperado, que Israel, a única democracia do Oriente Médio, esteja perdendo gradualmente a simpatia da opinião pública no exterior. A malhação, antes confinada à extrema esquerda, tornou-se parte integrante do populismo antiocidental. Muitos partidos de esquerda agora consideram o antissionismo como um pré-requisito para seus afiliados e não se acanham em denunciar a "conspiração judaica", na melhor tradição antissemita. "Por que a esquerda europeia, e globalmente toda a esquerda, está obcecada em lutar contra as democracias mais sólidas do planeta, Estados Unidos e Israel, e não contra as piores ditaduras?", questionou em uma palestra a jornalista catalã Pilar Rahola, que já foi deputada de esquerda na Espanha. O conflito entre árabes e judeus na Palestina é um nó difícil de desatar. Oportunidades de paz foram perdidas por ambos os lados e nada indica que se esteja mais perto de uma solução – ainda que todo mundo concorde que, quando dois povos disputam o mesmo pedaço de terra, a melhor solução é dividi-la em dois países. O que é fora de dúvida é que Israel não pode (e não vai) perder a guerra contra as forças da intolerância religiosa no Oriente Médio, representada agora pelos terroristas do Hamas. Israel é uma sentinela avançada da democracia e da civilização judaico-cristã cercada por nações e grupos políticos armados que formal e claramente lutam pela destruição do estado judeu e pela morte de todos os seus habitantes não-árabes. Também é fora de dúvida que não haverá paz enquanto os vizinhos hostis não aceitarem que a existência de Israel é legítima, que o país tem o direito de se defender e que o terrorismo destrói o que pretende construir.
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Ditadura do Pensamento

A sociedade mundial, e a Brasileira em especial, está submetida a duas formas de ditadura do pensamento: a do pensamento politicamente correto e a do pensamento de acordo com os dogmas de esquerda.

O pensamento social só é permtido / aceito dentro das fronteiras estabelecidas por estas ditaduras, de forma que o pensamento, seja qual for, já nasce limitado.

As pessoas não sabem disso. Porque já foram educadas dentro desta estrutura de pensamento, como se fossem criadas dentro de um quadrilátero de concreto, sem saber que existe mundo além da parede.

Os meios de comunicação sofrem severa patrulha para que nada digam fora das fronteiras da ditadura do pensamento, e, muitas vezes, acabam até se submetendo a esta ditadura por comodismo. O importante para eles, é o saldo em caixa e os índices de audiência. Sua contribuição para a formação de uma sociedade imbecilizada é só um detalhe colateral menor, irrelevante, que só "chatos", como eu, prestam atenção.

O que nos fez diferentes dos demais animais da natureza? Um dos fatores de diferenciação foi a fala, e tudo o que ela representa, e sobre isto tratei num post abaixo.

Mas o maior fator de diferenciação foi o poder de raciocínio. Isto nos tirou das cavernas e nos colocou no espaço. Isto nos tirou de uma expectativa de vida de 20, 30 anos e a levou para quase 80 anos.

Então, sabemos o que o raciocínio nos proporcionou.

Resta saber o que será do homem imbecilizado, deste que tem seu poder de raciocínio limitado e combatido desde que senta no primeiro banco escolar. Quais serão as conquistas desse homem daqui 50 anos? A invenção do cipó como meio de transporte?

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Mais Hipocrisia

Juízes do trabalho, ministério público do trabalho, fiscais do trabalho, enfim, todos esses "paladinos" dos direitos dos trabalhadores praticam em sua atividade profissional sua sanha assassina contra as empresas. Pensam que seu trabalho é uma missão, que tem por objetivo eliminar o mal do planeta - o empresário. E assim vão atingindo e vulnerabilizando o empresário Brasileiro, que já enfrenta a pior legislação trabalhista e tributária do mundo.

Mas por que são hipócritas e cretinos?

Porque quando deixam seus escritórios e vão às compras, compram produtos chineses. Pela simples razão que são mais baratos. E por quê são mais baratos? Uma das principais razões é porquê na China não há os direitos trabalhistas que há no Brasil.

