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domingo, 31 de julho de 2011

Fui cliente da Vivo por 1 dia

Não sou tão ingênuo, como outros, que dizem tolices do tipo – “a telefonia era boa antes da privatização”. Não era. Era ruim e, pior, era para poucos privilegiados. O pior é que muitas vezes quem diz que naquela época é era bom nem tinha acesso à telefonia antes da privatização. Coisas da memória humana, que o PT sabe explorar e usar com maestria.

Agora, a forma como nós, população, toleramos bovinamente o descaso das operadoras de telefonia é uma evidência cabal de eu somos um país de bananas.

Sou cliente da Tim desde sempre, ou seja, desde que eles entraram no Brasil, anda na década de 1990. Atualmente sou cliente corporativo, ou seja, quem é cliente é a minha empresa, e usamos várias linhas.

Confesso que não sou muito exigente, mas é fato que o serviço da Tim só vem piorando. As ligações caem a todo momento, a internet 3G é uma porcaria. Há alguns meses atrás encontrei na Exame uma possível explicação para esta piora constante – a nova estratégia da Tim é vender chips de fale ilimitado em favelas e comunidades pobres. Assim, ela agrega milhões de novos usuários. Como estes novos usuários não pagam quase nada pelo serviço, a empresa não possui dinheiro para crescer a sua infra-estrutura na mesma velocidade em que cresce o número de usuários. Desta forma, mais usuários dividem a mesma infra-estrutura, que começa a não dar conta e a falhar.

Um pouco depois da matéria na Exame uma empresa de consultoria em telefonia me procurou para me convencer a mudar para a Vivo. Os atrativos seriam o seguinte: a Vivo não vende os ilimitados, logo, não tem o problema mencionado acima, além disso tem mais cobertura, mais torres de 3G, as ligações não caem e, por fim, o serviço ficaria mais barato do que na Tim.

Sou muito conservador, e reluto muito em mudar meus parceiros de tantos anos. Mesmo assim, com a irritação crescente que o mau serviço da Tim me causa, acabei chamando a empresa de consultoria (meses depois) e dei o OK para a mudança. Contei a minha decisão a alguns amigos que são clientes da Vivo e me chamaram de louco...

Na última 6ª feira os novos telefones, chips e modems chegaram lá na empresa. Peguei os meus no sábado pela manhã.

Sábado à noite quis acessar a internet e, ao tentar conectar, vi que era necessário ligar para a Vivo para fazer o desbloqueio. Liguei e fiquei quase 60 minutos ouvindo musiquinha. Uma hora da minha noite de sábado desperdiçada com música chata, esperando ser atendido. Um absurdo. Mas, enfim, fui atendido, e a atendente do call Center começou a pedir informações técnicas sobre o modem. Sou ignorante em tecnologias, e não sabia responder ao que ela perguntava. Ela poderia ter dito: “senhor, olhe na lateral da caixa”, ou “senhor, olhe embaixo do modem”, mas não, se limitava a pedir as informações como um robô. Com o passar dos minutos, sua voz começou a ficar irônica, já que eu não conseguia localizar as informações solicitadas. Resultado – a ligação terminou aos gritos, aos xingamentos, e com minha esposa me servindo calmante.

Segunda-feira cortarei o contrato com a Vivo. Fui cliente da empresa por 1 dia. (só publico este post porque o modem da Tim ainda está funcionando)

sábado, 30 de julho de 2011

Nada como um dia depois do outro

"The fact that we are here today to debate raising America’s debt limit is a sign of leadership failure. It is a sign that the U.S. Government can’t pay its own bills. It is a sign that we now depend on ongoing financial assistance from foreign countries to finance our Government’s reckless fiscal policies. … Increasing America’s debt weakens us domestically and internationally. Leadership means that “the buck stops here.” Instead, Washington is shifting the burden of bad choices today onto the backs of our children and grandchildren. America has a debt problem and a failure of leadership. Americans deserve better.”

Discurso de Barack Obama, em 2006.

Do Nelson Motta

"Se o futuro do Brasil está nas mãos dos estudantes e quem os representa é a UNE, então é bom começar a pensar em um plano B."

Do Julio Severo

"O terrorista norueguês Anders Behring Breivik proclamava abertamente a supremacia da "ciência" de Charles Darwin sobre a Bíblia. Darwin não reconhecia Deus como a origem da vida humana, mas a atribuía às amebas e aos macacos. Essa "ciência" era a base da Alemanha nazista e da União Soviética, sistemas políticos e ideológicos hostis ao Cristianismo.

Entretanto, em resposta ao ato terrorista do darwinista fundamentalista, a imprensa esquerdista aproveitou a oportunidade para cometer um grande atentado terrorista: dizer que o norueguês era cristão conservador. E por que não aceitar essa mentira? Essa é mesma imprensa que idolatra como "ciência" as teorias de Darwin, tornando Breivik muito mais próximo do secularismo da mídia do que os cristãos conservadores, que sempre desprezaram Darwin, Alemanha nazista e União Soviética.

Mas e se o norueguês realmente fosse um cristão conservador? O que a imprensa faria?
Desde os sistemáticos e frequentes ataques terroristas islâmicos contra o Ocidente, a resposta dos meios de comunicação ocidentais é repetir cansativamente: "O islamismo é uma religião de paz". Não há atentado ou monstruosidade islâmica, por mais mortífera que seja, que desvie a mídia de sua pregação da religião de Maomé como verdadeira pomba de paz na terra.

Semana após semana islâmicos cometem atos terroristas. E semana após semana, a imprensa repete seu mantra da "religião de paz".

O Brasil sofreu recentemente o caso do massacre do Realengo, nitidamente islâmico, mas a imprensa apressadamente protegeu e acobertou a "religião de paz".

E para garantir que o Brasil esteja em sintonia com as pregações da mídia, o PT apresentou no Congresso Nacional o projeto de lei PL 1780/2011 para tornar obrigatório nas escolas o ensino da "cultura árabe e da tradição islâmica". A finalidade do PT é "combater a intolerância e o preconceito" contra a "religião da paz"."

Do Reinaldo Azevedo

"Há coisas que têm tudo para dar errado e que, vejam vocês, dão! É o caso de Barack Obama nos EUA. O que sempre pensei a respeito deste senhor está nos arquivos. Sempre vi nele o traço inconfundível de um populista do Terceiro Mundo. É claro que isso nada tem a ver com a sua cor ou origem, mas com os seus métodos. Achava detestável sua mania de se referir a “Washington” como o lugar da picaretagem, como se ele não fosse, afinal, alguém de… Washington! No Brasil, Lula atacava — e ataca ainda — as “elites”.

Ambos têm histórias, origens e formações muito distintas. Mas algo os reúne de maneira inegável: não estão nem aí para as instituições; acreditam que uma de suas tarefas é atropelá-las. E as atropelam. Obama, só para citar um caso, foi à guerra contra a Líbia sem pedir autorização para o Congresso e, na prática, jogou no lixo os termos da resolução da ONU que autorizava a ação naquele país. Sim, ele acha que pode.

Nego-me a discutir a questão estúpida sobre se a crise é ou não herança do governo Bush. Deixo isso para o Arnaldo Jabor. Essa é outra marca da mentalidade tacanha terceiro-mundista. Quem se apresenta como candidato e se dispõe a ganhar uma eleição está afirmando que sabe como resolver o impasse — se há um. Se o governo Bush tivesse sido um espetáculo, Obama não teria sido eleito. É simples assim. E ele se tornou presidente justamente porque o outro se deu mal. O que lhe garantiu a ascensão não pode ser fonte permanente de desculpa para o seu insucesso. É uma questão óbvia, de lógica elementar.

Obama transformou os EUA no Findomundistão, um paiseco ridículo, em que o presidente da República se comporta como um propagandista vulgar. Em meio a uma das maiores crises da história recente dos EUA, sabem o que fez o homem ontem? Um tuitaço, jogando a população contra o Congresso. Ou melhor: tentando incitar as massas contra os republicanos."

sexta-feira, 29 de julho de 2011

País de panacas

A corrupção pós-PT perdeu a vergonha e o senso de razoabilidade.

Tenho escrito que vivemos numa espécie de "irreality" show, ou show do bilhão, onde os miseráveis assistem bestificados ao festival de bilhões prá cá, bilhões prá lá.

Vejam no post abaixo um exemplo da perda do senso de razoabilidade - R$30 milhões de dinehiro público torrados em apenas algumas horas de um evento da copa do mundo, a ser realizado no sábado. Durante as poucas horas de realização deste evento, quantos brasileiros morrerão esperando atendimento nas filas dos hospitais públicos do país?

Do Coturno Noturno

"Hoje o jornal O Globo condena, em editorial, o uso de dinheiro do BNDES, de dinheiro do estado e de dinheiro da prefeitura para doar um estádio para o Corinthians, em São Paulo. Tem toda a razão. Mas perde o direito de contestar quando não fala nada do aumento de R$ 300 milhões na obra do Maracanã e, especialmente, do evento de amanhã, para o sorteio das chaves da Copa de 2014. Ele é organizado por uma empresa de promoções que pertence à Rede Globo e torrará R$ 30 milhões do governo Cabral em quatro horas, com direito a roubar um aeroporto dos brasileiros, para que o barulho dos aviões no Santos Dumont não atrapalhem as negociatas ao pé do ouvido que envolvem a emissora de TV e os corruptos da CBF e da FIFA. É este tipo de parcialidade que enoja na imprensa brasileira."

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Do Augusto Nunes

"Valendo-se de sucessivos pedidos de licença, o procurador a serviço do PT não procura delinquentes há oito anos e meio. Em vez de defender a lei, Luiz Francisco segue em lugar incerto para obedecer a um dos mandamentos da seita companheira: não existem pecadores no rebanho. Existem apenas uns poucos devotos que, muito raramente, cometem erros. São todos irrelevantes. A imprensa é que tenta transformá-los em ocorrências policiais por ser portadora da disfunção cujo nome Dilma Rousseff aprendeu com Jorge Hage: “escandalização do nada”.

O contrário da expressão sem pé nem cabeça é a banalização de tudo. Até das roubalheiras bilionárias praticadas pelo mundaréu de bandidos de estimação."

Do Rodrigo Constantino

"É impressionante como Obama cada vez mais se parece com uma espécie de Lula americano, apenas mais moreninho. Retórica sensacionalista, só pensa em aumentar impostos para os mais ricos (como se isso não afetasse negativamente os mais pobres), culpa os republicanos por todos os problemas, só pensa em fazer campanha política o tempo todo, quer gastar mais e mais dinheiro do pagador de imposto, pretende criar o fracassado SUS nos EUA, e até elogiou o nosso BNDES! Por isso Obama chamou o ex-presidente Lula de "o cara". Seu sonho era viver numa nação tupiniquim em que fosse mais fácil ser populista sem a reação de liberais e conservadores, sem o Tea Party, onde a "oposição" fosse feita por tucanos! Só falta mesmo Obama começar seus discursos falando: "Never before in the history of United States..." "

Do General Luiz Eduardo Rocha Paiva

"O respeito a um código de valores morais e éticos é um dos alicerces da grandeza das nações. Riqueza, progresso e poder não bastam nos desafios cujo enfrentamento exija coesão, auto-estima e auto-respeito, atributos de nações que se impõem pelo próprio valor. O código é a Lei Moral, amálgama dos cidadãos entre si, elo do povo com sua liderança e base da grandeza das nações.
A sociedade brasileira padece de grave enfermidade moral que contamina a liderança nacional e compromete a coesão."

