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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Paleta de cabrito

Prezados leitores, o dia hoje foi corrido e me manteve longe do blog.

O mundo continou seu processo de desconstrução, agora com a Espanha aderindo ao Chavismo (blog Reinaldo Azevedo), e a imprensa brasileira mais bolivariana do que nunca.

O único momento livre que tivo hoje foi para o almoço - um espetacular churrasco.

Parto agora para o jantar com amigos - paleta de cabrito acompanhada de ótimo vinho.

Amanhã apareço por aqui.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Aquecimento global

Aquilo que estudei sobre o assunto me deixou, ao menos por enquanto, fora do grupo dos catastrofistas do aquecimento global. Estudei um pouco sobre o assunto, mas sempre sobre trabalhos de quem estudou muito.

Do que li, concluí:

- Os mesmos que prevêm sem titubear a temperatura do planeta daqui 100 anos não conseguem sequer prever com acuracidade a temperatura do dia seguinte;

- O planeta se aquece e resfria desde seu surgimento há 5 bilhões de anos, independentemente da ação do homem. Aliás, aquilo que conhcemos como humanidade surgiu num breve período de estabilidade climática. Breve se comparado à idade do planeta. E que não irá durar para sempre. A instabilidade climática irá seguir seu rumo, como tem feito há tanto tempo, com ou sem homem;

- O discurso do aquecimento global surgiu e está em linha com a atuação de gente que possui uma agenda muito mais ampla, provavelmente em oposição a tudo que eu (e os que pensam como eu) acredito. "Aquecimento global" é uma forma de tentar atingir a mente a a alma daqueles que não seriam atraídos para a "causa" de outra forma;

- Hoje no mundo da ciência a coisa está mais ou menos assim - se você é um cientista sério e independente, estará condenado ao ostracismo e à carência de verbas para pesquisa. Mas se você aderir, por convicção ou conveniência, à seita do aquecimento global, não faltarão verbas de pesquisa e poderá virar uma celebridade. Conhecem o método? Parece com o Brasil onde jornalista sério e independente está desempregado, mas aqueles que aderem ao Lulismo...

Houvésse seriedade por parte dos profetas do aquecimento global e a notícia seria perene, durante o ano todo. Mas não é assim. Em períodos de frio, como agora, o assunto praticamente some dos noticiários. Mas quando esquenta, e as pessoas ficam mais predispostas a acreditar no tal aquecimento, aí o assunto toma conta do noticiário.

Por fim, sempre que se fala em aquecimento global se fala da elevação do nível do mar, mas não se fala que, em caso de real aquecimento, áreas que não permitem a vida atualmente poderiam ser habitadas.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Já estamos dominados?

Li em algum lugar hoje, acho que foi no UOL, da Falha de São Paulo, o seguinte: "Hugo Chavez declara que Estados Unidos pretendem transformar a Colombia na Israel da américa latina".

A referência aos Estados Unidos é apenas retórica, já que o país de Obama está plenamente engajado na revolução bolivariana.

Mas o restante da frase é interessante, a comparação entre Colombia e Israel. Israel é o único estado judeu e democrático no meio de diversas ditaduras árabes (Hugo Chavez acha que os Israelenses são os errados...).

Pela sua comparação, que é um sinal, a Colombia seria a única democracia capitalista num continente de ditaduras comunistas. Isto é o que ele quis insinuar com a comparação.

Ou seja, para ele fora a Colombia, o resto já está dominado, incluindo nós...

A relativização de valores do general Powell

Os valores que mantêm de pé isto que conhecemos como civilização foram desenvolvidos ao longo de milênios da evolução humana. Mas são frágeis, muito frágeis, e devem ser permanentemente enfatizados no processo de educação das novas gerações.

No entanto, quando se vive um período de relativização de valores, como agora, aquilo que demorou milênios para ser construído se dissolve como gelo sob o sol.

O Brasil e o mundo vivem a plenitude do processo de relativização de valores fundamentais. Os ignorantes que acompanham este processo apenas não conseguem perceber qual será a sua consequência final. No futuro irão chorar: "eu não sabia", mas aí será tarde demais.

Nos EUA o general Colin Powell desenvolveu uma brilhante carreira militar, chegando por fim ao cargo de secretário de estado do primeiro governo de Bush filho. Ano passado, a poucos dias da eleição presidencial americana, Powell anunciou sua mudança de lado e apoio a Obama.

Embora seja rara na história política americana a troca de lado, isto em si não é um crime. O que não foi correto no caso de Powell foi a forma como anunciou sua mudança de lado, apenas poucos dias antes da eleição, deixando o seu partido (Republicano) sem tempo para reagir. Powell armou uma chicana midiática para os seus correligionários.

Esta atitude demonstra que Powell já passou por um processo interno de relativização de valores.

Powell ajudou a eleger um presidente que agora é parceiro de Hugo Chavez, sendo que Chavez arma as FARC com foguetes e mísseis, armamento este que será utilizado para matar soldados americanos na Colombia, soldados que já foram comandados por Powell. E está tudo bem. Este é o mundo novo. O mundo de Obama, Chavez, Lula e companhia.

Foi em função deste mundo novo que Powell rompeu com seus valores Republicanos?

terça-feira, 28 de julho de 2009

Olavo de Carvalho

"Há anos venho tentando chamar a atenção das nossas elites empresariais, políticas e militares para o fenômeno da degradação cultural brasileira, mas não creio que até agora tenha conseguido fazê-las enxergar a real dimensão do problema – até porque as elites mesmas são as primeiras vítimas dele e não há nada mais difícil do que fazer alguém tomar consciência da sua inconsciência progressiva. É como tentar parar uma queda em pleno ar.

Desde logo, a palavra “cultura” já evoca, na mente desse público, a idéia errada. “Cultura”, no Brasil, significa antes de tudo “artes e espetáculos” – e as artes e espetáculos, por sua vez, se resumem a três funções: dar um bocado de dinheiro aos que as produzem, divertir o povão e servir de caixa de ressonância para a propaganda política.

Que a cultura devesse também tornar as pessoas mais inteligentes, mais sérias, mais adultas, mais responsáveis por suas ações e palavras, é uma expectativa que já desapareceu da consciência nacional faz muito tempo. Se o artista cumpre as três funções acima, nada mais lhe é exigido nem mesmo para lhe garantir o rótulo de gênio. Foi preciso, no festival de Paraty, uma escritora irlandesa (Edna O’Brien) vir avisar aos brasileiros que Chico Buarque de Holanda não faz parte da literatura. Por si mesmos, eles jamais teriam percebido isso. Nos cursos universitários de letras, produzem-se milhares de teses sobre Caetano Veloso e o próprio Chico, enquanto escritores de primeira ordem e já consagrados pelo tempo, como Rosário Fusco, Osman Lins ou José Geraldo Vieira, são ignorados já não digo só pelos estudantes, mas pelos professores. Até a Academia Brasileira, nominalmente incumbida de manter alto o padrão das letras nacionais, de há muito já não sabe distinguir entre o que é um escritor e o que não é. A hipótese de que o sejam os srs. Luís Fernando Veríssimo, Paulo Coelho e Marco Maciel jamais passaria pela cabeça de alguém habilitado, digamos, a compreender razoavelmente um poema de Eliot ou a perceber a diferença de fôlego entre Claudel e Valéry, isto é, de alguém que tenha ao menos uma idéia aproximada do que é literatura.

A alta cultura simplesmente desapareceu do Brasil – desapareceu tão completamente que já ninguém dá pela sua falta.

Como posso fazer ver a gravidade disso a pessoas que, não pertencendo elas próprias ao círculo das letras e das artes, recebem dele, prontos, os critérios de julgamento em matéria de cultura e, ao segui-los, acreditam estar em dia com os mais elevados padrões internacionais? Como posso mostrar ao político, ao empresário, ao oficial das Forças Armadas, que cada um deles está sendo ludibriado por usurpadores subintelectuais e encaixilhado numa moldura mental incapacitante?
Um exemplo talvez ajude. Não conheço um só membro das nossas elites que não tenha opiniões sobre a política norte-americana. A base dessas opiniões é o que lêem nos jornais e vêem na TV. Acontece que o instrumento básico do debate político nos EUA é o livro, não o artigo de jornal, o comentário televisivo ou a entrevista de rádio. Não há aqui uma só idéia ou proposta política que, antes de chegar aos meios de comunicação de massas, não tenha se formalizado em livro, demarcando as fronteiras do debate que, nessas condições, é sempre pertinente e claro. Também não há um só desses livros que, em prazo breve, não seja respondido por outros livros, condensando e ao mesmo tempo aprofundando a discussão em vez de limitá-la às reações superficiais do primeiro momento.

Ora, esses livros praticamente nunca são traduzidos ou lidos no Brasil. Se alguém os lê, deve mantê-los em segredo, pois nunca os vejo mencionados na nossa mídia, seja pelos comentaristas usuais ou pelos acadêmicos iluminados que os chefes de redação tomam como seus gurus. Resultado: a elite que confia nos canais jornalísticos como sua fonte básica de informação acaba sendo sistematicamente enganada. Não só forma opiniões erradas sobre o quadro internacional, mas, com base nelas, diagnostica erradamente a situação local e toma decisões estratégicas desastrosas, que só a enfraquecem e a tornam dia a dia mais sujeita aos caprichos da quadrilha governante.

Só para tornar o exemplo ainda mais nítido: quem quer que tenha lido, além das autobiografias de Barack Obama, as investigações sobre sua vida pregressa feitas por Jerome Corsi, Brad O’Leary e Webster Griffin Tarpley (anti-obamistas por motivos heterogêneos e incompatíveis), sabia de antemão que, se eleito, ele usaria o prestígio da própria nação americana para dar respaldo ao anti-americanismo radical dentro e fora dos EUA; que, no Oriente Médio, isso significaria sonegar apoio a Israel e aceitar pacificamente o Irã como potência nuclear; na América Latina, elevar Hugo Chávez, as Farc e o Foro de São Paulo ao estatuto de árbitros supremos da política continental. Como no Brasil ninguém leu nada disso, o que se impregnou na mente do público foi a visão de Obama como um progressista moderado, algo como um novo John F. Kennedy ou Martin Luther King. Nos EUA, com a ajuda da grande mídia cúmplice, Obama enganou metade do eleitorado. No Brasil, enganou a opinião pública inteira. Agora, só resta aos ludibriados atenuar retroativamente o vexame do engano mediante um novo engano, persuadindo-se de que, se até o governo americano apóia Hugo Chávez, é porque ele não é tão perigoso quanto parecia... "

Entendi, então este é o século XXI

Estava lendo os comentários que os leitores enviam para o site do El Heraldo. Há comentários de democratas e de comunistas pelegos de Chavez. Um dos comunistas escreveu para aqueles que, como eu, estranham a mudança de rumo ideológico dos Estados Unidos. Escreveu mais ou menos assim: "atualizem-se idiotas, estamos no século XXI e aqui a ordem das coisas é diferente".

Que coisa, quando mais jovem eu imaginava que o século XXI seria aquele em que os americanos conquistariam marte, e consolidariam globalmente a democracia.

Jamais imaginei que o século XXI seria aquele em que os EUA se colocariam sob as ordens de Chavez, na chamada revolução bolivariana. Quando irá Obama criar suas milícias para perseguir opositores a pauladas nas ruas de Washington?