Então veja qual é a consequência prática da ação desses hipócritas: na sua atividade profissional atuam para extinguir os empregos no Brasil, e na sua atividade de consumo estimulam o trabalho semi-escravo (Chinês).

"Ah, mas então você está dizendo que devemos submeter nossos trabalhadores a uma padrão Chinês de direitos?".

Obviamente não.

Só quero que os assassinos de empresas reflitam um pouco, sejam menos hipócritas, e só consumam produtos "Made in Brazil", mais caros.

Aí sim, mostrarão caráter.

Ao não fazerem isto, demonstram que não passam de agentes do movimento esquerdista, disfarçados de funcionários públicos, em sua luta contra o capitalismo.

Deveriam ir morar em Cuba, e viver no paraíso (dêles).

Claro que não fazem isto. São como Chico Buarque, comunista desde criancinha, mas que defende o comunismo a partir de seu apartamento na Champs Elysee em Paris, não a partir de Havana. Ou como Oscar Nyemeier, combatente do comunismo entrincheirado em seu triplex na Vieira Souto.

Cretinice.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Idiotice Tem Limite?

Acho uma futilidade as pessoas que vivem em função de saber o que acontece nas vidas das celebridades. Mas, como defendo a liberdade, dentro de regras democráticas e de convívio social, cada um que dedique seus interesses ao que achar melhor.

Mas e a idiotice?

Cerca de um mês atrás faleceu o marido de Susana Vieira, Marcelo Silva. Logo as bancas de revistas foram invadidas com revistas de celebridades que mostravam Susana na capa, e manchetes que falavam de seu sofrimento, como: "A dor de Susana Vieira".

Imagino que centenas de milhares de revistas foram compradas para que as pessoas soubessem os detalhes da dor de Susana Vieira.

Pois bem, agora, apenas um mês depois, fico sabendo pela internet que a revista Contigo desta semana trás uma entrevista com Susana Vieira, e que a manchete é: "Não derramei nenhuma lágrima".

E novamente centenas de milhares de revistas serão compradas para que as pessoas possam saber os detalhes do "Não-sofrimento" de Susana.

Mas e os que compraram as revistas que noticiavam o sofrimento? Deveriam receber o seu dinheiro de volta?

O pior, contudo, não é isto - o pior é que as pessoas que agora leem que Susana não sofreu, nem lembram que a um mês atrás haviam lido sobre o sofrimento de Susana.

A sociedade contemporânea não tem mais memória, nem de um mês atrás. O mundo, o Brasil em especial, vive o chamado "presente perpétuo", onde as pessoas imaginam que só existe o aqui, agora.

E é nesse contexto que os partidos de esquerda, o PT em especial, fazem a festa. É por isso que Lula diz com todas as letras - "nunca houve mensalão" - pois sabe que ninguém mais lembra de um fato ocorrido em 2005, por mais repercussão que tenha tido o fato.

Não entendo como uma sociedade sem memória pode constrir o futuro, pois estará condenada a sempre repetir os mesmos erros.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A Imprensa

A imprensa ocidental está histérica com as vítimas civis na Faixa de Gaza.

Quando as vítimas civis ocorrem do lado de cá, dos ocidentais, a imprensa do lado de lá entra em euforia, e o povo dança nas ruas.

Peguemos o Jornal Nacional, "noticiário" mais importante do Brasil. Seus apresentadores anti-Israel são o banana sem pijama William Bonner e a mulher gata Fátima Bernardes.

Imaginem por um segundo qual seria o posicionamento dêles se houvesse um enclave do Hamas a 10Km de sua mansão, despejando foguetes diariamente sobre eles e colocando a vida de seus tri-gêmios em risco.

É, sociedade hipócrita, pimenta nos olhos dos outros é refresco.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Hipocrisia Sem Fim

Em 1999, já com curso superior, com pós-graduação, e com 10 anos de atuação profissional, resolvi cursar a faculdade de direito, e entrei numa faculdade particular de elite da minha cidade.

Minha primeira surpresa foi descobrir que lá o muro de Berlim ainda não havia caído. Os professores, que profissionalmente eram advogados ricos, juízes e promotores, eram na sua maioria comunistas de carteirinha.