Os idiotas

Alguém já escreveu isto, mas vale relembrar. Sempre existiram idiotas na história da humanidade. Só que a vida, antigamente, não era fácil. A tribo tinha que se preocupar com conseguir comida para o dia, enfrentar animais selvagens, combater tribos inimigas, encontrar água, se preparar para o inverno, etc. A liderança era naturalmente exercida pelos mais fortes e mais preparados, e os idiotas ficavam recolhidos nos seus cantos, sem se meter em nada. Penso que se os idiotas tivessem assumido o controle naquela etapa da evolução, a humanidade já teria sido extinta antes da nossa era.

Mas, enfim, o tempo passou, a coisa foi melhorando, a vida ficou mais confortável e menos perigosa, as sociedades ficaram mais estruturadas, com produção agrícola, refrigeração para guardar alimentos, exércitos organizados, etc., e os idiotas começaram a se dar conta que eles eram a maioria. E começaram a pensar em por que precisavam se submeter a outros se eles eram maioria. Deveriam, na opinião deles, assumir o comando.

A ponte para a tomada do poder pelos idiotas acabou sendo, infelizmente, o regime democrático. Os idiotas descobriram que podiam votar em idiotas, e assim é até hoje. Os idiotas eleitores se reconhecem nos idiotas candidatos. Agora eles mandam, eles definem os rumos da humanidade, pelo menos da parte ocidental da humanidade.

Não duvido que em algumas décadas não tenhamos que voltar a nos preocupar com a comida do dia, com os animais selvagens, com as tribos inimigas ... aí vai ser a hora dos idiotas entregarem o poder e se recolherem.

Do Reinaldo Azevedo

"Pouco me importa o que o Joãozinho faz com o Joãozinho. Não tenho nada com isso! Se os ministros do STF, no entanto, fingem que um artigo da Constituição não está lá, aí eu me rebelo, sim! Porque isso me diz respeito. EU NÃO LHES RECONHEÇO O ARBÍTRIO DE DECIDIR CONTRA A CARTA QUE OS LEGITIMA COMO PESSOAS QUE DECIDEM, ENTENDERAM? Quando se praticou aquela óbvia violação da Constituição, alertei: “Abre-se um precedente; se o direito não pode mais ser achado nas leis, será achado onde? Nas ruas? No arbítrio do mais forte?” Os cretinos me acusaram de homofóbico. Os que têm miolos entre as duas orelhas entenderam a natureza do debate: numa democracia, a lei, mesmo ruim, é melhor do que a sua violação — se ruim, que seja mudada por quem tem a prerrogativa constitucional de fazê-lo.

Também os maconheiros — o segundo lobby mais organizado do país na esfera dos costumes; só perdem para os gays e ainda não fazem novelas nem seriados… — ficaram indignados comigo. De novo, o Supremo resolveu tomar uma decisão contra a letra explícita de um código — nesse caso, o Penal. O Artigo 287 é claro a mais não poder quanto a considerar crime a apologia do… crime. Mesmo assim, as tais marchas da maconha foram liberadas, embaladas por uma retórica que chegou a ter seus momentos verdadeiramente condoreiros. Na prática, o que o STF fez foi mudar o dicionário, dando um sentido novo à palavra “apologia”. Entendam: o tribunal não declarou a inconstitucionalidade do Artigo 287 do Código Penal. O que ele fez foi afirmar que apologia não é… “apologia”. Assim como decidiu que, no Artigo 223 da Carta, homem não quer dizer “homem”, e mulher não quer dizer “mulher”. E estamos conversados!"

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Ecologicamente covardes

O mundo está em conflito, sendo que estão sob ataque cerrado o capitalismo, a liberdade e a civilização ocidental. Entre os atacantes, muitos ocidentais.

Nesta guerra, utilizam a figura de um maluco norueguês para atacar valores da direita. No entanto, ninguém sai atacando o Islã, ou os árabes, persas, etc. quando um maluco deles comete atentados terroristas.

Entre os alvos deste conflito estão as empresas ocidentais (sim, empresas Russas e Chinesas estão seguras, por enquanto). Neste particular, me irrita a bovinidade (inventei esta palavra) dos empresários. Estão sempre prontos a ceder, a entregar terreno, a tomar hoje a decisão que vai liquidá-los amanhã.

Houve tempo em que apenas o pensamento Marxista ameaçava as empresas. Com o tempo os atacantes sofisticaram sua estratégia, ampliando o leque de ameaças de forma que possam manter as empresas permanentemente sob ataque. Entre as novas formas de ameaça, que são marxismo disfarçado, estão ecologia e uma tal de responsabilidade social.

Há muitas pessoas que não concordam com o Marxismo, mas quem pode ser contra a ecologia, ou contra a responsabilidade social? Não são uns gênios esses comunas?

Os empresários, claro, abriram as pernas ao primeiro grito. Não compreenderam, por exemplo, que nenhum ecologista está preocupado com ecologia, o que os caras querem é acabar com as empresas deles. Desta forma, nunca será possível satisfazer as demandas dos ecologistas. Se atender à exigência de hoje, não haverá tempo de comemorar, pois amanhã haverá nova exigência na praça, e sua empresa continuará sendo tão “bandida” quanto era ontem. Num crescendo, até o ponto em que sua atividade se torne economicamente inviável.

Estive hospedado em um hotel de São Paulo entre quinta-feira e domingo. O que a maioria das pessoas espera de um hotel, creio, são boa localização, bom serviço, segurança e preço justo. Duvido que alguém, ao procurar por um hotel, queira saber se ele é ecologicamente correto. Se alguém disser que tem isto entre seus principais fatores de decisão estará, possivelmente, mentindo.

Se houver dois hotéis da mesma categoria numa determinada rua, sendo um deles mais barato, e o outro ecologicamente correto e mais caro, qual terá mais hóspedes?

Mas era incrível a preocupação do hotel em que me hospedei em mostrar que eram social e ecologicamente corretos. Quando fui pagar a conta veio incluído uma doação de R$1,00 para o WWF. Mandei tirar da conta, claro. Ontem recebi no meu e mail uma pesquisa do hotel para avaliar o meu grau de satisfação. Geralmente deleto esses e mails, mas, neste caso, resolvi gastar alguns minutos do meu tempo e responder à pesquisa. No entanto, mais da metade da pesquisa era de questões referentes ao fato de o hotel ser social e ecologicamente correto.

Pior é que os empresários, além de covardes, são hipócritas, e acabam transformando essas questões de ecologia e responsabilidade social em ferramentas de marketing. Não é uma chatice? Muitas empresas ao invés de anunciarem produtos e preços anunciam seus programas sociais.

Houvesse mais coragem e menos hipocrisia entre os empresários, e deixariam claro que as empresas existem para ganhar dinheiro. Quanto ao meio ambiente, devem respeitar a lei. Se querem ser social ou ecologicamente corretas, melhor, afinal, como disse no início, ninguém é contra isto. Mas que não sejam social e ecologicamente corretas por covardia ou por questões de marketing. Sejam por consciência.

Para economizar água (pensando no planeta) adotei o hábito de, pela manhã, urinar durante o banho. Tem gente que é contra mas, enfim, cada um na sua. Agora, não vejo minha empresa fazendo uma campanha de marketing assim: “Esta é uma empresa ecologicamente correta, seu proprietário urina no banho”, ou enviando uma pesquisa de satisfação aos clientes com a seguinte questão: “o fato de o proprietário da nossa empresa urinar no banho deixa o sr./sra. mais satisfeito com os nossos serviços?”

terça-feira, 26 de julho de 2011

Assim como bois

Já escrevi textos sobre aquelas que são, na minha opinião, as principais ameaças à economia brasileira. São tantas ameaças que para escrever sobre todas seria necessário um livro. Vou citar apenas algumas: inflação, gastança pública, endividamento público, corrupção desenfreada, enfraquecimento institucional, real forte, exportação de empregos e produção para a China, falta de qualificação da mão de obra, alto preço da mão de obra, falta de infraestrutura adequada, carga tributária, carga trabalhista, insegurança jurídica, ausência de reformas estruturais, etc., etc., etc.

Esses fatores todos formam em mim uma firme convicção - estamos todos sentados sobre uma bomba, sendo a única dúvida saber quando irá explodir.

O consumidor brasileiro, contudo, assim como o boi que segue feliz no caminhão do matadouro, parece ignorar tudo isto. Vejam a notícia da Veja.com:

"A confiança do consumidor atingiu nível recorde em julho. Foi o que revelou nesta terça-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao divulgar o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que mostrou alta de 5,4% em julho contra junho, ante elevação de 2,3% em junho na comparação com maio. Trata-se do maior patamar da série histórica, iniciada em setembro de 2005. O otimismo com o futuro da economia impulsionou o avanço de 5,4% do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) em julho contra junho."

Resposta da oposição ao socialista Obama

Da Veja.com:

"Logo após o pronunciamento de Obama, o republicano John Boehner, presidente da Câmara dos Representantes, também foi a público rebater a fala do presidente. Em um pronunciamento curto, mas duro, Boehner afirmou que a Casa Branca quer um “cheque em branco” da nação para que o governo “continue gastando o que não tem”. De acordo com o líder republicano, Obama fala em um debate balanceado do problema da dívida, mas que isso, para a presidência, significaria “eu gasto mais, vocês pagam mais”.

Para Boehner, o presidente cria um “ambiente de crise”. Referindo-se ao momento em que o presidente americano falou da importância dos EUA, o republicano afirmou que “quanto maior o governo, menor o povo” de um país."

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Para sobreviver na mídia

Um conhecido meu, que conhece governos por dentro, me disse o seguinte: a conclusão de projetos ou inauguração de obras concluídas rendem notícias de rodapé, não manchetes. Salvo se for a inauguração de algo bombástico, como um novo Maracanã ou um trem bala.

Só anúncios de novos projetos e novas obras rendem manchetes. Desta forma, para se manter em evidência na imprensa do século XXI os governos precisam anunciar projetos e obras todos os dias, mesmo que seja para abandoná-los no dia seguinte (afinal, no dia seguinte ninguém mais vai lembrar deles mesmo).

Do Nivaldo Cordeiro

"Um fato histórico da maior relevância é o cabo de guerra ora em disputa entre Barack Obama e os republicanos inspirados no Tea Party, a respeito da expansão, ou não, do limite da dívida pública. Situação histórica única, ao menos desde o final da II Guerra Mundial. Não deixar o Estado se endividar mais e não permitir a elevação de impostos é a realidade enquanto tal, a sanidade política e econômica. Mas desde o pós-guerra governos de todo o mundo abandonaram o real e mergulharam na aventura inflacionária desenfreada."