Belo século XXI. Ainda bem que estou chegando aos 40 até o fim do ano, de forma que não verei muito deste século.

Muito pior será para as crianças e adolescentes de hoje, como os filhos dos bolivarianos William Bonner e Fatima Bernardes.

10 maneiras de Obama destruir a america

I don't think it's an exaggeration to say that Barack Obama is damaging America more than any other president in its history. Here are ten of the biggest ways Obama is destroying America.

1. He's running up crushing federal debt at a level unprecedented in American history. We are talking trillions upon trillions of dollars in debt. This ensures the the future will bring ruinous taxes, runaway inflation, or eventual financial collapse.

2. He has endorsed and benefitted from systematic violation of election and campaign funding laws. His election saw widespread voter registration fraud from his allies at ACORN and systematic acceptance of dubious campaign donations by disabling normal credit card verification procedures for online donations, allowing donations to be made from foreign donors and from donors using fictitious names. This in turned allowed donors to skirt donation limits if they wished, simply by using bogus names. In the "stimulus" bill, Obama has funded ACORN and similar groups to the tune of billions.

3. Obama has endorsed, and will continue to foster, the entitlement mentality, playing the victim, and mob rule. A typical moment was his warning to bank executives that it was only his administration standing between executives and the mobs with pitchforks. Not mentioned was the fact that Obama's pals at ACORN were the number one wielders of the pitchforks. Obama is also ushering in socialism at a breathtaking pace. Soon, no major expense in a normal human life will be paid for by the individual. Every major expense, from housing to advanced education to medical care, will be paid for by Big Brother. Incentives to work will be destroyed for both the "rich" and the "poor." We will all soon be poorer as a result.

4. Obama is gearing up to politicize and manipulate the Census to an unprecedented degree. Given the Obama campaign's and Obama administration's other manipulations, I believe it is extremely unlikely that Obama will not end up overcounting "homeless," illegal aliens, and other Democratic Party interest groups. The result will be to unlawfully shift power to blue states, cementing control of the nation in the hands of statists.

5. Obama is trampling, penalizing, micromanaging, and destroying American business to an unprecedented degree, ahd he's just getting started. Already we see major automakers about to fail (of course, this is primarily the result of the power labor unions have wielded in the auto industry), we see banks failing and being taken over, and we see restaurants, retailers, and companies in the construction business struggling and failing. To reiterate: Obama is just getting started. It is a terrible time to own a business in America.

6. Obama is lending aid, money, and support to tyrannies and terrorists. From getting chummy with Hugo Chavez to releasing dangerous GITMO terrorists to handing almost a billion dollars to Palestinian terrorists, Obama has yet to meet a terrorist or tyrant he doesn't seem to like.

7. Obama is discounting and attempting to undermine America's Christian and Judeo-Christian culture. By constantly treating Christianity as the moral equivalent of atheism and Islam in his public prounouncements -- and by proclaiming that America is no longer a Christian nation (even though about 80% of Americans still believe in the resurrection of Christ), Obama is turning his back on America's great strength.

8. Obama is retroactively criminalizing innocent behavior and excusing unlawful behavior. He appoints tax cheats to his administration and then treats AIG executives as criminals, retroactively imposing 90% taxes on bonuses. He frees GITMO terrorists who tried to kill Americans, and then threatens to prosecute lawyers who gave legal opinions on torture -- and broke no laws in doing so.

9. He is rapidly ceding the Middle East back to terrorists and tyrants. He is trying to cozy up to Iran but, more importantly, he is withdrawing troops from Iraq even as violence escalates, risking the loss of that country in the infancy of its democracy. He is moving too slowly and ineffectually in Afghanistan as dangers grow in Pakistan. He is letting the Taliban gain strength to the point where it now threatens to take over Pakistan and its nuclear arsenal.

10. I've saved the worst for last. Obama has already reduced funding for missile defense and threatens to eliminate the program entirely. Yet missile defense is the only potential defense against nuclear missile threats from a growing number of terrorists and tyrants around the world. This deriliction of duty on Obama's part could result in the deaths of millions.
Barack Obama is destroying America. It is up to Americans to realize the danger and rise up against this destruction before it is too late.

Bolivariano Obama em ação

O absurdo não têm limites.

Acabo de ler no El Heraldo que o governo do bolivariano Obama cassou o visto de 4 hondurenhos, incluindo o presidente do congresso nacional.

É mais um passo na pressão de Obama pela retomada do caminho da ditadura bolivariana em Honduras.

A questão é - quando Obama iniciará a "nacionalização" de propriedades nos Estados unidos, na linha de seu mestre Chavez?

A destruição civilizacional e Honduras

O objetivo principal da criação deste blog foi a forte percepção de que estamos, enquanto humanidade, avançando na inviabilização da continuidade da existência da civilização, pelo menos da civilização na forma que a conhecemos. Daí a razão do nome do blog - "O que estamos fazendo?".

Este nome permite duas abordagens - uma ativa e uma passivao. O que estamos fazendo? no sentido de que nossas ações conduzem a um futuro preocupante, e O que estamos fazendo? no sentido de que este processo de desconstrução social ocorre perante a apatia da maioria da população, sem reação.

Diversos fatores me indicam que estamos produzindo, enquanto humanidade, algo que não será bom:

- A ascensão econômica da China;
- A proliferação de armas nucleares;
- O esgotamento de recursos fósseis;
- O crescimento populacional;
- A escassez de água;
- O terrorismo islâmico;
- A democracia como algo "fora de moda";
- O populismo;
- O pensamento politicamente correto;
- O grau de ignorância média da população, somado ao fato de que ignorância está na moda;
- O consumismo;
- O avanço das esquerdas, com o renascimento de idéias que se imaginava sepultadas.

E poderia ir discorrendo fatores como estes até cansar o leitor.

O papel dos Estados Unidos, por sua relevância política, econômica e militar é um dos fatores decisivos na determinação da velocidade com que este processo destrutivo avança. Se a liderança dos EUA estiver mais preocupada em fazer o que precisa ser feito, e menos preocupada com as aparências policamente corretas, o processo será mais lento. Se agir ao contrário, apressa o processo.

Neste sentido, é assustadora (para quem pensa como eu) a eleição de Obama.

Primeiro porquê a disposição da população americana em eleger para presidente um produto de marketing desprovido de história demonstra o grau de desconstrução de valores que já atingiu aquele povo, aproximando-os de países como o Brasil, que também elegeu um produto de marketing para a presidência.

Segundo porquê Obama não deixa dúvida a que veio. Na américa latina está ao lado da revolução bolivariana, fornecendo carta branca a Chavez para fazer o que acha que precisa ter feito. No oriente médio está tentando se aproximar do Irã (não terá sucesso) e afastando o histórico aliado Israel, a única democracia naquela região.

Em todo este cenário de destruição de um lado e apatia do outro, é louvável o papel desempenhado pelo povo de Honduras. Contra tudo e contra todos (EUA e União Europeia inclusive) mandaram um recado alto e claro - "revolução bolivariana aqui não".

Que inveja deste pequeno país com um grande povo. Que admiração adquiri pelos hondurenhos nos últimos 30 dias.

Em qual outro país do nosso continente a população e as instituições se levantaram para dizer não ao bolivarianismo?

Enquanto o mundo assiste bovinamente ao processo de destruição civilizacional, o grande povo de Honduras é o único a manifestar algum tipo de reação.

Curtas

A democracia sobrevive em Honduras, apesar das pressões dos bolivarianos Obama, Chavez e companhia. Eu achei (e escrevi sobre isto) que a democracia em Honduras acabaria no fim de semana passado. Felizmente eu estava errado. Viva o povo de Honduras!

O bolivariano Chavez transfere para a narco-guerrilha comunista das Farc armas adquiridas da Suécia. Tudo devidamente comprovado. As armas serão usadas contra soldados americanos que já estão na Colombia e contra os que estão a caminho. Para o neo-bolivariano Obama está tudo bem.

Ontem o CQC voltou a apresentar matéria sobre a pedofilia na internet, desta vez com um "menino". Mais uma vez nojento perceber a que ponto chegou a degradação humana, a que ponto a humanidade apodreceu. Lula, Chavez, Obama, são consequência desta destruição moral planetária. Numa das situações mostradas no programa, um sujeito casado conversa com o "menino" para fazerem sexo virtual. Diz: "tem que ser rápido, minha mulher está para chegar". Lá pelas tantas sai do ar e avisa: "ela chegou". Eu fico imaginando a cena - a mulher nem desconfia quem é o seu marido, chega toda feliz, chama de amor, pergunta pelas crianças...

O primeiro texto deste mês fala sobre a pequena propriedade rural de um amigo meu que recebeu o luz para todos. Semana passada este amigo foi até lá, era a última etapa do processo de instalação da energia. Ao final, o encarregado da certificação fala para o caseiro: "não esqueça que a luz só chegou aqui graças à ministra Dilma"...

domingo, 26 de julho de 2009

Culto à personalidade

"Foi por meio do terror de Yenan que Mao alcançou outro objetivo importante: montar o culto à sua personalidade. Todas as pessoas que viveram esse período lembram dele como o momento decisivo em que "estabeleceram firmemente em nossas mentes que o presidente Mao é nosso único líder sábio". Até então, fora possível admirar Mao, apesar das reservas em relação a ele, e fofocar sobre seu casamento com Jiang Qing sem deixar de apoiar sua liderança. Quando lhes disseram pela primeira vez para "estudar" um discurso de Mao, muitos haviam reagido com um grunhido audível: "a mesma coisa de sempre", "não vou me aborrecer lendo isto de novo", "simplista demais". Muitos relutaram em cantar "viva o presidente Mao". Um lembra de ter pensado: "isso era um slogan dos imperadores? Por que estamos fazendo isto? Me senti enojado e me recusei a saudar". Esse tipo de fala - e pensamento - independente foi liquidado pla campanha e estabeleceu-se a deidificação de Mao. O culto não tinha nada a ver com popularidade espontânea, provinha do terror."

"Diariamente, nas intermináveis reuniões, a fórmula simplista de Mao era martelada na cabeça de todos: para cadda erro no partido, culpe os outros; para cada sucesso, faça elogios a ele. Com essa finalidade, a história foi reescrita e, na verdade, invertida com frequência. A batalha de Tucheng, o maior desastre da longa marcha, travada sob o comando de Mao, era agora citada como um exemplo do que acontecia quando o exército "violava os princípios de MaoTsetung". A primeira ação contra o Japão, Pingxingguam, foi creditada a Mao, embora tenha ocorrido contra a sua vantagem. "Deixem bem claro para os membros e quadros do partido que a liderença encabeçada pelo camarada Mao Tsetung está completamente correta", instruiu Mao."

Trechos das páginas 335 e 336 do livro "Mao - A História Desconhecida", de Jon Halliday e Jung Chang.

Em relação ao primeiro trecho, aqui no Brasil não há necessidade de terror. A Globo, a Falha de São Paulo e outros criam o culto à personalidade por cortesia (e verba publicitária estatal).

Em relação ao segundo parágrafo - fature o que der certo e jogue sobre os outros o que der errado, é importante ressaltar para o leitor que estamos falando da China na metade do século XX, não do Brasil do século XXI...

sábado, 25 de julho de 2009

Em Honduras, a democracia ainda vive


Consultas populares

Lendo comentário de leitores no Reinaldo Azevedo e no El Heraldo, várias vezes me deparo com afirmações na seguinte linha: "a consulta popular é a forma mais pura de democracia, vocês t~em medo da democracia?".