Os alunos, quase todos filhos de papai, eram também, na maioria, comunistas.

E assim foram 5 anos onde pouco se tratou da matéria, mas muito se discutiu os malefícios do capitalismo, o pobrismo, o social, Lula, Cuba, a maldade dos ricos, a bondade dos pobres, MST, etc.

Nos dois últimos anos éramos obrigados a fazer 4 semestres de estágio obrigatório no escritório modelo da faculdade. O escritório era voltado a atender a população carente e lá os comunistóides poderiam efetivamente fazer alguma coisa útil em benefício dos pobres.

Bom, qual era a postura real dos comunistóides na hora de ajudar os carentes? - os pobres que se danem, quero usar este tempo para ficar no messenger com a namorada e com os amigos, ou no celular. As pessoas pobres que percam seus direitos, ou que vão procurá-los em outro lugar.

Esta era a postura real. Na aparência, claro, tudo funcionava, até porquê a faculdade precisava preservar o seu nome.

Sociedade hipócrita.

Mundo de faz de conta, sobre o qual falarei em outro artigo.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Hipocrisia Ocidental

Vejo nos canais e nos jornais o hemisfério ocidental em polvorosa contra a "agressão" do estado de Israel ao "povo" palestino.

Uma população (no caso, a ocidental) onde a hipocrisia se instala de maneira tão enraizada não tem mesmo condições de sobreviver à nova ordem mundial, que é a ordem do terror e dos países que nunca ouviram falar de "direitos humanos". Desta forma, estamos mesmo condenados à aniqulação. Enquanto isto não ocorre, vou escrevendo minhas maluquices....

Hoje, 5/1, pela manhã os canais mostravam as manifestações de rua pró-palestinos nas principais cidades do ocidente. Ao assistir isto, me perguntava - onde estão as manifestações de rua contra o genocído em Darfur? Poucos meses atrás, onde estavam as manifestações de rua contra o massacre da população civil na Ossétia do Sul? Indo mais para trás, me pergunto - na década de 80 onde estavam as manifestações de rua contra a invasão Russa ao Afeganistão?

É, a hipocrisia vem de algumas décadas.

Os bocós, alçados à condição de líderes dos países ocidentais, estão em polvorosa contra Israel. Os banans de plantão, que ocupam o governo federal no Brasil, estão indignados. Pena que sua indignação só se manifeste a favor de terroistas, e não em relação aos conflitos em geral. Pena que as autoridades federais Brasileiras não consigam se indignar, por exemplo, contra as prisões políticas de Cuba.

Voltando a Israel - qual país do mundo não reagiria ao ter seu território submetido a uma chuva diária de foguetes? Hipócritas.

"Ah, mas estão matando civis". Ora, hipócritas, não é de hoje que os terroristas usam a população civil como escudo. Eles sabem que a imprensa ocidental entra em histeria quando há vítimas civis, e manipulam isto como propaganda.

Aliás, nos morros cariocas ocorre a mesma coisa - os bandidos são intocáveis porquê a polícia tem suas ações reprimidas para não fazer vítimas civis.

"Ah, mas Israel deveria negociar". Negociar com quem? Com terroristas? Em que base firmar o acrdo se o propósito de existência do Hamas é a eliminação do estado de Israel?

Os bananas que aqui governam negociariam com um grupo que nos atacasse diariamente com bombas e tivésse como propósito a eliminação do estado Brasileiro?

Hipócritas.

A população ocidental (na média) não compreendeu o que é o mundo atual, e perdeu as condições de preservar sua existência. O futuro é árabe, russo e chinês. Vão negociar com eles, bananas.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A comunicação

Atualmente todo mundo fala, fala muito, fala o tempo inteiro.

No entanto, poucos dizem alguma coisa.

Vivemos a era das comunicações, com bilhões de celulares, e gente falando sem parar, fazendo a alegria das operadoras.

Os canais de televisão falam 24 horas por dia. E não dizem nada.

As pessoas parecem não perceber, mas a fala é uma dádiva. A fala foi um elemento essencial para nos tirar das cavernas e nos inserir na civilização. Também foi fundamental para a evolução da civilização. Os líderes falavam bem, fizeram discursos históricos, conduziram o processo civilizatório.