Comento:a imprensa ocidental, ignorante até a alma, cujo única razão de existência é "papagaiar" o que dizem os "progressistas", está enfurecida com os republicanos, que ousam discordar dos planos de Obama, de continuar crescendo indefinidamente uma dívida que já é impagável.

sábado, 23 de julho de 2011

Presidanta falou asneira

Nada (ou quase nada) sobrevive à democracia, infelizmente. Vejam o caso da Universidade de Brasília, democratizou seu processo eleitoral e acabou se transformando em ponto de drogas (em todos os sentidos).

Imaginem se uma empresa fosse administrada pelo regime democrático. Os candidatos a presidente teriam que prometer aos empregados/eleitores que aumentariam salários, benefícios e reduziriam a jornada de trabalho. No dia às eleições a empresa estaria quebrada.

Imaginem se uma família fosse administrada pelo regime democrático. Os candidatos a chefe da família teriam que prometer aos filhos/eleitores que, se votassem nele ou nela, teriam suas mesadas aumentadas, não precisariam mais ir à escola nem tomar banho.

Só a democracia permite que nulidades como Lula e Obama, que nunca administraram nada nas suas vidas, cheguem à presidência da república. Nem os países resistem à democracia, e o processo de quebradeira em série nos países ocidentais vai deixando isto claro.

Só a democracia permite que uma mulher que conseguiu inviabilizar uma loja de 1,99 chegue à presidência da república e passe a administrar um país todo.

Passei por uma banca de jornal hoje e a manchete da Falha de São Paulo trazia palavras da presidanta: “não quero controle da inflação se o preço for crescimento zero na economia”.

A presidanta que não sabe nada não faz nem idéia da besteira que está falando. A inflação é um dos maiores flagelos de uma sociedade, e atinge mais profundamente os mais pobres. A presidanta não sabe que o mercado trabalha com base em expectativas e, depois de ouvir uma mensagem dessas, passa a precificar a inflação futura, ou seja, incluir a expectativa de inflação nos seus preços.

Quanto tempo ainda resistiremos?

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Conversa de fila

Na fila do consulado americano hoje em São Paulo um executivo dizia: "antes do PT os políticos roubavam 10% a 15% dos orçamentos das obras públicas, mas gastavam o resto nas obras. A inovação do PT foi descobrir que poderia roubar 90% do orçamento, gastar apenas 10%, e manter a população feliz com propaganda maciça afirmando que nunca antes se fez tanta obra."

Farra paulista, ou também bate um coração petista no peito de Alckmin

Do Estado de São Paulo:

"Sobram razões para a Fiel, como é conhecida a torcida do Corinthians, fazer a festa que fez no local onde será erguido o estádio da agremiação, em Itaquera, e para o presidente do clube, Andrés Sanchez, chorar de emoção. É bondade demais para eles. Mas essa bondade será paga pelos contribuintes, que não têm motivos para festejar. Muito provavelmente, em termos proporcionais, nunca antes na história deste país tanto dinheiro público foi mobilizado para bancar uma obra privada como está sendo feito para a construção do Itaquerão, nome pelo qual o futuro estádio está sendo chamado.

A festa foi feita para a sanção da lei que autoriza a Prefeitura a conceder incentivos fiscais para a execução da obra. Já havia promessa de financiamento federal, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas não se esperava a participação do governo estadual. Durante meses, o governo paulista condenou o uso de recursos públicos em obras para uso privado e, por isso, estava fora dessa farra com o dinheiro do contribuinte. Não está mais. No ambiente de festa dos corintianos, que contagiou dirigentes esportivos e políticos ávidos por prestígio e voto, o governo do Estado confirmou que também participará do projeto, com recursos por enquanto estimados em R$ 70 milhões.

O futuro estádio do Corinthians, que deverá sediar o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014, será pago em grande parte pelos contribuintes, corintianos ou não, dos mais modestos ao mais abonados, sem que a imensa maioria deles tenha sido consultada sobre o destino que está sendo dado ao tributo que recolhem, muitas vezes com grande sacrifício. Na fase da construção, nem o Corinthians nem a Odebrecht, empreiteira contratada para a obra, terão de desembolsar qualquer tostão.

O terreno onde será erguido o Itaquerão é da Prefeitura, que o cedera para o Corinthians sob a condição de o clube ali construir seu estádio num determinado prazo, que não foi cumprido. Mesmo assim, a Prefeitura não retomou o imóvel e, agora, o cedeu novamente para o mesmo clube. Dos R$ 820 milhões em que foi orçada a obra - valor que poderá ser revisto com o avançar da construção (nossos conhecidos aditivos) -, a Prefeitura garantirá R$ 420 milhões em incentivos fiscais assegurados pela lei que o prefeito Gilberto Kassab sancionou durante a festa em Itaquera. Quanto aos restantes R$ 400 milhões, já há o compromisso do BNDES de financiá-los nas condições favorecidas que valem para as instalações da Copa.

Todo esse dinheiro, como fez questão de esclarecer um dirigente da construtora contratada para a obra, será aplicado na construção de um estádio com capacidade para 48 mil espectadores, inferior à capacidade mínima de 68 mil pessoas exigida pela Fifa para a abertura da Copa do Mundo. Para manter a abertura em São Paulo, o governo do Estado decidiu bancar a ampliação da capacidade do Itaquerão em 20 mil espectadores.

O dirigente da construtora fez questão de ressalvar que o orçamento inicial continua sendo o anunciado, mas o valor não inclui a ampliação da capacidade. Essa ampliação "não está no nosso contrato" e "será uma obra a ser contratada pelo governo de São Paulo", disse ao Estado.

O secretário de Planejamento e Desenvolvimento do governo paulista e coordenador do Comitê Paulista de organização da Copa do Mundo, Emanuel Fernandes, disse que o papel do Estado é apenas de "apoio logístico" à Copa, não ao estádio, pois, encerrada a competição, tudo o que o governo tiver feito será retirado. "Nenhum parafuso ficará com o Corinthians", assegurou. Resta saber o destino a ser dado, então, aos parafusos e outros materiais que terão custado sete dezenas de milhões de reais aos cofres estaduais, isto é, aos contribuintes.

Por essas razões, à felicidade da nação corintiana - como é popularmente chamado o grupo de dirigentes, atletas, sócios e torcedores do Corinthians - se contrapõem os ônus dos contribuintes e as preocupações dos cidadãos da nação brasileira com a ligeireza e a irresponsabilidade com que os gestores dos recursos públicos, em todos os níveis, têm agido para obter "aditivos" político-eleitorais, beneficiando alguns, em detrimento dos demais."

Um dia perdido

Perdi o dia de hoje, no consulado americano em São Paulo, renovando meu visto. Tudo dentro do esperado, milhares de pessoas, horas de espera, o tempo todo em pé. Além disso, isolado do mundo, pois nem telefone celular pode entrar no consulado.

Sempre que tenho que passar por esta tortura da renovação do visto fico muito irritado. Perco tempo, perco um dia de trabalho, gasto uma grana (avião, hotel), e tudo para nada - ninguém me entrevista, ninguém me pede nenhum documento, nada. Só venho aqui cumprir tabela. Para quê? Poderia ser resolvido pelo correio.

Agora são 15:41h, e vou "almoçar". Até amanhã.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A conta da extorsão

Sustentar o crime organizado não sai barato.

Um amigo meu construiu uma empresa, com o trabalho da vida. Enquanto esteve à frente do negócio entregou anualmente 34% do seu lucro para o governo, a título de imposto de renda e contribuição social.

Agora ele vendeu a empresa, e pagará mais 15% sobre o ganho apurado na venda.
Até aí a extorsão travestida de tributos já levou 49% do esforço de uma vida de trabalho.

Agora, coloque na conta ICMS, IPI, II, Pis, Cofins, ISS, CIDE, INSS, e veja onde este percentual vai chegar.

Só um povo de bananas como o nosso para aceitar festivamente extorsão desta magnitude.

Do Guilherme Fiúza

"A faxina de Dilma Rousseff no Dnit não tem paralelo na história deste país.
A presidenta varreu do órgão várias cabeças acusadas de corrupção. E a maior delas foi varrida para debaixo do tapete.

As férias do diretor-geral Luiz Antonio Pagot se tornaram o grande enigma da República. Mais alta patente da turma do PR suspeita de inflar valores de obras, Pagot já desafiou Dilma publicamente a demiti-lo – ou a dizer que vai demiti-lo.
Fez isso em dois depoimentos no Congresso Nacional, aos quais compareceu sacrificando dois dias de suas férias. Talvez a presidenta tenha considerado essa punição suficiente."

Do Claudio Humberto

21/07/2011 | 00:00
Rio paga cinco vezes mais por viatura
O governo do Rio pagará R$ 154.476 por cada nova viatura da Polícia Militar, ou o quíntuplo do valor do modelo Logan, da Renault, o carro escolhido em pregão. No mercado, o completo custa R$ 36 mil. O estado vai receber 1.508 carros, e alega “adaptações” que encarecem a patrulha. Mas o Logan saiu mais caro que a Toyota Hilux, picape de luxo comprada pelo governo do Ceará, a R$ 150 mil cada, para sua polícia.


21/07/2011 | 00:00
Conforto
Os policiais cariocas terão carro com ar e direção hidráulica. As viaturas francesas vão circular na capital e na Região Metropolitana.


21/07/2011 | 00:00
Faroeste urbano
Pelo andar da viatura, o governo espera um confronto com guerrilhas. Reservou mais R$ 257 milhões para a manutenção por 30 meses.


21/07/2011 | 00:00
Pista dupla
Como revelou a coluna dia 8 de junho, o empresário Eike Batista, amigo do governo, negocia com a Renault sociedade em fábrica de carros Rio.


21/07/2011 | 00:00
Comendo poeira
A patrulha Hilux cearense, R$ 4 mil mais barata, além de mais potente, tem banco em couro, roda de liga leve e câmbio automático

Da Grécia para o Brasil

"Eu sou você amanhã."

É só esperar 2014 passar...

Do Coturno Noturno

"Então, meus caros e caras, o nosso problema não é só o PT e o PR, infelizmente. O nosso problema são os políticos de forma geral que perderam a vergonha na cara. Os seus governos estão cheios de técnicos ganhando salários altíssimos e muito mais capazes do que este blogueiro para fazer contas antes de tomar este tipo de decisão. Não fazem porque não querem. Não fazem porque o Brasil tem um povo burro, sem educação, sem cultura, sem instrução, sem cidadania, sem vergonha na cara também, esta é a grande verdade.Tem gente muito culta botando camiseta de time paulista para discutir o estádio do Corinthians. A web já está cheia de piadinhas de corintiano levando vantagem. Vai esperar o quê de um povo destes?"

Do Reinaldo Azevedo

"Os petistas dizem se preocupar tanto com a desigualdade social não por humanismo ou por senso de justiça, mas porque ela oferece um excelente pretexto para o estado autoritário e confere certo sentido moral às ilegalidades praticadas para a construção da hegemonia partidária. As misérias humanas — e a conseqüente necessidade de criar o novo homem — são o fundamento dos dois grandes totalitarismos do século passado: fascismo e comunismo. Ambos têm mais em comum do que gostam de admitir fascistas e comunistas.