Bom, todo o esquerdista é um canalha ou um idiota. Em relação aos canalhas, nada podemos fazer. Comento para os idiotas:

Se as esquerdas acreditam tanto nas consultas populares como a forma mais pura de expressão da vontade popular, por quê sempre distribuem dinheiro público a rodo entre os populares antes da realização de tais consultas? Seria uma forma de comprar a vontade popular? Se for, as tais consultas populares são apenas uma forma canalha de referendar as vontades dos ditadores ou candidatos a ditadores.

Se as esquerdas acreditam tanto nas consultas populares, por quê não respeitam seus resultados quando lhes são adversos? Exemplos?

O governo Lula promoveu um referendo sobre o desarmamento. Junto com Fernanda Montenegro, chou que era barbada. Perdeu feio. O que fez? Criou legislação que na sua ess~encia vai contra o espírito da decisão popular no referendo.

Chavez promoveu consulta popular sobre a su perpetuidade no poder. Perdeu. O que fez? Promoveu outra. E assim o faria quantas vezes fossem necessárias até ganhar.

Acredite se puder

Dedé Santana (ele mesmo) planeja se candidatar a deputado federal em 2010 pelo PDT. Já estaria conversando com Cristovam Buarque a respeito da filiação e da candidatura.

Agora as coisas estão ficando nos seus devidos lugares - um trapalhão (Dedé) conversa com outro trapalhão (Cristovam) para tratarem de seus empregos no picadeiro congresso nacional, do grande circo Brasil. Há poucos metros dali, na administração (palácio do planalto), o dono do circo a tudo assiste com sorriso de satisfação nos lábios.

PS - eu li no jornal a notícia da possível candidatura de Dedé, isto não é uma piada.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Honduras resiste. Até quando?

Entrei no EL Heraldo há pouco, e a situação de Honduras é a seguinte:

- Revoltosos bolivarianos tomaram os hospitais do país e começam a bloquear as estradas. A capacidade de reação do governo democrático é limitada,, uma vez que a CNN e demais agências e empresas jornalísticas estão lá para documentar o banho de sangue armado por Chavez. Desta forma, sem poder reagir à altura das circunstâncias, o governo democrático vai aos poucos permitindo que uma minoria de arruaceiros instale um caos no pais.

- Zelaya está na Nicarágua, numa cidade fronteirça a Honduras, a poucos passos de Honduras. Há algumas centenas de apoiadores de Zelaya em cada lado da fronteira e, mais uma vez, as forças armadas hondurenhas não podem intervir como devem. Parece que Zelaya, do lado de lá da fronteira, conversa com soldados hondurenhos, tentando convencê-los a baixarem as armas, mais ou menos como agia o almirante Aragão na época em que se tentava implantar o comunismo no Brasil em 1964.

Vai ser um fim de semana decisivo para Honduras. Como sou pessimista por natureza, apostaria na vitória da ditadura chavista, e no sepultamento definitivo da democracia por aquelas bandas.

E o pior é que agora que o bolivarianismo sentou-se no gabinete oval da Casa Branca, em algum momento vai chegar a nossa hora também. Com uma diferença em relação a Honduras - nossas instituições e forças armadas não terão a coragem de reagir, como regiram os hondurenhos.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

"A culpa é da menina"

Aguardava o vôo no aeroporto de Bauru (que não fica em Bauru...) e lia o jornal local:

"Avô de 67 anos é preso por tentar estuprar neta de 3 anos. O flagrante foi dado pela mãe, quando o avô já roçava seu pênis na criança. Na delegacia o avô declarou que a culpa é da menina, que se insinuava para ele."

Eta mundo cão.

Ao lado, meu colega, que é argentino, faz uma observação interessante - a degradação moral do Brasil começa pelo presidente da república, que se acustumou a dar as desculpas mais esfarrapadas para as safadezas do governo, e se convencionou que após tais desculpas está tudo explicado. De forma consciente ou inconsciente isto permeia pela sociedade, e leva um vagabundo como este avô a dar a explicação que deu.

Este colega argentino também fez outros dois comentários interessantes:

- O fantasma de Peron provoca estragos até hoje na Argentina, da mesma forma que o fantasma de Getulio ainda provoca alguns estragos no Brasil (legislação trabalhista, etc.). Mas nada se compara aos estragos que o fantasma de Lula fará ao Brasil por gerações e gerações futuras.

- Parte substancial do empresariado paulista (e das verbas de campanha) vai cerrar fileiras na candidatura de Dilma Roussef. Não confiam em Serra.

A Globo, CNN e Obama não viram


O povo de Honduras nas ruas ontem, em defesa de sua democracia, e contra a revolução bolivariana.

Hillary Clinton e Ali Kamel

Hillary tentou permanecer distante da questão de Honduras, mas por pressão de Obama acabou entrando com tudo na llinha de frente de atuação da revolução bolivariana.

Hillary atua, imagino, contra suas convicções, e olha que as convicções de Hillary são relativamente flexíveis.

Mas às favas as convicções, o importante é se manter no cargo.

Mais ou menos como age Ali Kamel na direção de jornalismo da Globo. Ali Kamel não é petralha, e é um jornalista muito competente, mas seu papel à frente do jornalismo da Globo é de figura decorativa, enquanto a emissora atua na revolução bolivariana.

Conversando com um influente jornalista, ele me disse o seguinte: "deixa o Ali em paz, ele faz o que pode dentro da Globo, sem ele lá seria muito pior."

Então, Ali estaria se sacrificando em prol de uma missão. Sem ele lá o jornalismo da Globo seria 100% bolivariano. Com ele lá é apenas 99% bolivariano.

Pode até ser.

Mas depende muito do perfil de cada um. Eu jamais me sujeitaria aos papéis que estão desempenhando Hillary e Ali Kamel.

Já pensou?

Já pensou o que aconteceria se fosse publicada na imprensa mundial uma foto de George Bush admirando o traseiro de uma adolescente brasileira duante uma reunião do G8?

A imprensa e a população mundial condenariam definitivamente Bush a arder no fogo do inferno.

Nos Estados Unidos, cidadãos americanos com sua moral afrontada marchariam pelas ruas de Washington com cartazes e palavras de ordem.

A CNN exigiria impeachment.

Mas como o fato ocorreu com Obama, e Obama está devidamente enquadrado pelo processo de revolução bolivariana, tudo bem, ninguém reclamou.

Assim como ninguém reclama dos absurdos de Lula.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

FHC tomou um cafezinho

Estou em Jaú, interior de São Paulo. Confesso que estou cansado de viajar. Preciso mudar de vida, preciso arrumar tempo para fazer ginástica...


Ontem à noite fazia um lanche no aeroporto da minha cidade e me recordava de um fato - o referido aeroporto foi inaugurado no primeiro mandato de Fernando Henrique. No dia da inauguração FHC caminhava pelo aeroporto quando parou nessa mesma lanchonete (no balcão) e pediu um cafezinho.

O proprietário da lanchonete ficou todo alegre, tirou uma foto de FHC tomando cafezinho, mandou ampliar, e pendurou na parede da lanchonete. E lá ficou por muitos anos, mais precisamente até o dia 31/12/2002.

Interessante os efeitos propovados pela posse de Lula em 1/1/03. Até para o dono da lanchonete, aquilo que era motivo de orgulho até determinado dia (FHC bebendo cafezinho) deve ter sido jogado em alguma lata de lixo no dia seguinte.

O Brasil "nascia" em 1/1/03. E o passado era apagado.

(somente o respeito que tenho pelas pessoas que entram aqui todo o dia para ler o que eu escrevo é que me faz enfrentar a conexão de internet da TIM fora das capitais. Mas hoje ela parece estar pior que nos demais dias. Eu tinha mais dois assuntos para falar, mas deixo para amanhã. Agora vou pisar em cima do modem da TIM...)

terça-feira, 21 de julho de 2009

Honduras resiste

Do El Heraldo:

Tegucigalpa,
Honduras.
El presidente de la República, Roberto Micheletti, condenó ayer las presiones que viene ejerciendo la comunidad internacional a favor de la restitución de Manuel Zelaya Rosales, tras haber fracasado el fin de semana una segunda ronda de las negociaciones que se llevan a cabo en San José, Costa Rica.

“Mi posición es indeclinable, yo continúo en la posición que hemos estado, hemos recibido presiones de toda naturaleza, los empresarios saben, la sociedad civil también sabe que hemos sido objeto de presiones de diferentes sectores, las cuales no aceptamos bajo ninguna circunstancia”, advirtió el titular del poder Ejecutivo.

Micheletti compareció ayer ante los diferentes actores de la sociedad civil en un diálogo que se llevó a cabo en la Casa Presidencial, para analizar y discutir la situación política que enfrenta el país.

En la reunión se dieron cita empresarios, políticos, funcionarios, miembros de la sociedad civil, niños y padres de familia que alzaron sus voces a favor de las acciones que viene ejecutando el gobierno de la República.

El mandatario ratificó su apoyo y respaldo incondicional a la delegación hondureña que se encuentra en Costa Rica, a la espera de iniciar el miércoles un nuevo diálogo con los representantes del presidente depuesto Manuel Zelaya a través de la mediación de Oscar Arias, presidente costarricense.

“Estamos haciendo los esfuerzos para que el diálogo termine en una cosa positiva, sin retorno de aquel que rompió la Constitución de la República no una sino varias veces”, afirmó Micheletti.
El presidente estuvo frente a los miembros de la sociedad civil junto a la secretaria de Finanzas, Gabriela Núñez, el ministro de la Presidencia, Rafael Pineda Ponce, la vice Canciller, Martha Lorena Casco, el subsecretario de Gobernación y Justicia, Ricardo Lara y el comisionado del diálogo, German Leitzelar.

El diálogo de ayer entre el gobernante y la sociedad civil estuvo bajo la moderación del secretario del Foro Nacional de Convergencia (Fonac), Leonardo Villeda.

“Los he convocado aquí hoy para pedirles a ustedes que como sociedad civil, que como empresa privada, que como grupos amigos puedan hacer las manifestaciones que correspondan para decirle al mundo que aquí estamos unidos, que aquí estamos en un solo bloque contra cualquier imposición que nos quiera hacer cualquier país del mundo, se nos tiene que respetar”, subrayó el mandatario hondureño.

No hay muertos

Micheletti reveló que el domingo pidió a la secretaria de estado de los Estados Unidos, Hillary Clinton, mediante una conversación telefónica, el envío de una persona de confianza que pueda constatar la situación real que enfrenta Honduras.

“Cuando yo hablaba ayer con la señora secretaria de estado, Hillary Clinton, yo le decía que por favor envíe a alguien de confianza, a alguien con quien ella pueda tener un diálogo verdadero y que le diga si es cierto que en este país hay muertos a cada rato, si en este país hay gente presa, si en este país se está ultrajando a los niños y la dignidad del ser humano”.

“A todos los organismos de derechos humanos del mundo entero les invito que vengan a Honduras, que se den cuenta qué es lo que realmente está pasando, donde la mayoría estamos siendo intimidados desde el exterior, donde la mayoría del pueblo hondureño está siendo amenazado desde el exterior, que aquí adentro estamos viviendo la paz que los hondureños queremos vivir”, indicó el titular del Ejecutivo.