A fala foi a primeira ferramenta efetiva para transmissão e acumulação de conhecimento (antes dela havia apenas desenhos rupestres). Através da fala, trocava-se informação.

Os contratos, antes de serem feitos de forma escrita, eram falados, e a fala era a garantia do que havia sido tratado.

Mas o que nós, os contemporâneos, os modernos, os antenados e espertos estamos fazendo com a fala?

Na minha opinião, estamos transformando a fala num simples ato de produzir barulho com a boca, sem função de útil. Com todo o impacto que isto terá para o processo civilizatório.

E a vergonha na cara? Pessoas que deveriam ter responsabilidade, como nosso presidente Lula, falam uma coisa hoje e, amanhã, falam exatamente o contrário, como se a fala de hoje não tivésse existido. E assim, vão falando coisas opostas ao sabor dos acontecimentos. Vão assassinando a função comunicativa da fala. Sobra só o barulho, produzido em mal portugues.

E o idioma?

Bom, o idioma está sendo quebrado em dialetos. Cada grupo social está aos poucos criando o seu dialeto, que lembram a língua portuguesa. Ouçam os diálogos grampeados dos presos, ouçam o "papo" dos jovens, ouçam uma reunião de advogados, ouçam um discurso do presidente. Em todos eles estarão sendo praticados dialetos, que não são acessíveis aos "de fora". E com isto a linguagem deixa de ter uma função de inclusão, e passa a ser um elemento de exclusão.

E aqueles que deveriam dar o exemplo, como os jornalistas, que vivem da comunicação?

Um caso exemplifica bem o que estou falando - a jornalista Miriam Leitão, principal jornalista de economia, do principal grupo de comunicação do país.

Em seus comentários no Bom Dia Brasil ela lê o teleprompter, e nao percebemos maiores poblemas, exceto quando o referido equipamento falha. Mas e seu comentário na rádio CBN? Escutem e tentem me responder que língua ela fala. Pontuação, não existe. É um atropelo de palavras, entremeado de muitos "ahns". Vivêssemos numa sociedade que désse importância ao que é falado, e jornalista assim não teria espaço nos meios de comunicação.

Nossos contemporâneos falam mais do que pensam.

Não sou o único a perceber este problema, tenho certeza que muitos outros também o percebem, e até escrevem sobre isto.

Então, onde estou solitário?

Estou solitário porquê vejo nisso uma ameaça à evolução no processo civilizatório. Para mim, se a fala e a comunicação perdem suas funções origiárias relevantes, damos marcha ré no referido processo e iniciamos o caminho de volta em direção à barbárie. Se a fala se transforma em mero ato de produção de barulho, em nada se diferencia do latido dos cães, ou do miado dos gatos. Aliás, se diferencia, pois o latido e o miado têm suas funções na natureza.

É com esta posição que ninguém concorda. "É um radical", dizem.

Bom, foi para dizer as coisas que penso que criei este blog, não para agradar ou obter adesões.

O que estamos fazendo?

Não sou filósofo, não sou socciólogo, não sou antropólogo.

Mas observo o mundo contemporâneo e me pergunto - o que estamos fazendo?

Não sou tão velho assim, tenho 39 anos, mas tenho a sensação de ter nascido em outro planeta.

Observo o mundo e me parece que a nossa sociedade está se desconstruindo, que estamos aos poucos trocando a civilização pelo retorno à barbárie.

E ninguém percebe?

Procuro meus contemporâneos, e os mais velhos, para trocar impressões. Mas ninguém compreende o que falo. Aliás, nem ouvem, pois estão com pressa para ir ao shopping comprar os últimos lançamentos.

Fico falando sozinho, com minhas preocupações.

Então, para desabafar um pouco, decidi criar este blog. Aqui vou escrever sobre as coisas que me preocupam, passando por sociedade, tecnologia, comportamento, política, etc.

Serão textos que contrariam o senso comum da sociedade contemporânea. Às vezes serão textos que vão contra a ditadura do politicamente correto (que ousadia). Mas serão textos que refletirão o que penso.

Abraços.