Não existe regime de força que não tenha se instalado prometendo promover o bem comum. Aliás, as tiranias precisam esvaziar os indivíduos de todas as suas verdades e necessidades “egoístas” em nome da coletividade, que será representada por um partido ou por um condutor das massas — em certos casos, por ambos."

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O povo e a copa

Se fizer uma pesquisa nas empresas, com seus funcionários, sobre a conveniência da realização da copa no Brasil, creio que a maior parte dos pesquisados se manifestará contrariamente à realização.

Agora, se entrevistar o povo nas ruas, aquele que efetivamente faz a diferença na hora de eleger presidente, que nem sabe que vai pagar a conta da copa, e que não tem dinheiro para ir aos jogos, não tenho dúvida – dará 100% a favor da copa no Brasil.

Sempre onde há vigaristas reunidos, há desperdício de dinheiro público, ou bate um coração petista no peito de Kassab

“Uma cerimônia realizada na manhã desta quarta-feira selou o final feliz da guerra que cercou a escolha do estádio paulista no torneio. Final feliz, diga-se, apenas para os ocupantes do palanque montado em Itaquera, na Zona Leste da cidade - o local que deverá receber a abertura do Mundial. Para os moradores da maior cidade do país, restou uma conta de 420 milhões de reais, além da dúvida sobre se a cidade será mesmo beneficiada pela realização da partida inaugural da Copa. "Não adianta procurar crise onde não existe", avisou Orlando Silva, o ministro do Esporte, encerrando dois anos de declarações desencontradas, troca de críticas entre autoridades e vários compromissos quebrados. "O estádio de São Paulo está resolvido", garantiu, em meio a aplausos da claque reunida no terreno vazio que, dentro de três anos, deverá ser ocupado pelo Itaquerão.

Além de Orlando Silva, participaram da cerimônia o governador Geraldo Alckmin, o presidente corintiano Andrés Sanchez e o prefeito Gilberto Kassab, que sancionou o projeto de lei que concede a isenção fiscal para o estádio. Aplaudido de pé ao discursar, Kassab se mostrou emocionado. "Estamos contribuindo para a alegria do povo brasileiro e para o desenvolvimento da Zona Leste", empolgou-se.

Filiado PT, amigo de integrantes do governo e grande aliado do presidente da CBF, Ricardo Teixeira - que não compareceu -, o presidente do Corinthians tinha motivos de sobra para ficar satisfeito. No momento em que Gilberto Kassab assinou o projeto, Sanchez livrou-se de mais da metade da despesa prevista com a construção do estádio. O orçamento, que já mudou oito vezes em pouco menos de um ano, hoje fixa em 820 milhões de reais o custo total do Itaquerão. O cartola justifica a necessidade de investimento público no estádio dizendo que, se dependesse dele, o Itaquerão seria apenas o campo do Corinthians, não a sede paulista da Copa. Como a Fifa exige uma capacidade maior do estádio que vai receber a abertura, todas as adaptações necessárias ao projeto original foram colocadas na conta do poder público. O problema é o que ocorrerá depois do Mundial. O torneio termina e o estádio fica para o clube. "Como presidente do Corinthians, fico feliz. Mas tem o lado do respeito humano", disse Sanchez. "Isso tudo não é pelo estádio e nem pelo Corinthians, mas por São Paulo."

Da Veja.com

Na Veja um verdadeiro exemplo da tolerância petista em relação ao pensamento divergente:

"A sequência de anormalidades na gestão atual da Universidade de Brasília (UnB), retratada recentemente por VEJA, culminou com a instalação de um verdadeiro tribunal de exceção dentro da instituição: a Comissão de Ética. O órgão tem poder para punir funcionários com censura pública, sugerir a exoneração de servidores e pedir providências à Controladoria Geral da União (CGU). Mais do que isso, serve para importunar a vida de quem se opõe à gestão do reitor petista José Geraldo de Souza. Com apenas um detalhe: a existência do colegiado carece de sustentação legal. Duas decisões judiciais recentes confirmam que a criação e o funcionamento da corte estão repletos de ilegalidades."

O crime perfeito?

Por que os esquemas do crime organizado não duram para sempre? Porque não há dinheiro que chegue, logo os sócios começam a achar que estão ganhando pouco, ou que estão sendo lesados na repartição do butim.

Esta é a nossa única esperança, enquanto brasileiros.

O governo petista montou o que parece ser o esquema perfeito de manutenção de poder. Como escreveu Reinaldo Azevedo, povão e grandes empresários estão no bolso, o judiciário é companheiro, jornalistas têm as mãos em carne viva de tanto bater palmas, e uma grande base alugada garante tranqüilidade ao PT para mandar e desmandar.

Só que todo este esquemão, que parece perfeito, depende de irrigação permanente de dinheiro, seja via bolsa família,bolsa BNDES,publicidade estatal ou corrupção.

As fontes de financiamento do esquema são amplas, mas não são infinitas – extorsão da sociedade (eufemisticamente chamada de “impostos”), e endividamento público.

Desta forma, temos de um lado da equação uma demanda crescente e infinita por dinheiro, e do outro lado uma quantidade grande de recursos, mas finita.

Em algum momento estas duas curvas vão se cruzar, e aí o esquemão que parecia perfeito vai vir abaixo.

Aguardemos. Se o país durar até lá...

Liberdade de expressão ameaçada

Este país está cada vez mais louco. Encontrei na internet a notícia abaixo. Não entendi mais nada. O Supremo Trapalhão Federal já decidiu que o que se imaginava ser apologia ao crime nada mais é do que liberdade de expressão. Estes policiais que conduzem o inquérito mencionado abaixo ignoram a decisão, ou se julgam acima do STF?


20/07/2011 - 01h20
Rafinha Bastos é intimado a depor em inquérito sobre apologia ao estupro

“Rafinha Bastos, do "CQC", foi intimado a depor no 14º Distrito Policial de São Paulo, em Pinheiros, no dia 5 de agosto. Ele é alvo de um inquérito que apura os crimes de incitação e apologia ao estupro, ambos puníveis com prisão entre seis meses e um ano. Em entrevista à revista "Rolling Stone Brasil" de maio, o humorista declarou que a mulher vítima de estupro é feia e que quem cometeu o ato merecia um abraço. Na próxima quarta-feira, o responsável pela publicação também deverá prestar esclarecimentos ao delegado doutor Manoel Adamuz Neto. Procurado pela coluna, Rafinha Bastos não respondeu às ligações. Sua assessoria não quis comentar.”

O gosto pela lambança

O que leva um homem como Blairo Maggi a ir da oposição ao centro do petismo, e se envolver em esquemas como este do ministério dos transportes?

Fatos:

- Blairo Maggi é um dos homens mais ricos do Brasil;

- Blairo Maggi é produtor rural, ou seja, representa um segmento que vive acuado pelo MST e pelos verdes, braços petistas destacados para destruir o capitalismo no meio rural.

Blairo Maggi não precisa de dinheiro. Se precisar, tem acesso a fontes de crédito baratas no mundo inteiro.

O que leva um homem como este a aderir e pular na lama junto com os demais?

Só pode ser um gosto secreto pela lambança, pela sensação de fazer algo ilícito, pela adrenalina.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Irracionais

Francis Fukuyama, citado na Veja desta semana, é o desmoralizado cientista político americano, autor de O Fim da História. Eu particularmente creio que a conclusão de Fukuyama estava correta, só que feita a partir de uma premissa equivocada, a premissa de que os povos agem com lógica e racionalidade. Pelo contrário, a maioria dos povos é bastante irracional. Quando agem em bando, então, quase todos perdem qualquer resquício de racionalidade, e eleições e revoluções são situações de bando.

A vida moderna é um festival de irracionalidades em todos os sentidos, que deixam louco quem tenta encontrar alguma lógica no comportamento humano.

Vamos a alguns exemplos de absoluta irracionalidade, sem nenhuma conexão entre si:

1. Dívida pública americana

Atualmente discute-se a elevação do teto da dívida americana como se fosse a salvação da economia mundial, pois evitaria um inimaginável calote naquela que é considerada a dívida “mais segura” do planeta, com conseqüências imprevisíveis.

A realidade, para qualquer calouro de economia, é a seguinte: os EUA são um país absolutamente quebrado, seu orçamento público é absolutamente insustentável, e sua dívida é absolutamente impagável. Os únicos efeitos reais da tal elevação do teto da dívida serão os seguintes: a) o momento do calote será postergado, b) quando ele ocorrer será muito maior.

Desta forma, aquilo que todas as cabeças pensantes da economia mundial enxergam como solução nada mais é do que um mascaramento do problema, com conseqüente agravamento das suas conseqüências.

2. Vale refeição

A lei do nosso país impede de pagar o vale refeição aos funcionários em dinheiro. Desta forma, as empresas precisam recorrer a empresas que comercializam vale refeição, e pagar um extra de 5% sobre o preço das refeições. Ou seja, as empresas pagam ágio para poder pagar as refeições dos seus funcionários.

Por outro lado, os funcionários querem mesmo é grana, ou seja, muitos, mas muitos mesmo, simplesmente vendem seus vales refeição em estabelecimentos comerciais, com deságios na faixa dos 15%.

Ágio da empresa (5%) + deságio dos funcionários (15%) = 20%.

Consequência desta lei imbecil – para o dinheiro chegar à mão do funcionário fica 20% pelo caminho, em mãos de quem nada produz.

3. Trânsito

Toda a semana, sem exceção, eu passo por motociclistas acidentados, estirados nas ruas ou nas calçadas, sendo socorridos por paramédicos.

A legislação de trânsito é cada vez mais exigente para com os automóveis: cinto de segurança obrigatório, suporte para a cabeça obrigatório, cadeirinha obrigatória, criança só no banco de trás, air bag obrigatório, entre outras.

Contudo, o pára-choque de quem anda de moto é sua própria cabeça, ou seu peito, e a legislação de trânsito não vê absolutamente nada de errado nisto.

Além disso, motos se transformaram, também, em ferramenta de trabalho de bandido. Assaltantes fogem em motos, para não ficarem presos no trânsito. Assaltantes param de moto ao lado do nosso carro e colocam o revólver nas nossas cabeças. Assaltantes passam de moto próximos às calçadas e arrancam bolsas de mulheres desatentas.

Houvesse um mínimo de racionalidade nos legisladores de trânsito e a circulação de motos seria proibida.

sábado, 16 de julho de 2011

Máfias

Assim como empresários das regiões dominadas pela Máfia precisam pagar aos mafiosos pelo direito de manter seus negócios funcionando, no Brasil ocorre a mesma coisa. Só que aqui as contribuições contam com proteção legal, pois se fazem sob a forma de impostos ou de "doações" para campanhas companheiras.