Respaldo

En el diálogo, los empresarios se comprometieron a respaldar las iniciativas que emanen del poder Ejecutivo ante las medidas económicas que han comenzado a aplicar los miembros de la cooperación internacional, entre ellos, los representantes de la Unión Europea, que suspendieron ayer la aportación de unos 65 millones de euros al país.

El presidente del Asociación Nacional de Industriales (ANDI), Adolfo Facussé, planteó que si llegan a faltar recursos por las presiones del exterior, la empresa privada dirá “presente”.
“Ya se les dijo que la empresa privada va a mantener estables los precios si no es que va a reducir algunos precios en beneficio del pueblo hondureño y, si es necesario, estamos dispuestos presidente a que grave con más impuesto a los ricos”, dijo.

“Estamos hablando de un impuesto adicional del 10% al impuesto sobre la renta que paguen las empresas que tengan cantidades de utilidades suficientes y estamos hablando de un 20% a las importaciones de artículos suntuarios”, aseguró Facussé.

Los padres de familia, por su parte, reiteraron su apoyo al presidente de la República al igual que varios niños y niñas que presenciaron el diálogo y que pidieron clases a sus maestros.

Micheletti garantizó el desarrollo del proceso de elecciones generales programado para el 29 de noviembre y la entrega del poder al presidente electo en enero del 2010.

“Tengan ustedes la seguridad que yo no me voy a mandar a hacer un busto para ponerme a la par de los héroes de nuestra patria”, apuntó el mandatario.

* Posturas:

- Diálogo. Las autoridades del Ejecutivo esperan que haya una resolución positiva en el diálogo, que continuará el miércoles en San José, Costa Rica.
- INDECLINABLE. El gobierno se declaró ayer indeclinable en la postura de la no restitución de Zelaya, aunque existan las presiones que viene ejerciendo la comunidad internacional.
- MANIFESTACIóN. Micheletti llamó a los hondureños a manifestarse en paz y armonía, en favor de la democracia y de la Constitución de la República de Honduras.

Histórico gasto irregular

La secretaria de Finanzas, Gabriela Núñez, reveló ayer que durante la administración del ex presidente Manuel Zelaya se permitió el gasto de más de 5,500 millones de lempiras sin ninguna imputación presupuestaria.

La funcionaria destacó que hay instituciones del gobierno que se gastaron todo el presupuesto de un año en seis meses, por lo que ratificó la necesidad de contratar una firma auditora internacional independiente que pueda certificar el cierre fiscal de 2008 y 2009.
“Se permitió que sin imputación presupuestaria se gastaran más de 5,500 millones de lempiras, eso no lo había registrado la historia financiera del país”, sostuvo la funcionaria.
La titular de la secretaría de Finanzas advirtió que, a más tardar el 30 de septiembre, los encargados de las diferentes instituciones del Estado deberán proceder a legalizar el gasto ejecutado durante el primer semestre del año, para evitar caer en sanciones administrativas, civiles o penales, que esta

Por amor ao salário, vale tudo

Além de estar a serviço de Lula, o Bom Dia Brasil também está a serviço de Fausto de Sanctis e Protógenes Queiroz. Digo que está a serviço porque noticia absurdos sem contraponto, dando ar de verdade divina a referidos absurdos.

Segundo a notícia Daniel Dantas foi denunciado por crimes financeiros. OK, terá a chance de responder ao devido processo legal. Mas Fausto de Sanctis foi além e determinou que um fundo administrado pelo Opportunity, como R$530 milhões de patrimônio, seja encerrado em 48 horas, e o dinheiro depositado num banco público.

A justificativa?

Segundo a notícia - não fica bem alguém que está respondendo na justiça por supostos crimes financeiros continuar à frente de fundo de investimento.

Então Daniel Dantas já foi considerado culpado, mesmo antes da conclusão do processo?

O princípio da presunção de inocência foi abolido por de Sanctis?

Como os jornalistas da Globo pareciam tão felizes em dar esta notícia, vamos imaginar uma outra, hipotética:

- Uma operação desastrada da Polícia Federal indicia por corrupção a família Marinho, dona da Globo. O juíz de Sanctis determina que as operações da rede Globo sejam encerradas em 48 horas, com a justificativa de que não fica bem pessoas que estão sendo processadas por corrupção permanecerem na administração de meios de comunicação. 10 anos depois os Marinho provam a sua inocência em juízo, mas aí a Globo já era.

Que coisa Ali Kamel, até que ponto alguém pode descer por amor ao salário?

Bom Dia Brasil nunca mais

Assisto ao Bom Dia Brasil há muitos anos, desde a época em que a minha ingenuidade me fazia acreditar na imprensa e no que era noticiado. Quando me tornei menos ingênuo continuei assistindo por tradição.

Geralmente me irrito com o programa. De vez em quando aparece o Alexandre Garcia e diz algumas verdades, e depois some do ar por uns 15 dias.

Mas hoje foi o limite, foi a áultima vez que assisti este programa.

A notícia era uma fala de Lula. Como um típico noticioso venezuelano, aparecia a imagem de Lula (fixa) e o áudio. Não bastasse isto, passava na tela a legenda das bobagens que ele estava falando. Entre outras coisas, dizia que "o Banespa foi privatizado a troco de nada".

Minha mulher disse - "desliga isto aí". E respondi não, depois de dizer uma besteira destas vai aparecer a Miriam Leitão para fazer o contraponto.

Que nada.

Então Lula realmente atingiu na Globo o status de divindade. Suas palavras, por mais besteira que sejam, não podem ser objeto de contraponto, mesmo que dentro das regras de civilidade. Tudo o que ele diz virou verdade inquestionável. Um Deus.

Quem cria corvos...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Mensagens de apoio ao povo hondurenho

Solicito aos leitores do blog que façam como eu, enviem mensagens de apoio ao povo hondurenho na sua tentativa de preservar o seu país da ditadura bolivariana.

O e mail é o seguinte:

fernando.berrios@elheraldo.hn

(chefe de redação do jornal El Heraldo).

O próprio futuro da liberdade no nosso continente pode depender da capacidade de Honduras de resistir à avalanche bolivariana.

A Europa luta pelo bolivarianismo

Do jornal El Heraldo:

Bruselas,
Bélgica.
La Comisión Europea anunció este lunes que congelaba 65,5 millones de euros (más de 1,750 millones de lempiras) de ayuda presupuestaria a Honduras al no haberse encontrado todavía una solución a la crisis desatada por la destitución del ex presidente Manuel Zelaya.
"Lamento mucho que no haya sido posible por ahora alcanzar una solución mutuamente aceptable a la crisis en Honduras", declaró la comisaria de Relaciones Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, en un comunicado.
"Dadas las circunstancias, he tomado la difícil decisión de suspender todas las ayudas presupuestarias", añadió.
La Comisión Europea programó una ayuda total de 223 millones de euros (más de 59 mil millones de lempiras) para Honduras durante el periodo 2007-2013, de los cuales 127,5 millones (más de 3 mil 400 millones de lempiras) hasta 2010.
De estos 127,5 millones, 65,5 millones de euros afectan a la ayuda presupuestaria, es decir la que va directamente a las arcas del Estado, precisó un portavoz de la Comisión.

Honduras luta por sua democracia

Do jornal El Heraldo:

Tegucigalpa,
Honduras.
La viceministra de Relaciones Exteriores, Marta Lorena Alvarado, dijo ayer que la posición del presidente Roberto Micheletti no es la posición de una persona sino que de toda la institucionalidad de Honduras.
Alvarado descartó toda posibilidad de que el depuesto Manuel Zelaya Rosales retorne como presidente de la República, “ y eso es importante tenerlo claro. Aquí está en juego y puesto a prueba la Corte Suprema de Justicia, la Fiscalía, las Fuerzas Armadas, toda la institucionalidad en Honduras”.
La funcionaria indicó que en estas 72 horas “sería interesante que vengan observadores de otros países y que presenten sus informes si aquí hay un ambiente de guerra civil. Eso sí me gustaría que quedara plenamente demostrado por la comunidad internacional porque me parece duro la acusación de que aquí se va a dar una guerra civil. Vamos a ver si hay condiciones para que venga gente y mire si Honduras está en condiciones de que haya una guerra civil porque eso podría debilitar las negociaciones en Costa Rica”, dijo la Canciller.
“Yo creo que dentro de lo que son las relaciones diplomáticas siempre hay cabildeos, pero eso es normal dentro del ambiente diplomático. Es claro que Honduras tiene una posición definida, es muy duro lo que se nos está pidiendo”.
Subrayó que no se sabe hasta qué punto Honduras pueda soportar la presión internacional, “pero el pueblo y toda la sociedad está totalmente unida frente a una posición definida de no retorno de Zelaya como presidente de Honduras. Puede regresar como ciudadano pero a someterse a las órdenes de la justicia y que se proceda a un juicio, incluso un juicio ventilado a nivel internacional, pero no se puede estar encima de la ley ni en Honduras, ni en Costa Rica, ni en Nicaragua; es un principio fundamental de soberanía”, acotó.

domingo, 19 de julho de 2009

Quem mente menos?

Em sua coluna na Veja desta semana o jornalista J.R. Guzzo parte da afirmação feita pelo jornalista americano Gay Talese para construir seu texto. A conclusão do texto de Guzzo é muito boa, mas a afirmação de Talese é equivocada.

Segundo Talese, se um cidadão passar na frente de quatro edifícios, um de jornalistas, um de advogados, um de homens de negócios e um de políticos, em qual estariam sendo contadas menos mentiras? Talese conclui que é no edifício dos jornalistas que se mente menos, e Guzzo concorda com ele.

Eu discordo.

Entre as quatro atividades colocadas por Talese, diria que onde se mente menos é no edifício dos homens de negócio. Não por que sejam bonzinhos, mas sim porquê o mercado precisa de uma certa credibilidade para funcionar. Há necessidade de haver um certo grau de confiança no mundo dos negócios, sob pena de inviabilidade.

Já o lugar onde se mente mais, para mim, é no edifício dos jornalistas.

Em relação aos advogados, considerando que as causas possuem dois lados, e que a verdade deve estar em um deles, temos a possibilidade de encontrar 50% de verdade.

No edifício dos políticos encontramos verdades chocantes: "estou me lixando para a opinião pública". Podemos discordar do conteúdo, mas não da sinceridade da afirmação.

No jornalismo, como já escrevi, parece haver uma incompatibilidade crônica com a verdade. Tudo, ou quase, o que é noticiado, é mentira, é falso. Jornalistas parecem ter sido formados em concursos de histórias de pescador. E suas mentiras são muito mais danosas e duradouras.

Uma mentira proferida por um homem de negócios atinge um determinado grupo. O mesmo vale para as mentiras dos advogados. As mentiras dos políticos possuem alcance maior, mas podemos tirar eles de lá através do voto e deixá-los inofensivos.

Jás as mentiras dos jornalistas atingem a sociedade como um todo, e se perpetuam, transformando a própria história em mentira. E são mentiras covardes, porque pegam a sociedade desprevenida, já que a maioria da população ainda acredita no jornalismo.

Então, senhor Guzzo, gostei muito da conclusão de seu artigo de hoje, mas sem essa de querer proteger a sua profissão. São sim mentirosos contumazes. Para nossa tristeza.