A principal diferença entre as duas máfias é que lá nunca as vítimas carregaram Al Capone nos ombros, enquanto que aqui não faltam vítimas dispostas a bater palmas para o capo.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Do Nelson Motta, sobre médicos cubanos

"A solução revolucionária para os médicos ociosos pela falta de recursos e equipamentos foi despachá-los para a Venezuela, onde 30 mil doutores cubanos trabalham nos programas populares chavistas. A Venezuela paga salários de mercado - mas ao governo de Cuba, que repassa aos médicos uma merreca. Vivem em alojamentos miseráveis, sem passaportes para não desertar, e suas famílias são ameaçadas na ilha. Quem diria, o sonho do socialismo tropical acabou na estatização da escravatura."

Do Rodrigo Constantino

"Mas, a despeito de todo o seu passado, alguns ainda alimentaram a esperança de que a presidente seria uma eficiente gestora que respeita a austeridade fiscal. Em 2010, de fato, ela sinalizou em discursos algo nessa linha. Mas atos valem mais que mil palavras. E vamos aos principais atos: a presidente decidiu manter no Ministério da Fazenda Guido Mantega; escolheu para o Banco Central um tecnocrata sem força política; e deu mais poder para o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

Ora, estes são os principais pilares da política fiscal do governo. Com atos, a presidente Dilma mostrou que está disposta a chancelar a ideologia nacional-desenvolvimentista que tem sido a marca do PT no poder. Um ministro da Fazenda medíocre e sem firmeza, um presidente do BC fraco e sem independência, e um BNDES transformado numa máquina de transferência de recursos para grandes empresários próximos ao governo. O escandaloso caso da fusão Pão de Açúcar com Carrefour só não foi adiante pela forte reação da opinião pública. Mas este é o tipo de medida que conta claramente com o aval ideológico da presidente Dilma."

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Do Olavo de Carvalho

"O dado mais importante da história mundial desde há mais de dois séculos é também, por força de sua onipresença mesma, o mais frequentemente negligenciado - quando não totalmente ignorado - pelo comentário político usual. Esse dado é o seguinte: o movimento revolucionário é a única tradição de pensamento político-estratégico que tem uma existência contínua e um senso de unidade orgânica desde pelo menos o século XVIII. Todas as correntes adversárias são efusões parciais, locais, temporárias e inconexas.

A marcha avassaladora do pensamento revolucionário é como uma enchente que não se defrontasse pelo caminho senão com velhos pedaços de muro erguidos a esmo, um aqui, outro ali, em toda a extensão de uma planície aberta.

O que caracteriza a sua unidade é que toda a multidão das suas correntes e facções compõe um patrimônio comum do qual os intelectuais revolucionários estão conscientes e que alimenta, de geração em geração, os debates dos partidos e organizações revolucionárias.

Nada de semelhante observou-se jamais na "direita". Entre as suas facções e divisões reina a mais incompreensiva hostilidade, quando não aquele desprezo olímpico que torna a ignorância mútua uma espécie de dever.

Até hoje, todas as reações que se oferecem ao movimento revolucionário são apenas pontuais, reagindo às suas manifestações particulares e esgotando-se em combates periféricos que deixam incólume o coração do monstro. É como se cada conservador, reacionário, liberal, cristão tradicionalista ou judeu ortodoxo só se desse conta da malignidade do processo revolucionário quando este fere os valores que são caros à sua pessoa ou comunidade, sem reparar na infinidade de outros pontos de ataque em torno de bolsões de resistência dispersos, onde franco-atiradores oferecem uma obstinada e vã resistência parcial a um cerco geral e multilateral."

Lula e as platéias

Lula esteve hoje dizendo asneiras num tal congresso da UNE. A UNE é uma entidade inútil, sustentada com rios de dinheiro público. Imagino que algumas cabeças coroadas da UNE estejam surfando nesta fartura de recursos públicos e, portanto, muito satisfeitas com o PT no poder.

No entanto, creio, a maior parte dos estudantes que lá estão (no congresso) são apenas paspalhos como eu e você, leitor, que trabalham ou trabalharão para pagar uma das maiores cargas tributárias do planeta, para sustentar a corrupção de petistas e aliados. A diferença é que eles batem palmas para Lula, enquanto nós não batemos.

Agora fico imaginando o que passa pela cabeça de Lula quando ele está discursando para otários. Sim, Lula conhece todos os esquemas de corrupção de governo, tem uma boa idéia de quanto dinheiro público é desviado para maracutaias companheiras, e sabe que a conta é paga pelos paspalhos que compõem suas platéias (além dos paspalhos que, como nós, nunca farão platéia para Lula). Não sei não, mas acho que deve dar uma vontade de rir nele.

Murdoch

Quem acompanha o noticiário sabe que Rupert Murdoch está sob ataque. Já fechou um jornal da Inglaterra e agora os paspalhos americanos, para não ficar para trás, querem que o FBI investigue as empresas de Murdoch. Interessante que poucos americanos querem que o FBI investigue onde Obama nasceu...

Qual o crime de Murdoch? Bom, um de seus jornais pode ter cometido erros, mas Murdoch não administrava o dia a dia dos jornais, e quantos jornais já cometeram erros, não?

O gande pecado de Murdoch é ser dono do único grande grupo de comunicação no mundo que ainda não se vergou ao esquerdismo. Logo, precisa ser destruído. Que venha o FBI, que venha a CIA, que venha 007. Todos contra Murdoch. Morte à Fox News.

Esses paspalhos não servem para nada quando se trata de enfrentar o terrorismo islâmico, então serão usados para destruir Murdoch (ou para tentar destruí-lo), para justificar seus salários.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Fracos

Com três anos de blog, com publicação de textos praticamente todos os dias, quase sem interrupção, é inevitável que algumas idéias acabem se repetindo em mais de um texto.

Por exemplo, já escrevi que sou torcedor do Internacional, mas admiro o Grêmio por nunca se entregar, mesmo nas derrotas, mesmo nos piores momentos, enquanto meu time muitas vezes já entra em campo derrotado, pela simples ausência da vontade de vencer, mesmo no auge. Mesmo assim, sigo sendo Colorado, e desejando ao Grêmio a maior quantidade possível de fracassos...

O mesmo vale para os confrontos entre esquerdistas X não esquerdistas. Os esquerdistas sempre são firmes em suas idéias, mesmo quando derrotados. Já os não esquerdistas são sempre fracos, desunidos, adoram fazer um acordo, e “ceder sempre” é seu lema.

Vejamos um exemplo – o caso Battisti. Pelos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, o terrorista deveria ser extraditado, e pronto. Mas Battisti é um assassino comunista, e os comunistas são os donos do poder no Brasil. Então é óbvio que fariam tudo, inclusive rasgar leis e tratados, para proteger o companheiro homicida, mesmo com pressão internacional contrária. Assim é o esquerdismo. Como reação a Itália ameaçou proibir seus militares de participarem dos jogos mundiais militares no Brasil. O Brasil não perderia nada com a não participação dos Italianos, mas seria ao menos uma reação simbólica para aqueles que não concordam com a utilização do país como abrigo de terrorista. Mas que nada, a Itália já voltou atrás e seus militares participarão normalmente dos jogos.

Agora imaginem uma situação diferente. Imaginem, por exemplo, que Delúbio Soares, em viagem pela Itália, fosse preso, e que o governo italiano se recusasse a devolvê-lo ao Brasil, onde seria recebido como herói nacional. Haveria alguma hipótese de o governo brasileiro permitir a participação da nossa delegação em jogos militares realizados na Itália? Nenhuma.

Agora os empresários, e estes me irritam sobremaneira, porque estão sempre prontos a ceder, a entregar território, a fazer acordo com o inimigo. Uma empresa que eu conheço criou um programa de participação nos lucros para os empregados. O programa, bastante generoso, foi negociado e aprovado unanimemente pelos empregados. Mas, pela lei, este tipo de programa deve ser aprovado também pelo sindicato da categoria. Pois bem, o sindicato se recusou a aprovar, exigindo que algumas cláusulas fossem alteradas para que o programa se tornasse mais generoso do que já era. Tentou-se uma negociação, mas o sindicato foi irredutível. O que eu faria se estivesse no papel de empresário? Reuniria os empregados e comunicaria o seguinte: “lembram daquele plano de participação que todos aprovaram? Pois bem, acaba de ir par ao lixo, não vai mais existir, e a culpa é da irracionalidade do sindicato que representa vocês. Desta forma, caso alguém se sinta injustiçado ou prejudicado, vá reclamar com o sindicato.” Mas não, referidos empresários simplesmente aceitaram a imposição do sindicato. Isto foi no primeiro ano, e o sindicato já pode conferir a fraqueza do lado patronal. Como esses programas são anuais, imaginem quais serão as exigências a partir do próximo ano, serão sempre crescentes, até, quem sabe, inviabilizar a empresa.

Do Reinaldo Azevedo

"Veja que coisa, meu caro: você conhece alguma grande democracia do mundo que, à moda brasileira, só congregue partidos que falam uma linguagem de esquerda? Pouco importa, Juan, se sabem direito o que dizem e são ou não sinceros em sua convicção. O que é relevante é o fato de que, no fim das contas, todos convergem com uma mesma escolha: mais estado e menos indivíduo; mais controle e menos liberdade individual. Como pode, meu caro Juan, o principal partido de oposição no Brasil pensar, no fim das contas, que o problema do PT é de gestão, não de valores? Você consegue se lembrar, insisto, de alguma grande democracia do mundo em que a palavra “direita” virou sinônimo de palavrão? Nem na Espanha que superou décadas de franquismo."

"As esquerdas dos chamados movimentos sociais estão, sim, engajadas, mas em defender o governo e seus malfeitos. Afirmam abertamente que tudo não passa de uma conspiração contra os movimentos populares. As esquerdas infiltradas na imprensa demonizam toda e qualquer reação de caráter legalista — ou que não comungue de seus valores ditos “progressistas” — como expressão não de um pensamento diferente, divergente, mas como manifestação de atraso."

terça-feira, 12 de julho de 2011

Do Guilherme Fiúza

"Mas Itamar Franco é o presidente do Plano Real, porque, em seu governo frágil, teve força para proteger uma grande reforma das inúmeras tentativas de sabotagem. Hoje os sabotadores estão no poder, sem planos. Saudades do não governo de Itamar."

A nova classe

A ascensão da chamada “nova classe média” é um fenômeno interessante. Tal ascensão pode ser confirmada na prática, visualmente, sem necessidade de teorias. Até poucos anos atrás o supermercado que freqüento era tranqüilo e agradável de fazer compras. Agora, é um inferno, entupido de gente e com horas de fila. Para não falar nos aeroportos.

Seria bom se esta ascensão da “nova classe média” fosse embasada em melhoria do nível médio de escolaridade da população, ou em um efetivo processo de industrialização do país. Mas com empregos industriais migrando para a China, e educação cada vez pior, creio que a ascensão decorre muito mais de gasto público excessivo (com conseqüente endividamento público) e de algumas bolhas, como a da construção civil, além de um momentâneo excesso de liquidez no planeta. Poderá ser mais um vôo de galinha, do que uma situação efetivamente sustentável a longo prazo.

Um fenômeno direto desta ascensão, e do aumento do número de consumidores, é a inflação. Está tudo ficando muito caro.

Pode ser que a ascensão da “nova classe média”, com a conseqüente inflação, venha a provocar um outro fenômeno paralelo, em sentido inverso, o descenso da “nova classe pobre”.

Sim, por ascensão da “nova classe média” se entende o acesso que pessoas estão passando a ter a consumo e lazer.

Já o descenso da “nova classe pobre” pode ser representado por pessoas que tinham acesso a consumo e lazer, e passam a não ter mais condições de pagar por isto. E já estou me incluindo entre os integrantes deste novo fenômeno (alô imprensa!). Por exemplo, eu e minha esposa vamos algumas poucas vezes por ano a um determinado restaurante. Neste ano não havíamos ido ainda, fomos pela primeira vez no sábado passado. E foi a última, pelo menos aquele restaurante específico eu não tenho mais condições de pagar.

O trem bala

Já escrevi aqui que o brasileiro comum assiste a uma espécie de "irreality" show permanente no Brasil petista, o show do bilhão. É bilhão prá cá, bilhão prá lá. As pessoas vão acabar tão acostumadas com estas cifras estratosféricas que, numa conversa de boteco, milhão vai ser dinheiro de pinga.

Se o governo estivésse torrando o seu (nosso) dinheiro já seria um absurdo. Mas, como o governo brasileiro é falido, o dinheiro que ele está torrando nos projetos megalomaníacos é dinheiro do endividamento público crescente. Sem problemas, poi um dia o presidente petista de plantão vai dar um belo calote nos credores da dívida pública brasileira, "em nome do povo", claro.

A cereja do bolo dos despropósitos petistas é o tal trem bala. Fiz algumas contas...

A estimativa mais confiável de custo do trem bala é de R$60 bilhões.

Na minha conta o investimento deverá retornar 10% ao ano (menos do que aplicando o dinheiro em renda fixa) e, hipotéticamente, ser amortizado em 30 anos.

Neste caso, no primeiro anos estaríamos falando de um retorno de R$6 bilhões e uma amortização de R$2 bilhões. Sem considerar os custos com pessoal, energia, manutenção, segurança, etc., o trem bala já largaria custando R$8 bilhões ao ano.

Não sei quantas pessoas viajam diariamente entre Rio e São Paulo, e quantas estariam dispostas a trocar outros meios de transporte pelo trem bala. Na minha simulação considerei duas hipóteses: 5.000 e 10.000 passageiros por dia (é bastante gente), 365 dias por ano.

Com 5.000 passageiros por dia, considerando apenas os R$8 bilhões mencionados acima, a passagem não sairia por menos de R$4.383. Com 10.000 passageiros por dia, a passagem ficaria em R$2.192.

Mas, para o trem andar, será preciso agregar ao valor da passagem os impostos, salários, energia, manutenção, segurança...

Enfim, um valor bastante substancial, considerando-se que com menos de R$500 o cidadão faz esta viagem de ônibus ou de avião.

Creio que o trem bala nunca sairá do papel, mas, se sair, duvido que chegue ao fim. Se chegar, ficará às moscas, sem usuários.

Um trem normal, que rodasse a 100 km por hora, custaria muito, mas muito, mais barato e resolveria o problema de transporte entre as duas cidades.

Mas quando um petista raciocinou com a lógica?

Do Olavo de Carvalho

“Quando o sentido das palavras se degrada, a realidade a que elas apontavam se torna invisível e em seu lugar entra algum estereótipo desprovido de substância, pura moeda de troco no comércio diário de bobagens, irrelevâncias e chavões. A palavra "desinformação", cunhada pelo Estado-Maior alemão na I Guerra Mundial, surgiu como um termo técnico, designando as operações complexas - quase uma ciência exata -- com que um serviço de inteligência buscava orientar e determinar, à distância, as decisões estratégicas e táticas de um governo adversário, assim levado a trabalhar pela sua própria destruição.”

“Somado ao fenômeno paralelo da concentração dos meios de comunicação nas mãos de um reduzido número de mega-empresas, que torna o jornalismo mundial um primor de uniformidade servil, o sumiço da noção científica de desinformação mostra que nunca foi tão fácil manter populações inteiras na mais completa ignorância dos fatos essenciais, se não para sempre, ao menos pelo tempo necessário para que os planos criminosos mais mirabolantes e inverossímeis se realizem sem ter de enfrentar grandes obstáculos. A facilidade com que um bandidinho chinfrim chegou à presidência dos EUA com documentos falsos, apostando na obstinada recusa popular de investigar sua vida, é apenas o indício mais patético de quanto a espécie humana, nas últimas décadas, se tornou vulnerável à mentira e ao engodo.”

Os últimos dias de pompéia

Seguem alguns fragmentos da entrevista de Luiz Felipe Pondé na Veja desta semana. Poderiam ser interpretados como instantâneos de uma sociedade decadente, mas ignorante do destino cataclísmico que lhe aguarda.

“Filhos são um tema recorrente (nos jantares inteligentes). Todos falam de como seus filhos são diferentes dos outros porque freqüentam uma escola que cobra 2.000 reais por mês mas é de esquerda e estuda a sério o inviável modelo cubano. Ou dizem que a filha já tem consciência ambiental e trabalha numa ONG que ajuda as crianças da África. Também se fala sempre de algum filme chatíssimo de que todos fingem ter gostado para mostrar como têm repertório.”

“Simetricamente, hoje é um escândalo dizer que as mulheres antecipadas e donas do seu nariz estão mesmo é loucas de solidão. No jantar inteligente, você sempre tem que dizer que a emancipação feminina não criou problemas para as mulheres.”

“Hoje, todo mundo diz que tem um desempenho (sexual) maravilhoso, e que vive uma relação de troca plena com seu parceiro ou parceira. Eu considero a revolução sexual um dos maiores engodos da história recente. Criou uma dimensão de indústria, no sentido de quantidade, das relações sexuais – mas na maioria elas são muito ruins.”

“A gente teve ditadura no Brasil. Mas, quando ela acabou, a esquerda estava em sua plenitude. Tomou conta das universidades, dos institutos culturais, das redações de jornal.”

“(na universidade) Há muito corporativismo e a tendência geral é excluir, por manobras institucionais, aqueles que não se identificam com a esquerda.”

“O grupo, como a história do século XX nos mostrou, é sempre opressivo.”

“(na esquerda) As pessoas se autointitulam santas e ficam indignadas com o mal do outro.”

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A gente somos inútil

Como diz o texto ao lado, de Daniel Greenfield, os impérios foram construídos a partir do comércio, ou seja, nações ou povos que ocuparam posições de relevância o fizeram a partir de sua capacidade comercial.

No mesmo texto, Daniel diz que as nações ocidentais estão se transformando em nações de burocratas, e esquecendo a prática comercial, logo estariam condenadas à decadência econômica e política, enquanto o novo império mundial que se vislumbra no horizonte é o chinês.

Concordo integralmente com o autor, e me sinto cada vez mais inútil por trabalhar numa nação ocidental, logo, numa nação de burocratas. O dia de hoje serve como exemplo - passei a tarde toda, junto com outras dez pessoas, numa reunião inútil para discutir prblemas de um cliente com a burocracia estatal. Já é final do dia, havia outras coisas que eu deveria ter feito hoje, mas a cabeça está exaurida após horas de discussões inúteis.

Ao redor daquela mesa de reuniões havia uma grande quantidade de talentos, e uma boa quantidade de honorários. Tudo desperdiçado. Ali não se criou nada, ali não se produziu nada de útil para a geração de riqueza, ou para a produção. Na mesma quantidade de horas que gastamos discutindo abobrinhas, foram produzidos milhões de produtos chineses.

E quantas outras reuniões como esta ocorreram pelo país todo? E quantas ocorrem todo dia? Para quê?

Para continuarmos permanentemente exportando empregos para os futuros novos líderes globais.

Capas da Veja

Não sei se os leitores leram a excelente entrevista das páginas amarelas da Veja desta semana mas, se não leram, recomendo. Quero ver se na noite de hoje coloco alguns trechos da entrevista aqui no blog.

Mas voltando à Veja, entendo que a revista é um dos únicos veículos de comunicação no país que ainda faz jus ao jornalismo, sendo que a maioria faz jus apenas ao petismo.

Contudo, como nesta semana, as capas da Veja geralmente são muito ruins, tratando de idiotices, em contraponto ao excelente conteúdo da revista. Nesta semana a capa era como se dar bem em concursos, como observações como “como passar em concursos que pagam salário inicial a partir de R$20.000”. Observações como esta ficariam bem na capa da Carta Capital, ou da IstoÉ, mas não da Veja. O ângulo de abordagem da Veja deveria ser: “país onde o estado paga salários iniciais de R$20 mil está condenado a ser país quebrado, subdesenvolvido, concentrador de renda e socialmente injusto.” Em todas as profissões onde impera o bom senso o salário alto é um objetivo a ser atingido após anos de dedicação e de desenvolvimento profissional. Apenas no serviço público um pós-adolescente recém formado pode começar ganhando 20 mil.

Mas, enfim, por que as capas da Veja são ruins? Porque as capas ajudam a vender revista, logo é preciso atrair os idiotas. Veja circula 1 milhão de exemplares por semana. Isto significa 0,5% da população brasileira. Se uma parte deste milhão compra a revista em função das capas idiotas, significa que menos de 0,5% da população brasileira tem condições de compreender e apreciar o conteúdo crítico da revista.

Há esperança?"

sábado, 9 de julho de 2011

Semelhança

“O pior da censura literária no Brasil é que em grande parte ela é voluntária. Idéias impopulares podem ser silenciadas, e fatos inconvenientes podem ser mantidos à sombra, sem a necessidade de nenhuma proibição oficial. Qualquer pessoa que tenha passado algum tempo num país estrangeiro conhecerá muitos casos em que notícias sensacionalistas – notícias que, por seus próprios méritos, fariam manchete – são mantidas fora da imprensa brasileira não por causa de alguma intervenção do governo, mas devido a um acordo tácito generalizado segundo o qual “não convinha” mencionar aquele fato em particular.”

“Em qualquer momento dado existe uma ortodoxia, um corpo de idéias que, supostamente, todas as pessoas bem pensantes aceitarão sem questionar. Não é exatamente proibido dizer isso ou aquilo, mas dizê-lo é uma coisa que “não se faz”.”

“No momento atual o que a ortodoxia dominante exige é uma admiração acrítica do PT. Todo mundo sabe disso e quase todo mundo age de acordo. Qualquer crítica séria ao petismo, qualquer revelação de fatos que o governo petista prefira manter ocultos são coisas praticamente impublicáveis.”

“Quase ninguém publicaria um ataque a Lula, mas não há o menor problema em atacar FHC.”

“O servilismo com que a maior parte da intelligentsia brasileira engole e repete a propaganda petista desde 1980 seria espantoso se os intelectuais brasileiros não tivessem exibido um comportamento similar em várias ocasiões anteriores. Em todas as questões controversas, o ponto de vista petista é aceito sem discussão e em seguida divulgado sem o menor respeito pela verdade histórica ou a decência intelectual.”