Movimento pela paz

"Na tentativa de se beneficiar desse medo incipiente em relação à guerra, e da suspeita das elites européias em relação a questões norte-americanas, Stalin desencadeou um movimento internacional pela paz. De 1949 até a morte do líder soviético, "paz" foi o ponto central da estratégia cultural soviética."

"A postura dos comunistas diante dos movimentos de massa era rigorosamente utilitária - o Movimento pel Paz não passava de um veículo para a política soviética, motivo pelo qual abraçou, subitamente, em 1951, o tema da "coexistência pacífica", devido a uma alteração na estratégia internacional de Stalin. No íntimo, não passava de desprezo o que os comunistas - especialmente no bloco oriental - tinham quanto às ilusões de seus simpatizantes. Durante visitas organizadas às democracias populares, partidários do Movimento pela Paz (sobretudo os egressos da França, Itália e Índia) eram festejados pelo apoio oferecido; pelas costas eram desprezados como "bobos", uma nova geração de "idiotas úteis" dos quais falara Lenin."

Trechos das páginas 232 e 233 do livro Pós-Guerra.

O discurso da "paz" é utilizado para enfraquecer o ocidente até os dias de hoje, e nada indica que isto irá mudar. Se os EUA entram em guerra no Vietnã, forma-se um movimento mundial exigindo a paz. Se a então URSS invade o Afeganistão, não se forma nunhum movimento mundial pela paz. Se os EUA invadem o Iraque, são chamados de assassinos, e o mundo exige a paz. Se a Rússia arrasa a Chechênia, ou invade a Ossétia do Sul, não se houve ninguém clamando por paz. Se palestinos banham as ruas de Jerusalem com sangue judeu, não se percebe movimento pela paz, mas no extao momento em que Israel dá o troco, o mundo todo passa a exigir paz.

Com um bobo como Obama na presidência dos EUA é possível imaginar onde o "discurso pela paz" vai nos levar.

Infelizmente, os cidadãos ocidentais que engrossam as fileiras dos movimentos pela paz não passam de massa de manobra na mão de um inimigo oculto que nos ronda permanentemente, pronto para dar o bote. São os "idiotas úteis" dos quais falara Lenin...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Um pouco de Honduras e de Sarney

Reinaldo Azevedo tem sido a única fonte de informações fidedignas a respeito do que ocorre em Honduras. Através dele, cheguei ao site do jornal hondurenho El Heraldo, e lá é possível colher um pouco mais de verdade. O comportamento da imprensa brasileira neste caso, e da imprensa mundial naquilo que chega até nós, é assustador, pois revela o grau de comprometimento desses órgãos com a "revolução bolivariana". Acredito que antes do caso Honduras, ninguém imaginava que a penetração bolivariana na imprensa planetária fosse tão grande.

Chavez e outros líderes bolivarianos agem abertamente para desestabilizar o governo Hondurenho, inclusive incitando ações armadas naquele país. Isto ocorre perante o silêncio absoluto dos governantes de todos os demais países do mundo. Também é um caso único na história, pois sempre qualquer ação neste sentido recebe um bombardeio de críticas e reações. Assustador, pois demonstra o comprometimento das lideranças mundias com a "revolução bolivariana". Nenhum governante mundial ousa, ou não quer mesmo, criticar as ações de Chavez. Chavez parece ter aquilo que nunca nenhum tirano conseguiu - uma carta-branca do resto dos governos para cometer suas loucuras. Stalin, Hitler, Mao, Fidel invejariam este grau de unanimidade obtido por Chavez.

Por aqui:

Por aqui e imprensa parece perdida em reação ao caso Sarney. Ainda pipocam denúncias, mas não da forma avassaladora que acontecia até duas semanas atrás. Eu já havia identificado o fenômeno antes dele se materializar, e escrevi aqui sobre isto. Lula defendia Sarney em público, mas deixava a imprensa agir à vontade, para colocar Sarney contra as cordas. Quando o processo de denúncias atingiu o ponto que Lula considerava satisfatório, o Planalto deu a ordem para a imprensa calar a boca. Isto faz umas duas semanas. Só que as denúncias não cessaram instantaneamente, estamos num efeito inercial, de desaceleração. Imagino que os "jornalistas", nas redações, estão um pouco perdidos em relação ao caso Sarney. Em contatos com o PT perguntam: "chefe, mas sarney não foi sempre o nosso inimigo, a orientação não foi sempre para atacar Sarney?". Assim, a ordem do Planalto, para calar a boca, vai sendo cumprida aos poucos, mas será cumprida. É possível que em mais duas ou três semanas a imprensa comece a comparar Sarney com Jesus Cristo em termos de bondade, caridade, desprendimento. Sarney será o segundo homem na hierarquia da imprensa, perdendo apenas para o próprio Deus - Lula.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

17 anos depois



Choro muito pouco. Nos últimos 20 anos devo ter chorado duas ou três vezes no máximo.

Uma delas foi naquela noite de 1992, no momento do voto desicivo na câmara federal para o afastamento de Fernando Collor da Presidência da República. As lágrimas brotaram. Eu estava sozinho em casa, e da janela do meu apartamento agitava uma bandeira do Brasil, previamente preparada para a ocasião. Nos outros prédios da rua as pessoas faziam o mesmo. La embaixo os carros buzinavam, pessoas gritavam na calçada. Parecia conquista de copa do mundo.

O Brasil havia dado um grande passo institucional. O futuro seria nosso. O século XXI seria o século do Brasil.

Lula e o PT haviam sido extremamente ativos no processo de derrubada de Collor, junto com a imprensa.

17 anos depois, a foto acima estampa as capas dos principais jornais do Brasil. Quem poderia imaginar uma cena destas há 17 anos? Se alguém imaginava isto, só poderia ser o próprio Lula, afinal ninguém conhece ele melhor do que ele mesmo.

Chegamos ao tão esperado século XXI, e nele encontramos Lula como presidente do governo mais corrupto da história do país (como disse Mangabeira Unger), numa situação em que imprensa e opinião pública acham tudo muito normal, e onde Collor e Lula são aliados. só no Brasil.

Hoje sabe-se que Collor caiu pelo que não fez, e não pelo que fez. Tivésse ele migrado para o PT, e seu mandato teria sido preservado, pois instantaneamente a imprensa começaria a achar que "não havia provas". Tivésse ele montado uma base alugada no congresso,, como Lula, e teria cumprido seu mandato até o fim.

Sabendo disto, tenho raiva do meu comportamento e da minha ingenuidade em 1992.

O que veremos nos próximos 17 anos?

terça-feira, 14 de julho de 2009

Negociar o que?

Agora à noite há confusão em São Paulo. Ao lado da marginal Tietê há uma "comunidade" de 500 barracos em terreno invadido.

A ordem de reintegração de posse vai ser cumprida amanhã de manhã, e os moradores bloquearam a marginal e, obviamente, partiram para o confronto com a polícia.

Vi a cobertura na Band, e até que estava bem ponderada. Falavam que confronto com a polícia é vandalismo, que não dá para obstruir a marginal Tietê. Mas o repórter insistia em dizer que os moradores queriam abrir um processo de negociação com a prefeitura, para conseguir outra área.

OK, imagino que deve ser horrível, aterrador não ter onde morar, e que o governo deveria gastar menos com corrupção e mais resolvendo mazelas sociais da população.

Mas sempre penso na civilização, então não aceito esta história de "negociar".

Negociar o que?

Quer dizer então que aqueles que infringiram a lei e invadiram propriedade privada devem ser beneficiados através de um processo de "negociação". E os que cumprem a lei e se lascam para pagar um aluguel, ou moram na casa de um parente, que se danem, com eles não há negociação.

A civilização está em desconstrução. E a inversão de valores é como uma britedeira, ajudando a derrubar os alicerces civilizacionais.

Sociedade em putrefação

Depois de bastante tempo assistindo semanalmente ao CQC, avaliando as matérias (algumas ótimas), concluí que o CQC é como uma versão televisiva da Folha de São Paulo - uma ou outra crítica light a Lula ou ao PT, para mostrar isenção, mas a alma é petista. E cortei o CQC da pequena lista de programas que assisto.

Mas ontem à noite, sozinho no hotel em São Paulo, resolvi zapear pelos canais antes de dormir. e passei pelo CQC bem quando iniciava uma matéria do Danilo Gentili sobre a internet. Para quem não viu, a matéria era assim: o CQC contratou uma atriz de 24 anos, com cara de adolescente. Na internet ela dizia que tinha 15 anos entrava no bate papo. E aí os homens de 30, 40, 50 anos começavam a vir como mosca no açucar. Eu sei que estas coisas acontecem, mas ver é deprimente, nojento. Os "tios" entravam pelas webcams, pedindo para a suposta adolescente tirar a roupa, mostrar os peitos, falando que iriam fazê-la "gozar gostoso", e daí para baixo. Mostravam o penis e um deles, com quase 50 anos, estava nu e se masturbando. A atriz avisava: "tenho só 15 anos", mas isto não inibia os "tios". Lá pelas tantas a atriz saía, e entrava o Danilo Gentili na frente da câmera, e os "tios" instantaneamente se mandavam.

Não tenho filho, mas pretendo adotar um no ano que vem. Se isto acontecer, tomei uma decisão depois de ver a reportagem de ontem - quando tiver criança em casa, não vai ter internet. Sei que isto não resolve, a criança pode acessar na escola, na casa do amigo. OK, mas na minha casa não vai ter.

O ser humano é um animal, selvagem. Precisou de milênios de processo civilizatório para colocar o selvagem sobre controle, e viver sob uma aparência de civilização. Só que a partir da 2a metade do século XX virou moda desconstruir tudo aquilo que garantia a civilização, como "caretisse". E as feras estão se soltando. E a sociedade está em processo de putrefação.

Lulas, Chavez, Obamas são cria deste processo de desconstrução social. Duvido que fossem eleitos numa sociedade saudável.

Serra cava a própria cova

Há algum tempo, apelidei Serra de “Stalin do Palácio dos Bandeirantes” aqui no blog. Um dos leitores do blog, por quem tenho grande consideração, não gostou e achou que pego pesado demais com Serra.

Bom, se bato em Serra é porque estou do lado dele, e acho que está fazendo um monte de bobagens. Gostaria de uma mudança na forma como ele conduz o governo de São Paulo. E o radicalismo do apelido é uma forma de tentar chamar a atenção, de alertar. Inútil.

O apelido acima, dei em função de que Serra é um político quase hermeticamente fechado para o mundo, que acredita apenas em si mesmo, não houve quase ninguém, e pensa que o mundo gira ao redor do seu umbigo. E vai ser difícil vencer o PT em 2010 pensando assim. Talvez um “Mussolini do Palácio dos Bandeirantes” fosse até mais adequado.

Serra pretende ser eleito presidente em 2010. Sonha com isto desde criancinha. Eu também quero que ele vença, para derrotar o PT.

Mas o caos tributário, burocrático e legislativo que Serra criou em São Paulo me assusta, ao imaginar o que ele pode fazer em nível nacional. E o pior é que o eleitorado do bolsa-família ainda terá que ser conquistado por Serra, mas suas atitudes à frente do governo de São Paulo vai lhe tirando votos num eleitorado mais informado, que teoricamente já era um eleitorado garantido para ele.

Notícia publicada hoje na imprensa trazia como manchete:

Redução de IPI da linha branca é anulada por substituição tributária em SP

O pior é que a notícia é verdadeira.