“Quem começa a desprezar a liberdade, tanto na teoria quanto na prática, são exatamente aqueles que deveriam ser seus maiores guardiães.”

“A tolerância e a decência têm raízes profundas no Brasil, mas não são indestrutíveis, e precisam manter-se vivas graças em parte a um esforço deliberado. O resultado da pregação de doutrinas totalitaristas é o enfraquecimento do instinto graças ao qual as pessoas sabem o que representa ou não um perigo.”

“É importante perceber que a lulomania atual é apenas um sintoma do enfraquecimento generalizado da tradição liberal do Ocidente.”

“A liberdade, se é que significa alguma coisa, significa o nosso direito de dizer às pessoas o que não querem ouvir. As pessoas comuns ainda acreditam vagamente nesta doutrina, e agem de acordo com ela. Neste nosso país são os liberais que temem a liberdade e os intelectuais que querem jogar lama no intelecto.”

Fragmentos de um texto de 1945 de George Orwell, mas poderia muito bem ser um texto escrito sobre o Brasil contemporâneo. Substituí apenas as palavras em negrito. As décadas passam e a liberdade permanece sempre sob ameaça, o que exige vigilância permanente daqueles com capacidade para perceber este perigo.

Empresários

Por Reinaldo Azevedo:

"É uma gente horrorosa, que fica destruindo a natureza para dar uma vida melhor aos desdentados. Não que esses capitalistas pérfidos atuem com esse objetivo. Eles querem é lucro. Ocorre que, invariavelmente, sempre que um desses ogros obtém lucro, também geram empregos e acabam melhorando a vida dos pobres de um modo como um verde ou um socialista jamais conseguiriam."

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Canalhas

Leiam está notícia da Folha:

"Integrantes do governo brasileiro contataram a equipe médica que tratou a presidente Dilma Rousseff em 2009, quando teve um câncer linfático, para ir a Caracas ajudar no tratamento do presidente Hugo Chávez."

E para tratar os brasileiros? Centenas ou milhares de estudantes mal formados (às pressas) em universidades cubanas, que o governo brasileiro quer empurrar garganta abaixo do CFM, ou seja, quer que recebam habilitação para praticar medicina no Brasil sem passar por prova de capacitação.

Então é assim - o povo brasileiro aos carniceiros cubanos, já o companheiro ditador tem que ser tratado pelo que o país tem de melhor.

Bem feito para o povo que vota nos canalhas. Eu, pelo menos, tenho dinheiro para pagar pela consulta e não preciso me sujeitar a ser tratado por carniceiros cubanos.

Do Augusto Nunes

"Os órgãos de controle do governo não apuram nada. São coiteiros de delinquentes de estimação."

A malucagem

Há milhões de malucos no mundo (muitos milhões). Seus interesses são divergentes, e são tantos que é impossível listar todos num texto só. Listemos alguns:

- Há os que querem implantar o comunismo, um regime que só produz violência, miséria e despotismo;

- Há os que querem simplesmente destruir o capitalismo, sem necessariamente se preocupar com o que irá substituí-lo;

- Há os que querem botar fogo no planeta;

- Há os que querem impor o Islã a toda a população da terra;

- Há os que querem acabar com Israel;

- Há os que querem acabar com a produção de alimentos;

- Há os que querem acabar com os Estados Unidos, ou com todo o ocidente, em sua versão mais “globalizada”;

- Há os que querem acabar com a criação de animais para a produção de carne;

- Há os que querem acabar com a geração de energia;

- Há os que querem extinguir as propriedades;

- Há os terroristas;

- Há os ciber-terroristas;

- Há os que querem acabar com os sexos;

- Há os que querem acabar com a liberdade de expressão;

- Há os que querem acabar com o direito dos pais de educar seus filhos;

- Há os que querem acabar com as instituições do estado de direito;

- Há os que simplesmente querem acabar com a democracia como forma de governo.

Esta lista poderia se estender por páginas e páginas de texto, tamanha a quantidade de sandices que são defendidas em esfera global.

Por mais que as “teses” listadas acima sejam absolutamente divergentes entre si, a malucagem mundial está quase toda unida neste momento, pois nunca antes na história deste planeta sentiram tão próximo o momento do triunfo final das suas idéias.

Por mais que as “teses” listadas acima sejam absolutamente divergentes entre si, é possível identificar alguns fatores em comum entre elas:

1) Nenhum dos “ativistas” dessas idéias trabalha pelo próprio sustento. Livres do trabalho, podem dedicar todo o seu tempo a fazer o que for preciso pelo triunfo de suas bandeiras. Se não trabalham, como vivem, e como seus movimentos são sustentados? Bem, são sustentados pelo excedente do produto do trabalho de outros, de babacas como eu, e você, leitor. Aliás, por precisarmos trabalhar muito para poder sustentar nossas famílias, os saqueadores do governo e os malucos que querem destruir tudo, não nos sobra tempo para fazermos contraponto aos malucos, de forma que fica a impressão de que ninguém é contra o que a malucagem defende;

2) Na presidência de quase todos os países do hemisfério ocidental há alguém neste momento que simpatiza pelo menos com parte das maluquices listadas acima;

3) De maneira geral a população ocidental vê a malucagem como “gente do bem”, “preocupada com o futuro”, de forma que há uma predisposição geral entre os paspalhos ocidentais para serem o dedo que aperta o gatilho que deflagra a bala contra a própria cabeça.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Blogueiro fora do ar

O blogueiro estará fora do ar durante todo o dia de hoje. Sabem como é, sem pai ministro dos transportes nem padrinho do PT, resta ao blogueiro trabalhar pela própria sobrevivência.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Frase reveladora

Há frases ou palavras que revelam muito mais do que bibliotecas inteiras. Esquerdistas escreveram a seguinte frase no carro da procuradora Roberta Kaufmann:

"o mérito é burrice."

Houvésse alguma inteligência média na população, e o esquerdismo poderia ser sepultado no país a partir desta frase. Sim, se saímos das cavernas e chegamos à lua foi em função de pessoas de mérito, pessoas que se esforçaram e se destacaram, que foram melhores, e que trouxeram a civilização de arrasto. Ao confessar que não aceita o mérito, o que o esquerdismo nos oferece? A barbárie, o retorno ao estágio primordial pré-civilizatório, a selva. Como não existe inteligência na média da população o esquerdismo continuará batendo recordes de votos nas eleições.

E por que perseguem a procuradora? Porque ela diz coisas assim:

"Obviamente, nenhuma liberdade de expressão legitima a violência! Mas muitos ainda ousam afirmar que a defesa das cotas raciais não traz consigo o gérmen da intolerância. O fato é que não consigo ficar calada quando observo que, a 500 metros do STF, foi instaurado, em pleno século 21, um ” Tribunal Racial”, de composição secreta e que, com base em critérios secretos, objetiva dizer quem é branco e quem é negro no Brasil. É assim que a UnB procura legitimar suas cotas raciais sem qualquer recorte de renda."

Vendeu e não quer entregar

Abilio Diniz vendeu o controle do Pão de Açúcar em 2005, com a condição de só entregar o produto da venda em 2012.

Agora que a hora de entregar se aproxima, Abílio decidiu que não quer entregar o que vendeu. A atitude de Abílio é bem característica desses tempos modernos em que vivemos. Não é à toa que com o passar dos anos Abilio foi se convertendo em petista fervoroso.

Tenho certeza que no tempo em que o pai de Abilio iniciou o Pão de Açúcar valia o fio de bigode. Não precisava nem contrato escrito. Já hoje, mesmo com contrato assinado, não há garantia de que a palavra empenhada será honrada.

A saga do grupo Pão de Açúcar serve um pouco como exemplo da evolução moral do Brasil ao longo das últimas décadas – do fio de bigode à malandragem esperta.

O coroamento desta evolução é que agora o poder público, tomado pelo petismo, está de prontidão para se perfilar ao lado do malandro, com o meu, o seu, o nosso dinheiro. Seremos todos sócios da malandragem, mesmo sem termos sido consultados. E basta ver o que está acontecendo para saber que ser sócio de Abilio não é um bom negócio.

Do Claudio Humberto

"Servidores em greve na Secretaria de Saúde do DF exigem plano de saúde pago pelo contribuinte otário. Acham o fim da picada utilizar o sistema de saúde pública do qual fazem parte. Sabem o que fazem."

Do Aristóteles Drummond

"O mundo está apaixonado pelo Brasil. Uma paixão clássica, pois é cega, Nossa postura em relação a avanços nas reformas é igual as de Grécia, Portugal e Espanha, mas com clima de euforia e confiança. O capital aqui investido é supostamente multiplicado, apesar das bolsas negativas e do vazio institucional. O Judiciário invade atribuições do Legislativo que a tudo assiste passivamente."

Do Sponholz

Já viram que filho de político pós-Lula é sempre um ás dos negócios?

Do Globo:

"O Ministério Público Federal Federal está investigando suposto enriquecimento ilícito de Gustavo Morais Pereira, arquiteto de 27 anos, filho do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Dois anos após ser criada com um capital social de R$ 60 mil, a Forma Construções, uma das empresas de Gustavo, amealhou um patrimônio de mais de R$ 50 milhões, um crescimento de 86.500%. As investigações podem complicar ainda mais a situação do ministro, que, desde sábado, tem sido obrigado a se explicar sobre o suposto envolvimento de seus principais assessores com corrupção.

As investigações começaram ano passado, a partir de um nebuloso negócio entre Pereira e a SC Carvalho Transportes e Construções, empresa beneficiária de recursos do Ministério dos Transportes. Em 2007, a SC Transportes repassou R$ 450 mil ao filho do ministro, conforme documentos em poder da Procuradoria da República do Amazonas. Nesse mesmo ano, a empresa recebeu R$ 3 milhões do Fundo da Marinha Mercante, administrado pelo Ministério dos Transportes para incentivar a renovação da frota do país. Em 2008, a empresa ganhou mais R$ 4,2 milhões."

terça-feira, 5 de julho de 2011

Ei, bancão, me dá um dinheiro aí!

Cansado de perder horas do meu dia parado em congestionamento, meu desejo era deixar minha casa (afastada do centro) e comprar um apartamento no centro, de onde pudesse seguir a pé para o trabalho.

Mas com os preços atuais dos apartamentos (casas valem menos) a concretização deste projeto é simplesmente impossível. Não aparece ninguém para me estender uma mão amiga...

Não é o caso do Corinthians.

Li na coluna de ontem do Lauro Jardim que o custo do projeto de construção do itaquerão foi finalmente orçado em R$850 milhões (deverá custar mais de 1 bilhão no final das contas) e que, deste valor, R$720 milhões seriam financiados por um banco privado.

Eita bancão companheiro.

O custo de capitação do banco é a selic. Mesmo que o presidente do banco seja corintiano roxo, e queira fazer o empréstimo a custo, a conta anual de juros seria de R$86 milhões, fora a amortização. Não existe nenhum clube brasileiro cujo orçamento comporte pagar esta conta.