Que prato cheio para os tentáculos do PT na sociedade usarem contra Serra: “Dna. Maria, o presidente Lula, assim como a ministra Dilma, se preocupa com os pobres, e baixou um imposto para que os mais humildes pudessem comprar fogões e geladeiras. Há quanto tempo a senhora sonha com um fogão novo Dna. Maria? Pois então o governador Serra, que representa a elite burguesa, e não pensa nos pobres, aumentou o imposto do estado, para que o fogão e a geladeira do seu sonho continuem lá – no seu sonho, e bem longe da sua cozinha. Quando a ministra Dilma for presidente, com a sua ajuda, ela vai tentar mudar esta situação, para que a senhora possa, finalmente, realizar o seu sonho.”

Há esperança?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Onde vamos sentar?

As pessoas são muito diferentes entre sí. Os regimes comunistas tentam igualar todo mundo a força (exceto os membros do partido), e o resultado é sempre o predomínio na incompetência, da ineficiência, e o fracasso das sociedades comunistas.

Não há como transformar o mané em Bill Gates por decreto. É por isto que nos regimes comunistas são os "Bill Gates" que são transformados em manés.

Empreender, inovar, progredir exige uma característica que poucas pessoas possuem - a capacidade de decidir. A maioria das pessoas sofre quando se depara com a necessidade de tomar uma decisão, por mais simples que seja a questão a ser decidida.

Sobre um certo político gaúcho, citado em outro texto neste blog, diz-se que é tão indeciso que se chegar em um quarto de hotel e encontrar duas camas, dorme no chão.

Mas uma capacidade quase todos têm, a capacidade de discordar das decisões tomadas pelos outros, sempre, sejam elas quais forem.

Gosto de observar o fenômeno em restaurantes, quando há muitas mesas vagas. As pessoas chegam em pequenos grupos e param entre as mesas, indecisas sobre onde sentar. Olham para os lados, gesticulam, a situação sempre dura alguns segundos, ou até alguns contrangedores minutos. De repente alguém no grupo ousa e toma a decisão - "vamos sentar ali". Neste momento, olho para os demais membros do grupo. No semblante de todos é possível peceber a expressão de insatisfação com a mesa escolhida.

Neste fim de semana estive com um senhor que é absolutamente incapaz de tomar uma decisão, seja ela qual for. Então, quem toma todas as decisões e comanda a casa é a mulher dele. Ao referido senhor cabe apenas discordar de TODAS as decisões tomadas por ela. Um santa...

3 Políticos, 3 Decepções

Já me decepcionei com alguns políticos. E se me decepcionei é porque em algum momento, ingenuamente, acreditei neles.

Já me decpcionei com Pedro Simon (inclusive votei nele na última eleição para o senado). Pedro Simon surfa no discurso da ética, mas se pudéssemos fazer um raio X dele veríamos que sob o terno veste uma camiseta com as inscrições: "Lula is my man". E sabemos que a ética não é o forte do governo Lula.

Já me decpcionei com Osmar Dias, que em outubro de 2006 desfilava pelas ruas de Curitiba ao lado de José Serra, e em janeiro de 2007 já estava na base aliada de Lula. Pedro Simon nunca respondeu e mail meu, mas Osmar Dias sim, e era melhor não ter respondido..."foi uma decisão do partido". Deixe o partido então, se o senhor discorda da decisão. "Posso perder meu mandato". Perca, a preservação da vergonha na cara às vezes exige sacrifícios.

Por fim, me decpcionei profundamente com Cristovam Buarque. O senador me chamou a atenção quando saiu do PT durante o escãndalo do mensalão. Foi o único político a deixar o partido. Passei a prestar atenção na sua defesa da educação, e fui seduzido pelo discurso. Em 2006 trocamos agradáveis e mails. Votei nele no primeiro turno da eleição de 2006. Se arrependimento matasse. Infelizmente, o senador não perde a oportunidade de falar bobagem. Quase sempre o senador pode ser encontrado do lado errado de qualquer tese. Produz bobagem em quantidade, e está se transformando numa figura folclórica do congresso, como eram os finados deputados Eneas e Clodovil. E as figuras folclóricas estão lá apenas para fazer número. Agora há pouco cheguei no hotel e liguei a televisão (já desliguei). Estava na TV Senado, e nela o senador Cristovam fazia contorcionismo verbal para defender Chavez e a entrada da Venezuela no Mercosul. Eu queria ver o senador defender Chavez se estivésse nas ruas de Caracas levando bordoada das milícias chavistas.

"É um absurdo!"

Estou em São Paulo. O avião para Congonhas, ontem à noite, partiu no horário, o que é louvável.

No entanto, ao chegar a Congonhas, o bom humor acaba:

- Entrega das malas - demora cerca de 50% do tempo da viagem até São Paulo;

- Multidão - uma multidão compacta de pessoas desembarca permanentemente em Congonhas, dando a impressão de que estamos em aeroportos da Índia. Are Baba...

- Taxi - o sistema de taxis do aeroporto não consegue dar vazão ao volume de passageiros. Aguarda-se cerca de 40 minutos na fila do taxi. A fila ontem à noite era tão absurda, que tirei uma foto, para guardar de recordação...

Me parece que a utilização do aeroporto já ultrapassou em muito o limite de sua capacidade. e se isto ocorre, além do desconforto relatado acima, a segurança dos passageiros é colocada em risco.

Aliás, sempre que escrevo sobre isto, me vem à memória os berros de Dilam Russef na televisão, logo após o acidente com o avião da Tam em 2007: "Congonhas não pode ser hub! É um absurdo!"

Aliás, na mesma entrevista Dilma informou que o projeto para o terceiro aeroporto de São Paulo já estava tão avançado, que até o local já havia sido definido, e ela só não dovulgava para não gerar especulação imobiliária...

Dois anos se passaram, e nunca mais se tocou no assunto.

Então, aos que vêm a São Paulo, fica uma sugestão - venham de Azul e desembarquem confortavelmente no aeroporto de Campinas. O ônibus da Azul par São Paulo leva aproximadamente o mesmo tempo que ficamos em pé em Congonhas, esperando a mala ou esperando o taxi.

sábado, 11 de julho de 2009

Intelectuais Franceses

Trechos das páginas 222 e 223 do livro Pós-Guerra, de Tony Judt:

"Todavia, na França o atrativo por soluções violentas representava mais do que uma simples projeção da experiência recente. Era também o eco de um velho legado. Acusações de colaboracionismo e traição, pressões a favor de punição e de um novo começo não tiveram início com a libertação. Eram a lembrança de uma antiga tradição francesa. Desde 1792, os pólos revolucionário e contra-revolucionário da vida pública francesa exemplificavam e reforçavam a divisão binária do país: a favor ou contra a monarquia, a favor ou contra a revolução, a favor ou contra Robespierre, a favor ou contra as constituições de 1830 e 1848, a favor ou contra a comuna. Nenhum outro país tinha uma experiência tãolonga e ininterrupta com a política bipolar, sublinhada pela historiografia costumeira do mito revolucionário nacional, inculcado em colegiais franceses havia muitas décadas.

Além disso, a França, mais do que qualquer outro estado-nação ocidental, era um país cuja intelectualidade aprovava e até reverenciava a violência enquanto ferramenta de políticas públicas. George Sand registra uma caminhada às margens do Sena, ao lado de um amigo qye defendia, urgentemente, a hipótese de uma sangrenta revolução do proletariado: "somente quando o Sena correr vermelho", ele explicava, "quando Paris arder e os desvalidos ocuparem o lugar que lhes cabe de direito, a justiça e a paz hão de prevalecer". Quase um século mais tarde, exatamente, o ensaísta inglês Peter Quennell registrou, no periódico New Statesman, "a quase patológica veneração da violência que parece dominar tantos autores franceses".

Quando Sartre e seus contemporâneos insistiam que a violência comunista era uma forma de "humanismo proletário", era a "parteira da história", estavam sendo mais convencionais do que supunham.

A familiaridade da violência revolucionária para o imaginaire franc~es somada às lembranças tingidas de sépia da antiga aliança franco-russa predispuseram os intelectuais franceses a acolher, com simpatia, as desculpas apresentadas pelos comunistas para a brutalidade soviética. A dialética também ajudou o processo. Comentando o julgamento de Slansky nas páginas do Temps Modernes, de Sartre, Marcel Péju fez lembrar aos leitores que não há nada errado em matar inimigos políticos.

Intelectuais franceses em visita ao bloco soviético ficaram mais liricamente entusiasmados do que a maioria dos colegas ao contemplar o comunismo em construção. Assim, o poeta surrealista Paul Eluard, dirigindo-se a uma platéia (sem dúvida, confusa) em Bucareste, em outubro de 1948, disse o seguinte: "venho de um apís onde ninguém mais ri, onde ninguém canta. Mas vocês descobriram o raio de sol da felicidade".

Em 1948, depois do golpe tcheco, Simone de Beauvoir expressou certeza de que os comunistas caminhavam para a vitória em todos os locais."

Cabe lembrar que quando Sartre e Simone de Beauvoir visitavam o Brasil, eram entusiasticamente recebidos e paparicados por Fernando Henrique Cardoso.

Continuemos com um trecho da página 227 do livro:

"Escritores, artistas, professores e jornalistas costumavam admirar Stalin não apesar de seus defeitos, mas por causa de seus defeitos. Era quando Stalin exterminava pessoas em escala industrial, quando os julgamentos forjados mostravam o lado mais teatral e macabro do comunismo soviético, que homens e mulheres que estavam fora do alcance do líder soviético sentiam-se mais fascinados por ele e por seu culto. Era o abismo absurdo que havia entre a retórica e a realidade que tornava tudo tão irresistível a homens e mulheres de boa vontade em busca de uma causa."

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O poder punitivo do estado

Ontem não apareci aqui pelo blog. A culpa não foi minha, foi da conexão de internet da TIM, que funciona maravilhosamente nas capitais, mas apanha no interior.

Retornei de viagem à noite e sobre a mesa da sala encontrei uma notificação de multa. Nela fiquei sabendo que no dia 18/6 passei a 71 Km/h num local onde o limite era 60 Km/h.

Na notificação está escrito o seguinte:
"NOTIFICO que foi lavrada a autuação de infração cometida co o veículo de sua propriedade, conforme discriminação acima, podendo V.Sa. indicar o condutor infrator, bem como, oferecer defesa da autuação junto ao (órgão) até 05/08/2009, oportunidade na qual deverá produzir todas as provas que pretenda."

Se eu fosse um importante político no Brasil atual eu diria "o carro não é meu", ou "eu não sabia de nada", ou "fui traído", e pronto, tudo estaria perdoado. Como sou apenas um honesto cidadão, pagarei a multa sem reclamar.

Mas o que chama a atenção é o teor do desto acima. Não deixa dúvida que quem está falando é a autoridade, é o poder, se dirigindo ao súdito. No Brasil é assim (sempre foi), nunca passa pela cabeça dos burocratas que o chefe, nesta relação, sou eu, cidadão e contribuinte. Os órgãos estatais poderiam adotar uma maior cortesia em seus despachos oficiais.

Agora, como o poder age rápido em infrações como esta, não? Passei a 71 Km/h onde o limite era 60 Km/h, e já estou devidamente punido.

Imagine que maravilha de país seria o Brasil se o poder público agisse assim em todos os casos. Por exemplo, toda a vez que Sarney cometesse alguma irregularidade, ou contra os mensaleiros, contra os aloprados, contr ao primeiro cumpadre, contra os assassinos de Celso Daniel.