Logo, a história está mal contada. A minha suspeita é que se seguirmos a recomendação do garganta profunda (“follow the money”) acabaremos, em algum momento, encontrando as digitais do BNDES companheiro, de forma que a tal história do “banco privado” seria apenas para consumo público.

Outra hipótese seria o tal “banco privado” ser a BNDESpar, já que, segundo a senadora paraguaia Gleisi Hofman, agora ministra, o dinheiro desta instituição não é público...

Presidente de faz de conta

No Planalto Dilma cumpre o papel para o qual foi eleita, qual seja, apenas esquentar a cadeira para o retorno de Lula. Será uma presidência de faz de conta, por quatro longos anos.

Com a batata quente do escândalo no ministério dos transportes nas mãos, Dilma ... prestigia o ministro.

E por que faz isso? Porque o PT acha normal roubar dinheiro público, diriam alguns. Sim, é verdade, o PT não vê maior problema nisto, mas, para manter as aparências, o normal seria demitir o corrupto pego com a mão no pote, o substituí-lo por outro corrupto.

E por que Dilma não faz isto? Porque não pode. Presidente de faz de conta não tem força. Presidente de faz de conta é refém dos porões do poder, sendo seu papel apenas manter o sorriso falso em frente às câmeras.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Nosso exército Paraguaio

O site wikleaks vazou a seguinte informação:

"O documento atesta que, em julho de 2006, o governo brasileiro havia confirmado a destinação de 1,7 milhão de dólares para o exército paraguaio. “Os fundos serão utilizados para reparar 40 veículos blindados e prover equipamentos, uniformes e treinamento para um pelotão de capacetes-azuis que irão integrar o contingente brasileiro”, escreveram os diplomatas estadunidenses.

Um oficial do Exército paraguaio, cujo nome foi mantido em sigilo, revelou à embaixada que o grupamento a ser enviado ao Haiti consistiria em cinco oficiais e 25 praças. A informação se tornaria precisa cinco meses depois, quando, em dezembro de 2006, Brasil e Paraguai assinaram um memorando de entendimento para a incorporação de “um pelotão de fuzileiros formado por trinta militares paraguaios, constituído por tenentes (no máximo cinco), sargentos, cabos e soldados, para cumprir as tarefas que lhe fossem designadas como integrantes do Batalhão Brasileiro na Minustah
”."


Voltei: 1,7 milhão de dólares por 30 militares paraguaios dá quase 60 mil dólares por militar. Enquanto isso, os recrutas brasileiros só comparecem aos quartéis em meio expediente, pois não há dinheiro para refeições. A senadora paraguaia Gleisi Hofman, agora ministra, deve estar feliz com a notícia.

Afagos no bobão

Já falei aqui sobre minha implicância com FHC. Acho FHC um homem com uma vaidade monumental, e, como todo o vaidoso, fácil de manipular.

O governo petista está perdido, acuado pelos aliados insaciáveis, sem rumo, sem projeto, ameaçado pela inflação, sem saber o que fazer, para onde ir. Houvésse oposiçao no Brasil, e este seria o momento de voar na garganta do partido governista.

Sim, sabemos que não há oposição no Brasil, mas diante de tanta incompetência governista, até os incompetentes oposicionistas do PSDB poderiam fazer algum barulho. Então, Dilma lança alguns afagos na direção de FHC, acaricia o seu ego, e pronto. O doutor em sociologia fica todo bobo, como um cachorro cuja barriga é acariciada. Só falta abanar o rabinho.

Isto depois de apanhar implcavelmente do petismo durante 18 anos (desde que foi nomeado ministro da fazenda).

O bobo FHC pode até acreditar nos afagos petistas. Mas tais afagos são apenas para isso, para iludir bobos. Vejam a notícia do site da Veja:

"No Museu da República, instalado no Rio de Janeiro no histórico Palácio do Catete, uma exposição que pretende contar a história da república brasileira apresenta Fernando Henrique como um presidente que se aproveitou eleitoreiramente do Plano Real, promoveu privatizações que “venderam o Brasil” e conseguiu sua reeleição comprando votos de deputado e senadores no Congresso Nacional. O ex-presidente Lula, ao contrário, tem sua trajetória acompanhada desde o regime militar, como o líder operário que resistiu à ditadura, enfrentou a repressão e perdeu três eleições, até conseguir chegar à presidência, lugar que lhe era destinado."

"A concepção geral da mostra, que tem curadoria da historiadora Maria Helena Versiani, é bem tradicional. Em todas as salas, a ideia é a mesma. Textos curtos estampados nas paredes, muitas fotos, alguns objetos e poucos comentários. O início da parte dedicada à República Cidadã, que ocupa duas salas, não é muito diferente. A narrativa, linear, passa por Tancredo Neves, José Sarney, Ulysses Guimarães e a Constituição de 1988, e uma pincelada na força dos movimentos sociais, sintetizados em um cartaz da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) pedindo pela reforma agrária. Na última, a coisa muda de figura. Só dá Lula, e Fernando Henrique merece textos como o que se segue: “Em 1998, Fernando Henrique é reeleito em um processo marcado por denúncias de favorecimento político em troca de apoio. Consolidou-se um projeto de redução do papel do Estado na economia, que envolveu privatização de várias empresas.”

Bem diferente do tom da apresentação do governo Lula. “O candidato do PT, ex-metalúrgico e líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva venceu as eleições presidenciais em 2002 e 2006, a partir da articulação de uma aliança que reunia extremos da política. Seu governo vem obtendo bons indicadores nas áreas econômica e social, com destaque para a erradicação da fome no Brasil. Não obstante, a sua gestão foi, em mais de um momento, associada a escândalos de corrupção”.

Mais do que as palavras, no entanto, o que marca a diferença de tratamento entre FH e Lula é a iconografia. O período de 1994 a 2002 é ilustrado por fotos burocráticas e charges contrárias à privatização. “Se privatizar, o Brasil vai rachar”, diz uma. Em outra, alguém diz a FH: “Presidente, não consigo achar o Brasil”. Ele responde: “Claro que não... Eu vendi”.

Enquanto isso, o louvor a Lula aparece na foto da grávida que escreveu na barriga “Lula eu te amo”, em uma pequena garrafa na qual um artesão nordestino desenhou com areia a imagem de Lula e de Mariza Letícia e escreveu: “Luiz Inácio Lula da Silva, a nação brasileira te ama.” Penduradas no teto, bandeiras do PT, do PDT, do PCdoB, do PMDB, do Movimento dos Sem Terra e da Força Sindical coroam a euforia lulista da República Cidadã.

A exposição está programada para ocupar o terceiro andar do museu por mais, pelo menos, cinco anos. A diretora da instituição, Magaly Cabral, que além das credenciais profissionais exibe a de mãe do governador Sérgio Cabral, diz que não percebeu qualquer desequilíbrio no tratamento dispensado a FH e Lula."

Dá para fazer acordo com a máfia?

Estou assistindo ao seriado A Família Soprano. Comprei todas as temporadas em DVD e estou vendo de uma vez só. Ótimo passatempo.

Os mafiosos do seriado parecem gente tão normal, tão bacana, tão “gente como a gente”, cheios de problemas domésticos para administrar, etc. Aí, vez por outra acontece um assassinato ou uma agressão brutal para nos trazer de volta à realidade ... aquela gente “bacana” é a máfia.

Dá para fazer acordo com a máfia? Não dá, quando a máfia se aproxima de um negócio, como ocorreu com a boate de Ricardo Amaral em Nova Iorque, é melhor fazer como ele fez – vende o negócio e cai fora.

E por que não dá para fazer acordo com a máfia? Porque a ganância humana é infinita, de forma que os percentuais acertados com a máfia logo começam a parecer pouco (para os mafiosos), e eles pressionam por mais. E assim vão, até tomar o negócio todo e manter o “proprietário” apenas como trabalhador escravo.

Nas palavras traduzidas de Dirceu, o PT tentou implantar um novo método de governar: o partido rouba e deixa roubar.

Tentaram fazer acordo com a máfia para governarem sem serem incomodados. Neste caso é uma máfia tentando fazer acordo com a outra. Não dá certo. Os acordos negociados anteriormente já parecem insuficientes, e assim vemos todos os dias no noticiário notícias de “insatisfação na base”, ou de “rebeldia na base”.

Por mais que o orçamento público seja imenso, vai sempre parecer pouco aos olhos das máfias. Assim, a prática do “rouba e deixa roubar” tem certo prazo de validade, ou seja, ela vale enquanto houver recursos a serem saqueados. Depois implode.

sábado, 2 de julho de 2011

O Maluquinho do Paraná

O povo paranaense é um povo interessante, em 2010 elegeu para o senado a primeira senadora paraguaia e um velhinho maluquinho. O maluquinho é tão maluquinho que estaria muito melhor acomodado no STF do que no senado. Ah, se o povo paranaense pudesse eleger os integrantes do STF...

O maluquinho não gosta do capitalismo. Semana passada fez um discurso no senado e, novamente, sobrou para o capitalismo.

A vida do maluquinho se divide em duas partes. Na primeira parte foi sustentado pelos pais. Na segunda parte (até hoje) foi sustentado pelo povo. Nunca proveu o seu próprio sustento. Graças à democracia, nunca precisou trabalhar para viver, nunca produziu nada.

Já o que ele come, veste, dirige, a casa onde mora, o avião onde viaja, tudo foi produzido pelo capitalismo, que ele tanto detesta.

Se o eleitorado paranaense fosse maioria poderíamos até ficar sem capitalismo, e aí teríamos que nos alimentar de discursos de maluquinho.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

De Gary North

"O homem esquecido é aquele que paga seus impostos, paga suas contas, paga suas dívidas e aparece pontualmente no trabalho todas as manhãs. Ele sabe o que é austeridade. Austeridade para ele significa fazer seu trabalho bem feito e pagar suas contas. Significa abrir mão de prazeres que ele não pode bancar. Para ele, austeridade significa ater-se rigidamente a um orçamento mensal.

O homem esquecido é a espinha dorsal de toda a ordem social. Em seu nome, políticos e burocratas gastam os tubos. Ao homem comum cabe o papel de pagar a conta, e ele deve resignar-se a essa função, e de cara boa."

Vai prá casa Jobim

"E nós precisamos ter presente, Fernando, que os tempos mudaram." E citou Nelson Rodrigues: "Ele dizia que, no seu tempo, os idiotas chegavam devagar e ficavam quietos. O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento".”

O trecho acima, pasmem, é do idiota, digo, do ministro Nelson Jobim, em discurso proferido ontem no senado, durante homenagem a FHC.

Agora, há um detalhe importante na história que Jobim está querendo jogar para o esquecimento – na época do mensalão Jobim era o presidente do STF, e ajudou a manter os idiotas no poder, pois no seu papel de presidente da corte usou todas as artimanhas possíveis para atrapalhar o processo de investigação das CPIs. Agora, ministro, Jobim passa os dias a premiar idiotas com medalhas militares.

Vai prá casa Jobim traidor, seu prazo já está vencido. Ministro de faz de conta. Panaca.