Mas não, nesses casos o poder público prefere fazer que não vê.

É mais fácil multar os otários, como eu.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Volto a falar de Yeda...

Havia desistido de voltar ao caso Yeda Crusius, em função de que a própria Yeda faz todo o possível para prejudicar a sua situação. Mas retorno.

Já escrevi que o maior atestado de qualidade de governo Yeda Crusius é a onda de atques que sofre. Porque o PT não bate em cachorro morto. Infelizmente, Yeda não consegue perceber, e usar, este viés. Prefere dizer que a Veja é PTista...

Acabo de ler na internet outro elogio ao governo de Yeda. A notícia estava assim na página do UOL: "servidores gaúchos protocolam na assembléia pedido de impeachment de Yeda". Parabéns mais uma vez Yeda. Foi a primeira governadora, em décadas, que tomou atitudes mostrando que o governo está a serviço do povo gaúcho e não dos funcionários públicos do Rio Grande. Por isto é odiada. Infelizmente, já sei que Yeda não vai perceber, nem utilizar, este viés.

Falando em governo a serviço de funcionários - hoje pela manhã ouvi no rádio que a assembléia legislativa do Paraná aprovou ontem, por unanimidade, a extensão da licença maternidade das funcionárias públicas do estado para 6 meses. Sem entrar no mérito do tema, mas observando que a aprovação se deu por unanimidade, pergunto - o que levaria um deputado a votar contra o projeto?

Se votasse contra, seria alvo imediato da ira de milhares de funcionárias públicas estaduais, e perderia votos. Votando a favor do projeto, manda a conta para a sociedade, mas o que é a sociedade senão um bando de otários pagadores de impostos?

Não perde nenhum voto ao aumentar o gasto público.

E o Brasil segue se inviabilizando.

O princípio Samuel Braunstein

Não deixa de me incomodar a avassaladora crise de ignorância que sofre a humanidade, ignorância esta que está na raíz de muito dos nossos problemas.

O fenômeno não se limita a pessoas humildes, com menos acesso a educação e cultura. O fenômeno atinge também, e é aqui que me espanta, pessoas brilhantes, de diploma na mão.

Meu ambiente é o mundo corporativo, e convivo com pessoas brilhantes, inteligentes, espertas, mas que não sabem nada sobre história, sobre política, sobre constituição. Infelizmente, no mundo atual, se soubermos um pouco de futebol e de programas de televisão, estamos preparados para conversar em qualquer roda de amigos.

É triste que no mundo moderno as empresas tenham privilegiado apenas a capacidade das pessoas de ganhar dinheiro, e ignorado completamente sua bagagem de conhecimentos. Esta estratégia pode parecer muito acertada no curto prazo (busca por resultados), mas no longo prazo é a contribuição do mundo corporativo para o processo de desconstrução da sociedade.

Onde só vigoram a esperteza e a força é na selva.

Uns anos atrás eu assistia ao programa O Aprendiz. Roberto Justus resolveu enviar os finalistas para serem entrevistados por quatro presidentes de grandes empresas. Entre os quatro, apenas o presidente da Abyara se preocupou em fazer perguntas que avaliassem a bagagem cultural de cada candidato. E o resultado foi decepcionante. Sabiam decor todos os chavões do mundo corporativo, mas não sabiam responder à questão: "qual o último livro que você leu?".

Quando se reuniram com Justus para a avaliação final, todos os presidentes falaram sobre suas impressões sobre os candidatos, mas apenas o presidente da Abyara disse: "não possuem cultura nenhuma". Justus e os outros três fizeram expressões estranhas, como se pensassem: "sim, mas o que isto interessa?".

Neste fim de semana assisti ao DVD da Escolinha do Professor Raimundo (recomendo), com cenas de episódios apresentados em 1990. Tinha um aluno chamado Samuel Braunstein, um personagem judeu, que sempre errava as respostas às perguntas feitas pelo professor. Depois de receber o zero ele dizia o seguinte:

"Melhor zero no nota que prejuízo na bolso".

O mundo corporativo adotou este princípio em sua conduta.

Já vou reservar uma árvore lá perto de casa para morar daqui uns 20 anos.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Peguei um robalo de 500 quilos

Este caso de Honduras tem servido para mostrar como a imprensa em geral, e a Globo em particular, está a serviço do bolivarianismo, e usa a mentira descarada como método.

Em se tratando de Globo, e da sua incompatibilidade histórica com a verdade, pergunto - será que seus jornalistas são recrutados em concursos de histórias de pescador?

A primeira notícia dada na primeira edição de seu principal programa jornalístico, o Jornal Nacional, foi uma mentira: "melhora o estado de saúde do presidente Costa e Silva". Começava bem o novo jornalístico. Costa e Silva nunca mais se recuperou, e morreu.

A partir dali a mentira virou método.

Na histórica campanha das diretas já o jornalismo da Globo não via a campanha, e noticiava as multidões nas ruas como comemoração ao dia do trabalho. Quando percebeu a grandeza do movimento, aderiu ao Diretas Já, mas continuou mentindo, inflando em seu noticiário a quantidade real de manifestantes nas ruas.

E o histórico debate entre Lula e Collor em 1989? Nunca gostei de Lula, mas naquela noite tive que desligar a televisão no meio do Jornal Nacional, com nojo do que a Globo fazia com Lula.

Fico imaginando como é a convivência de bastidores entre os profissionais do jornalismo da Globo. Já que a mentira ali é um método, como os colegas de trabalho convivem? Se um pergunta para o outro as horas, saberá que a resposta será uma mentira.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Os jovens

A festa de 20 anos de carreira na sexta-feira foi boa, todos os presentes gostaram. O vinho era de primeira. Acho que bebi um pouco demais....lá pela 1h da manhã saquei meu talão de cheque e saí distribuindo gorjetas de alto calibre...

No fim de semana ... ressaca. Só de preguiça de sair da cama, e de pegar um livro na mesinha ao lado, liguei a televisão. Entre vários programas evangélicos, passava um sobre produtos de beleza. Parei neste. Lá pelas tantas alguém da empresa de cosméticos falava: "nosso produto é focado nos jovens, temos que acompanhar todas as tendências dos jovens, os jovens querem tudo muito rápido, os jovens etc.".

Comecei a pensar. A evolução social, desde as sociedades mais primitivas, indica que os mais velhos é que conduziam as sociedades, que definiam o seu rumo. Natural, pois os mais velhos possuem mais experiência de vida e, portanto, melhores condições de formar decisões. Cabia aos mais velhos, também, conduzir e formar os mais jovens, para que no futuro pudéssem assumir funções de comando.

Só que na segunda metade do século XX os jovens decidiram que os mais velhos eram uns babacas e, do alto de sua inexperiência, decretaram que eram eles, jovens, que sabiam tudo e que estavam com tudo. Resolveram tirar os quadrados do caminho e ocupar o espaço.

O fenômeno é contemporâneo da explosão da sociedade de consumo, a sociedade em que vivemos para consumir, ao invés de consumir para viver. Nunca se estudou tanto marketing e propaganda quanto neste período, e logo os marketeiros descobriram o óbvio - é muito mais fácil empurrar produtos inúteis ou desnecessários para os jovens, do que para os mais velhos.

Então, ao mesmo tempo em que os jovens começavam a pensar - "nós somos os bons", o marketing descobria - "são uns abobados, vamos empurrar produtos neles". e a publicidade começou a exaltar o jovem, o papel do jovem na sociedade, a rebeldia, a atitude jovem, o jeito jovem de ser, as tribos, etc. O jovem é a perfeita marionete sem personalidade. Tem que etsar sempre ouvindo o som do momento, vestindo a roupa do momento, com o celular do momento, etc. São vazios de conteúdo.

Os mais velhos foram cedendo espaço na sociedade, a tal ponto que hoje procuram copiar os jovens no jeito de vestir, de andar, de falar, etc.

Inverteu-se aquilo que sustentou a eveloção social por milênios. Os mais velhos sairam de cena, a passaram a tentar copiar os jovens. Estes, assumiram o comando. E os marketeiros ficaram ricos.

Talvez haja estudos e teses sobre o assunto (e o assunto mercer ser abordado). O objetivo aqui do blog não é esgotar nenhum assunto. Apenas apresentar pontos de vista.

E o ponto de vista aqui é que talvez este fenômeno (acima) esteja na raíz da imbecilização contemporânea que tomou conta da sociedade em praticamente todos os continentes. Como consequências perigosas, como o bolivarianismo 9com seu mais novo membro - Obama, ele também um produto de marketing destinado ao consumo pelos jovens).

domingo, 5 de julho de 2009

Não é mera coincidência

"Na Europa Central oitocentista, intelectuais e poetas tinham adquirido o hábito e a responsabilidade de falar em nome da nção. Sob o comunismo, seu papel era diferente. Enquanto no passado haviam representado um "povo" abstrato, eles eram agora pouco mais do que porta-vozes culturais de tiranos (concretos). Pior, em breve seriam alvos - na condição de cosmopolitas, "parasitas" ou judeus - desses mesmos tiranos, na busca de bodes expiatórios para seus erros."

"De modo geral, o entusiasmo pela teoria comunista existia na proporção inversa da experiência prática do regime."

"E, apesar do fato de o desafio do comunismo estar no centro de debates e disputas ocorridas na Europa Ocidental, a experiência prática do "verdadeiro comunismo", situada a alguns quilômetros a leste, era alvo de pouca atenção e, por parte dos admiradores mais ardentes do comunismo, nenhuma atenção."

Trechos das páginas 214 e 215 do livro Pós-Guerra.

Qualquer semelhança com o Brasil do séc XXI não é mera coincidência. É a ignorância humana que assegura que erros serão permanentemente repetidos.

sábado, 4 de julho de 2009

Nojo

Do UOL:

"04/07/2009 - 07h03
Corinthians oferece apoio à Dilma por ajuda de Lula em estádio
Thales Calipo
Em São Paulo

Os encontros cada vez mais constantes entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o mandatário do Corinthians, Andres Sanchez, vão muito além da paixão de ambos pelo time alvinegro. Enquanto o clube pretende angariar mais uma ajuda para o tão sonhado projeto do estádio próprio, o líder da nação pode ganhar um apoio para a provável candidatura da petista e atual ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, nas eleições presidenciais de 2010.

Presidente Lula e Andres Sanchez(d) têm se encontrado ao longo das últimas semanas. O assunto foi discutido entre Andres e Lula há cerca de um mês. Desde então, os dois já estiveram em pelo menos dois eventos públicos, incluindo o da última quinta-feira, quando parte do elenco alvinegro deixou Porto Alegre e, após uma escala em São Paulo, seguiu a Brasília para receber os cumprimentos do presidente pela conquista da Copa do Brasil.

Ainda não foi definido qual tipo de ajuda Lula poderia dar ao projeto de construção do estádio corintiano. Pessoas próximas ao presidente, no entanto, apostam que uma das saídas seria um acordo para que o time não tenha muitos problemas para conseguir um empréstimo junto ao BNDES para viabilizar a nova arena, caso seja necessário. Em contrapartida, o mandatário do Corinthians afirmou a Lula que colocará o clube à disposição de Dilma Rousseff, possível nome do PT na corrida a presidente em 2010.

A atual ministra da Casa Civil poderia, por exemplo, dar o pontapé inicial em uma partida do time alvinegro e ganhar visibilidade. No entanto, não está descartada nem a possibilidade de um apoio mais formal à candidatura de Dilma, que é torcedora do Internacional. Os esforços de Andres para agradar Lula fizeram até com que o mandatário do Corinthians fosse ao Morumbi, na última semana, declarar um apoio ao projeto do estádio do São Paulo para a Copa do Mundo de 2014, mesmo atitude tomada pelo presidente do país.

Na ocasião, o mandatário corintiano declarou que o seu time não iria construir estádio para a Copa do Mundo, apesar de não descartar a intenção de ter uma arena própria. A diretoria alvinegra afirmou ainda que não pretende contar com uma "casa" com mais de 45 mil pessoas, já que espaços grandiosos são deficitários, na visão de Andres.Paralelamente, o Corinthians continua "flertando" com a prefeitura de São Paulo para fechar acordo pelo Pacaembu. Apesar de Andres não ser o maior entusiasta desta ideia, o velho estádio conta com o aval de Luis Paulo Rosenberg, diretor de marketing alvinegro, que tenta bolar uma fórmula para tornar o local viável, mesmo que sua administração passe para o clube. "

sexta-feira, 3 de julho de 2009

20 anos (parece que foi ontem)

Hoje completo 20 anos de carreira. À noite haverá um jantar para amigos.

Os anos passam ligeiro, e lembro como se fosse ontem aquele 3 de julho de 1989. Um jovem de 19 anos chegava cheio de expectativas (e com algum medo) para o seu primeiro dia de trabalho.
O emprego era em uma multinacional, e mais de 300 pessoas haviam participado do processo seletivo. Eu era um dos 4 selecionados.

Confesso que naquela época eu tive vontade de tentar a vida fora do Brasil. Mas acabei não realizando este desejo. Os que viveram aquela época sabem que era um período de esperança, apesar da inflação. A Constituição era novinha, de 1988. Em 89 teríamos a primeira eleição direta para presidente desde 1960. Tudo se resolveria, o Brasil era o país do futuro, e ninguém poderia nos segurar. Decidi, então, ficar por aqui.

Trabalhei duro, sempre procurando progredir. Tive bons empregos, joguei empregos fora, vivi aventuras, fui sócio de empresas, fali, voltei a ser empregado, morei em 4 estados do Brasil. Acertei algumas, fiz besteiras. Sempre com a intenção de melhorar, de progredir, e sempre acreditando no futuro do país.

Acreditava tanto no futuro do país que em 1999 deixei definitivamente um ótimo emprego, e abri um negócio próprio, que possuo até hoje. O Brasil era o país do futuro, e eu queria estar bem posicionado para este futuro.

Mas o futuro acabou em janeiro de 2003, com a posse de Lula na presidência da república. Trocamos o futuro pelo passado, voltamos a práticas coronelistas do início do século XX, com a diferença que agora temos apenas um grande coronel nacional – Lula. Corrupção e roubalheira passaram a ser toleradas pela sociedade, desde que praticadas com a conivência do PT. A ignorância tomou conta da população, e a imprensa se transformou em porta voz do governo. O pensamento politicamente correto matou o próprio pensamento. O eleitorado foi comprado pelo Bolsa Família, assegurando a permanência do PT no poder, e assegurando a permanência do país no atraso. Dá-se vivas à ignorância, ao passo que o conhecimento é discriminado como “coisa da zelite”. As pessoas trabalham apenas enquanto não conseguem se transformar em funcionários públicos. Rejeitamos o certo, e aplaudimos o errado. Os valores que me forjaram viraram “coisa de otário”, e no mundo corporativo, onde habito, vale a esperteza, e a ética é algo utilizado apenas para decorar quadrinhos pendurados na recepção das empresas. Estamos desistindo da civilização, e muito sofrimento ainda será necessário para começar a mudar este estado de coisas (um dia).

Trabalhei duro, estudei bastante. Meus impostos estão em dia. O salário de meus empregados está em dia. Mas no Brasil deste futuro às avessas não passo de um capitalista safado, explorador sanguinário. Qualquer estudante ligado ao PT, PSOL ou PSTU gostaria é de me dar umas pedradas. Se lá em 3 de julho de 1989 eu tivesse desistido da vida e me entregue à vagabundagem, e fosse hoje um beneficiário do Bolsa Família e eleitor de Lula, aí sim eu seria um honrado cidadão brasileiro, um exemplo para este século XXI.

Se soubesse disso 20 anos atrás, talvez tivesse considerado melhor a hipótese de construir a minha vida em outro país. Só não poderia ter sido nos Estados Unidos de Obama, nem a Venezuela de Chavez. Nem o Equador, a Bolívia, a Nicarágua, a Argentina. Peru e México já estão na alça de mira. É, o mundo está ficando pequeno.

Mas já que não dá para voltar no tempo, vamos celebrar. Pelo menos por hoje. O vinho é por minha conta. Amanhã será outro dia.

Divisor de águas

Já escrevi várias vezes que o escândalo do mensalão foi um divisor de águas na história brasileira. Até ali a opinião pública não aceitava a corrupção mas, desde então, passou a não se importar, se o processo de corrupção for a favor do PT. Foi uma mudança profunda de postura.

Começo a crer que a situação de Honduras representará também um divisor de águas na postura da imprensa. Como escrevi ontem, parece haver uma incompatibilidade entre a profissão de jornalista e a verdade. No entanto, parece ser com a situação de Honduras que a imprensa perdeu totalmente o pudor de mentir, ou de manter as aparências. Uma vez perdido este pudor, a verdade está definitivamente sepultada na atividade jornalística.

A ordem do chefe

Até a semana passada Lula defendia Sarney, e a imprensa continuava a bombardeá-lo com denúncias.

Identifiquei em um texto uma contradição nisto, uma vez que a imprensa no Brasil trabalha a serviço de Lula. No oportunidade, escrevi que Lula queria Sarney absolutamente nas cordas e que, portanto, a ordem para a imprensa calar a boca ainda não tinha partido do Planalto.

Agora acho que a situação mudou. Começo a achar que a ordem para calar a boca já foi emitida e, portanto, não veremos mais na imprensa o bombardeio diário de denúncias contra Sarney.

A conferir.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A imprensa e a mentira

Este caso de Honduras está sendo muito útil. Através dele estamos descobrindo o grau de comprometimento (assustador) de autoridades e instituições mundiais com o Foro de São Paulo. Parece que o mundo inteiro está submetido ao Foro. E vemos também o grau de comprometimento da imprensa mundial com o Foro, que também é assutador.

A mentira está sendo usada de forma avassaladora pela imprensa planetária, para fazer valer seu ponto de vista pró-foro. Mentira deslavada, sem constrangimento. É a imprensa, cuja função inicial era informar, transformada em braço do Foro, encarregada de mentira, manipulação e lavagem cerebral.

Mas analisando a imprensa de forma mais ampla, percebemos que parece haver uma incompatibilidade entre a imprensa e a verdade até nas coisas mais banais. Vou citar 4 exemplos idiotas, mas que evidenciam a incapacidade de a imprensa conviver com a verdade:

Caso 1 - Porto alegre, final da década de 1980, e um jovem talento promissor aparecia no Grêmio (acabou ficando só na promessa...). O jovem teve que fazer o serviço militar. Isto foi objeto de uma reportagem de televisão, que falava sobre a vida dele no quartel, e "informava" que ele já fazia parte do time de basquete do batalhão, onde era o cestinha, e a reportagem fechava com uma cesta do novo Michael Jordan. Uma notícia bem light. Não muito tempo depois, chegou a minha vez de participar do processo seletivo para o serviço militar. Foram tantas etapas de seleção, que já tínhamos alguma amizade com pessoas do quartel. Então eles contaram que o rapaz nunca havia jogado basquete na vida, que o pessoal da reportagem resolveu inventar aquilo, e que ficaram filmando meia-hora na quadra até que o sujeito conseguisse acertar um arremesso, para colocar na matéria.

Caso 2 - São Paulo, meados da década de 1990, eu prestava serviços para uma empresa em São Paulo, e chegou a equipe da Globo para fazer uma entrevista com o diretor da empresa, para aparecer no jornal nacional. A empresa não estava contratando funcionários. Mas o repórter informou que gostaria que o diretor dissésse que estavam em forte processo de contratação. O diretor, louco de feliz por aparecer no jornal nacional, não teve dúvida: "nossa empresa está investindo, e estamos em forte processo de contratação de funcionários".

Caso 3 - Rio de Janeiro, década de 1960, e um diário carioca assina contrato com a cantora Maysa para ter uma "coluna da Maysa". A tal coluna foi publicada durante bastante tempo, mas nunca Maysa escreveu qualquer texto para o jornal, nem leu, nem revisou, nem nada. Se Maysa estava cantando no Japão, lá escrevia o jornalista contratado para "ser" Maysa no jornal: "Aqui em Tokio...", e tome mentiras para os leitores.

Caso 4 - Porto Alegre, início da década de 1970, o jovem jornalista Rogério Mendelski, que viria a ser um dos mais brilhantes jornalistas políticos do Rio Grande do Sul, mas que nunca estudou nem se interessou por astrologia, era o encarregado de escrever o horóscopo para o jornal em que trabalhava. E tome criatividade para inventar previsões todos os dias...

Mas, a maioria da população ainda recorre à imprensa tradicional para informação. Alguns até pagam pelo jornal...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Eu pago o "Luz Para Todos"

Almoçava hoje com um amigo, gaúcho, que possui uma pequena propriedade rural para lazer, no interior do Rio Grande do Sul. Não conheço su propriedade mas, segundo ele, ficam beeeem longe de tudo. Na propriedade há duas casas, uma que é usada pelo meu amigo quando em visita por lá, e outra usada pelo casal de caseiros. Segundo meu amigo, há na região diversas outras propriedades, todas similares, distantes uma das outras.

Outra informação importante do meu amigo - os trabalhadores rurais da região são fiéis ao PP (antiga Arena, que depois virou PDS, que então virou PPB, que agora é PP). Por tradições gaúchas.

Pois bem, qual não foi a surpresa do meu amigo ao ver chegar lá na sua propriedade a energia elétrica, trazida pelo programa "Luz Para Todos" do governo Lula. Não sei se entendi bem, mas parece que instalaram 8km de cabos elétricos, apenas para atingir a propriedade do meu amigo. Ou seja, o retorno econômico deste investimento deverá ocorrer em alguns séculos.

Mas o resultado principal da estratégia de Lula já está sendo atingido - os trabalhadores, ainda fiéis ao PP, já falam: "só temos energia elétrica graças ao presidente lula".

Na verdade, deveriam dizer: "graças ao povo brasileiro que paga impostos para que lula aplique em ações eleitoreiras que beneficiam ele e o PT".

Ainda segundo meu amigo, o mesmo se estendeu a todas as propriedades da região. Não há mais nenhuma casa sem energia elétrica. Muitos quilômetros de cabos. E muitos votos para o PT em 2010.

O que comentei com meu amigo foi - como é que os presidentes anteriores não pensaram nisto e deixaram esta bola picando, pronta para Lula chutar?

Derrotar o PT em 2010 não vai ser fácil. até porquê parece que a oposições trabalham a serviço de Lula...

Agora só falta o meu amigo me convidar para um fim de semana na chácara dele, para eu poder usufruir um pouco desta energia que ajudei a pagar...